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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

TRABALHO FINAL: PSICOLOGIA DA

EDUCAÇÃO 1: APRENDIZAGEM

Gezimar Donizetti de Souza 210099

São Carlos

2004
1.INTRODUÇÃO

De início, percebe-se a dificuldade que surge diante de nós sempre que

tentamos definir aprendizagem, embora ela esteja inserida em nosso cotidiano. Porém esta

dificuldade quanto a definição do termo não nos impede de estudarmos o fenômeno

aprendizagem. Poderíamos iniciar tentando estabelecer uma certa relação entre a fisiologia

e o aprendizado, mas isso se tornaria uma tarefa no mínimo árdua, pois os processos

envolvidos nesta relação são complexos e pouco conhecidos, embora seja evidente que

processos neurológicos estão intensamente envolvidos na construção da aprendizagem e

estes próprios processos também estão envolvidos em qualquer tentativa de se estabelecer

uma análise deste fenômeno.

Diante deste contexto, poderíamos então nos valer das perspectivas

cognitivistas e comportamentalistas da análise da aprendizagem. Esta primeira sempre nos

remete a idéias e pensamentos de um determinado indivíduo, sendo assim pouco útil no

processo de avaliação por seu caráter subjetivo. A segunda abordagem, então, nos parece a

mais viável, pois o aspecto comportamental pode ser “medido” e, portanto, como forma de

análise é bastante satisfatório. Outra característica da análise do comportamento é que

podem ser enfocados antecedentes e conseqüências, sempre baseando-se no

experimentalismo. Ou seja, através de relações onde um estímulo é apresentado, o

indivíduo emite uma resposta que pode (e geralmente tem) conseqüências. Nesta

abordagem, estudar a aprendizagem é observar o comportamento, pois ele reflete o que um

organismo é capaz de fazer.


2.ESTÍMULOS, RESPOSTAS E CONSEQUENCIAS

Os estímulos, segundo discutido ao longo das aulas, apresentam algumas

características críticas. Por exemplo, em estudos realizados com uma gaivota-mãe e com

seus filhotes (ao saírem da casca do ovo) foi observado que diferenças de forma e coloração

de bicos artificiais (usados em uma tentativa de se imitar o bico da mãe) apresentados aos

filhotes geram diferentes freqüências da resposta bicar. Bicos que mais se assemelham ao

da gaivota-mãe geram mais bicadas e este número é bastante aumentado quando as cores

destes simuladores se assemelham as cores da cabeça da gaivota-mãe. Ou seja, os

estímulos, enquanto forma de pesquisa, devem ser cuidadosamente apresentados a fim de se

obter ‘as respostas desejadas’, quando este for o caso.

Quanto ao ato de responder, ele depende de conseqüências passadas.

Imaginemos um rato, preso em uma caixa onde sua única forma de obter alimento é

pressionado uma barra metálica. Quando o rato sente fome, ele irá procurar comida e ao

pressionar a barra, surge diante do pequeno animalzinho um verdadeiro banquete, com 6

tipos de queijos refinados. Ora, a freqüência na qual o rato pressionará a barra quando ele

sentir fome deverá aumentar e muito. Porém se este banquete não for mais oferecido

mesmo quando o rato pressionar a barra, a tendência é que a freqüência de pressionamento

da barra pelo rato é bastante diminuída. Em outras palavras, a resposta do rato vai depender

do estímulo oferecido (evidente) e também de suas ‘experiências passadas’.


3.REFORÇO E PUNIÇÃO

Em poucas palavras, o reforço pode ser considerado um ato ou uma relação

onde as conseqüências do responder tornam o próprio responder mais provável, enquanto

que a punição torna as conseqüências do responder menos provável. Esta punição - que

evidentemente trata-se do oposto do reforço - juntamente com o reforço negativo (reforço

pela remoção de estímulos aversivos) constituem formas de controle aversivo. É importante

destacar que estas diferenças não são meramente de cunho gramatical.

A implementação de estímulos punitivos pode render melhores resultados

quando estes estímulos têm uma relação direta com a resposta, ou seja, a probabilidade de

‘castigo’ independente da resposta não faz com que a freqüência de resposta seja diminuída

tanto quanto o ‘castigo’ dependente da resposta. Se um indivíduo cessa sua resposta diante

de um estímulo aversivo, é dito que o indivíduo fugiu da situação proposta. Esta atitude é

diferente da esquiva, onde o estímulo aversivo não está presente quando a resposta

reforçada ocorre. Mais uma vez, não são meras questões gramaticais e sim diferentes

formas do comportamento frente a um estímulo.

4.SITUAÇÕES DE ENSINO

Através das discussões realizadas, percebe-se que existem grandes

diferenças entre a sala de aula e a análise da ciência do ensino. Às vezes, mesmo aplicando-

se várias técnicas de reforço, uma alteração significativa no comportamento de um

indivíduo não é alcançada. Para exemplificar as diferenças existentes entre estas teorias e a
prática podemos analisar o uso do controle aversivo nas escolas. Existe um consenso de que

os professores deveriam ser melhores preparados para sua atividade e possuírem recursos

(materiais, pedagógicos...) para conduzirem seu trabalho sem que haja a necessidade do uso

do controle aversivo. Porém, pela falta destas características, o professor faz-se valer de

métodos menos complexos (o controle aversivo, por exemplo). Existe também grandes

dificuldades, mesmo para os professores com mais qualificação, em co-relacionar algumas

coisas, como por exemplo o ensino de disciplina associado com a criatividade: como o

professor pode ensinar alguém a ser criativo? Talvez o professor deva incitar a criatividade

e não ensina-la... Outro problema pode ser com respeito à como o professor pode conduzir

o aluno durante seus estudos: seria necessário um profundo conhecimento da vida e do

passado deste aluno para que um método de ensino adequado fosse empregado. Isso sem

levar em consideração o tempo e a logística de como esta metodologia seria empregada.

Enfim, inúmeros problemas são inerentes da prática de ensino quando comparada

simplesmente com a teoria.

Talvez a estratégia que melhor poderia ser utilizada seria quanto à motivação

do aluno. Porém, isso nos remete novamente ao comentado acima e, além disso, outros

fatores como ambiente escolar e familiar estão profundamente inseridos nesta análise. Mas

é consenso de que os alunos devem ser motivados e incentivados a aprender a de certa

forma “consumir” boa música, bons livros e com isso poderem criar parâmetros que os

motivem. Nestes casos, a magnitude do reforço tem tanta (ou mais) influência na motivação

do aluno do que a própria esquematização do ensino.


5.OPINIÃO DO ALUNO

Com base nas teorias discutidas ao longo do curso fica evidente que todas as

abordagens apresentadas são extremamente úteis na formação do professor; porém, estas

não podem ficar em segundo plano diante das dificuldades inerentes da prática de ensino e

aprendizagem. Elas devem ser exploradas e amplamente testadas em sala de aula.

Alguns pontos destacam-se como a tentativa de se realizar uma análise

comportamentalista da aprendizagem, visto que isso nos fornece parâmetros confiáveis para

pesquisa.

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