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1. Introdução
Este trabalho objetiva apresentar discussões sobre o tripé ensino, pesquisa e extensão,
como sendo acções indissociáveis para a formação acadêmica. Inicialmente, discorre
sobre a concepção de indissociabilidade. Em seguida, apresenta reflexões da
materialização da indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão e, depois, pontua
alguns desafios acerca do tema. Compreende-se que, a indissociabilidade representa um
princípio que deve ser vivenciado pelas Universidades e que possa contribuir para
estreitar as relações junto às sociedades, possibilitando, assim, a construção do
conhecimento mútuo, da formação profissional, da transformação da universidade e da
sociedade. No trabalho aqui específico trata - se da indissociabilidade entre o ensino,
pesquisa e extensão, que possibilitará reflexões sobre a operacionalização de qualidade
da formação acadêmica e sobre o trabalho social.
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A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão
1.1. Objectivos
1.1.3. Metodologia
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"a articulação entre o ensino e a extensão aponta para uma formação que se preocupa
com os problemas da sociedade contemporânea, mas carece da pesquisa, responsável
pela produção do conhecimento científico. Por sua vez, se associados o ensino e a
pesquisa, ganha-se terreno em frentes como a tecnologia, por exemplo, mas se incorre
no risco de perder a compreensão ético-político-social conferida quando se pensa no
destinatário final desse saber científico (a sociedade). Enfim, quando a (com
frequência esquecida) articulação entre extensão e pesquisa exclui o ensino, perde-se a
dimensão formativa que dá sentido à universidade." Moita e Andrade (2009,p. 269)
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A indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão
3. O princípio da indissociabilidade
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Contudo, o que tem sido observado nos últimos anos é o afastamento entre esses eixos,
provocando o distanciamento dessas três abordagens. Um dos fundamentos dessa
realidade é o nível de especialização dos docentes dentro das universidades.
Quanto mais instruído, um professor de nível superior tende a verter para o ensino, para
a pesquisa ou para a extensão. O que tem-se observado na prática é que a qualificação e
a instrução elevada do docente fazem-no se afastar do ensino e extensão na graduação e
se dedicar à pesquisa na pós-graduação, ou seja, essas atividades são postas como se não
pudessem coexistir, nem tampouco serem integradas umas às outras. (DIAS, 2009,
p.41).
Outro factor que pode ser apontado é que, pelo atual crescimento econômico e pela
aceleração dos investimentos em mais universidades particulares no mercado, por
exemplo, os docentes não possuem recursos nem apoio institucional, além da
dificuldade em relação ao tempo, tendo em vista a elevada carga de trabalho e
responsabilidades que alguns professores assumem para desenvolverem a pesquisa, o
ensino e a extensão conjuntamente, obrigando-os a ter que optar por um desses eixos. E,
diante disso, grande parte dos professores opta pela pesquisa, pelo status que tem dentro
da universidade e na comunidade. Como ressalta Silva (2000), as relações entre ensino,
pesquisa e extensão decorrem dos conflitos em torno da definição da identidade e do
papel da universidade ao longo da história.
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Mediante as particularidades que caracterizam cada uma das três funções universitárias,
a indissociabilidade de ensino, pesquisa e extensão se caracteriza como um catalisador
do conhecimento, que permite, conforme Santos (2004, p. 31), “a inserção da
universidade na sociedade e a inserção desta na universidade”. Logo, a
indissociabilidade pode ser entendida como um princípio orientador da universidade
nascido sob o influxo dos debates que estabelecem o lugar da universidade no seio da
sociedade em geral, recebendo, daí, uma nítida influência daquela terceira tendência
sugerida por Pereira Júnior (2005), a de um conhecimento científico em diálogo
permanente com as demandas sociais.
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3.1. A pesquisa
3.2. A extensão
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A extensão, por sua vez, significa a articulação da universidade com a sociedade com o
objetivo de que o conhecimento novo que ela produz pela pesquisa e difunde pelo
ensino não fique restrito aos seus muros (SAVIANI, 1987).
Por meio do ensino superior é que o educando-se interage com o mundo através do
conhecimento adquirido, e além de um ambiente educacional de graduação, é
imprescindível o seu envolvimento na aprendizagem profissional. Assim, o ensino
superior é aquele que desencadeia conhecimento capaz de transformar a atuação do
indivíduo como ser social. “Convergência e articulação equilibrada entre as dimensões
científica, investigativa e pedagógica” (PIMENTA e ALMEIDA, 2012, p.24).
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Como ressalta Silva (2000), as relações entre ensino, pesquisa e extensão decorrem dos
conflitos em torno da definição da identidade e do papel da universidade ao longo da
história. Por sua vez, Magnani (2002) indica que, nesses quase duzentos anos de ensino
educacional registrou o esforço por transformar o modelo de transmissão de
conhecimento em um modelo de produção e transmissão do saber científico, aliando
pesquisa e ensino, como decorrência das pressões por democratização do acesso às
universidades. Mais recentemente ainda, a extensão surge como terceiro elemento do
fazer acadêmico, resposta às críticas e pressões sofridas pela universidade, oriundas de
setores e demandas sociais (Silva, 2000). Ensino, pesquisa e extensão aparecem, então,
ao final do século XX, unidos pelo princípio constitucional da indissociabilidade antes
citado.
Mal esse princípio foi postulado, porém, já se viu alvo de flexibilizações que
denunciam, também no entender de Magnani (2002), tanto a fragilidade da associação
entre essas funções, quanto, por trás dessa debilidade.
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É o conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua
origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças e cada
indivíduo. Exemplos: acreditar que alguém foi curado por um milagre; acreditarem
Deus; acreditar em reencarnação; acreditar em espírito, etc. O conhecimento teológico é
fundamentado exclusivamente na fé humana e desprovido de método.
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Desde as demandas sociais pela proposição do princípio na Constituição, ele era parte
inerente de uma dada concepção de Universidade, de sua função social e política
materializada em uma formação e no desenvolvimento de pesquisas que
necessariamente dialogassem com a sociedade. De acordo com Mazzilli (1995, p. 150
apud SCHENDER, 2011, p. 49), a indissociabilidade poderia:
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No caso deste estudo, a pesquisa exploratória foi amparada pelos preceitos da pesquisa
bibliográfica, considerada por Gil (2001) como indispensável em qualquer investigação
científica, pois, segundo esse autor por meio das leituras, seleção de material,
fechamentos e resenhas de artigos, livros, doutrinas e/ou outras fontes, pode-se
estabelecer uma aproximação com o objecto de estudo. Além disso, permite ao
pesquisador “rever, reanalisar, interpretar e criticar considerações teóricas ou
paradigmas ou ainda criar novas proposições na tentativa de explicar a compreensão de
fenômenos relativos às mais diversas áreas do conhecimento” (PRESTES, 2007, p. 26).
Em relação ao uso da abordagem qualitativa, a escolha desse método deveu-se ao fato
desse tipo de abordagem responder a questões muito particulares. Nas palavras de
Minayo (2001, p. 21-22):
Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser
quantificado, ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações,
crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações
dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de
variáveis.
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6. Conclusão
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7. Bibliografia
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