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Língua Espanhola I
Prof. Wellington Freire Machado
2017
Copyright © UNIASSELVI 2017
Elaboração:
Prof. Wellington Freire Machado
468.24
M149l Machado, Wellington Freire
Linguística aplicada à língua espanhola / Wellington Freire
Machado. Indaial: UNIASSELVI, 2017.
234 p. : il.
ISBN 978-85-515-0117-7
1.Língua Espanhola.
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
Prezado acadêmico, primeiramente receba as boas-vindas ao Livro
de Estudos de Linguística Aplicada à Língua Espanhola I. É com entusiasmo
que compartilhamos este material planejado exclusivamente pensando em
você, estudante do curso de Letras da UNIASSELVI. A criação desta obra
instrucional baseou-se em princípios pedagógicos que visam não somente
ao melhor aproveitamento da disciplina, mas também a sua autonomia no
âmbito das questões aqui apresentadas.
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA
LÍNGUA ESPANHOLA................................................................................................ 1
VII
6.2 CERTIFICADO DE ESPAÑOL LENGUA Y USO (CELU)........................................................ 68
6.3 PROFICIÊNCIA EM LEITURA..................................................................................................... 70
RESUMO DO TÓPICO 3...................................................................................................................... 71
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 72
VIII
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................134
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................135
IX
3 A COMPETÊNCIA ESCRITA E A REDAÇÃO DE TEXTOS...................................................... 201
4 OS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA........... 203
RESUMO DO TÓPICO 4...................................................................................................................... 206
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 207
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
No presente tópico, vamos abordar os conceitos de língua, linguagem,
fala e linguística. Estes conceitos são considerados vitais para o entendimento que
construiremos ao longo de todo o livro. Ao assentarmos esta base estaremos aptos
para avançar em direção a questões específicas, afunilando progressivamente rumo
ao nosso destino: a linguística aplicada ao ensino do espanhol. Antes de começar,
gostaria de lançar um questionamento a você. Alguma vez já refletiu sobre a
importância da língua no desenvolvimento da humanidade? Já parou para pensar
como seria difícil a vida sem um sistema linguístico-comunicativo eficaz?
3
UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
DICAS
4
TÓPICO 1 | UMA VISÃO GERAL DA LINGUÍSTICA
Veremos quais foram as três fases pelas quais a linguagem passou antes
de chegarmos ao que hoje se entende por Linguística:
5
UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
NOTA
6
TÓPICO 1 | UMA VISÃO GERAL DA LINGUÍSTICA
gramáticos comparativos que o autor cita na terceira fase antecessora aos estudos
linguísticos. Saussure não deixou livros publicados sobre linguística e o que
temos hoje é resultado dos esforços empreendidos por seus ex-alunos que, após
sua morte, converteram as anotações de aula em obras póstumas. É graças a
Saussure que hoje entendemos uma série de dicotomias linguísticas (oposições),
todas de importância inegável para o entendimento da Linguística. As principais
dicotomias saussurianas são: sincronia e diacronia, língua e fala, significante e
significado, sintagma e paradigma. Estudaremos cada uma dessas definições no
Subtópico 3 desta unidade.
NOTA
Primeira edição do
“Curso de Linguística
Geral”
7
UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
FONTE: O autor
NOTA
* Individual e Social
Linguagem * Heteróclita e Multifacetada
(várias formas de expressão).
8
TÓPICO 1 | UMA VISÃO GERAL DA LINGUÍSTICA
FIGURA 4 – O YIN-YANG
9
UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
Linguagem
Língua Fala
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TÓPICO 1 | UMA VISÃO GERAL DA LINGUÍSTICA
FONTE: O autor
FIGURA 6 – DIACRONIA
FONTE: O autor
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UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
FIGURA 7 – SINCRONIA
FONTE: O autor
NOTA
palavras que vai utilizar. É necessário ser suave diante da situação. Ao recolher-
se você buscou e escolheu as palavras disponíveis no seu paradigma, como se
elas estivessem disponíveis em um compartimento do seu cérebro. Ao finalmente
decidir falar, você trouxe as seguintes palavras escolhidas para o seu sintagma: A
dicotomia paradigma e sintagma é vital quando pensamos nos processos língua,
linguagem e fala. Mais uma vez, é preciso evocar as formas horizontais e verticais
para compreender como se dá essa relação. É através do paradigma que se torna
possível fazer as escolhas (eixo vertical). São estas escolhas que se combinam em
um Sintagma (eixo horizontal). Segundo Petroforte (2005, p. 116), “O paradigma
não é qualquer associação de signos pelo som e pelos sentidos, mas uma série de
elementos linguísticos suscetíveis de figurar no mesmo ponto do enunciado, se o
sentido for outro”. Vamos entender na prática?
Paradigma
Sintagma
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UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
NOTA
14
TÓPICO 1 | UMA VISÃO GERAL DA LINGUÍSTICA
Conceito
Imagem
acústica
O autor cita o exemplo do signo mar: “a ideia de "mar" não está ligada por
relação alguma interior à sequência de sons /m-a-r/ que lhe serve de significante;
poderia ser representada igualmente bem por outra sequência, não importa qual”
(SAUSSURE, 2006, p. 81-82). Nesse sentido, o significante /mar/ poderia estar
associado a outro conceito qualquer. Não há uma relação óbvia entre eles. É nesse
sentido que o signo linguístico é arbitrário (não tem regras).
NOTA
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UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
4 ESTRUTURALISMO E GERATIVISMO
No âmbito acadêmico existem correntes que defendem entendimentos
próprios em relação a determinados fenômenos ou objetos de estudo. A visão
sobre um conceito, por exemplo, pode ter definições distintas de acordo com a
linha de estudos “A” ou “B”. Nos estudos linguísticos, a primeira referência que
temos se chama Estruturalismo.
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TÓPICO 1 | UMA VISÃO GERAL DA LINGUÍSTICA
Segundo Eni Orlandi (1986, p. 37), Chomsky propõe “uma teoria a que
chama de gramática e centra seu estudo na sintaxe. Esta, segundo ele, constitui
um nível autônomo, central para a explicação da linguagem. A finalidade dessa
gramática não é ditar normas, mas dar conta de todas (e apenas) as frases
gramaticais, isto é, que pertencem à língua". Ainda hoje o Gerativismo inspira
importantes estudos no âmbito dos estudos linguísticos.
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UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
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TÓPICO 1 | UMA VISÃO GERAL DA LINGUÍSTICA
NOTA
19
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
20
AUTOATIVIDADE
21
22
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
No Tópico 1, você foi introduzido aos estudos linguísticos. Aprendeu conceitos
importantes, conheceu autores notórios e descobriu que existem teorias linguísticas
que são fundamentais para o conhecimento desta disciplina. Agora, munido dessas
informações, você está apto para adentrar no Tópico 2, no qual discorreremos sobre
o que se entende por Linguística Teórica da Língua Espanhola no âmbito científico.
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UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
Linguística
Teórica Aplicada
Fonética Psicolinguística
Fonologia Sociolinguística
Morfologia Neurolinguística
Sintaxe Linguística matemática
Análise discursiva Linguística computacional
Pragmática Outras
Fonética
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TÓPICO 2 | LINGUÍSTICA TEÓRICA DA LÍNGUA ESPANHOLA
Fossas nasais
Palato
Abóbada palatina Véu palatino
Alvéolos Úvula
canal respir
Lábio superior
at
Língua
ório
Dentes superiores Faringe
Dentes inferiores
Lábio inferior Epiglote
Laringe
Cordas vocais
Fonologia
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UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
NOTA
Sintaxe
Oración
El periodista escribió un artículo para el periódico.
artículo substantivo
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TÓPICO 2 | LINGUÍSTICA TEÓRICA DA LÍNGUA ESPANHOLA
Morfologia
Além dos prefixos (que vêm antes), há também os sufixos (que vêm depois).
O sufixo "Filia", por exemplo, significa aficção por algo que está representado pela
palavra raiz. É o caso de "bibliofilia" (aficção por livros) e "francofilia" (aficção pela
língua francesa). Cabe salientar, contudo, que o âmbito dos estudos morfológicos
constitui uma disciplina bastante completa. Os exemplos de morfemas que você
acabou de ver constituem uma partícula mínima do que pode vir a ser estudado
nessa disciplina.
Semântica
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UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
Análise do Discurso
Pragmática
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TÓPICO 2 | LINGUÍSTICA TEÓRICA DA LÍNGUA ESPANHOLA
Você já deve ter percebido que a linguagem, por ser multifacetada, pode
ser adequada a diversas situações comunicativas. Esta adaptabilidade se percebe,
por exemplo, quando você precisa se dirigir ao reitor da universidade onde estuda
ou a alguma autoridade. De acordo com a norma, no trato com essas pessoas é
indispensável que utilizemos uma linguagem formal, mediada por pronomes de
tratamentos (como Vossa Senhoria, Excelentíssimo, no caso do português), assim
como outras palavras e expressões específicas. Em língua espanhola, essa forma
de se comunicar é orientada pelo que se entende por norma estándar (padrão).
Estimado President:
Fonte: http://www.lamoncloa.gob.es/presidente/actividades
Paginas/2017/250517rajoycataluna.aspx
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TÓPICO 2 | LINGUÍSTICA TEÓRICA DA LÍNGUA ESPANHOLA
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UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
la idea de que esto va a terminar algún día. Soy romántica y cariñosa aunque me
digan que tengo cara de cabrona. También soy bien cabrona. La vida en pareja es
lo más maravilloso y divertido que me ha sucedido aunque ha sido breve, pero
divino. Sólo si me atiendo podré ser liviana para mí. Para quien llegue a tomarme
de la mano para caminar juntos riéndonos de habernos encontrado hasta ahora y
sin lamentarnos el no habernos encontrado antes y que me calle con un beso largo
y lento, lleno de vivencias, de vidas vividas por separado y después, formar una
familia. Yo sé que llora al verme rota, toda rota.
La muerte es egoísta. Los que nos quedamos la pasamos de la fregada. Por
intereses personales : extrañamos, nos duele no volver a estar juntos nunca más, nos
encontramos perdidos sin saber enfrentar nuestros propios elementos. Si pensáramos
más en los “idos” y menos en nuestro dolor, no nos sería tan dura su partida. La
muerte es EGO. Aunque los vacíos siempre serán eso, VACÍOS. Pero su mirada, su
pequeñísima presencia llena en ese momento mi vacío.
Mi corazón ha sido pisoteado, escupido, apuñalado, tiene moretones aún pero
ha sanado no una varias veces a través de mi vida, sin embargo, me siento orgullosa de
él porque todavía ama con toda su fuerza. Hoy brindo por ser capaz de sentir, de amar,
por el privilegio de sentirme viva y que dure lo que tenga que durar. Mientras tanto…
AQUÍ ESTARÉ.
Tú, sólo tú me conoces más que yo misma.
Kate
“Los vacíos nunca se llenan, déjalos en paz, siempre hay “llenos” que
necesitan más de tu atención, ellos te darán la mayor satisfacción, ver los vacíos
como llenos.”- Yo
“Que nos atrevamos a salir del cubo llamado SOCIEDAD y así logremos amar
sin ataduras para ser… simplemente libres” – Yo mera. Es un quote de mi libro TUYA.
-“Qué quisiera ser?”
-“Dalí. Cuando tenía 4 años quería ser cocinero, a los 6, Napoleón y
desde entonces mi ambición ha ido aumentando; ahora quiero ser Dalí y lo estoy
consiguiendo.” Salvador Dalí
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TÓPICO 2 | LINGUÍSTICA TEÓRICA DA LÍNGUA ESPANHOLA
en las lenguas que las formulan. Así las cosas, los rasgos y procesos de
una variedad estándar no configuran un sistema, un todo exhaustivo y
homogéneo, sino que surgen por contraste y debilitación de los rasgos
y procesos considerados regionales, rurales, marginales, anormales,
inapropiados, incorrectos, entre otras denominaciones posibles.
NOTA
Você sabia que existem diversas formas de falar o espanhol no mundo? Assim
como na língua portuguesa, que possui variantes dentro de cada país e também nos demais
países falantes deste idioma, no mundo hispânico cada país possui sua variante específica e dentro
de cada variante existem outras variantes. A linguagem, viva e composta pelas distintas culturas
que a conformam, se modifica a todo momento e caracteriza geograficamente os falantes do
idioma. Isto significa dizer que o espanhol, como a terceira língua mais falada do mundo (com
500 milhões de falantes), pode ser ouvido de forma distinta de acordo com o país onde se está,
havendo variantes distintas na Argentina, no Chile, no México, na Espanha e em outros países. O
estudo dessas variantes estará ligado à Sociolinguística, um braço da Linguística Aplicada.
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UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
DICAS
Você conhece o “Tu Babel”? Trata-se de uma plataforma colaborativa que serve
para esclarecer as distintas gírias usadas em países hispanofalantes. Você pode consultar o
termo como em qualquer outro dicionário. Vale a pena dar uma conferida! Acesse: <http://
www.tubabel.com/>.
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TÓPICO 2 | LINGUÍSTICA TEÓRICA DA LÍNGUA ESPANHOLA
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UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
Se você observar cada uma das palavras, verá uma relação muito forte
entre elas, como no caso o “creavit” em latim, que se desdobrou em (criou, crió,
créa, creò, crear, creou e creat), ou então a palavra Deus (desdobrada em Dieu,
Dios, Iddio, Déu, Dumnezeu).
Além das palavras que herdamos do latim cuja raiz hoje compartilhamos
com outras línguas romances, também se registra nas línguas portuguesa e
espanhola uma gama infindável de expressões que possuem origem na cultura
greco-romana. Como bem sabemos, o contexto de uso de uma língua está mediado
por diversos fatores socioculturais. Como o latim é a fonte de onde se originam o
português e o espanhol, é comum que muito do que falamos esteja ligado a esta
língua, ainda que muitas vezes não saibamos disso.
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UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
NOTA
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TÓPICO 2 | LINGUÍSTICA TEÓRICA DA LÍNGUA ESPANHOLA
DICAS
Se você deseja saber mais informações sobre os povos e as línguas que eram
faladas na antiga Ibéria, não deixe de consultar o texto de Xose A. Padilla García intitulado
"Escrituras y lenguas en la hispania prerromana".
PADILLA GARCÍA, X. P. Escrituras y lenguas en la hispania prerromana. In.: História de la
lengua española (livro digital) p. 3-14 Disponivel em: <http://www.cervantesvirtual.com/
portales/lengua/>.
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UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
NOTA
Segundo Sánchez (2006, p. 1), a “Jarcha es una palabra árabe que significa
«salida» o «finida». Las jarchas son unas pequeñas cancioncillas romances - los más antiguos
vestigios de la lírica popular en Europa. Estas cancioncillas están situadas al final de unos
poemas árabes o hebreos (imitación estos últimos de los árabes) llamados moaxajas; género
inventado en la Andalucía Musulmana”.
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TÓPICO 2 | LINGUÍSTICA TEÓRICA DA LÍNGUA ESPANHOLA
Devido a sua geografia, por ser uma espécie de porta de entrada da África para
a Europa, a Península Ibérica, por muito tempo foi ocupada por árabes. A presença
árabe (em torno de 700 anos) se percebe, na contemporaneidade, na arquitetura e no
aspecto genotípico da população de determinadas regiões da Espanha, como nos
nativos da comunidade autônoma de Andalucía. Além disso, na língua espanhola a
presença moura deixou marcas significativas, como uma herança de 4.000 palavras
de origem árabe. De acordo com Santiago González, entre estas palavras, muitas
dão nome a cidades espanholas, como La Mancha (la’a Ma-anxa, que significa ‘sin
agua’), Algeciras (de Al Khadra ( ), ‘la isla verde’), Alcalá (do árabe al-
qala`a ( ), ‘el castillo’), Henares (An-Nahar ( ), “el río”), assim como outras
palavras de uso comum, como ‘faquir”, “almohada”, elixir”, “quilate” etc.
DICAS
41
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
42
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Galego
b) ( ) Romeno
c) ( ) Francês
d) ( ) Inglês
e) ( ) Catalão
2 Com base no que você estudou neste tópico, observe as alternativas que se
apresentam:
43
44
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Olá! Chegamos ao último tópico da primeira unidade. Nos tópicos
1 e 2 conhecemos a Linguística Geral, com suas bases, seus conceitos e seus
nomes mais significativos, e também a Linguística Teórica, com suas distintas
perspectivas de estudos e desdobramentos. Para completar esta tríade, no Tópico
3 conheceremos a Linguística Aplicada. Ao fecharmos esta unidade introdutória,
concomitantemente, abrimos uma porta para as unidades seguintes, visto que a
Linguística Aplicada à Língua Espanhola é o nosso objeto de estudo e sobre ele
estudaremos nas unidades 2 e 3 deste livro de estudos. Por essa razão, é muito
importante que você estude com atenção este tópico. Ele vai apresentar a base do
conhecimento que encontrará nas unidades seguintes.
45
UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
NOTA
46
TÓPICO 3 | LINGUÍSTICA APLICADA À LÍNGUA ESPANHOLA
NOTA
48
TÓPICO 3 | LINGUÍSTICA APLICADA À LÍNGUA ESPANHOLA
Do primeiro tópico até aqui você percebeu que uma ciência passa por
diversos momentos, que vão desde o questionamento dos seus métodos até a
apresentação de novas propostas. A Linguística Aplicada, tal como a conhecemos
hoje, constitui um exemplo cabal do desenvolvimento científico dos estudos
linguísticos ao longo do século XX e XXI.
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UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
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TÓPICO 3 | LINGUÍSTICA APLICADA À LÍNGUA ESPANHOLA
FONTE: O autor
4.1 LOGOPÉDIA
A Logopédia é uma disciplina que trata de resolver quaisquer transtornos
no uso da linguagem que porventura venham a afetar a voz, a pronúncia e a
linguagem oral. Faz parte da Linguística clínica e está associada ao estudo das
alterações da linguagem. No Brasil, também é conhecida como Fonoaudiologia.
O profissional de Linguística Aplicada que opte por se orientar por este caminho,
por exemplo, poderá realizar uma formação paralela em Fonoaudiologia ou
participar de atividades investigativas ou laborais que envolvam esta área.
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UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
NOTA
FIGURA 26 – DISLEXIA
52
TÓPICO 3 | LINGUÍSTICA APLICADA À LÍNGUA ESPANHOLA
4.3 LEXICOGRAFIA
Com qual frequência você utiliza dicionários de português ou de línguas
estrangeiras? Muitas vezes não sabemos o significado específico de uma palavra,
e é neste momento que a profissão de lexicógrafo é fundamental para que
possamos esclarecer nossas dúvidas. A Lexicografia é a disciplina que se preocupa
com as orientações teóricas que deverão ser aplicadas na criação de dicionários.
O lexicógrafo trabalha diretamente com a palavra e também com princípios
metodológicos importantes na organização de dicionários. Passam pelo eixo da
profissão questões ligadas à inserção de termos modernos, atualização de termos
existentes e estabelecimento de definições incorporadas a partir do uso.
NOTA
DICAS
53
UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
4.4 TERMINOLOGIA
De acordo com o Diccionario de términos clave de ELE (s.d., s.p.) do Instituto
Cervantes, a Terminologia "identifica y analiza los términos que se utilizan en las
diversas áreas del saber, con el fin de hacer propuestas de estandarización". Você,
certamente, já deve ter se encontrado em situações nas quais presenciou o uso de
palavras que somente são usadas no âmbito de áreas específicas, como a Medicina
(em uma consulta médica) ou o direito (em uma audiência). Estes termos técnicos
constituem uma ocupação da Terminologia. Diferentemente da Lexicografia, que
é um âmbito mais amplo e que se ocupa de todas as palavras encontradas em um
dicionário, a Terminologia se preocupa unicamente com termos técnicos de áreas
determinadas e não aceita definições inespecíficas.
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TÓPICO 3 | LINGUÍSTICA APLICADA À LÍNGUA ESPANHOLA
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UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
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TÓPICO 3 | LINGUÍSTICA APLICADA À LÍNGUA ESPANHOLA
Mais adiante, nos anos 1970 e 1980 ocorre o que Baralo (2014, p. 32)
distingue como "el verdadero nacimiento de la lingüística aplicada como ciencia
relativamente independiende de la lingüística teórica, de la psicología y de la
didáctica, pero al mismo tiempo como un área interdisciplinar que recoge
modelos teóricos de todas ellas para aplicarlos a la enseñanza".
DICAS
57
UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
O Marco Europeu é uma forma estándar criada na Suíça e que serve de base
para a medição do nível de compreensão oral e escrita em uma língua específica.
O Marco foi adotado pelos países europeus e pressupõe o desenvolvimento de
habilidades como a compreensão, a fala e a escrita. Os níveis são: A1, A2 (básico)
B1, B2 (independente) e C1 e C2 (competente).
DICAS
58
TÓPICO 3 | LINGUÍSTICA APLICADA À LÍNGUA ESPANHOLA
Es capaz de comprender con facilidad prácticamente todo lo que oye o lee. Sabe
Usuario competente
tanto concretos como abstractos, incluso si son de carácter técnico, siempre que estén
dentro de su campo de especialización. Puede relacionarse con hablantes nativos
B2 con un grado suficiente de fluidez y naturalidad, de modo que la comunicación se
realice sin esfuerzo por parte de los interlocutores. Puede producir textos claros y
detallados sobre temas diversos, así como defender un punto de vista sobre temas
generales, indicando los pros y los contras de las distintas opciones.
Es capaz de comprender los puntos principales de textos claros y en lengua estándar
si tratan sobre cuestiones que le son conocidas, ya sea en situaciones de trabajo,
de estudio o de ocio. Sabe desenvolverse en la mayor parte de las situaciones que
B1 pueden surgir durante un viaje por zonas donde se utiliza la lengua. Es capaz de
producir textos sencillos y coherentes sobre temas que le son familiares o en los que
tiene un interés personal. Puede describir experiencias, acontecimientos, deseos y
aspiraciones, así como justificar brevemente sus opiniones o explicar sus planes.
Es capaz de comprender frases y expresiones de uso frecuente relacionadas con
áreas de experiencia que le son especialmente relevantes (información básica
sobre sí mismo y su familia, compras, lugares de interés, ocupaciones, etc.). Sabe
Usuario básico
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UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
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TÓPICO 3 | LINGUÍSTICA APLICADA À LÍNGUA ESPANHOLA
NOTA
61
UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
DICAS
62
TÓPICO 3 | LINGUÍSTICA APLICADA À LÍNGUA ESPANHOLA
DICAS
64
TÓPICO 3 | LINGUÍSTICA APLICADA À LÍNGUA ESPANHOLA
DICAS
DICAS
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UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
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TÓPICO 3 | LINGUÍSTICA APLICADA À LÍNGUA ESPANHOLA
ATENCAO
67
UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
DICAS
68
TÓPICO 3 | LINGUÍSTICA APLICADA À LÍNGUA ESPANHOLA
Intermedio:
Puede desenvolverse en español oral y escrito con cierta fluidez
y naturalidad en situaciones familiares, sociales y de servicios
aunque vacila en contextos desconocidos o ante la necesidad
de matizar o precisar sus enunciados. Puede desempeñarse
medianamente en los ámbitos laboral o académico con
algunas dificultades en la precisión o en situaciones especiales.
Comparable al Nivel B2 del MCER y al Advanced Low del
ACTFL
Avanzado:
Se desempeña cómoda y espontáneamente en la lengua española
oral y escrita en una amplia gama de situaciones familiares y
sociales. Puede desempeñarse correcta y adecuadamente en el
ámbito laboral y en el ámbito académico. Comparable al Nivel
C1 del MCER y al Superior del ACTFL (Disponível em: <http://
www.celu.edu.ar/es/content/validez>. Acesso em: 10 out. 2017).
O certificado CELU, assim como o DELE, não possui data de validade pré-
estipulada. Isso significa que, uma vez realizada a prova e obtida a aprovação, o
falante obtém uma certificação vitalícia.
69
UNIDADE 1 | LINGUÍSTICA GERAL, TEÓRICA E APLICADA DA LÍNGUA ESPANHOLA
NOTA
70
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
71
AUTOATIVIDADE
Nome da Verdadeiro
Descrição
Disciplina ou falso?
Os profissionais que trabalham no âmbito
desta disciplina, de acordo com o Instituto
Cervantes, “desarrollan herramientas para
que la comunicación entre el hombre y las
Terminologia máquinas se pueda llevar a cabo mediante
la voz”. Estes profissionais realizam análises
acústicas e outros trabalhos técnicos ligados
ao âmbito da fala e de softwares voltados para
este fim.
O interesse dessa disciplina se centra
nos usos linguísticos que "se consideran
normativos y en la creación de un estándar".
Tradução Assistida
Seu funcionamento é imprescindível em
por Computador
regiões bilíngues e multilíngues, sobretudo
em megalópoles que concentram índices
relevantes de imigração.
72
É o profissional que trabalha diretamente
com a palavra e também com princípios
metodológicos importantes na organização
de dicionários. Passam pelo eixo da profissão
Lexicógrafo
questões ligadas à inserção de termos
modernos, atualização de termos existentes
e estabelecimento de definições incorporadas
a partir do uso.
É a disciplina que "identifica y analiza los
términos que se utilizan en las diversas áreas
Fonética Aplicada
del saber, con el fin de hacer propuestas de
estandarización".
Faz parte da Linguística clínica e está associada
ao estudo das alterações da linguagem.
No Brasil, também é conhecida como
Fonoaudiologia. O profissional da Linguística
Logopédia Aplicada que opte por se orientar por este
caminho, por exemplo, poderá realizar uma
formação paralela em Fonoaudiologia ou
participar de atividades investigativas ou
laborais que envolvam esta área.
73
74
UNIDADE 2
A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA
ESPANHOLA COMO LÍNGUA
ESTRANGEIRA (LE)
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
75
76
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Olá, bem-vindo à Unidade 2! Na primeira unidade você conheceu as
linguísticas geral, teórica e aplicada da língua espanhola. Na presente unidade
centraremos o nosso foco na questão da aprendizagem da língua espanhola como
língua estrangeira (LE).
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UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
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TÓPICO 1 | A ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LE E SUAS
DIFERENTES PERSPECTIVAS
E/LE
FONTE: O autor
NOTA
2.2 L2 E LE
Estes são dois conceitos que você observará ao longo de todo o livro de
estudos. O termo L2 refere-se à língua segunda. Já o termo LE diz respeito à
língua estrangeira.
NOTA
Se você tiver curiosidade para saber mais sobre ambos conceitos mencionados
neste subtópico, aconselhamos fortemente que você observe o capítulo 1 do livro Linguística
aplicada a la enseñanza del español como 2/L, de Kim Griffin. Ver: GRIFFIN, Kim. Linguística
aplicada a la enseñanza del español como 2/L. Madrid: Arco Libros, 2005.
2.3 BILINGUISMO
Pela lógica semântica, por bilíngue entende-se aquele que é capaz de falar
duas (bi) línguas (língue). No entanto, dentro de uma perspectiva conceitual no
âmbito da Linguística Aplicada, esta definição lógica acaba recebendo outros
significados de acordo com diferentes teóricos da área.
Esta definição nos parece aceitável não por ser mais correta que as outras,
mas por significar o rompimento com aportes empiricamente menos realistas,
como algumas definições que caracterizam como bilíngue o falante que detém o
domínio pleno de duas línguas, em níveis idênticos.
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UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
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TÓPICO 1 | A ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LE E SUAS
DIFERENTES PERSPECTIVAS
NOTA
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UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
AUTOATIVIDADE
84
TÓPICO 1 | A ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LE E SUAS
DIFERENTES PERSPECTIVAS
NOTA
85
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
5 PERSPECTIVA INTERACIONAL
As perspectivas interacionistas partem do princípio de que a interação e a
aprendizagem são duas vias indissociáveis, visto que é a partir da primeira que se
pode obter resultados significativos na segunda. Uma das principais correntes é a
teoria do discurso. De acordo com Kim Griffin (2005, p. 44), a teoria do discurso tem
o seu começo em princípio da década de 70, "cuando los estudios de la linguística
aplicada se dirigen hacia la exploración de cómo los seres humanos se comunican
entre sí y cómo aprenden a hacerlo en la L1 y en la L2". Nos domínios desta teoria
é fundamental que se entenda o conceito de negociação do significado. Você
lembra quando estudamos, na primeira unidade deste livro de estudos, a relação
entre significante e significado para Saussure? Pois os estudos situados na teoria
interacionista do discurso apresentam um entendimento singular no que diz
respeito ao significado: "la idea es que tanto en la L1 como en la L2 los indivíduos
aprendemos lengua porque participamos en un intercambio de mensajes
significativos [...] nos comunicamos para lograr propósitos determinados... para
lograr objetivos personales específicos" (GRIFFIN, 2005, p. 44).
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TÓPICO 1 | A ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DO ESPANHOL COMO LE E SUAS
DIFERENTES PERSPECTIVAS
87
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
6 PERSPECTIVA SOCIAL
Uma das principais vértebras da perspectiva social de ensino da língua
estrangeira se centra na Sociolinguística, disciplina de importância angular nos
estudos linguísticos. Conforme Fernández (1994), a Sociolinguística reforça a
prioridade que se concede à língua oral sobre a escrita nos métodos de ensino
de línguas estrangeiras, e incita que se incorpore "variables sociales a las
investigaciones aplicadas que manejan informantes como fuentes proveedoras
de datos" (p. 110). Isso significa dizer que a variação linguística (o quão varia
o espanhol de uma região/país para outra) é importante no ensino de língua.
Dentro dessa perspectiva, por exemplo, é importante que o estudante da língua
espanhola saiba que existem formas distintas de pronunciar os fonemas da língua
espanhola. Que uma palavra pode ser dita de uma forma no México e de outra
notadamente diferente na Argentina ou no Uruguai. Essa perspectiva também
está ligada à competência sociolinguística, conforme veremos adiante.
DICAS
89
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
90
AUTOATIVIDADE
91
92
UNIDADE 2 TÓPICO 2
ENSINAR ESPANHOL NO SÉCULO XXI: O ENSINO DA
LÍNGUA E SUAS FINALIDADES
1 INTRODUÇÃO
Como você já percebeu ao longo deste material instrucional, com
frequência o professor de Espanhol se depara com desafios metodológicos no
processo de ensino-aprendizagem da língua espanhola. Qual método é o mais
adequado para determinado tipo de público? Qual a melhor maneira de colocar
em prática? Como futuro professor de espanhol você deve estar atento às
necessidades do alunado. Com frequência coincidirá com estudantes de perfis e
idades diferentes, com propósitos distintos no que diz respeito ao interesse pelo
aprendizado formal do idioma.
FONTE: O autor
93
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
94
TÓPICO 2 | ENSINAR ESPANHOL NO SÉCULO XXI: O ENSINO DA LÍNGUA E SUAS FINALIDADES
95
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
Moreno García e Tuts (2005) afirmam ainda que o aluno de Turismo não
se preocupa muito com os porquês da língua, mas sim com os instrumentos de
atuação imediata. Fato incontestável é que o aluno obterá a fluidez linguística no
dia a dia a partir do contato constante com os falantes nativos. Apesar disso, cabe
ao professor elaborar sua própria estratégia de atuação metodológica para que
o estudante possa dar os primeiros passos. As autoras sugerem que se perceba
os conhecimentos prévios dos alunos (questões como região de onde vêm, seus
costumes), que se utilize em sala de aula situações de dramatização (simulações
teatrais), que se integre as destrezas (oral, escrita, auditiva) em atividades diversas,
e que se trabalhe a gramática e o vocabulário.
- Escritos largos.
- Redactar faxes / e-mails / cartas de petición de servicios
- Contestar cartas de reclamaciones
- Redactar cartas de reclamaciones
- Elaboración de contenidos
- Programas para grupos
- Circuitos culturales
- Incentivos
- Congresos
- Informes (MORENO GARCÍA; TUTS, 2005, p. 1200-1201).
96
TÓPICO 2 | ENSINAR ESPANHOL NO SÉCULO XXI: O ENSINO DA LÍNGUA E SUAS FINALIDADES
DICAS
AUTOATIVIDADE
Imagine uma situação hipotética na qual você foi contratado para dar
aulas em um curso de espanhol para turismo. O público-alvo é de estudantes
do curso de Tecnólogo em Turismo da UNIASSELVI. Você já conhece a turma,
já ministrou as primeiras aulas e sabe que são estudantes que se situam na faixa
etária de 18 a 28 anos. Você precisa ensiná-los a fazer um itinerário cultural em
língua espanhola. Trata-se da grande noite dos museus, com visitas in loco a
museus da cidade de Madrid ao longo de um dia. Escreva uma reflexão de no
máximo dez linhas, sobre como você acredita que uma atividade dessa natureza
poderia ser realizada. Nesta atividade não existe resposta certa. Trata-se de
uma reflexão docente. O importante é que você seja capaz de discorrer sobre
como, enquanto professor, organizaria essa atividade: através de filmes sobre
os museus? Levando textos a respeito dos respectivos lugares? Trabalhando a
habilidade oral? Tente ser criativo! Apresentamos como texto motivador um
fragmento textual de uma matéria veiculada sobre o assunto.
97
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
guiadas. ¡Y todo gratis! Así, el sábado 20 de mayo se celebra de nuevo esta Noche
de los Museos, una iniciativa del Consejo de Europa en la que 4.000 museos de
40 países diferentes abrirán sus puertas hasta la madrugada. Para no perdernos
entre la amplia oferta que encontraréis en Madrid, hemos seleccionado las
actividades más destacadas de la programación.
Museo Thyssen-Bornemisza
Además de abrir de forma gratuita su colección permanente desde las 19
h hasta la una de la madrugada, podéis disfrutar de una instalación situada en
el jardín del museo que os permitirá ‘entrar’ en algunos cuadros como ‘Retrato
de familia’, de Frans Hals, ‘El sueño’, de Franz Marc o ‘Habitación de hotel’, de
Edward Hopper, y fotografiaros inmersos en ellos. La instalación estará abierta
desde el jueves 18, Día Internacional de los Museos.
CaixaForum
Por su parte, el CaixaForum abre sus puertas hasta la medianoche y
podéis ver sus exposiciones de forma gratuita desde las 19 h hasta las 24 h. En
la actualidad acoge las muestras ‘Arte y cine. 120 años de intercambios’, sobre
la relación entre cine y el resto de disciplinas, el talento de Ramón Casas y su
‘Modernidad anhelada’ y la reivindicativa ‘Tierra de sueños’. Las tres merecen
mucho la pena.
REFLEXÃO:
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98
TÓPICO 2 | ENSINAR ESPANHOL NO SÉCULO XXI: O ENSINO DA LÍNGUA E SUAS FINALIDADES
A segunda opção, mais completa e ampla no que tange aos seus fins,
poderia qualificar o estudante em uma série de situações de uso formal da língua
espanhola. Tomas Puch é professor da Escola Oficial de Idiomas de Madrid e
elaborou um projeto de curso dividido em três módulos. De acordo com o autor,
o curso "abarcaría tres grandes campos temáticos de la actividad empresarial
y estaría basado fundamentalmente en el estudio del funcionamiento de las
empresas e instituciones financieras, así como de la legislación ad hoc, mediante
ejemplos prácticos y utilización de documentos reales" (PUCH, 2005, p. 1150).
Além disso, cada um dos três níveis se desenvolveria ao longo de 120 horas/aula.
Você já parou para pensar o quão rico e complexo pode ser o estudo de uma
língua? O professor, na condição de mediador do conhecimento, muitas vezes precisa
aprender para ensinar. A criação de um curso dessa natureza requereria do docente
o mínimo de conhecimento relativo à área do comércio. Isso não significa que o
professor necessita deter conhecimentos técnicos sobre o comércio e a economia, mas
sim conhecer situações reais vividas pelos profissionais da área. Neste sentido, além
de uma pesquisa criteriosa, também valeria recorrer à ajuda de conhecidos ou amigos
com experiência no tema e capazes de fornecer o mínimo de informação confiável.
99
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
DICAS
Se você quer saber mais sobre o assunto, recomendamos que leia dois artigos
que se debruçam sobre o tema: “Español para negócios”, publicação veiculada no editorial
Don Quijote e disponível em: <http://www.donquijote.org/cultura/espana/lenguajes/el-
espanol-en-el-mundo-de-los-negocios> e também o texto “El español: una lengua viva.
Informe 2013”, veiculada na página oficial do Instituto Cervantes e disponível em: <https://
cvc.cervantes.es/lengua/anuario/anuario_13/i_cervantes/p01.htm>. Ambos textos foram
consultados no dia 13 de setembro de 2017 e nesta data os links estavam ativos.
100
TÓPICO 2 | ENSINAR ESPANHOL NO SÉCULO XXI: O ENSINO DA LÍNGUA E SUAS FINALIDADES
DICAS
Outro texto referencial é uma publicação assinada pelo prof. Hernando de Larramendi, da
Universidad de Alcalá, e está disponível em: “Propuesta de estructuración y clasificación del
léxico jurídico para su enseñanza em E/LE”. Ver: HERNANDO DE LARRAMENDI. M. Propuesta
de estructuración y clasificación del léxico jurídico para su enseñanza em E/LE. Disponível
em: <www.ub.es/filhis/culturele/larramen.html>.
101
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
DICAS
Morales Pastor (2005) acrescenta, por fim, que o espanhol jurídico possui
alguns elementos caracterizadores, como a pretensão de objetividade e neutralidade.
As especificidades da área tornam por exigir um trabalho reforçado em questões
morfossintáticas (as formas do presente, passado e futuro) e léxico-semânticas,
como os prefixos (ab, abintestato; ad/a, agravar; per, perpetrar...) e os sufixos latinos
que criam adjetivos (-ico, jurídico; -ivo, ejecutivo; -ento, fraudulento...).
102
TÓPICO 2 | ENSINAR ESPANHOL NO SÉCULO XXI: O ENSINO DA LÍNGUA E SUAS FINALIDADES
103
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
Você já parou para pensar o quanto uma aula de língua estrangeira para
crianças pode ser produtiva? Em um curso voltado para crianças o professor
pode abrir asas à imaginação e trazer para a sala de aula recursos que em outras
modalidades dirigidas soariam pouco convencionais, como o uso de acessórios
como glitter, argila, perucas, fantasias, bem como o uso de outros recursos
possíveis, como dramatizações, conteúdo audiovisual etc.
104
TÓPICO 2 | ENSINAR ESPANHOL NO SÉCULO XXI: O ENSINO DA LÍNGUA E SUAS FINALIDADES
Sociolinguística
Discursiva
Gramatical
Estratégica
105
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
DICAS
106
TÓPICO 2 | ENSINAR ESPANHOL NO SÉCULO XXI: O ENSINO DA LÍNGUA E SUAS FINALIDADES
NOTA
De acordo com a autora, um curso com esta natureza deve tornar o aluno
capaz de escutar, participar de uma discussão, expor suas ideias publicamente,
ler e escrever. Estas habilidades, para além de uma necessidade específica do
EFA, são indispensáveis para o desempenho do acadêmico também em seu
país de origem no exercício de sua língua materna. Na maioria das vezes, esta
correlação desobriga o professor de trabalhar conteúdos extralinguísticos e
normativos (como a explicação da diferença entre determinados tipos de trabalhos
acadêmicos, como artigos, dissertações, teses, resenhas etc.).
107
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
DICAS
108
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• O EFE, para fins comerciais, é uma das possibilidades que exigirá o preparo do
aluno para questões como recursos humanos, técnicas de mercado e economia
da empresa.
• O espanhol voltado para crianças possui uma ênfase distinta das outras
modalidades do EFE, nesta modalidade é necessária a presença constante de
atividades práticas, lúdicas e motivadoras.
• O espanhol para fins acadêmicos é uma das formas mais recorrentes de EFE e
que existem ferramentas de auxílio indispensáveis ao professor.
109
AUTOATIVIDADE
110
3 Em relação ao ensino de Espanhol com fins comerciais, marque a assertiva
correta:
111
112
UNIDADE 2 TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Em decorrência de sua posição geográfica e de sua construção cultural,
o Brasil é um solo fértil para o ensino de espanhol. Considerado um grande
gigante, o país possui mais de 200 milhões de habitantes, conforme estimativas
de 2017 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Não foram
poucos os momentos históricos em que a língua portuguesa e a língua espanhola
estiveram entrelaçadas (tanto na construção sociocultural da língua portuguesa
como no contexto latino-americano). Essa relação, refletida em âmbito comercial,
imigratório e geocultural, se presentifica no ensino formal e informal da língua
espanhola em terras brasileiras.
113
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
DICAS
115
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
NOTA
O ensino formal deste idioma remonta ao final dos anos noventa, quando
da publicação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) nº 9.394/1996, que regulamenta
o ensino formal de línguas estrangeiras em território nacional. Anteriormente,
detectou-se tentativas de implementação da língua nos anos 40, 50 e 70, havendo
grande resistência por parte do poder público. Os diversos períodos conturbados
pelos quais o país passou ao longo do século XX não foram produtivos para o
ensino-aprendizagem formal da língua espanhola.
116
TÓPICO 3 | O ENSINO-APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA NO BRASIL
Tudo passou a mudar com a LDB nº 9.394/1996, que estabelecia o lugar das
línguas estrangeiras nas escolas de Ensino Fundamental e Médio. A esta altura não
se brindava um lugar obrigatório ao espanhol, mas se estabelecia que dever-se-ia
ensinar pelo menos uma língua estrangeira moderna "como disciplina obrigatória,
escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro
das disponibilidades da instituição" (art 35 §3). Após a LDB nº 9.394/1996 houve a
predominância do ensino da língua inglesa como língua obrigatória. Na prática, o
espanhol ocupou o lugar reservado à disciplina optativa.
117
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
NOTA
118
TÓPICO 3 | O ENSINO-APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA NO BRASIL
119
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
120
TÓPICO 3 | O ENSINO-APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA NO BRASIL
Palavra Tradução
Vaso Copo Cajón Gaveta
Copa Taça Cancelar Pagar
Crianza Criação Cigarro Charuto
Acordar Lembrar Concierto Show
Balcón Sacada Contestar Responder
Brinco Pulo Ano Ânus
Cana Cabelo branco Acera Calçada
Asignatura Matéria/disciplina Apellido Sobrenome
Alejado Longe/distante Rojo Vermelho
Acreditar Creditar Sobrenombre Codinome/Apelido
Asistir Frequentar Diseño Projeto
121
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
DICAS
122
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
123
AUTOATIVIDADE
a) Jamón, Hoy, Pasta, Pastel, Padre, Pelo, Polvo, Pluma, Tapas, Sítio, Taller,
Oficina, Latir.
b) Vaso, Copa, Crianza, Acordar, Balcón, Brinco, Largo, Garrafa, Débil, Cola,
Cerca, Cena, Beca, Almohada, Aceitar.
c) Guitarra, Novela, Jamón, Hoy, Pasta, Pastel, Padre, Pelo, Crianza, Acordar,
Balcón, Brinco, Taller, Oficina, Latir.
d) Casa, Barco, Nombre, Azul, Comida, Regla, Luz, Bonito, Llegar, Rostro,
Nombre, Bello, Oscuro, Limpio, Besar.
e) Borracha, Borrar, Botiquin, Brega, Brinco, Cachorros, Cachear, Cadera, Cena,
Cola, Chico, Chocho, Chulo, Cinta.
124
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Ao aprendermos uma língua estrangeira é muito comum que durante
o processo de aprendizagem enfrentemos problemas. Tratam-se de problemas
frequentes que podem ser de ordem variada, passando por equívocos de ordem
semântica, como os falsos cognatos, conforme vimos no tópico anterior, até
chegar nas estruturas linguísticas mais complexas.
FIGURA 53 – O ERRO
125
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
127
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
128
TÓPICO 4 | O ENSINO DE ESPANHOL NO BRASIL VISTO DE DENTRO: PERSPECTIVA DOCENTE E NOÇÃO DE ERRO
129
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
DICAS
Recomendamos que você leia o artigo "La interferencia como causa de errores
de brasileños aprendices de español", de autoria de Adja Balbino de Amorim Barbieri Durão.
BARBIERI DURÃO. Adja B. A. La interferencia como causa de errores de brasileños aprendices
de español. In: SEDYCIAS. João. O ensino de espanhol no Brasil: passado, presente, futuro.
São Paulo: Parábola Editorial, 2005.
130
TÓPICO 4 | O ENSINO DE ESPANHOL NO BRASIL VISTO DE DENTRO: PERSPECTIVA DOCENTE E NOÇÃO DE ERRO
FONTE: O autor
131
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
132
TÓPICO 4 | O ENSINO DE ESPANHOL NO BRASIL VISTO DE DENTRO: PERSPECTIVA DOCENTE E NOÇÃO DE ERRO
DICAS
133
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
134
AUTOATIVIDADE
1
2
3
4
5
6
7
8
135
3 Identifique o erro de pontuação:
a) ¿Quién le ha llamado?
b) ¡Buenos días, Julia! ¿Cómo estás?
c) ¿Te gusta ir al cine?
d) ¿Gabriel, sacaste el dinero de ayer?
e) ¿Tienes alguna duda?
136
UNIDADE 2
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
Nos tópicos anteriores, você conheceu diversos pontos importantes em
Linguística Aplicada, como os conceitos que são relevantes para esta disciplina,
as perspectivas possíveis de ensino da língua espanhola e as finalidades mais
recorrentes no ensino de Espanhol. Além disso, também observou relatos de
experiências de professores brasileiros e a sucessão de problemas com os quais
os docentes se deparam em sala de aula.
137
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
afirma que a palavra "interlengua" é bastante adequada, visto que ela transparece
que o aprendiz da língua 2 "entra en un território en el cual está entre lenguas,
ni totalmente en una ni totalmente en otra" (GRIFIN, 2005, p. 91). Este caminho
de transição entre uma língua e outra constitui justamente as etapas pelas quais
passa o falante que está aprendendo o idioma.
138
TÓPICO 5 | ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA: BASE TEÓRICA PARA COMPREENSÃO DE PROCESSOS EMPÍRICOS
FIGURA 60 – A INTERLÍNGUA
Língua
Língua Materna
Interlíngua Estrangeira
(LM)
(LE)
FONTE: O autor
139
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
140
TÓPICO 5 | ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA: BASE TEÓRICA PARA COMPREENSÃO DE PROCESSOS EMPÍRICOS
141
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
Imagine que uma pessoa sabe que quando queremos falar a palavra
"sugestão", em espanhol devemos utilizar o termo "sugerencia". No entanto,
o saber não impede que o falante enuncie a palavra "sugestión" no lugar de
"sugerencia". Este é um exemplo cabal de fossilização. Problemas desta natureza
são completamente possíveis e com frequência impedem o aprendiz de alcançar
o nível de expressão linguística de falantes nativos.
142
TÓPICO 5 | ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA: BASE TEÓRICA PARA COMPREENSÃO DE PROCESSOS EMPÍRICOS
A partir deste viés, entende-se o porquê desta corrente ter sido suplantada,
no âmbito linguístico, por outra corrente, a Análise de Erros.
143
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
4 ANÁLISE DE ERROS
A análise de erros é uma proposta que, de acordo com Semino Lopez (2007),
aproxima-se substancialmente à vertente branda da Análise Contrastiva, que não
pretendia prever todos os erros, mas "identificar que los errores eran resultado de
la interferencia de la lengua materna en la segunda lengua" (SEMINO LOPEZ,
2007, p. 42). Este método pretendia conhecer as causas dos erros e as estratégias
empreendidas pelos falantes no processo de aprendizagem de uma língua meta,
não partia da comparação da língua meta com a língua materna – tal como a Análise
contrastiva –, mas sim das realizações do falante no âmbio da língua meta.
Você concorda que pode ser mais objetivo se basear no que o falante disse
e não no que ele poderia dizer? Estas são as duas principais linhas distintivas
que separam ambas teorias: enquanto na primeira teoria toma-se como ponto de
partida os erros falados pelo aprendiz, na segunda teoria importa a previsão ao
comparar (contrastar) as duas línguas em questão, e assim prever as facilidades
e as debilidades.
144
TÓPICO 5 | ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA: BASE TEÓRICA PARA COMPREENSÃO DE PROCESSOS EMPÍRICOS
5 COMPETÊNCIA COMUNICATIVA
No Tópico 2, intitulado O ensino de Espanhol e suas finalidades,
observamos brevemente a existência do conceito de competência comunicativa.
Segundo Marta Baralo (1999), o termo competência comunicativa e a conceituação
deste se devem a D. Hymes (1971):
Hemos, pues, de proporcionar explicaciones del hecho de que un
niño normal adquiera el conocimiento de las oraciones, no solamente
como gramaticales, sino también como apropriadas. Este niño
adquiere la competencia relacionado con cuándo hablar, cuándo no
y de qué, con quién, dónde, en qué forma (HYMES, 1971, p. 34 apud
BARALO, 1999, p. 31).
145
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
Esta é uma das competências que mais se trabalha nas aulas de Espanhol
como língua estrangeira. Na atualidade não são poucos os cursos de idioma que
baseiam seus planos de ensino em uma abordagem puramente gramatical. De
acordo com o Diccionario de términos clave de ELE:
146
TÓPICO 5 | ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA: BASE TEÓRICA PARA COMPREENSÃO DE PROCESSOS EMPÍRICOS
147
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
149
UNIDADE 2 | A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA (LE)
150
TÓPICO 5 | ENSINO DE LÍNGUA ESPANHOLA: BASE TEÓRICA PARA COMPREENSÃO DE PROCESSOS EMPÍRICOS
DICAS
151
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, você aprendeu que:
• A Análise de Erros constitui uma proposta que visou superar o modus operandi
da Análise Contrastiva.
152
AUTOATIVIDADE
2 Na Interlíngua, qual das estratégias a seguir não constitui uma das operações
que os aprendizes utilizam para chegar nas hipóteses?
a) Transferência
b) Estratégias de comunicação e aprendizagem
c) Fossilização
d) Transferência de instrução
e) Sobregeneralização de regras
153
I - As estratégias de aprendizagem constituem o meio que o falante encontra de
colocar em prática seus conhecimentos no âmbito comunicativo.
II - No âmbito da Interlíngua entende-se que o aprendiz do idioma, de forma
igual a uma criança, emprega hipóteses-teste no processo de aprendizagem.
III - A transferência de instrução ocorre quando o falante já possui uma
explicação formal das regras da língua (aula) e ainda assim emprega a estrutura
de sua língua materna.
IV - A Interlíngua é um sistema individual, próprio de cada falante.
V - Ao empregar as estratégias de comunicação, o falante adquire formas
cognoscíveis de alcançar o conhecimento sobre a língua.
154
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – A AQUISIÇÃO DA LE
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156
UNIDADE 3
TÓPICO 1
A AQUISIÇÃO DA LE
1 INTRODUÇÃO
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UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
habituado à pronúncia dos fonemas naquele idioma. Isso quer dizer que falantes
de línguas diferentes podem ter dificuldades diferentes na aquisição de uma
mesma língua estrangeira.
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TÓPICO 1 | A AQUISIÇÃO DA LE
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UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
DICAS
Falantes do chinês:
YULIANG, Sun. La adquisición del aspecto en español por hablantes de chino
mandarín. Dissertação de mestrado. Disponível em: <https://openaccess.leidenuniv.nl/
handle/1887/35205>. Acesso em: 25 set. 2017.
Falantes do português:
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TÓPICO 1 | A AQUISIÇÃO DA LE
3 DIFERENÇA DA AQUISIÇÃO DA LE E DA LM
Com o desenvolvimento da Linguística Aplicada enquanto disciplina,
diversos estudos visaram o processo de aquisição de línguas, sejam elas maternas
ou estrangeiras. De acordo com Baralo (1999), todas as línguas que um falante
aprende após a sua língua materna (LM) serão consideradas língua segunda (L2) ou
língua estrangeira (LE). A respeito dos termos L2 e LE, o autor ainda esclarece que
ambos termos não se tratam do mesmo tema, ainda que possam ser usados como
sinônimos em determinados contextos. Na Unidade 2 conhecemos as acepções
de L2 e LE. Neste momento, para que compreendamos as nuances implicadas na
aquisição de uma Língua Materna (LM) e de uma Língua Estrangeira (LE), é preciso
que se retome a natureza dos conceitos com os quais lidaremos a seguir. Observe
atentamente o caso hipotético apresentado por Marta Baralo (1999, p. 22-23):
Estos dos términos no se refieren a la misma cosa, aunque a veces
puedan usarse como sinónimos. En los trabajos de investigación de
adquisición de lenguas, suele llamarse L2 a la lengua que se aprende
en comunidades que disponen de dos sistemas lingüísticos en
contactos, sea en situación de bilingüismo o de diglosia. Con L2 nos
referimos a una lengua que se adquiere en un contexto natural, no
sólo institucional, sin grandes esfuerzos de estudio, de forma parecida
a como se ha adquirido la LM en muchos aspectos - claro que nunca
será igual el proceso, por que cuando se adquiere la L2 ya se posee el
conocimiento y la experiencia de la L1. En el caso de un niño catalán,
que crece en una familia de habla catalana, y luego aprende el español,
lo habla con sus compañeros, lo estudia y lo practica en algunas horas
del colegio, podemos decir con toda claridad que el catalán es su LM
y el castellano su L2. Si este mismo niño estudia inglés en el instituto,
durante unas horas semanales, sólo en ese contexto institucional,
tenderemos a considerar que su inglés es una LE. Ahora bien, si son
muchas las horas en que interactúa en inglés - en un colégio bilingüe,
por ejemplo - y pasa algunas vacaciones en una ciudad de habla inglesa,
nuestro sujeto habrá adquirido una cierta competencia comunicativa
en inglés que nos llevará a considerarla otra L2, más que una LE.
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UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
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TÓPICO 1 | A AQUISIÇÃO DA LE
Você conhece alguém que tenha aprendido uma língua estrangeira depois
de adulto e fale com notável fluência? É algo perfeitamente possível. O que a
Linguística Aplicada busca entender é a razão de certas pessoas alcançarem
certos níveis de fluência e outras pessoas não. Sabe-se, com certeza, que imperam
fatores de ordem cognitiva sobre razões paralelas. No entanto, considerando o
caráter vivo da língua e as diversas nuances que conformam a aquisição de uma
segunda língua, o tema da idade pode ser relevante se considerarmos condições
de exposição específicas, como elencaremos a seguir.
FIGURA 73 – O BILINGUISMO
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UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
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TÓPICO 1 | A AQUISIÇÃO DA LE
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RESUMO DO TÓPICO 1
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AUTOATIVIDADE
I - Para Baralo (1999), os termos L2 e LE tratam do mesmo tema, ainda que não
sejam usados como sinônimos em determinados contextos.
II - A LE é a língua que o falante menos domina em relação à língua materna e
à língua segunda.
III - Cognitivamente o processo de aquisição de uma língua materna é diferente
do processo de aquisição de uma língua estrangeira.
IV - Uma criança pode alcançar muito mais sucesso no aprendizado de uma
língua em uma situação de bilinguismo do que em uma situação de imersão
linguística.
V - A motivação é um substrato externo e não é relevante no processo de
aquisição de línguas segundas.
Estão corretas:
167
168
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
O campo dos estudos científicos é uma área de produção constante
na qual as pesquisas e a produção de conhecimento nunca param. As teorias
surgem em virtude deste movimento, considerado extremamente positivo para a
compreensão dos mais diversos fenômenos. Dada a pluralidade de pesquisadores,
a diversidade de contextos experienciais, de percepções e de métodos, é possível
dizer que não existem teorias incorretas. Enquanto acadêmico, você verá inúmeras
teorias que poderão responder aos seus questionamentos ou não. Uma teoria
gerada em função da observação de um determinado meio pode vir a ser útil para
nós ou pode funcionar somente no meio no qual foi concebida. São entendimentos
muito importantes quando nos tornamos estudiosos de um determinado assunto.
A partir dessa consciência, entendemos que teorias não são estruturas modulares
capazes de serem adaptadas a todos os contextos e portadoras de uma verdade
universal, mas sim uma representação de um processo de observação científica,
pautada em metodologias e objetivos previamente delimitados.
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UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
2 CONDUTIVISMO REFUTADO
O condutivismo refutado é uma teoria nativista que surgiu através de
uma refutação e é considerado uma teoria nativista. De acordo com Kim Griffin
(2005), as teorias nativistas são aquelas que contemplam a Aquisição de Segundas
Línguas (ASL), tomando como base as características das línguas e a sua natureza
sistemática. As teorias nativistas (ou mentalistas) possuem sua origem nas reações
de Chomsky ao Condutivismo de Skinner (1957), principal nome de uma corrente
psicológica chamada Behaviorismo.
NOTA
NOTA
170
TÓPICO 2 | TEORIAS DE AQUISIÇÃO DE LÍNGUAS
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UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
Chomsky (2010) defende que toda criança nasce com uma capacidade
inata de aprender a língua. De acordo com Griffin (2005, p. 35), esta capacidade
seria como uma espécie de "procesador mental o dispositivo preparado para
recibir información externa y asociarla con una estructura gramatical interna".
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TÓPICO 2 | TEORIAS DE AQUISIÇÃO DE LÍNGUAS
3 TEORIAS AMBIENTALISTAS
A aculturação faz parte do âmbito das teorias ambientalistas. Se as teorias
nativistas pendem para uma perspectiva cognitiva de aquisição de segunda
língua, as teorias ambientalistas se debruçam sobre a questão da influência social
sobre o indivíduo. Os ambientalistas propõem como base as relações sociais e
os tipos de comunicação possíveis. Kim Griffin ressalta que esta vertente teórica
surgiu em função da observação dos indivíduos que são obrigados a entrar
em processo de aquisição. Um exemplo cabal de caso estudado pelas teorias
ambientalistas são os comerciantes marroquinos que recebem todo ano milhares
de turistas espanhóis. Nesses indivíduos não haveria outra motivação no
aprendizado da língua espanhola senão pela necessidade de poder se comunicar
com os turistas hispanofalantes e assim vender ou negociar seus produtos. Griffin
(2005) menciona o termo pidgin para referir-se a este fenômeno.
NOTA
O pidgin é um termo que vem da língua inglesa. De acordo com Griffin (2005,
p. 16), o pidgin é uma "alteración del inglés business, negocios, asuntos. El pidgin es una
lengua híbrida nacida del contacto entre el inglés y algunas lenguas del extremo oriente
al calor de las relaciones comerciales entre distintas comunidades". O pidgin é o resultado
da aquisição parcial de uma segunda língua, com fortes influências da língua materna do
falante. É quando o falante utiliza a L2 exclusivamente para um fim específico.
173
UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
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TÓPICO 2 | TEORIAS DE AQUISIÇÃO DE LÍNGUAS
NOTA
1. Si los miembros de los dos grupos son y se ven como iguales y si el uso/aprendizaje
de la lengua es positivo o negativo.
2. Si los miembros de los dos grupos quieren la integración de los aprendices.
3. Si los miembros de los dos grupos desean que los aprendices de L2 compartan
elementos sociales.
4. Si los aprendices de L2 forman parte de un grupo pequeño y no cohesivo.
5. Si la cultura de los aprendices de L2 es congruente con la cultura en la que
pretenden integrarse (no chocan, aunque no compartan).
6. Si existe una actitud positiva entre los dos grupos.
7. Si los aprendices de L2 piensan permanecer cierto tiempo en la cultura de la L2.
FONTE: Griffin (2005)
175
UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
3.2 DESNATIVIZAÇÃO
A desnativização é uma teoria que eleva o entendimento da aculturação a
um nível além. Andersen (1983), o autor dessa teoria, propõe um enfoque que mescla
questões de socialização com cognição. O autor defende que um grau elevado de
aculturação pode fazer com que o indivíduo se afaste dos comportamentos, dos
hábitos e também de tudo o que exista relativo à sua própria cultura, absorvendo por
completo a cultura do outro e assim "desnativizando-se". Para além de uma questão
linguística – que neste caso pressupõe um domínio excelente da segunda língua –,
também é acrescido um fator social e psicológico na constituição deste processo.
Para desnativizarse, el aprendiz debe adaptarse y reajustar sus
comportamientos y pensamientos de acuerdo con los "otros". Se
mueve él hacia otras normas culturales para poder llevarlo a cabo. El
resultado es que se aproxima más a las formas lingüísticas proprias
del otro grupo sin interferencia de su L1. La persona que no se
desnativiza solamente asimila la nueva información, pero siempre
dentro del marco L1 de sus comportamientos y pensamientos
originales. Quiere decirse que mantiene independencia de las normas
del otro grupo y suele ocurrir cuando tiene insuficiente acceso (en
frecuencia y duración) a aquellas normas. El resultado es que se
mantiene una constante interferencia de la L1 y, por consecuencia,
formas idiosincráticas de la L2 (GRIFFIN, 2005, p. 42).
176
TÓPICO 2 | TEORIAS DE AQUISIÇÃO DE LÍNGUAS
Como você pode perceber, cada uma das teorias já elencadas foi criada
com base na observação de fenômenos específicos: crianças aprendendo a língua
materna; crianças aprendendo uma língua estrangeira; indivíduos em situação de
bilinguismo, sujeitos que aprenderam uma língua segunda por motivos de trabalho
ou sobrevivência; pessoas que mudaram de país e mergulharam em uma nova
cultura, mas mantiveram suas raízes presentes, e também pessoas que permitiram
que a língua e a cultura segunda suplantassem completamente suas origens.
3.3 ACOMODAÇÃO
Conforme estudamos, as teorias ambientalistas são aquelas que levam em
consideração os fatores socioculturais de interação e o papel destas variáveis na
aquisição de uma segunda língua. A teoria da acomodação é uma teoria situada
no âmbito das teorias ambientalistas, assim como a aculturação e a desnativização.
NOTA
177
UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
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RESUMO DO TÓPICO 2
• A Aculturação é uma teoria que se debruça sobre a situação pela qual passa
uma pessoa durante a adaptação em uma nova cultura.
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AUTOATIVIDADE
1 Assinale a teoria que não constitui uma das Teorias da Aquisição da Linguagem
estudadas:
a) ( ) Condutivismo refutado
b) ( ) Acomodação
c) ( ) Desnativização
d) ( ) Aculturação
e) ( ) Estruturalismo
a) ( ) Apenas V.
b) ( ) Todas estão corretas.
c) ( ) Apenas a assertiva I é correta.
d) ( ) I e III estão corretas.
e) ( ) I, II e IV estão corretas.
180
UNIDADE 3
TÓPICO 3
A QUESTÃO DO BILINGUISMO
1 INTRODUÇÃO
O conceito de bilinguismo foi introduzido na Unidade 2. Você recorda a
descrição que expressava melhor o nosso entendimento em relação a este termo?
Na ocasião, mencionamos que a melhor definição de "Bilinguismo" havia sido
empregada pelo Diccionário Enciclopédico de las Ciencias del Lenguaje, de Ducrot
e Todorov, que define como bilíngue todo sujeito que é capaz de dominar duas
línguas com níveis diferentes (podendo-se saber mais de uma língua do que outra).
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UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
DICAS
2 BILINGUISMO SOCIAL
O conceito de bilinguismo social está relacionado à existência de duas
línguas em um único território. Este fenômeno possui motivações de ordens social
e individual. O bilinguismo ligado a questões territoriais é uma das formas mais
comuns de bilinguismo, dadas as questões históricas responsáveis pela circulação
e interação entre pessoas de origens distintas, como o colonialismo, os processos
migratórios (conforme estudamos na Unidade 2), a unificação de diversos
territórios por motivos políticos e também as zonas de fronteiras. Segundo
o Instituto Cervantes (s.d.), calcula-se que atualmente metade da população
mundial seja bilíngue funcional em decorrência dos fatores sócio-históricos. O
bilinguismo funcional é uma modalidade de bilinguismo na qual o falante utiliza
a língua de acordo com o acontecimento comunicativo no qual é envolvido (por
exemplo, quando alguém lhe pede uma informação em língua estrangeira e o
falante é plenamente capaz de se comunicar, ou então quando necessita realizar
transações comerciais, como no fenômeno pidgin, conforme vimos anteriormente).
182
TÓPICO 3 | A QUESTÃO DO BILINGUISMO
Bilinguismo social
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UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
3 BILINGUISMO INDIVIDUAL
Ao longo do tempo, as perspectivas tradicionais entendiam o bilinguismo
somente como um fenômeno exclusivo de pessoas que possuíam um domínio
nativo de duas línguas. Com o passar do tempo, refletiu-se muito sobre este
aspecto e outras vertentes passaram a entender o bilinguismo também a partir
de uma ótica individual, ou seja, a reconhecer como bilíngues pessoas que
aprenderam uma segunda língua depois de ter passado pela infância. Você
recorda quando falamos sobre a abordagem de U. Weinreich (1952), para quem o
bilíngue constituía um indivíduo capaz de usar duas línguas de forma alternada?
De fato, na esteira desse entendimento, muitos outros teóricos passaram a admitir
o bilíngue como a pessoa suficientemente hábil no exercício da competência
comunicativa de outro idioma além da sua língua materna.
184
TÓPICO 3 | A QUESTÃO DO BILINGUISMO
4 DIGLOSSIA
A Diglossia é um termo cunhado por C. Ferguson em 1959. De acordo
com o Instituto Cervantes (s.d.), a diglossia ocorre quando uma comunidade
linguística utiliza duas variedades de uma língua (diglossia em sentido estrito)
ou duas línguas diferentes (diglossia em sentido amplo) em âmbitos específicos e
para funções sociais distintas. Diferentemente do bilinguismo, que é um conceito
que busca dar conta da versatilidade do falante em se comunicar em dois idiomas
distintos, a diglossia é um conceito que visa dar conta das características sociais
de um dado local. Este conceito busca entender também o tema da função social
de determinada língua em uma comunidade específica.
185
UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
186
TÓPICO 3 | A QUESTÃO DO BILINGUISMO
De acordo com o Instituto Cervantes (s.d.), há, ainda, uma visão ampliada
do conceito de Diglossia. Trata-se de um entendimento surgido no âmbito da
sociologia da linguagem e seu principal autor é J. Fishman (1972). Para o estudioso,
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UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
Você já viajou para algum lugar no qual havia o uso de diglossia? Além
da experiência de fronteira no Brasil, conforme vimos o caso de Santana do
Livramento e Rivera, também é possível encontrar diglossia no Paraguai (onde
o guarani é uma língua amplamente difundida e falada por uma grande maioria
da população paraguaia), no México (onde existe um número altíssimo de línguas
indígenas coexistindo com o espanhol) e na Espanha (onde existem diversas línguas
e variantes faladas nas comunidades autônomas). Evidentemente estes são exemplos
pontuais e mais próximos da realidade experiencial de um brasileiro. Devido à alta
probabilidade de ocorrer em distintos contextos, este fenômeno é bastante comum
em comunidades anglofalantes, hispanofalantes, árabes, judias e asiáticas.
DICAS
5 ALTERNÂNCIA DE CÓDIGO
A alternância de código constitui um recurso em que o falante utiliza
duas ou mais línguas em um discurso. São variadas as motivações que o levam
188
TÓPICO 3 | A QUESTÃO DO BILINGUISMO
a alternar entre uma e outra. De acordo com o Instituto Cervantes (s.d., s.p.), este
é "un fenómeno natural y común entre individuos bilingües, cuya competencia
pragmática les permite escoger (incluso de un modo inconsciente) entre uno u otro
código, según el interlocutor, la situación, el tema o el propósito de la interacción".
Este fenômeno vem sendo estudado ao longo do tempo, sobretudo porque
pressupõe um domínio satisfatório das línguas utilizadas no processo interativo.
189
UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
190
TÓPICO 3 | A QUESTÃO DO BILINGUISMO
Ah, ah, yendo a la casa de Damián Vino a hablarme uno medio gay
Ah, ah, camino por el boulevard Yo ponía stop y el ponía play
Ah, ah, yendo a la casa de Damián Le gustaba el Big Mac y Tupac
No se si es que ya no veo o que ya no Vendía crack y tomaba Prozac
entiendo Y gritó escupiendo un snack
Por qué me cuesta tanto llegar "El master hace playback"
Lo destriparon como hacía Jack
Cruzando la calle quedé de flash Sin poder terminar su cognac
Cuando vi dos niñas fumando hash
Escuchaban trash y The Clash Pero cayeron desde un penthouse
Jugando a quién tomaba más splash En mi ojo un teclado y un mouse
Y como una vez en un vernisage Ciego y perdido por el stress
Me dio un ataque de soumenage Peor que en un secuestro express
Cuando dijeron "Por diez pesos cash Yo que en inglés solo se decir 'yes'
Hacemos juntos los tres un menage" Pensé en el libro de Herman Hesse
'Soy un loser como un boyscout'
De los nervios me vino un tic Y de la vida me declaré out
En el fondo siempre fui un freak
Les di fuego con yesquero Bic Ah, ah, yendo a la casa de Damián
Pero me pareció poco chick Ah, ah, camino por el boulevard
Que transaran por una crush Ah, ah, yendo a la casa de Damián
Por un nerd de medias de plush No se si es que ya no veo
Que les pintó los labios con rouge Ah, ah
Yo le escupí su t-shirt de Bush Ah, ah
Ah, ah, yendo a la casa de Damián
No se si es que ya no veo o que ya no entiendo
Por qué me cuesta tanto llegar
DICAS
191
UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
NOTA
192
TÓPICO 3 | A QUESTÃO DO BILINGUISMO
193
UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
NOTA
194
RESUMO DO TÓPICO 3
195
AUTOATIVIDADE
Estão corretas:
a) ( ) I, II e V
b) ( ) IV, II e V
c) ( ) I, II e V
d) ( ) III e IV
e) ( ) I, II, III e IV
196
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Tendo em vista o tema da aquisição de segundas línguas e a importância
das competências oral e escrita neste processo, no presente tópico observaremos
não somente o que dizem os teóricos da Linguística Aplicada sobre ambas as
competências, mas abordaremos as possibilidades de trabalho destas no possível
contexto experiencial de cada estudante da UNIASSELVI, seja o acadêmico um
aprendiz da língua espanhola ou um professor que já esteja exercendo a profissão
em sala de aula.
197
UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
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TÓPICO 4 | A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE
FIGURA 87 – SPEAKY
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UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
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TÓPICO 4 | A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE
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TÓPICO 4 | A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE
DICAS
203
UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
Além disso, o documento também sugere que ao longo dos três anos do
Ensino Médio se trabalhe continuamente as habilidades de leitura, comunicação
oral e prática escrita:
204
TÓPICO 4 | A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE
DICAS
205
RESUMO DO TÓPICO 4
206
AUTOATIVIDADE
Produção textual
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
207
18
19
20
208
UNIDADE 3
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
Conforme estudamos ao longo de todo o livro, o processo de
aprendizagem e aquisição de uma segunda língua ou de uma língua estrangeira
respeita pressupostos de ordem diversa. Em linhas gerais, uma série de variáveis
determinam o quão e como o falante vai progredir desde o momento em que
é exposto ao idioma pela primeira vez. No âmbito da Linguística Aplicada ao
ensino de línguas são comuns alguns termos de origem anglófona para descrever
teorias baseadas na observação de processos linguísticos.
Nos últimos dois anos, duas imagens (sem autoria declarada) têm sido
divulgadas nas redes sociais e vêm explicitando pictoricamente parte do que a
teoria que estudaremos tenta elucidar. Observe atentamente as seguintes figuras:
2 INPUT/ADUCTO
O Input é a informação linguística que o aprendiz recebe. Toda informação
recebida através do entorno no qual o falante está inserido é considerada input.
No entanto, cabe sinalizar que existem diversos tipos de input e nem todas as
formas se transformam em informação assimilada. É justamente a sequência entre
o Input (informação) e o Intake (assimilação) que constitui a peça fundamental
no processo de aquisição de uma segunda língua pelo aprendiz. Como o
falante assimila o conhecimento que recebe? Todo conhecimento é assimilável?
Quais fatores ou variáveis são necessárias para uma verdadeira assimilação da
informação recebida? Essas e outras perguntas constituem parte de um percurso
que busca entender o transcurso desse processo.
210
TÓPICO 5 | QUESTÕES IMPORTANTES NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE L2: A INFORMAÇÃO TRANSFORMADA EM
CONHECIMENTO
Este é um grande problema não somente no âmbito escolar, mas também em nível de
vida. Com frequência somos expostos a uma gama massiva de informações, sejam
elas notícias, histórias de terceiros, anedotas de amigos, ou previsões possíveis.
Devido aos nossos propósitos e focos pessoais, em grande parte as informações
que recebemos não são "registradas" e, algumas vezes, devido a um certo nível de
importância que se manifesta posteriormente, precisamos ser expostos novamente
a determinado conteúdo informativo. O que em determinadas situações pode
parecer inconveniente, no âmbito da agilidade do dia a dia constitui uma variável
presente no comportamento de muitas pessoas. Certamente você, como sujeito que
interage socialmente, já passou por situações similares.
En las primeras épocas de los estudios sobre la ASL, se daba por supuesto
que la manera en la que un aprendiz adquiría una segunda lengua
dependía casi exclusivamente del input que lo rodeaba. El entorno era
decisivo porque determinaba lo que percibía el aprendiz, y la relación
entre percepción y aprendizaje se trazaba con una línea directa. Los
behavioristas proponían que al tener formada la L1, aprender una L2 era
cuestión de observar, imitar, repetir, y reemplazar viejos conocimientos
con los nuevos. Por lo tanto, con suficiente exposición al input seguido
por repetición frecuente de lo percibido, se podría adquirir una segunda
lengua. Hoy día se sabe que esta idea, que procedía de los estudios de
adquisición de la L1, se basaba en conceptos erróneos.
NOTA
211
UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
213
UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
NOTA
E/LE
214
TÓPICO 5 | QUESTÕES IMPORTANTES NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE L2: A INFORMAÇÃO TRANSFORMADA EM
CONHECIMENTO
215
UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
216
TÓPICO 5 | QUESTÕES IMPORTANTES NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE L2: A INFORMAÇÃO TRANSFORMADA EM
CONHECIMENTO
Sinopsis
A busca (ou não) pelo conhecimento que lhe interessa estará embasada
pelo filtro afetivo alto ou pelo filtro afetivo baixo, conforme o Diccionario de
términos clave de ELE (s.d., s.p.): “Los aprendientes con un filtro afectivo bajo
se distinguen de aquellos que lo tienen alto por los siguientes rasgos: buscar y
recibir más cantidad de aducto, relacionarse con sus interlocutores con mayor
confianza, mostrarse más receptivos y actuar con menor nivel de ansiedad”.
Imagine que um conteúdo relativo ao cinema pode não suscitar nenhum tipo
de interesse em uma pessoa que não gosta de ver filmes ou que não se interessa
pelo assunto. Neste caso, não haveria qualquer vínculo afetivo capaz de elevar o
estado de ânimo do aprendiz e conectá-lo com o conhecimento.
DICAS
218
TÓPICO 5 | QUESTÕES IMPORTANTES NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE L2: A INFORMAÇÃO TRANSFORMADA EM
CONHECIMENTO
219
UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
Por fim, sugerimos que você reflita sobre a sua experiência enquanto falante
da língua e tente relacioná-la com a hipótese do monitor. Alguma vez o conhecimento
gramatical lhe foi importante para a produção oral em espanhol? Na sequência,
apresentamos uma figura cujo conteúdo gramatical é de importância vital para o
falante da língua espanhola, pois desambiguiza o uso de pronomes pessoais, artigos
e pronomes possessivos, como é o caso das duplas (el/él, mí/mi, tú/tu/ti). Observe
atentamente a imagem construída pelo website Ortografia y Gramatica:
DICAS
220
TÓPICO 5 | QUESTÕES IMPORTANTES NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE L2: A INFORMAÇÃO TRANSFORMADA EM
CONHECIMENTO
DICAS
221
UNIDADE 3 | AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA COMO LE E A COMPETÊNCIA ORAL E ESCRITA
3 INTAKE/EDUCTO
A informação assimilada, o Intake, é um dos pilares centrais da teoria
de aquisição de línguas de Krashen. No âmbito de toda uma teoria que visa
entender como funciona o processo de aquisição de segundas línguas, Krashen
(1983) relega ao intake a razão última do funcionamento de todo e qualquer input.
Desde o âmbito da sala de aula até os domínios da linguística aplicada, a ambição
máxima de todo e qualquer input deve ser a transformação em intake. De acordo
com Sapucaia (2015, p. 8), o "Intake é simplesmente onde origina-se a assimilação
da língua; é o input linguístico que ajuda o aluno a assimilar a língua".
222
TÓPICO 5 | QUESTÕES IMPORTANTES NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE L2: A INFORMAÇÃO TRANSFORMADA EM
CONHECIMENTO
223
RESUMO DO TÓPICO 5
• Existem diferenças entre o input recebido por uma criança ao aprender sua
língua materna (L1) e o input recebido por um adulto em processo de aquisição
de sua língua segunda.
• A hipótese do filtro afetivo possui relação direta com a entrada ou não do input.
224
AUTOATIVIDADE
225
226
REFERÊNCIAS
227
BRASIL. DECRETO 13.405/2017 DE 16 DE FEVEREIRO DE 2007. Disponível
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