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I - CONCEITOS BÁSICOS -
1. Comunicação: Ação, efeito ou meio de comunicar, aviso, participação, ligação, comunhão.
2. Dicção: - Maneira de dizer ou pronunciar, expressão, arte de recitar.
3. Exegese: Interpretação, explicação ou comentário (gramatical, histórico, jurídico, etc.) de textos,
principalmente da Bíblia.
4. Eloqüência: Capacidade de falar e exprimir-se com facilidade; dom de falar com fluência.
5. Fonação: Conjunto dos fenômenos que concorrem para a produção da voz.
6. Hermenêutica: Princípios de interpretação bíblica; arte de interpretar os livros sagrados e os
textos antigos.
7. Homilética: O termo Homilética é derivado do Grego “HOMILOS" o que significa, multidão
assembléia do povo,
derivando assim outro termo, "HOMILI A" ou pequeno discurso do verbo "OMILEU" conversar.
O termo Grego "HOMILIA" significa um discurso com a finalidade de Convencer e agradar.
Portanto: É a ciência ou a arte de elaborar e expor o sermão. "É a arte de pregar sermões", "a
ciência da pregação", "arte de fala religiosa".
Eloqüência de púlpito, de cátedra; arte de pregar sermões, não se abstendo do aprimoramento das
habilidades oratórias. É a ciência que ensina os princípios fundamentais dos discursos em público.
8. Lógica: Ciência do raciocínio; coerência; raciocínio encadeado; ligação de idéias.
9. Oratória: Arte de falar em público eloqüentemente ou em consonância com as regras da retórica;
peça dramática religiosa.
10. Persuasão: Ato ou efeito de persuadir; convicção; crença. Vem de Persuadir: Levar a crer ou
aceitar, aconselhar, induzir.
11. Pronúncia: Articulação do som das letras, sílabas ou palavras. Maneira especial de pronunciar os
sons de certa língua.
12. Pregação: É a comunicação verbal da verdade divina com o fim de persuadir. Tem em si dois
elementos: a verdade e a personalidade.
13. Retórica: A arte do uso eficiente das palavras em falar e escrever. Conjunto de regras relativas à
eloquência; arte de falar bem.
14. Sermão: Um discurso religioso formal, baseado na Palavra de Deus, e que tem por objetivo
salvar os homens.
15. Tema: É a matéria de que trata o sermão; a idéia central do sermão; o assunto apresentado no
sermão.
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II- Objetivo da homilética -
Ajudar na confecção de sermões para uma pregação mais eficiente. Isto porque beneficia o pregador
(torna mais fácil a pregação do sermão) e beneficia o auditório (um sermão homileticamente
preparado é mais assimilável). Muitos sermões falham por ser absolutamente sem ordem. As idéias
são confusas e a pregação perde o sentido, por completo.
A homilética não é:
a) Substituta da vida espiritual;
b) Substituta do Espírito Santo;
c) Uma garantia de ministério eficiente.
A homilética é:
a) Um auxiliar no estudo e análise do texto;
b) Um auxiliar na exposição de idéias;
c) Uma compreensão de que o sermão tem muito a ver com o pregador. O pregador é o sermão.
d) Uma compreensão de que Deus colocou no mundo recursos que devemos aproveitar. Inclusive os
da
ciência da comunicação verbal.
1. A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO
"Tanto a preparação quanto a exposição são enriquecidas com o grau de conhecimento do pregador.
Os conhecimentos não são a principal razão de um sermão, mas são o esqueleto que lhe dá forma...
O pregador não precisa deixar de ser espiritual pelo fato de enriquecer seus sermões com
conhecimentos gerais. Se o sermão estiver cheio da graça de Deus, então os conhecimentos nele
inseridos resultarão em bênçãos. A homilética apresenta as regras técnicas, e ensina como o
pregador pode tirar proveito dos conhecimentos, ordenando os pensamentos e dosando-os com a
graça divina.
Todo pregador deve adotar um sistema de estudo, para seu maior aproveitamento no ministério da
Palavra..."
"O que se vai dizer é resultado do que sabemos, sentimos, pensamos, cremos e desejamos
transmitir...
Cultura é aquilo que a gente sabe, resultado de nossa vivência, da sedimentação do que somos,
sabemos, das influências que sofremos e de tudo que realmente nos estruturou. Ser um homem culto
em nossos dias, isto é, capaz de pensamento original e ter digerido as informações do mundo em
que vivemos, é uma equação diferente da que se apresentava no passado. Pouco a pouco a
"explicação" do mundo foi, cada vez mais, passando para a área científica..." Por isso o importante é
manter os "pés no chão".
Para falar de um tema qualquer é preciso dominar o assunto, a ponto de torná-lo de uma
simplicidade quase alarmante e dar a impressão ao auditório de que o estamos desvendando juntos,
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realizando uma agradável excursão intelectual ou humana, participando os dois, nós e o ouvinte, do
que vai surgir. O que vale mais é a gente ser a gente mesmo."
Assim, a primeira e grande obrigação do pregador é a LEITURA, constante, sistemática dos assuntos
que ele aborda em suas prédicas e de cultura geral.
2. PREGAÇÃO BÍBLICA
"Pregação bíblica, em poucas palavras, é a proclamação da Palavra de Deus à congregação. Na
realidade, proclamar a Palavra de Deus significa muito mais do que simplesmente ler a Bíblia e
atribuir uma lição prática à passagem lida. A pregação bíblica envolve a cuidadosa remoção do texto
de seu engaste original, transferindo-o para a situação atual da igreja. Para efetuá-lo, o ministro
precisa compreender não somente as Escrituras, mas também a sua congregação - o mundo dos
tempos bíblicos e o mundo de sua igreja, bem como as semelhanças e diferenças entre ambos esses
mundos.
Visto que o sermão serve de ponte entre o passado e o presente, e não constitui meramente um
comentário sobre o texto, não se deve confundir a pregação bíblica com exegese gramatical, histórica
ou teológica. Ela vai além disso, a fim de proclamar a passagem bíblica como normativa para a fé e
prática cristã, de modo que informa, desperta, assegura e sustém a congregação em sua vida de fé.
No entanto, a pregação bíblica precisa centralizar-se na passagem bíblica e não nalgum problema
pessoal ou questão contemporânea..."
3- A interpretação do texto
Definição : " Interpretação é o esforço de uma mente em seguir os processos mentais de outra
mente por meio de símbolos que nós chamamos linguagem".
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3.5. O texto e seu estudo
a) Estudar o texto em várias traduções em português (VR, BLH, ERAB, BJ, BV, BL, NVI)
b) Examinar outras traduções
c) Examinar o texto grego ou hebraico
d) Dar sua própria interpretação
e) Examinar outros recursos na biblioteca, inclusive comentários
f) Relacionar com a vida de hoje
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É importante que o ministro esteja ciente das questões contemporâneas e de seu impacto sobre o
pensamento, as emoções e a conduta da Igreja...
Um ministro pode fazer esmerada exegese de um texto bíblico e diminuir no entanto, a significação
de seu estudo fazendo observações superficiais sobre a vida contemporânea. A igreja necessita de
penetrantes análises e críticas do mundo de hoje em dia."
6. A APRESENTAÇÃO DO SERMÃO
"Em que deve o pregador basear-se para pregar? Em manuscritos? Notas? Em nada? Ao prepararmos
e apresentarmos o sermão, normalmente pensamos em quatro opções: 1. Improviso - nenhum
preparo específico; 2. Extemporâneo - idéias preparadas; 3. Manuscrito - pensamentos e palavras
preparados; 4. Memorização - pensamentos e palavras preparados e decorados. Uma vez que os
números um e quatro são extremos e raramente usados, concentrar-nos-emos nos outros dois
métodos...
Na maioria dos casos, a pregação manuscrita força o pregador a fazer um preparo mais completo e
preciso. Aqueles que escreveram seus sermões antecipadamente, podem analisá-los com mais
exatidão antes de usá-los.
Uma vez que os pregadores extemporâneos não selecionam suas palavras com antecedência -
selecionando apenas as idéias - eles poupam grande quantidade de tempo na preparação do
sermão...
A pregação extemporânea, contudo, em geral é pregação mais relacional do que manuscrita. Henry
Ward Beecher dizia que um sermão escrito estende uma mão revestida de luva para as pessoas;
sermão não escrito estende uma palma de mão incandescente. Uma luva pode ser mais perfeita do
que a mão cicatrizada e calosa, mas não é tão calorosa nem tão sensível.
Ler os sermões limita o contato dos olhos do pregador com o auditório. Como afirmava Phillips
Brooks, a pregação é a verdade através da personalidade. Ora, os olhos transmitem a personalidade.
Assim, qualquer coisa que interfira com o contato dos olhos do pregador, impede que a
personalidade seja bem sucedida, e interfere com a pregação.
A maioria dos homiléticos concorda em que a maneira ideal de pregar um sermão é fazer primeiro
um manuscrito, e depois preparar um esboço - quer o pregador use esse esboço no púlpito ou o
decore...
Muitos pregadores levam um manuscrito ao púlpito, mas lêem apenas partes dele, pregando o
restante dele de improviso. Por exemplo, as ilustrações e o apelo não se prestam bem para a
elocução manuscrita e provavelmente devam ser pregados de improviso...
Nenhum método isolado serve para todos. E, obviamente, tanto a pregação manuscrita como a
improvisada possuem vantagens e desvantagens significativas... Descubra o que fica melhor para
você..."
7- PREPARANDO O ESBOÇO
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Pesquisar a passagem para não aplicá-la fora do contexto.
1 - Leia o texto em voz alta, comparando com versões diferentes para maior compreensão.
2 - Reproduza o texto com suas próprias palavras. (Fale sozinho)
3 - Observe o texto imediato e remoto.
4 - Verifique a linguagem do texto ( história, milagre, ensino, parábola, profecia, etc.)
5 - Pesquise o significado exato das principais palavras;
6 - Faça anotações;
7 - Pesquise o contexto ( época, país, costumes, tradição, etc.)
8 - Pergunte sempre onde? Quem? O que? Por quê?
9 - Organize o texto em seções principal e secundárias;
10 - Resuma com a seguinte frase: “O assunto mais importante deste texto é...”
9. A ESTRUTURA DO SERMÃO
O que é ?
Título do sermão - É a expressão do assunto que será pregado.
Pode ser:
1. Interrogativo: Uma pergunta, que deve ser respondida no sermão.
2. Ex.: Onde estás? Que farei de Jesus? Tenho uma arma o que fazer com ela?
3. Lógico: Explicativo.
4. Ex.: O que o homem semear, ceifará; Quem encontra Jesus volta por outro caminho.
5. Imperativos: Mandamento, uma ordem; Caracteriza-se pelo verbo no modo imperativo.
6. Ex.: Enchei-vos do espírito; Não seja incrédulo; Não adores a um Deus morto.
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7. Enfáticos; Realçar um aspecto específico;
8. Ex.: Só Jesus salva; Dois tipos de cristãos;
9. Geral: Abrangente, aborda um assunto de forma geral sem especificá-lo.
10. Ex.: Amor; fé, esperança
Propósito do Sermão - É a frase que resume toda a idéia que o sermão vai apresentar.
Ilustração - É um recurso que torna a mensagem mais clara e o ouvinte mais suscetível ao
sermão. Ela está para o sermão assim como a janela está para casa. A janela permite a
entrada de luz, a ilustração possibilita o esclarecimento da mensagem. Ilustrar significa
“lançar luz”.
"A estrutura propriamente dita é a organização do sermão com suas divisões técnicas , que
servem para orientar o pregador na apresentação da mensagem."
9.1 - A INTRODUÇÃO
"A introdução é a parte do sermão que serve como ponto de contato entre o pregador e o auditório.
Normalmente, a introdução é a última parte a ser feita na preparação,.. Tendo uma idéia geral do
sermão, devidamente estruturada, pode então preparar eficazmente a introdução.
A introdução deve conter outros aspectos não técnicos. São aspectos psicológicos. Para começar um
sermão, o pregador deve saber discernir o tipo de auditório, ao qual falará. Deve desenvolver a
habilidade de preparar o seu auditório espiritual e psicologicamente para ouvir o sermão que irá
apresentar. Em outras palavras, “a introdução de um sermão deve fazer com que os ouvintes
sintam boa disposição para escutar o pregador; deve fazer com que lhe prestem atenção,
e que fiquem desejosos de receber a mensagem que o predicante deseja apresentar.”
Evitar na Introdução:
a) Desculpas
b) Sensacionalismo
c) Excesso de Humor
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d) Excesso de Humildade
e) Expressões Rotineiras
Tipos de introdução: Você pode usar um destes tipos para iniciar um sermão:
1 – ILUSTRATIVA – Uso de uma ilustração na introdução. Imagine que o assunto que será
abordado seja complexo e abstrato. Então, comece com uma ilustração que explique e esclareça o
que pretende dizer.
9.2 - O DESENVOLVIMENTO
9.2.1- DIVISÕES
Por outro lado é bom lembrar que as divisões devem obedecer a uma ordem ascendente, no
sentido de um movimento progressivo durante o sermão .
Esta deve ser a principal parte do sermão.
Aqui o pregador irá expor idéias e pensamentos que deseja passar para os ouvintes.
As divisões devem ser desenvolvidas de acordo com a realidade de hoje.
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As divisões devem Ter significados para os ouvintes e, não devem se desviar da
mensagem principal que é a coluna do sermão , o objetivo será finalizado e apresentado na
conclusão.
O ouvinte precisa acompanhar o seu desenvolvimento .
“Cada divisão, subdivisão, e até ilustrações e explicação, tem que apontar na direção do
alvo e em ordem de interesse”. Cada ponto deve discutir um aspecto diferente para que não haja
repetição.
As frases devem ser breves e claras.
As divisões servem para indicar a linha de pensamento a serem seguidas ao apresentar o sermão.
Entretanto, deve-se fazer uma discussão que é a revelação das idéias contidas nas divisões.
Resumindo...
1. Devem ter unidade de pensamento.
2. Elas ajudam o pregador a lembrar-se dos pontos principais do sermão.
3. Elas ajudam os ouvintes a recordarem-se dos aspectos principais do sermão.
4. Elas devem ser distintas umas das outras.
5. Elas devem originar-se da proposição e desenvolvê-la progressivamente até o clímax do
sermão.
6. Elas devem ser uniformes e simétricas.
7. Cada divisão deve Ter apenas uma idéia ou ensino.
8. O número das divisões deve, sempre que puder, ser o menor possível.
9. Deve girar em torno de uma única idéia principal da passagem, e as divisões principais devem
desenvolver essa idéia.
10. As divisões podem consistir em verdades sugeridas pelo texto.
11. As divisões devem, preferencialmente e quando possível, vir em seqüência lógica e
cronológica.
12. As próprias palavras do texto podem formar as divisões principais do sermão, desde que elas
se refiram à idéia principal.
Na proposição "A Vida Cristã é uma Vida Vitoriosa" podemos incluir a seguinte interrogativa:
"Quais são os motivos que nos levam a considerar que a Vida Cristã é uma Vida
Vitoriosa?"
Este tema poderia nos levar a uma resposta baseada em Romanos: "Por que todas as coisas
concorrem para o bem daqueles que amam a Deus" ou "Por que em todas essas coisas somos
mais do que vencedores".
A transição para a interrogativa acima, por exemplo, poderia ser: "Vejamos cinco
motivos pelos quais podemos afirmar que a Vida Cristã é uma Vida Vitoriosa". A
palavra motivo é a palavra-chave da transição.
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Nas divisões pode-se apresentar a palavra motivo como:
Divisão I – O primeiro MOTIVO é...
Divisão II – O segundo MOTIVO é...
Divisão III – O terceiro MOTIVO é...
Divisão IV – O quarto MOTIVO é...
Divisão v – O quinto MOTIVO é...
9.2.2 - A ILUSTRAÇÃO –
A ilustração é para o sermão o que são as janelas para uma casa. O objetivo principal da ilustração é
facilitar a compreensão do assunto ou mensagem. .
A ilustração nunca deve ser a parte principal do sermão. É tão-somente uma janela. Esta nunca é
mais importante do que a casa.
Logo, uma boa conclusão deve proporcionar aos ouvintes satisfação, no sentido de haver
esclarecido completamente o objetivo da mensagem. É preciso Ter um ponto final para que o
pregador não fique perdido.
9.3.1- APELO
1 – Convite
2 – Impactante e direto
3 – Não forçado ou prolongado
4 – Logo após a mensagem.
No apelo você deve dizer ao ouvinte o que ele deve fazer para CONFIRMAR a sua aceitação.
Seja claro e mostre como ele deve agir.
Levantar as mãos;
Ir à frente;
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Ficar em pé;
Procurar uma igreja próxima;
Conversar com o pastor em momento oportuno.
Quanto ao objetivo
O objetivo geral é o propósito geral do sermão, a categoria a que ele se encaixa em termos de
fim último. O que se pretende com um sermão? Ocupar o espaço no culto? Dar algum material para
o povo pensar? Os ouvintes de um pregador ou são salvos ou são perdidos. A quem se destina o
sermão? A ênfase no seu conteúdo se para os salvos, se para os perdidos, é o que determina o seu
objetivo geral.
São seis os objetivos gerais do sermão , conforme Crane. (El sermon eficaz pg. 57-75):
evangelístico, doutrinário, devocional, consagração, ética (ou moral) e alento (pastoral). Destina-se a
crentes e não crentes.
Sua finalidade é persuadir os perdidos a aceitarem Jesus Cristo como Senhor e Salvador.
Infelizmente, os sermões evangelísticos são, hoje, repletos de frases feitas: "Deus te ama", "Você
pode morrer esta noite", "Vem agora", etc. No entanto, um sermão evangelístico pode ter um bom
conteúdo (O evangelista não necessita de pobreza de idéias no cumprimento de sua missão). Quatro
verdades devem se delinear no sermão evangelístico:
Sua finalidade é instruir os crentes sobre as grandes verdades da fé e como aplicá-las, portanto, é
didático. O dom de ensino era muito difundido no cristianismo nascente. Jesus era intitulado de
"Mestre" e os seus seguidores de "discípulos". O sermão doutrinário atende quatro funções na vida
da igreja:
Sua finalidade é desenvolver nos crentes um sentimento de amorosa devoção para com Deus,
despertando sentimento de louvor.
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Sua finalidade é estimular os crentes a dedicarem talentos, tempo, bens, influência, vida, etc, ao
serviço de Deus. Estimula a igreja para vocação, abertura de novos trabalhos, ofertas missionárias,
etc.
Sua finalidade é orientar os crentes para pautarem suas condutas diárias e relações sociais de acordo
com os princípios cristãos. Assuntos que cabem aqui: Matrimônio, adultério, divórcio, justiça social,
racismo, dignidade da pessoa.
Sua finalidade é fortalecer e alertar os crentes no meio de crises pessoais ou comunitárias. Focalizam
o cuidado de Deus para com o seu povo e o livramento que o Senhor opera.
SERMÃO TEXTUAL: Cujos argumentos (divisões) são tiradas diretamente do texto bíblico;
SERMÃO TEMÁTICO: Cujos argumentos (divisões) resultam do tema independente do
texto;
SERMÃO EXPOSITIVO: Cujos argumentos giram em torno da exposição exegética completa
do texto.
É aquele em que toda a argumentação está amarrada no texto principal que, será dividido em
tópicos. No sermão textual as idéias são retiradas de um texto escolhido pelo pregador.
O mais comum é o pregador usar a divisão natural do texto, onde a distinção das idéias
está no texto e apenas deve ser posta em destaque. Este tipo de divisão permite ao pregador usar as
próprias palavras do texto. Exemplo, I Cor. 13:13 apresenta três divisões naturais, cujo tema tirado
do texto, fica a critério do pregador.Também pode-se dividir por inferência, as orações textuais são
reduzidas a expressões sintéticas que encerra o conteúdo. E ainda, outra divisão que pode ser usada
é a textual analítica. Este tipo de divisão baseia-se em perguntas: quem? que? quando? por quê?
como? e, onde? O tema do sermão textual analítico é tirado da idéia geral do texto.
Repare que cada tópico (divisão) apresenta um termo ou uma passagem do texto. De tal
forma que o texto pode ser bem explorado pelo preletor. Deve-se evitar divagações e generalizações
vazias e inexpressivas.
O sermão textual exige do pregador conhecimento do texto, contexto e cultura bíblica.
É aquele em que toda a argumentação está amarrada em um tema, divide-se o tema e não o
texto, o que permite a utilização de vários textos bíblicos.
A divisão deriva-se do tema ou assunto apresentado e é independente do texto bíblico
escolhido. No sentido técnico, o sermão tópico é aquele que deve sua estrutura e sobretudo divisões
ao desenvolvimento da verdade que está em volta do tema.
Repare que cada tópico (divisão) apresenta uma característica da “Paz” proposta pelo tema,
mas, para cada ponto há um texto diferente, ou seja, a base do sermão é a “Paz de Jesus” que é
abordada em diversos textos bíblicos.
É necessário aplicar um texto bíblico em cada divisão do tema para não atrair muito a
atenção para o pregador em detrimento da palavra de Deus. Deve-se evitar divagações e
generalizações vazias e inexpressivas.
O sermão temático exige do pregador mais cultura geral e teológica, criatividade, estilo
apurado, contudo, o sermão temático conserva melhor a unidade.
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COMO RETIRAR IDÉIAS E ARGUMENTOS (DIVISÕES) DO TEMA
Escolher o tema – (Criar frases, retirar de textos bíblicos ou de outras fontes);
Analisar o tema – (repetir e refletir várias vezes);
Pergunte-se, o que deve falar sobre o tema;
Extrair a principal palavra ou frase do tema – (Ela pode se repetir nos argumentos);
Separe no mínimo 3 argumentos ligados ao tema;
Pesquisar passagens bíblicas que se refiram aos argumentos.;
As divisões são explicação ou respostas do tema.
É aquele que explora os argumentos principais da exegese, hermenêutica e faz uma exposição
completa de um trecho mais ou menos extenso. O sermão expositivo é uma aula, uma análise
pormenorizada e lógica do texto sagrado. Este tipo do sermão requer do pregador cultura teológica e
poder espiritual.
O sermão expositivo está diretamente ligado ao sermão textual, com a diferença de que o seu
desenvolvimento é feito sob as regras da exegese bíblica, e não abrange um só versículo, mas uma
passagem, um capítulo, vários capítulos, ou mesmo um livro inteiro
O sermão expositivo é o método mais difícil, apreciado pelos que se dedicam à leitura e ao
estudo diário e contínuo da bíblia, deve ser feito uma análise de línguas, interpretação, pesquisa
arqueológica, e histórica, bem como, comparação de textos.
É muito comum o uso do sermão expositivo em pregações seriadas como conferências e estudo
bíblico.
Exemplo:
O encontro com a vida
Lucas 7:11-17
Divisão I - A multidão que seguia a Jesus
A ) Pessoas desejosas
B ) Pessoas com esperanças
C ) Pessoas alegres
Divisão II - A multidão que seguia a viúva
A ) Pessoas entristecidas
B ) Pessoas sem esperanças
C ) Pessoas inconformadas
Divisão III - O encontro da vida com a morte
A ) A vida é uma autoridade
B ) A morte se curva ante a vida
Divisão IV - O resultado do encontro
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A ) A ressurreição do jovem
B ) A alegria da multidão entristecida
C ) A edificação da multidão que seguia Jesus
D ) A conversão de muitos
Outra divisão que pode ser usada é a textual analítica. Este tipo de divisão baseia-se em
perguntas: quem? que? quando? por quê? como? e, onde? O tema do sermão textual analítico é
tirado da idéia geral do texto.
Exemplo: Lucas 19: 1-10: a) foi uma visita inesperada; b) foi uma visita transformadora; c) foi uma
visita salvadora.
V – ORATÓRIA -
2. INFLUÊNCIA PESSOAL
Os cientistas do comportamento afirmam que nos comunicamos sempre que o contato com alguém
seja feito. Com freqüência a comunicação mais eficiente é não-verbal. O significado da mensagem
está na pessoa e não nas palavras. Conquanto as palavras possam ser transferidas de uma mente
para outra, o significado não pode ser transferido. Consequentemente, crê-se que todas as
comunicações são mudadas 70 a 90% pela pessoa que recebe.
3. COMUNICAÇÃO
"A fala deve ser aprendida, mas aprendida mesmo! Falar bem com boa voz não é um dom
natural. Parece sê-lo muito raramente quando pessoas que nunca aprenderam a utilizar da melhor
maneira sua voz e sua fala, seu gesto e sua capacidade de comunicar-se, dão a impressão de serem
grandes oradores natos. Mas nunca se poderá dizer até que ponto eles seriam muito melhores ainda,
se tivessem recebido uma orientação esclarecedora. O fato de uma coisa dar bom resultado não
significa nunca que não possa dar resultado melhor."
"Nunca é demais repetir que a voz é o homem, que a voz é "espelho da alma"; que se vê melhor
a pessoa ouvindo-a; que "a voz carrega consigo toda a história do homem e da Humanidade ".
Dicas do professor de expressão verbal Reinaldo Polito: Clareza: faça pequenas pausas durante as
frases; pronuncie corretamente as palavras e alterne o tom da voz. Isso ajuda na compreensão da
mensagem. Gestos: saiba olhar e usar expressões faciais; procure olhar globalmente ouvinte durante
uma apresentação e faça gestos que correspondam a uma informação, mas sem excessos. Língua:
fale usando a norma culta da gramática. Além disso, empregue figuras de linguagem e a repetição de
palavras no início de frases seguidas para dar vida ao discurso. Preparo: o bom orador deve imaginar
todas as perguntas que poderão ser feitas antes de se apresentar, para evitar surpresas. Estado de S.
Paulo. 09-01-2008
Observe o comportamento do auditório, pois este serve de base para avaliação do desenvolvimento e
recepção do sermão.
O olhar, os braços, a expressão facial, a postura do ouvinte são elementos que nos
falam e transmitem mensagens em códigos que quando bem captadas lhe dá uma
visão geral de seu desempenho e do andamento da pregação. Assim poderá se
adequar ao momento e até mesmo dar um outro rumo em sua pronunciação.
É importante destacar que estas posições nem sempre acontecerão ao mesmo tempo.
Em alguns casos somente alguns destes elementos estarão presentes. O pregador deve estar atento
ao comportamento geral dos ouvintes.
Em grandes auditórios, com muitos ouvintes, não se pode observar características isoladas,
mas o todo.
Quando muitos ouvintes estão folheando a bíblia ou outras literaturas podem estar
procurando algo mais interessante ou importante, para eles, do que ouvir a mensagem;
Conversação geral é desinteresse ou cansaço psicológico da congregação;
Movimentos constantes com o corpo, bem como levantar-se a todo momento, é sinal de
cansaço físico pelo tempo da programação;
A forma como estão sentados (postura).
5.1- FALA
Comunicar vem do latim “comunicare” que significa por em comum. A forma de emitir os sons
vocálicos caracteriza a nossa voz.
Para ser um bom comunicador da palavra de Deus é preciso saber utilizar a fala como um
grande instrumento. Apresentaremos alguns exercícios e atividades para uma boa postura da voz.
5.3- RELAXAMENTO:
Antes de falar é ideal fazer um relaxamento dos ombros, cabeça e pescoço. Para passar
do silêncio para o som, as cordas vocais estarão se aproximando para realizarem uma vibração, por
isso, comece a falar com cuidado, suavemente, para não dispender demasiada força.
5.4- INTENSIDADE:
Cuidado para não usar a intensidade de forma inadequada. Ex.: Falar excessivamente alto em
situações onde não é exigido este esforço como, ao telefone ou com uma só pessoa.
Leia uma lista de palavras ou texto com voz suave, como quem não quer acordar ninguém. Fale,
mas não sussurre.
5.5- ALTURA
Classifica-se em grave, média e aguda. Devemos empregar o registro médio para falar. As
vozes bem impostadas não apresentam diferenças de timbre na passagem de um registro para o
outro.
Fale a seqüência de dias da semana prolongando a última vogal. Ex.: Segunda, a,a,a,.. Observe
o tom que você emitiu e tente gravá-lo na memória.
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5.6- RITMO
Movimentos com sucessão regular de sons fortes com relação a elementos fracos.
É pela observação do ritmo da respiração e identificação com a pulsação que se pode obter uma
harmonia adequada, tanto ao movimento como a fala.
Diga “Por favor, poderia repetir o seu nome” rapidamente, lentamente e normalmente.
5.7- INFLEXÕES
IMPORTANTE:
1 – Não fale com muita intensidade, reserve forças para o ponto culminante.
2 – Não deixe que a voz caia nas últimas sentenças das palavras.
3 – Respire de forma disciplinada
4 – Varie a força, a velocidade e o ritmo da voz para não cansar a platéia.
5 – Leitura do sermão somente em solenidade ou formaturas especiais.
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TODO PREGADOR DEVE SER UM BOM LEITOR
Perguntas
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