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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

HIGOR ARY DA S. GONÇALVES – RA: 21060118


LEONARDO A. G. DA SILVA – RA: 21013463
LUCAS HENRIQUE P. AMARANTE – RA: 21092337
MATEUS O. CAMPOS – RA: 20946483
VINICIUS GOMES ALENCAR – RA: 21063281
VINICIUS P. BROISLER OLIVEIRA – RA: 21149141

PSICOLOGIA SOCIAL

São Paulo
2020
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

HIGOR ARY DA S. GONÇALVES – RA: 21060118


LEONARDO A. G. DA SILVA – RA: 21013463
LUCAS HENRIQUE P. AMARANTE – RA: 21092337
MATEUS O. CAMPOS – RA: 20946483
VINICIUS GOMES ALENCAR – RA: 21063281
VINICIUS P. BROISLER OLIVEIRA – RA: 21149141

PSICOLOGIA SOCIAL

Trabalho apresentado como exigência parcial para a


obtenção de nota na avaliação N1.1 da disciplina
Psicologia Aplica à Aviação do curso de Aviação
Civil da Universidade Anhembi Morumbi, sob a
orientação do Prof. Ms Carlos Gonzales.

Aprovado em:

Prof. Ms Carlos Gonzales.


PSICOLOGIA SOCIAL1

Higor Ary Da Silva Gonçalves2


Leonardo Archila Gomes da Silva
Lucas Henrique Pereira Amarante
Matheus Oliveira Campos
Vinícius Gomes Alencar
Vinicius Pereira Broisler Oliveira
Prof. Ms Carlos Gonzales 3

RESUMO

Este trabalho tem como foco expor e definir o que é a psicologia social e os principais nomes
que contribuiram para a mesma difundir. Este ramo da psicologia converge para o estudo do
comportamento do individuo em meio a sociedade pertencente, de tal forma que deste se
originou pesquisas para a redução de discriminação e aumento de harmonia social.

PALAVRAS-CHAVE: Sociedade. Sociologia. Psicologia.

ABSTRACT

This work focuses on exposing and defining what social psychology is and the main names
that contributed to its dissemination. This branch of psychology converges to the study of the
individual's behavior in the context of the society that belongs to him, in such a way that this
research originated to reduce discrimination and increase social harmony.

KEYWORDS: Society. Sociology. Psychology.

1
Trabalho em grupo da disciplina Psicologia Aplica à Aviação do curso de Aviação Civil, Universidade Anhembi Morumbi, 2020.
2
Alunos no curso Aviação Civil da UAM. E-mails: higorarysilva@gmail.com ; leo.archila@hotmail.com ; lucashpa00@gmail.com ; campos-
matheus2009@hotmail.com ; Vinicius.alencarav@gmail.com; viniciusbroisler@gmail.com
3 Mestre em Comunicação, Professor da disciplina PSICOLOGIA APLICADA À AVIAÇÃO, do Curso de Aviação Civil. E- mail
cbgonzales10@gmail.com
1. O QUE É PSICOLOGIA SOCIAL

A psicologia social é uma metodologia da psicologia que tem como objeto de estudo
o comportamento do indivíduo frente as suas relações sociais, interespecifica.

Desta forma, tal metodologia é um ponto de conexão entre a psicologia e a sociologia.


Tendo em vista que nesta, a psicologia busca pela compreensão do individuo em interação
com grupos sociais, enquanto que a sociologia se concentra no estudo do grupo social.

No entanto, como alvo de estudo, a psicologia social possui dois âmbitos o psicológico
e sociológico. A psicologia social psicológica é voltada a análise do psiquismo de indivíduo
em interação com um grupo de pessoas. Por sua vez, a psicologia social sociológica estuda
os fenômenos que surgem em diferentes grupos a partir da interação dos seus membros.

Desta forma, a missão da psicologia social é definir os elos entre o indivíduo e os


grupos sociais. Bem como, apresentar a interdependência entre os membros sociais; da
mesma forma expondo pontos desta relação coletiva que interfira no pensamento de
comportamento de um único ser.

2. KURT LEWIN

Nascido em 1890, em Mogilno, Polônia, Kurt Lewin graduo-se nas cidades de Berlim,
Munique e Friburgo, na Alemanha, porém posteriormente, devido à evasão pelo nazismo,
migrou para e se naturalizou na América do norte.

Kurt Lewin é tipo como fundador da moderna Psicossociologia Experimental; Suas


análises levaram a comprovação da mudança de comportamento do indivíduo perante à
diferentes meios que o mesmo adentra.
Figura 1: Kurt Lewin

Fonte 1: O livro da Psicologia,2012, p.223

3
2.1. A Teoria de Campo de Lewin

Em 1935, Lewin já havia estabelecido como fator de importância para a mudança de


atitude perante à um grupo, a motivação para tal. Para expor essa importância, desenvolveu
a teoria de campo, dividindo a mesma em duas proposições que a estruturam:
 O comportamento humano é derivado da totalidade de fatos coexistentes;

 esses fatos coexistentes têm o caráter de um campo dinâmico, no qual cada


parte do campo depende de uma interrelação com as demais partes.

 O comportamento humano depende do campo dinâmico atual e presente. Esse campo


dinâmico é “o espaço de vida que contém a pessoa e o seu ambiente psicológico…”

3. SOLOMON ASCH

Focado na metodologia da Psicologia social, o polonês, naturalizado nos Estados


unidados, Solomon Asch obteve seu doutorado em psicologia em 1932. E posteriormente,
enquanto ele completava seus estudos na Universidade de Columbia, e lograva fama pela
sua originalizade nos experimentos voltados à psicologia social, foi assessorado por Max
Wertheimer (especialista na psicologia da Gestalt).

Futuramente Salomon atuo como professor de psicologia em Swarthmore College


durante 19 anos, onde estreitou relações com Wolfgang Kohler que ele sempre admirou.
Asch adquiriu um enorme fama por experimentos e pela publicação do seu livro “Psicologia
Social” em 1952.

Após isso, o psicologo, atuou no Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) e na


Universidade da Pensilvânia, conflagrando os estudos sobre a mente humana. O mesmo
também teve uma curta carreira na Universidade de Harvard, onde orientou a tese de
doutorado do famoso e controverso Stanley Milgram.

Solomon realizou uma série de experimentos que são conhecidos pelo nome de “o
experimento de Asch”, realizadas em 1951 cujo principal objetivo era provar que as pessoas
se submetem ao poder do grupo.

4
Figura 2:Quão forte é o impulso à conformidade social?

Fonte 2: O livro da Psicologia, 2012, p.224

O experimento era fundamentado no seguinte formato, um grupo de 7 a 9 estudantes


todos eles exceto um que era cúmplice do pesquisador, faziam parte do experimento. Ao
grupo era apresentado algumas linhas, o pesquisador questionava qual era a menor. A linha
menor era explícita, mas os cúmplices começam um a um a apontar a opção incorreta como
sendo a menor. Induzindo o único membro do grupo que estava realmente sendo avaliado,
sentir-se pressionado pelo contingente à escolher a opção eleita pela maioria.

Asch demonstrou que grande aprte dos indivíduos experimentais acabou trocando sua
resposta. Uma variável do experimento, onde as respostas eram privadas apresentou uma
queda no número de pessoas que apontava alinha. Desse modo a influência se manifestava
principalmente pelo fato de os outros verem sua resposta.

Solomon Asch, atualmente, é afamado como um dos patronos mais importantes da


história da psicologia. Condecorado com o prêmio de Distinção por Contribuições Científicas
da Associação Americana de Psiquiatria (APA) em 1967.

4. ERVING GOFFMAN

Em 11 de julho de 1922, em Mannville, Canadá, nasce o Erving Goffman. Filho de


judeus, refugiado e criado em Daupin,Manitoba, esta que era uma vila habitada, em sua
maioria por ucranianos, foi na graduado com o bacharel pela Universidade de Toronto, no

5
ano de 1945.

Goffman, o sóciologo, escritor e antropólogo candadense, granjeou o título de pai da


microssociologia. Tendo suas obras usadas e disseminadas em estudos nas áreas de
sociologia, psicologia, antropologia, psicanálise, linguística, literatura, comunicação social,
etc.

Figura 3: Goffman, o pai da microssociologia.

Fonte 3: O livro da Psicologia, 2012, p.229

Em 1958 passou a lecionar na Universidade da Califórnia em Berkeley, 1959 publicou


um estudo “ A Representação do EU na Vida Cotidiana”, onde explorava a ideia da atuação
do ser humano, frente ao mundo, individualmente ou um grupo. E essa atuação é específica
em cada ambiente que o mesmo encontra inserido, sendo o mundo uma grande atuação,
composto por rituais em grupos a outros indivíduos.

O trabalho do pai da microssociologia contempla outras obras importantes, como


“Manicômios, Prisões e Conventos” (1961); esta que foi uma análise sobre o comportamento
das infermeiras dos Institutos Nacionais do Centro Clínico de Saúde e atuantes no trabalho
de campo em um hospital de Washington, o Elizabeth’s. A pesquisa durou 3 anos.

A maneira que Erving fazer pesquisas teve suas raízes na prática defendida pelos
precursores da Escola de Chicago, baseada na realidade social a fim de elaborar suas
próprias análises. Faleceu na Filadélfia, Pensilvânia, nos Estados Unidos em 19 de
novembro de 1982.

6
5. ROBERT ZANJOC

Zajonc, nascido em Lodz, na Polônia, em 23 de novembro de 1923. Foi imigrante da


pré segunda Grande Guerra, passando morar nos Estados Unidos (EUA), onde veio a
trabalhar na Universidade de Michigan.

Recebeu, em 1955, o seu PhD da Universidade de Michigan, onde atuou por quase
quatro décadas, quando logrou título de professor emérito da Universidade de Stanford.
Zanjoc morreu de câncer aos 85 anos de idade.

5.1. Magnum opus de Zanjoc

 Attitudional effects of mere exposure (1968).


 Birth order and intellectual development (1975).
 Feeling and thinking (1980).

5.2. Efeito de Mera Exposição

Zajonc focou grande parte do seu trabalho no estudo que análisava a ligação entre a
repetição de um estímulo arbitrário e a leve afeição que as pessoas acabam sentindo por
este. Ao mesmo batizou de efeito de mera exposição.

Este ocorre, porque na exposição repetida de um estímulo algo ruim não é


apresentado. Um estímulo assim se torna um sinal de segurança, sendo algo positivo. A
regra não se restringe a humanos. Para demonstração, um dos colegas de Zajonc expôs
duas séries de ovos de galinha fecundados a diferentes sons. Depois de chocados, os
pintinhos emitiam regularmente menos chamados aflitos quando expostos ao som que
haviam escutado quanto estavam dentro da casca.

Robert Zajonc provou que a familiaridade gera uma mudança de atitude, criando
afeição ou algum tipo de preferência pelo estilo já conhecido. Essa cresce com a frenquência
de exposição, ou seja ‘’quanto mais se vê mais se gosta’’.

Com a análise, foi concluido também, que a afeição da fisionomia da pessoa,


acompanha a afeição pela mesma. Juntamente com esta conclusão, junto aos seus
parceiros de trabalho estudou a afeição de cônjuges, que após 25 anos de casamento mais
7
ficavam semelhantes. Nessa investigação, após analisar fotos de casais, no seu primeiro
ano de casados e fotos tiradas após 25 da união (após excluir qualquer outra explicação
possível), constatou que a empatia é a grande geradora dessa semelhaça.

Figura 4: Semelhança nas expressões facias dos casais.

Fonte 4: O livro da Psicologia, 2012, p.235

A empatia é transmitida pela comunicação, logo esta pode ser manifestada pela
expressão facial. Após anos, um imita a feição do outro, resultando em uma proximidade
estética facial.

Contemplando amplamente os processos básicos do comportamento social, o


trabalho de Zajonc foi fundamental para criação do compo moderno da psicologia social.
Usando seu conhecimento para observação de temas como genocídio, racismo e terrorismo,
com a esperança de que suas pesquisas ajudassem a impedir as guerras e martíorio
humano.

8
6. JANET TAYLOR SPENCE

Janet Taylor Spence nasceu em 29 de agosto de 1923, e viveu até 16 de março de


2015. Foi formada em psicologia, pelo colégio particular de artes liberais e conservatório de
música em Oberlin, em Ohio. A psicologa americana, trabalhou no campo da psicologia da
ansiedade e em estudos análogos.

Figura 5: Patrona da psicologia social, Janet Taylor Spence

Fonte 5: site: http://www.feministvoices.com/Janet-

Taylor-Spence/ ; acesso em 11 de abril de 2020.

No final da decadá de 70, após ler um trabalho de dois colegas, que analisava a
relação entre a competência e empatia entre seres humanos, Janet voltou-se para questões
do gênero. Contudo, o trabalho analisado não se voltava para o comportamento femino e
sim das mulheres, a psicologa então voltou seu trabalho apenas para o genêro não
observado.

O trabalho dos psicologos, colegas de Janet, era voltado a estudar a preferência da


sociadade entre mulheres competentes e incompetentes. Os mesmos acredivam que
apenas os apoiadores da igualde de genêro optariam por preferir mulheres competentes.
Para a análise, foi utilizado a Escala de Atitude com as Mulheres, que que avaliava as
atitudes em relação aos papeis e direitos femininos por meio de questões sobre educação,
casamento, vida profissional, hábitos, liderança intelectual e independência sócio
econômica. Diferente do esperado, os entrevistados, em sua maioria, não só optaram por
mulheres competentes, como também as avaliaram como competentes em áreas
consideradas masculinas.

9
7. ROGER BROWN

No final dos 70, além do início dos trabalhos de Janet Taylor Spence voltado ao
comportamento das mulheres, também houve o desenvolvimento um artigo sobre o estudo
da memória, chamado de “Flashbulb memories”, elaborado por Roger Brown juntamente ao
seu colega James Kulik .

Conforme a teoria, fatos relevantes que possuem uma carga emocional para uma cultura,
acarretam lembraças detalhadas do ocorrido em que nos encontramos ao presencia-lo.

Um exemplo é, atividades como seguir o trajeto de casa para o trabalho, pode ser
algo costumeiro, porém determinado dia, um evento que chama muito a atenção pode
eternizar aquele momento, fazendo com que seja possível recordar pequenos detalhes
daquele momento, como a imagem agradável de uma chuva fraca acompanhada de sol, ou
uma música agradável que acompanha a viagem ou até mesmo algo trágico como avistar
ao longe a queda de uma aeronave .
Figura 6: Where were you when...?

Fonte 6: Ilustrado por Emma Kerr

8. SERGE MOSCOVICI

Em 1961, surge a obra de Serge Moscovici: “Psychoanalysis: its image and its public”,
investigando a tese sobre todo pensamento e compreensão ter embasamento no o
funcionamento das representações sociais.

A obra convergia para a ideia de que cada informação que é transmitida um dialogo
(ou outras formas de transmissão de pensamento) se funde com informações já existentes

10
na mente do indíviduo.

Uma vez tendo esse pensamento fundido por informações exteriores, é gerada uma
nova opinião, e esta pode ser passada a um novo receptor, onde o mesmo fenômeno ocorre;
e dessa forma o cerne da mensagem será disseminada em um grupo ou até mesmo na
sociedade. Assim se forma um “senso comum”.

O grupo que ao qual foi acometido este condicionamento, passa a se comportar de


maneira diferente, e até mesmo adota novas expressões, sempre por uma nova informação
disseminada aos seus membros. Justificando o título do artigo presente no livro utilizado em
sala de aula, o objetivo é saber um pouco de tudo, pois já é o suficiente para estar inserido no
senso comum do grupo, não sendo necessário compreender completamente sobre
determinado assunto.

9. WILLIAM GLASSER

Em 1925, em Cleverland, Ohio, EUA, nasce William Glasser. Glasser se formou em


engenharia química, em seguida estudou medicina na cidade em que nasceu e depois
psiquiatria em Los Angeles. Em 1957, inicia sua carreira na psiquiatria.

Dez anos depois, fundou na Califórnia o Instituto de terapia da realidade, que forma
profissionais em teoria da escolha, sua abordagem é ensinada em mais de 28 países. Entre
os diversos prêmios que recebeu. Destacam-se o título de “A legend in counseling award” e
o Master Therapist, concedido pela Associação Americana de Psiquiatria.

Podemos destacar como seus principais trabalhos:


 Reality therapy (1965);
 Schools without failure (1969);
 Choice therapy (1998); e
 Warning: psyvhiatry can be hazrdous to your mental health (2003).

Glasser era contra a psiquiatria convencional e o uso de medicamentos, dizia que a


maioria dos problemas mentais vinham da vivência humana, assim mudanças
comportamentais podiam melhorar tais problemas.

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Somos, por natureza, seres
sociais

Quando temos dificuldade com os Amor e pertencimento estão entre as


nossos relacionamentos interpessoais nossas maiores necessidades não
mais próximos, ficamos tristes. relacionadas à sobrevivência.

Tristeza extrema pode Tratamentos problemas psicológicos


consertando os relacionamentos
ocasionar sintomas comumente interpessoais; não há necessidade de
usar drogas psiquiátricas.
associados a enfermidade mentais.

O pesquisador tinha como meta traçar um caminho para atingir a felicidade e


autorrealização por meio das escolhas pessoais, das responsabilidades do próprio indivíduo
e transformação. A terapia da realidade, que é um tratamento cognitivo comportamental,
desenvolvido em 1965, que tem por objetivo estimular os pacientes a descobrir o que
realmente querem naquele momento e se seu comportamento está deixando-o mais perto
ou mais longe do objetivo.

Suas ideias e pesquisas também promoveram a teoria da escolha. Esta supõe que
todos os prazeres e dores existem pela buscar em sanar lacunas no amor, pela luta pela
sobrevivência, busca pelo poder, liberdade e diversão.

Todo e qualquer comportamento que supri algum desses fazios é provedor de prazer,
de forma oposta, quando o objeto não é alcançado, o indivíduo é tomado por dor. Concluído
que "somos por natureza seres sociais", pois apenas com relacionamentos humanos
podemos satisfazer essas necessidades.

10. PATRONO MELVIN LERNER

Melvin Lerner foi patrono nas análises psicológicas da justiça, e estudando psicologia
social na Universidade de Nova York, concluiu seu doutorado em 1957. Após isso, mudou-
se para a Universidade de Stanford, onde logrou doutorado em psicologia clínica.

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Futuramente, Lerner, viria a lecionar psicologia social na Universidade de Waterloo,
Canadá, carreira esta que durou 34 anos. Da mesma forma fez em outras Universidade dos
EUA e europa, porém em um período menor, sendo uma delas a Universidades de Utrecht
e Leiden, na Holanda.

Lerner teorizou que o pensamento de um indivíduo sobre poder exercer controle sobre
sua própria vida, lhe traz uma sensação de conforto. Há a necessidade de crer que boas
ações são recompensadas e más ações são punidas. Isso nos dá a sensação que é possível
prever, conduzir e até controlar os acontecimentos.

As pessoas querem acreditar que vivem Onde coisas “ruins” acontecem


em um mundo seguro, estável e apenas com pessoas “ruins” e só
organizado... coisas “boas” acontecem com
pessoas “boas”

E vivem sob a suposição de que “as Para não se sentir vulneráveis,


pessoas recebem o que merecem” e as pessoas culpam as vítimas
merecem o que recebem. pelas desgraças que sofrem.

A hipótese de mundo justo acarreta em uma equivocada crença, que reforça estigmas
sobre o caráter das pessoas envolvidas. Dessa forma, se alguém é acometido por
circustâncias prejudiciais, é mais fácil quer que o sujeito é merecedor de tais mazelas.

Esse conceito de mundo é introduzida à grande parte no período da infância, com


estimulos positivos como forma de recompesa ao bom comportamento. Frente à isso,
deixando de lado seus anseios naturais em troca desses estimulos, formando um adulto com
esse ideal solidificado.

10.1. Culpando a Vítima

Devido ao estigma, em 1965, Lerner dirigiu um estudo com alunos, onde os mesmos
ao saberem que um dos seus ganhou na loteria, buscaram justificar esse fato com o esforço
exercido pelo mesmo, se sobressaindo dos demais. Aparentemente, a crença num mundo
justo permitia que ajustassem os fatos à situação. Esse estigma é prejudicial ao ponto de
em uma situação, como crime de estrupo, ter sua vítima apontada responsável pelo crime
devido as suas vestimentas, estilo ou forma de agir.

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11. ELLIOT ARONSON

O psicologo Elliot Aronson, nascido em 9 de janeiro de 1932, é famoso por seus


estudos sobre a teoria da dissonância cognitiva e invenção de Jigsaw Classroom, um método
de ensino médio que reduz a hostilidade, o preconceito e pontencializa o aprendizado.
Em sua obra The social animal, Aronson manifestou sua primeira lei: "Pessoas que
fazem coisas malucas não são necessariamente loucas", nesta frase o psicologo se refere a
a atos de violência ou muito preconceito, afirmando a importância de fatores situacionais no
comportamento bizarro.
Elliot Aronson, a única pessoa nos 120 anos de história da Associação Americana de
Psicologia a ter vencido todos os três prêmios importantes da associação: por escrito, por
ensino e por pesquisa.

11.1. Dissonância Cognitiva

Para exemplificar, Aronson cita um fato que aconteceu na Universidade Estadual de


Kent, onde um professor de Ohio e agentes da Guarda Nacional assassinaram quatro
estudantes desarmadas e deixaram nove feridas. Uma destas realizava protestos contra a
invasão americana no Camboja, as demais apenas estavam trânsitando pelo local.
Entretanto, o professor e os agentes fundamentaram o ato criminoso afirmando que
as mesmas mereciam a morte. Na sequância, foi disseminados boatos sobres as jovens
mortas, dizendo que as mesmas possuiam DST (Doença sexualmente transmissível), ou
estavam grávidas ou eram levianas. Aronson afirmou que tais coisas eram frutos de mentes
psicóticas e conflítantes que buscavam um alívio, que foi expresso através do crime.

Figura 7: A dissonância cognitiva

Fonte 7: Arte por Cristiano Xavier

A esse conflito Elliot nomeo de dissonância cognitiva, que ocorre quando duas ou mais
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de nossas crenças são inconsistentes com a realidade, para reduzir isto nossa mente muda
nosso comportamento, crenças e atitudes, mesmo que para isto justifiquemos ou neguemos
atos cruéis contra terceiros. Podendo novamente ser citado, como exemplo, a justificativa
de crime de estrupo através da roupa da vítima.

12. STANLEY MILGRAM

Stanley Milgram, nascido em 15 de agosto de 1933, filho de pais húngaros e judeus


que viviam em Nova York foi um psicólogo social, estudou ciência política e depois realizou
seu doutorado em psicologia na universidade de Harvard. Realizou estudos sobre
conformidade com Solmon Asch em Harvard. Durante seu principal experimento Milgram foi
contratado para ser professor assistente em Yale. Em 1963 ele volto a Harvard, mas sua
efetivação no cargo foi negada devido a polêmica do seu experimento sobre a obediência.

12.1. A Experiência de Milgram

Durante o julgamento de Adolf Eichmann, Milgram ficou interessado em estudar a


questão da obediência. Estudiosos diziam que os alemães possuíam características que os
deixavam sucessíveis a cometerem atrocidades, como ocorreu no holocausto, no julgamento
Eichmann alegava apenas ter seguido ordens, e isto intrigou Milgram partindo da questão,
será que uma pessoa comum deixaria de lado suas noções de certo e errado apenas porque
alguém mandou que fizesse isso? Para Milgram, com a pesquisa de conformidade realizada
junto Asch, qualquer um que estivesse no mesmo contexto agiria da mesma forma, estando
na autoridade de um grupo ou de uma pessoa.

Seu experimento continha uma pessoa como autoridade que solicitava a aplicação de
choques elétricos em alguém. Os participantes foram recrutados e recebiam um valor de
4,50 dólares pela participação, a informação passada a eles era de que o experimento tinha
o objetivo de investigar qual o efeito de castigos sobre a aprendizagem, eles eram sempre
os professores que aplicavam os choques solicitados. A autoridade, um ajudante de Milgram
“sorteava” quem seria o aluno e quem seria o professor, mas o aluno era sempre a mesma
pessoa, pois também era um ajudante de Milgram, desta forma as pessoas recrutadas
seriam sempre os professores que aplicariam o choque, aluno e professor ficavam em salas
diferentes. A máquina utilizada para dar choques só aplicava o choque de início no próprio
professor, dando a ideia de que funcionava, mas na realidade o aluno nunca levava os
choques e utilizava um gravador para simular a dor. A máquina possuía trinta interruptores
que aumentavam a voltagem de quinze em quinze volts, onde o último estava marcado com

15
XXX.
Figura 8: A Experiência de Milgram

Fonte 8

O experimentador vestia um jaleco cinza para dar um ar de autoridade e mantinha


uma postura firme diante de todos. Ao professor era solicitado ler uma seria de palavras
como “azul-menina” e “lindo-dia” para que o aluno memorizasse, após isto o professor lia
novamente uma sequência de palavras, alternativas que o aluno deveria escolher, se a
resposta selecionada fosse incorreta o choque falso era aplicado, e a cada erro o choque
era aumentado de quinze em quinze volts. Após algum tempo o aluno faria silencio, e o
professor receberia a instrução de que quando isto acontecesse o choque deveria ser
aplicado, quando o professor ficava receoso de prosseguir, a autoridade na sala, o biologista
contratado por Milgram, incentivava que ele prosseguisse.

 Estímulo 1: Por favor, continue.


 Estímulo 2: O experimento requer que você continue.

 Estímulo 3: É absolutamente essencial que você continue.

 Estímulo 4: Você não tem outra escolha a não ser continuar.


Se a pessoa se recusasse a continuar após o último incentivo o experimento acabava.

12.2. Resultado da Experiencia

Antes da experiencia Milgram perguntou a diferentes grupos, leigos, psicólogos e


psiquiatras até que ponto eles achavam que as pessoas aplicariam o choque que causasse

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dor, a maioria pressupôs que os participantes não ultrapassariam esta faixa, os psiquiatras
previram que um a cada mil participantes chegaria até o mais alto choque, 450 V. Os
resultados mostraram uma realidade totalmente diferente do que foi previsto,100% dos
participantes aplicaram choques de até 300 V, onde o aluno começava a gritar de dor. 65%
atingiram o nível mais alto de choque, 450 V. Durante a experiencia os participantes
mostravam angústia, tensão e nervosismo, em todas as sessões em algum momento os
participantes paravam e questionavam, mas era incentivados a seguir.ilgram apontou
diversos motivos para explicar o alto nível de obediência: Ser realizado na Universidade de
Yale, que trazia credibilidade, a seguridade passada que os choques não fariam algum dano,
o dinheiro pago pela participação e o fato de as pessoas terem participado como voluntarias.
Milgram conduziu diversas modificações no estudo, como segurar a mão do aluno em uma
barra onde ele levaria o choque, mas isto teve efeitos insignificantes nos resultados.

O fato do experimento ter sido realizado com homens americanos não represente o
mundo inteiro, mas o experimento foi reproduzido em diversos locais, Europa e Ásia
trouxeram resultados iguais e as vezes superiores, já os realizados na África e América do
Sul tiveram resultados bem mais baixos, mas com isto Milgram provou que a condição dada
aos alemães era falsa.

O senso de obediência deve-se ao fato de a socialização ser concebida para que o


indivíduo seja obediente desde cedo e siga ordens. Quanto à sociedade, os indivíduos estão
dispostos a abrir mão da autonomia e seguir alguém que possui autoridade ou status social
para tomadas de decisão, mesmo sociedades democráticas precisam de alguém legítimo no
comando. Ao descrever os resultados a teoria do conformismo foi utilizada por Milgram,
quem não tem certeza ou conhecimento para tomar uma decisão espelha-se no grupo para
definir seu comportamento.

13. PHILIP ZIMBARDO

Philip Zimbardo nasceu em Nova York, em 1933, em uma família de origem siciliana
e foi colega de Stanley Milgram na James Monroe High School, no Bronx. Fez bacharelado
no Brooklyn College, em Nova York, e doutorado em Yale. Lecionou em várias universidades
até se instalar em Stanford, em 1968, onde é professor de psicologia até hoje.

Primeiro Stanley Milgram em 1963 descobriu com seus estudos de obediência, que
pessoas obedecem à figura de autoridade mesmo que isso implique contrariar suas próprias

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convicções morais. Baseado nesse estudo, o Psicólogo Philip Zimbardo conduziu o
horripilante “Experimento da prisão de Stanford” em 1971, e definiu que: “Qualquer ato
praticado por um ser humano, por mais horrível que seja, pode ser cometido por qualquer
um de nós – se estivermos pressionados pela situação, seja ela boa ou ruim”

13.1. Opus magnum de Zimbardo

 The Stanford Prision Experiment (1972);


 The Lucifer Effect (2007);
 The time Paradox (2008); e
 Psychology and life (2010).

13.2. O Experimento

Zimbardo colocou um anunciou no jornal solicitando pessoas entre 20 e 50 anos para


participarem de um experimento, 75 pessoas se candidataram e foram selecionados 24
previamente avaliados com entrevistas e testes de personalidades e dividiu em “presos” e
“guardas” aleatoriamente, para que o experimento fosse o mais real possível, os presos
foram surpreendidos com a Polícia Municipal em suas casas, foram levados à delegacia e
encaminhados a prisão (porão da universidade), foram despidos e revistados e receberam
uniformes e roupas de cama.
Os guardas usavam uniforme militar, óculos escuros e tinham total controle com os
presos para usarem as táticas que julgassem necessárias para manter a ordem. Todos os
guardas foram autoritários, praticaram excessos, negaram comidas e obrigavam os presos
a participar de brincadeiras humilhantes. Com apenas 36 horas, um prisioneiro teve de ser
liberado por apresentar sintomas de angústia, depressão profunda e um choro incontrolável.
5 prisioneiros chegaram ao esgotamento emocional com “stress” extremo. Após 6 dias
Zimbardo percebeu que a situação se tornara perigosa e encerrou o experimento.
Figura 9: entrevista com detentos.

“Eu não sou nem bom nem


mau tira. Como você sou
uma amálgama complexa
de traços de
personalidades positivos e
negativos que emergem ou
não, dependendo das
Fonte 9: site: https://www.prisonexp.org/portuguese/grievances ; circunstâncias"
acesso em 12 de abril de 2020.
18
14. IGNÁCIO MARTIN-BARÓ

Ignácio Martin-Baró nasceu em Valladolid, na Espanha. Em 1959, entrou para a


ordem jesuíta e foi enviado para a America do Sul. Estudou na universidade católica de
Quito, E na Universidade Javeriana em Bogotá, Colômbia. Em 1966, já padre Jesuíta, foi
transferido para El Salvador. Formou-se em 1975 na Universidade de San Salvador sua
licenciatura em psicologia. Fez doutorado em Chicago, retornou para América central onde
se tornou chefe do departamento de psicologia. Em 1986 montou o Instituto de Opinião
Pública. Ele e outras 5 pessoas foram mortas pelo Exército de El Salvador em 1989 por suas
revelações sobre corrupção e injustiça política.

Ignácio Martin-Baró na década de 80 instituiu a corrente da psicologia da libertação,


comprometida em melhorar a vida de todas as pessoas marginalizadas e oprimidas. Baró
criticava a psicologia tradicional por ser imparcial e universal, pois foi elaborada a partir de
condições artificiais de países ricos e, portanto, dificilmente podem ser traduzidos para
situações diferentes e a sua principal meta aparentemente é maximizar o prazer em vez de
se preocupar em despertar e orientar o desejo por justiça e liberdade. Ele concluiu que os
psicólogos deveriam levar em conta o contexto histórico e as condições sociais das pessoas
em estudo e ajudar a sociedade estudada a superar seu histórico de opressão.

Baró aborda em seu livro publicado postumamente o uso da psicologia como


ferramenta de manipulação política e de guerra, o papel da religião no embate psicológico e
o impacto de traumas e da violência sobre a saúde mental. Analisou áreas em que a
dependência econômica e a profunda desigualdade haviam resultado em pobreza e
exclusão social implacáveis. Investigou o impacto psicológico da guerra civil e da opressão
em El Salvador e em outros países da América Latina. Cada caso envolvia um conjunto de
circunstâncias diferente que afetava a população local de maneira única. Concluiu que os
problemas de saúde mental que surgem em determinado contexto são reflexo da história
local, bem como o ambiente social e político em questão e que os indivíduos devem ser
tratados com esses fatores em mente.
Seus principais trabalhos:

 Acton and Ideology (1986);

 Systemm, group and Power (1989); e

 Writing for a liberation psycologgy (1994).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A junção de trabalho dos patronos, voltado para a análise da manifestação do


psiquismo frente à um grupo social, contribui para redução de preconceitos, estigmas e
crimes, além de engajar a melhorias nas relações interpessoais. Ao mesmo ponto que causa
a compreensão da conexão de pensamento entre seres humanos. Tornando possível
também, o entendimento da personificação da empatia.
A área busca tanto o entendimento do pensamento de um indivíduo, como o
pensamento de todo um grupo de seres humanos; e a mesma busca ampliar a harmonia e
bem estar de ambos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

O Livro da Psicologia. 2 ed. Rio de Janeiro. Globo: 2016. ISBN 978-85-250-6249-9.

Solomon Asch, um pioneiro da psicologia social. Amenteé Maravilhosa. set. 2018.


Disponível em: <https://amenteemaravilhosa.com.br/solomon-asch-psicologia-social/>.
Acesso em 02. ABR. 2019.

Carlos Benedito Martins. A contemporaneidade de Erving Goffman no contexto das


ciências sociais. Revista Brasileira de Ciências Sociais. out. 2011. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092011000300019>.
Acesso em 27. MAR. 2019.

Leonardo Di Gianni. Quão forte é o impulso à conformidade social? – Solomon Asch


(1907-1996). Provocações BR. jul. 2018. Disponível em:
<http://www.filosofias.com.br/quao-forte-e-o-impulso-a-conformidade-social-solomon-asch-
1907-1996/>. Acesso em 25. MAR. 2019.

Dilva Frazão. Biografia de Erving Goffman. eBiografia. jan. 2016. Disponível em:
<https://www.ebiografia.com/erving_goffman/>. Acesso em 03. ABR. 2019.

Philip Zimbardo. A Psicologia do Mal. TED2008. fev. 2008. Disponível em:


<https://www.ted.com/talks/philip_zimbardo_on_the_psychology_of_evil?language=pt#t-
1207927>. Acesso em 01. ABR. 2019.

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