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e pelo Decreto Legislativo Regional n.º 20/2004/M, de 7 dica contributiva dos regimes a que se refere o artigo an-
de Agosto; terior, regulando igualmente o respectivo quadro sancio-
jj) O Decreto Legislativo Regional n.º 18/84/A, de 12 natório.
de Maio;
Artigo 3.º
ll) A Portaria n.º 780/73, de 9 de Novembro;
mm) A Portaria n.º 456/97, de 11 de Julho; Direito subsidiário
nn) A Portaria n.º 989/2000, de 14 de Outubro;
São subsidiariamente aplicáveis:
oo) A Portaria n.º 1039/2001, de 27 de Agosto, alterada
pela Portaria n.º 311/2005, de 23 de Março; a) Quanto à relação jurídica contributiva, a Lei Geral
pp) A Portaria n.º 311/2005, de 23 de Março; Tributária;
qq) A Portaria n.º 292/2009, de 23 de Março; b) Quanto à responsabilidade civil, o Código Civil;
rr) O Despacho Normativo n.º 208/83, de 22 de No- c) Quanto à matéria procedimental, o Código do Pro-
vembro. cedimento Administrativo;
d) Quanto à matéria substantiva contra-ordenacional, o
2 — Até à entrada em vigor da regulamentação mantêm- Regime Geral das Infracções Tributárias.
-se transitoriamente em vigor as disposições procedimen-
tais dos diplomas revogados no número anterior que não Artigo 4.º
contrariem o disposto no Código. Quadro legal de referência
b) Os trabalhadores que exercem a respectiva actividade b) Até ao fim da primeira metade do período normal de
em estabelecimentos de turismo rural, turismo de habitação trabalho do 1.º dia útil seguinte ao do início de produção
e agro-turismo; de efeitos do contrato de trabalho, sempre que por razões
c) Os trabalhadores que prestam serviço de limpeza em excepcionais e devidamente fundamentadas ligadas à ur-
prédios em regime de propriedade horizontal. gência do início da prestação de trabalho ou à prestação de
trabalho por turnos a comunicação não possa ser efectuada
Artigo 26.º no prazo previsto na alínea anterior.
Trabalhadores excluídos 3 — Com a comunicação a entidade empregadora de-
1 — São excluídos do âmbito de aplicação do regime clara à instituição de segurança social o NISS, se o houver,
geral os trabalhadores abrangidos pelo regime de protecção se o contrato de trabalho é a termo resolutivo ou sem termo
social convergente dos trabalhadores que exercem funções e os demais elementos necessários ao enquadramento do
públicas ou que nos termos da lei tenham optado pelo trabalhador.
regime de protecção social pelo qual estão abrangidos, 4 — Sem prejuízo do disposto no n.º 6, na falta de cum-
desde que este seja de inscrição obrigatória. primento da obrigação prevista no n.º 1, presume-se que o
2 — A exclusão respeita exclusivamente à actividade trabalhador iniciou a prestação de trabalho ao serviço da
profissional que determina a inscrição nos regimes de entidade empregadora faltosa no 1.º dia do 6.º mês anterior
protecção social previstos no número anterior. ao da verificação do incumprimento.
5 — A presunção referida no número anterior é ilidível
por prova de que resulte a data em que teve, efectivamente,
Artigo 27.º
início a prestação de trabalho.
Entidades empregadoras 6 — A violação do disposto nos n.os 1 a 3 constitui
contra-ordenação leve quando seja cumprida nas vinte e
1 — As pessoas singulares ou colectivas que beneficiem
quatro horas subsequentes ao termo do prazo e constitui
da actividade dos trabalhadores a que se refere o presente contra-ordenação grave nas demais situações.
título são abrangidas pelo regime geral dos trabalhadores
por conta de outrem na qualidade de entidades empregado- Artigo 30.º
ras, independentemente da sua natureza e das finalidades
que prossigam. Inscrição dos trabalhadores
2 — Para efeitos do disposto no presente Código as em- 1 — Após o cumprimento, pelas entidades empregado-
presas de trabalho temporário são consideradas entidades ras, do disposto no artigo anterior a instituição de segurança
empregadoras dos trabalhadores temporários. social competente procede à inscrição dos trabalhadores
3 — O fim não lucrativo das entidades empregadoras, que não se encontrem já inscritos.
qualquer que seja a sua natureza jurídica, não as exclui do 2 — A inscrição reporta-se à data do início do exercício
âmbito de aplicação do presente Código. de actividade profissional.
Artigo 28.º Artigo 31.º
Âmbito material Enquadramento dos trabalhadores
A protecção social conferida pelo regime geral dos tra- 1 — Após o cumprimento, pelas entidades empregado-
balhadores por conta de outrem integra protecção nas even- ras, do disposto no artigo 29.º a instituição de segurança
tualidades de doença, parentalidade, desemprego, doenças social competente procede ao enquadramento dos traba-
profissionais, invalidez, velhice e morte, de acordo com o lhadores.
especificamente regulado para cada eventualidade. 2 — O enquadramento reporta-se à data do início do
exercício da actividade profissional.
SECÇÃO II
Artigo 32.º
Relação jurídica de vinculação
Cessação, suspensão e alteração da modalidade
do contrato de trabalho
SUBSECÇÃO I
1 — A entidade empregadora é obrigada a declarar à
Dos trabalhadores instituição de segurança social competente a cessação, a
suspensão do contrato de trabalho e o motivo que lhes deu
Artigo 29.º causa, bem como a alteração da modalidade de contrato
Comunicação da admissão de trabalhadores de trabalho.
2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
1 — A admissão dos trabalhadores é obrigatoriamente enquanto não for cumprido o disposto no número anterior,
comunicada, pelas entidades empregadoras, através de presume-se a existência da relação laboral, mantendo-se a
qualquer meio escrito ou online no sítio da Internet da obrigação contributiva.
segurança social, à instituição de segurança social com- 3 — Constitui contra-ordenação leve a violação do dis-
petente. posto no n.º 1.
2 — A comunicação referida no número anterior é efec-
tuada: Artigo 33.º
Declaração do trabalhador
a) Entre a data da celebração do contrato de trabalho e
o fim da primeira metade do período normal de trabalho 1 — Os trabalhadores abrangidos pelo regime geral de-
diário; vem declarar à instituição de segurança social competente
Diário da República, 1.ª série — N.º 180 — 16 de Setembro de 2009 6495
o início de actividade profissional ou a sua vinculação a possam ser oficiosamente obtidas nos termos legalmente
uma nova entidade empregadora e a duração do contrato previstos.
de trabalho. 3 — Sempre que os elementos referidos no n.º 1 do
2 — A declaração referida no número anterior deter- presente artigo não possam ser obtidos oficiosamente ou
mina, para efeitos de acesso ou de cálculo das prestações suscitem dúvidas, são as entidades empregadoras notifi-
de segurança social, a relevância dos períodos de activi- cadas para, no prazo de 10 dias úteis, os apresentarem à
dade profissional não declarados que sejam anteriores ao instituição de segurança social competente.
período de tempo previsto no n.º 4 do artigo 29.º quando 4 — A violação do disposto no n.º 1 constitui contra-
se verifique que: -ordenação leve.
a) Não tenha sido efectuada a comunicação prevista 5 — A violação do disposto no n.º 3 constitui contra-
no artigo 29.º; -ordenação leve quando seja cumprida nos 10 dias sub-
b) Não tenha dado entrada a correspondente declaração sequentes ao termo do prazo e constitui contra-ordenação
de remunerações. grave nas demais situações.
t) As despesas de transporte, pecuniárias ou não, supor- c) Os subsídios concedidos a trabalhadores para com-
tadas pela entidade empregadora para custear as desloca- pensação de encargos familiares, nomeadamente os rela-
ções em benefício dos trabalhadores; tivos à frequência de creches, jardins-de-infância, estabe-
u) Os valores correspondentes às retribuições a cujo lecimentos de educação, lares de idosos e outros serviços
recebimento os trabalhadores não tenham direito em con- ou estabelecimentos de apoio social;
sequência de sanção disciplinar; d) Os subsídios eventuais destinados ao pagamento
v) Compensação por cessação do contrato de trabalho de despesas com assistência médica e medicamentosa do
por acordo, nas situações com direito a prestações de de- trabalhador e seus familiares;
semprego; e) Os valores correspondentes a subsídios de férias, de
x) Os valores despendidos obrigatória ou facultativa- Natal e outros análogos relativos a bases de incidência
mente pela entidade empregadora com aplicações finan- convencionais;
ceiras, a favor dos trabalhadores, designadamente seguros f) Os valores das refeições tomadas pelos trabalhadores
do ramo «Vida», fundos de pensões e planos de poupança em refeitórios das respectivas entidades empregadoras;
reforma ou quaisquer regimes complementares de segu- g) As importâncias atribuídas ao trabalhador a título de
rança social, quando sejam objecto de resgate, adianta- indemnização, por força de declaração judicial da ilicitude
mento, remição ou qualquer outra forma de antecipação do despedimento;
de correspondente disponibilidade ou em qualquer caso h) A compensação por cessação do contrato de trabalho
de recebimento de capital antes da data da passagem à no caso de despedimento colectivo, por extinção do posto
situação de pensionista, ou fora dos condicionalismos le- de trabalho e por inadaptação;
galmente definidos; i) A indemnização paga ao trabalhador pela cessação,
z) As importâncias auferidas pela utilização de automó- antes de findo o prazo convencional, do contrato de tra-
vel próprio em serviço da entidade empregadora; balho a prazo;
aa) As prestações relacionadas com o desempenho j) As importâncias referentes ao desconto concedido aos
obtido pela empresa quando, quer no respectivo título trabalhadores na aquisição de acções da própria entidade
atributivo quer pela sua atribuição regular e permanente, empregadora ou de sociedades dos grupos empresariais
revistam carácter estável independentemente da variabi- da entidade empregadora.
lidade do seu montante.
SUBSECÇÃO III
3 — As prestações a que se referem as alíneas l), p), q), Taxas contributivas
s), t), u), v) e z) do número anterior estão sujeitas a incidên-
cia contributiva, nos mesmos termos previstos no Código DIVISÃO I
do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares. Taxa contributiva global
Integram ainda a base de incidência contributiva, além A taxa contributiva do regime geral é determinada, de
das prestações a que se refere o artigo anterior, todas as forma global, de harmonia com o seu âmbito material.
que sejam atribuídas ao trabalhador, com carácter de re-
gularidade, em dinheiro ou em espécie, directa ou indi- Artigo 50.º
rectamente como contrapartida da prestação do trabalho Elementos integrantes da taxa contributiva global
quando ocorram os seguintes pressupostos: A taxa contributiva global integra o custo correspon-
a) A atribuição das mesmas se encontre prevista segundo dente a cada uma das eventualidades referidas no ar-
critérios de objectividade, ainda que sujeita a condições; tigo 28.º, sendo este calculado em função do valor de
b) Constituam um direito do trabalhador e este possa cada uma das seguintes parcelas:
contar com o seu recebimento independentemente da fre- a) Custo técnico das prestações;
quência da concessão. b) Encargos de administração;
c) Encargos de solidariedade laboral;
Artigo 48.º d) Encargos com políticas activas de emprego e valo-
Valores excluídos da base de incidência rização profissional.
Não integram a base de incidência contributiva: Artigo 51.º
Desagregação da taxa contributiva global
a) Os valores compensatórios pela não concessão de
férias ou de dias de folga; 1 — A taxa contributiva global é desagregada por cada
b) As importâncias atribuídas a título de complemento eventualidade que integra o regime geral dos trabalhadores
de prestações do regime geral de segurança social; por conta de outrem nos seguintes termos:
Taxa desagregada (percentagem)
2 — A taxa contributiva global desagregada deve ser b) Substituição de trabalhador com incapacidade tem-
revista quinquenalmente, com base em estudos actuariais porária para o trabalho, por doença, por período igual ou
a desenvolver para o efeito. superior a 90 dias.
Artigo 52.º 4 — Nas situações previstas no número anterior a taxa
Consignação de receita às políticas activas contributiva é determinada nos termos do disposto nos
de emprego e valorização profissional artigos 53.º e 54.º
1 — São consignadas às políticas activas de emprego e 5 — Para efeitos do disposto no n.º 2 considera-se
valorização profissional 5 % das contribuições orçamen- celebrado a termo resolutivo o contrato de trabalho em
tadas no território continental. comissão de serviço de trabalhador que não seja titular
2 — As contribuições consignadas nos termos do nú- de contrato de trabalho sem termo e que no âmbito do
mero anterior constituem receitas próprias dos organismos contrato de comissão de serviço não tenha acordado a
com competências na matéria nos termos fixados no Or- sua permanência na empresa, após o termo da comissão,
çamento do Estado. através de contrato de trabalho sem termo.
3 — Constitui receita própria das Regiões Autónomas 6 — A declaração à instituição de segurança social com-
da Madeira e dos Açores 5 % das contribuições orçamen- petente, em pelo menos duas declarações de remunerações
tadas nos respectivos territórios destinadas às políticas consecutivas, de que um determinado contrato de trabalho
activas de emprego e valorização profissional. foi celebrado sem termo quando de facto foi celebrado a
4 — Os saldos gerados pelas receitas atribuídas nos termo resolutivo determina a sua conversão em contrato
termos do n.º 2 revertem para o orçamento da segurança de trabalho sem termo para todos os efeitos legais, desig-
social. nadamente os previstos no Código do Trabalho.
Artigo 53.º 7 — Sempre que a instituição de segurança social
competente receba uma declaração de remunerações que
Valor da taxa contributiva global em relação a um trabalhador declare pela primeira vez o
A taxa contributiva global do regime geral corres- contrato de trabalho como sendo sem termo, informa a
pondente ao elenco das eventualidades protegidas é de entidade empregadora da consequência a que se refere o
34,75 %, cabendo 23,75 % à entidade empregadora e 11 % número anterior.
ao trabalhador, sem prejuízo do disposto no artigo se-
guinte. DIVISÃO II
Artigo 54.º Taxas contributivas mais favoráveis
Princípio geral de adequação da taxa
Artigo 56.º
As taxas contributivas aplicáveis a categorias de tra-
Fixação de taxas contributivas mais favoráveis
balhadores ou a situações específicas são fixadas por re-
ferência ao custo de protecção social de cada uma das 1 — A fixação de taxas contributivas mais favoráveis
eventualidades garantidas, tendo em conta as parcelas que do que a estabelecida no artigo 53.º traduz-se na redução
compõem o custo previsto no artigo 50.º da taxa contributiva global na parte imputável à entidade
empregadora, ao trabalhador ou a ambos, conforme o in-
Artigo 55.º teresse que se visa proteger e depende da verificação de
Adequação da taxa contributiva à modalidade uma das seguintes situações:
de contrato de trabalho
a) Redução do âmbito material do regime geral;
1 — A parcela da taxa contributiva a cargo da entidade b) Prossecução de actividades por entidades sem fins
empregadora é reduzida em um ponto percentual nos con- lucrativos;
tratos de trabalho por tempo indeterminado. c) Sectores de actividade economicamente débeis;
2 — A parcela da taxa contributiva a cargo da entidade d) Adopção de medidas de estímulo ao aumento de
empregadora é acrescida em três pontos percentuais nos postos de trabalho;
contratos de trabalho a termo resolutivo. e) Adopção de medidas de estímulo ao emprego relativas
3 — O disposto no número anterior não se aplica aos a trabalhadores que, por razões de idade, incapacidade para
contratos de trabalho a termo resolutivo celebrados para: o trabalho ou de inclusão social sejam objecto de menor
a) Substituição de trabalhador que se encontre no gozo procura no mercado de trabalho;
de licença de parentalidade; f) Inexistência de entidade empregadora.
Diário da República, 1.ª série — N.º 180 — 16 de Setembro de 2009 6499
2 — As taxas contributivas mais favoráveis referentes b) Taxas relativas à bonificação de tempos de serviço
às situações previstas no número anterior são calculadas para melhoria das pensões de invalidez, velhice e sobre-
de harmonia com o custo das eventualidades protegidas e vivência.
a relação custo/benefício das mesmas.
3 — Quando do cálculo da taxa contributiva, efectuada
de acordo com o disposto nos números anteriores, resulte CAPÍTULO II
um valor expresso em centésimas é o mesmo arredondado Regimes aplicáveis a trabalhadores integrados
para a primeira casa decimal. em categorias ou situações específicas
1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 3 e no artigo 101.º, São, designadamente, membros dos órgãos estatutários
a coexistência de situações determinantes da redução das das pessoas colectivas ou equiparadas:
taxas contributivas respeitantes às entidades empregadoras a) Os administradores, directores e gerentes das socie-
em função dos mesmos trabalhadores não pode dar lugar dades e das cooperativas;
à respectiva aplicação cumulativa, devendo ser-lhes ofi- b) Os administradores de pessoas colectivas gestoras
ciosamente aplicada a taxa mais favorável. ou administradoras de outras pessoas colectivas, quando
2 — A coexistência de situações determinantes da redu- contratados a título de mandato para aí exercerem funções
ção das taxas contributivas respeitantes a um trabalhador de administração, desde que a responsabilidade pelo pa-
não pode dar lugar à respectiva aplicação cumulativa, gamento das respectivas remunerações seja assumida pela
devendo ser-lhe oficiosamente aplicada a taxa mais fa- entidade administrada;
vorável. c) Os gestores de empresas públicas ou de outras pessoas
3 — A taxa que se apresente mais favorável para a en- colectivas, qualquer que seja o fim prosseguido, que não
tidade empregadora é cumulável com a redução prevista se encontrem obrigatoriamente abrangidos pelo regime
no n.º 1 do artigo 55.º de protecção social convergente dos trabalhadores em
funções públicas e que não tenham optado, nos termos
Artigo 59.º legais, por diferente regime de protecção social de inscri-
ção obrigatória;
Condições para a isenção ou redução da taxa contributiva
d) Os membros dos órgãos internos de fiscalização das
A concessão da isenção ou redução prevista nos arti- pessoas colectivas;
gos anteriores, com excepção da resultante da redução e) Os membros dos demais órgãos estatutários das pes-
do âmbito material, e a sua manutenção dependem da soas colectivas.
verificação da situação contributiva regularizada perante
a segurança social e a administração fiscal. Artigo 63.º
Pessoas singulares excluídas
DIVISÃO III
São excluídos do âmbito de aplicação da presente sub-
Taxas contributivas complementares secção:
cujo quadro pertencem, cujo contrato de trabalho na data 2 — O limite mínimo fixado no número anterior não se
em que iniciaram as funções de gestão tenha sido celebrado aplica nos casos de acumulação da actividade de membro
há pelo menos um ano e tenha determinado inscrição obri- de órgão estatutário com outra actividade remunerada que
gatória em regime de protecção social; determine a inscrição em regime obrigatório de protecção
d) Os sócios gerentes de sociedades constituídas exclu- social.
sivamente por profissionais incluídos na mesma rubrica 3 — O limite máximo fixado no n.º 1 é aferido em
da lista anexa ao Código do Imposto sobre o Rendimento função de cada uma das remunerações auferidas pelos
das Pessoas Singulares e cujo fim social seja o exercício membros dos órgãos estatutários em cada uma das pessoas
daquela profissão; colectivas em que exerçam esta actividade.
e) As pessoas que, integrando as situações referidas
no artigo anterior, sejam nomeadas por imperativo legal
para funções a que corresponda inscrição em lista oficial Artigo 67.º
especialmente elaborada para esse efeito, identificativa Base de incidência facultativa
das pessoas habilitadas para o exercício de tais funções,
designadamente as correspondentes às funções de gestores 1 — Nas situações em que o valor real das remunerações
judiciais ou revisores oficiais de contas; exceda o limite máximo fixado no n.º 1 do artigo anterior,
f) Os membros dos órgãos estatutários das sociedades o membro de órgão estatutário de pessoas colectivas pode
de agricultura de grupo; optar pelo valor das remunerações efectivamente aufe-
g) Os liquidatários judiciais. ridas desde que tenha idade inferior à prevista no mapa
do anexo I e se encontre capaz para o exercício da sua
Artigo 64.º actividade.
2 — A opção prevista no número anterior só é válida se
Exclusão nos casos de acumulação com outra
actividade ou situação de pensionista
for aprovada pelo órgão da pessoa colectiva competente
para a designação do membro do órgão estatutário inte-
1 — São ainda excluídos do âmbito de aplicação da ressado e a capacidade se encontre atestada pelo médico
presente subsecção os membros de órgãos estatutários assistente do beneficiário.
de pessoas colectivas com fins lucrativos que não rece-
bam, pelo exercício da respectiva actividade, qualquer
tipo de remuneração e se encontrem numa das seguintes Artigo 68.º
situações: Remunerações especialmente abrangidas
a) Sejam abrangidos por regime obrigatório de protec- Integram ainda a remuneração dos membros dos órgãos
ção social em função do exercício de outra actividade em estatutários:
acumulação com aquela, pela qual aufiram rendimento
superior a uma vez o valor do IAS; a) Os montantes pagos a título de gratificação, desde
b) Sejam pensionistas de invalidez ou de velhice de que atribuídos em função do exercício da actividade de
regimes obrigatórios de protecção social, nacionais ou gerência sem adstrição à qualidade de sócio e sem que
estrangeiros. sejam imputáveis aos lucros, os quais devem ser parcelados
por referência aos meses a que se reportam;
2 — Consideram-se regimes obrigatórios de protecção b) Os montantes pagos a título de senhas de presença.
social, para efeitos do número anterior, o regime geral de
segurança social dos trabalhadores por conta de outrem, Artigo 69.º
ainda que com âmbito material reduzido, o regime de se-
gurança social dos trabalhadores independentes, o regime Taxa contributiva
de protecção convergente dos trabalhadores que exercem 1 — A taxa contributiva relativa aos membros dos ór-
funções públicas, o regime que abrange os advogados e gãos estatutários é de 29,6 %, sendo, respectivamente, de
solicitadores, bem como os regimes de protecção social 20,3 % e de 9,3 % para as entidades empregadoras e para
estrangeiros relevantes para efeitos de coordenação com
os trabalhadores.
os regimes de segurança social portugueses.
2 — À taxa contributiva a cargo das entidades empre-
Artigo 65.º gadoras dos membros dos órgãos estatutários não se aplica
o disposto no artigo 55.º
Âmbito material
Os membros dos órgãos estatutários das pessoas colec- Artigo 70.º
tivas e entidades equiparadas têm direito à protecção nas Cessação de actividade dos membros dos órgãos estatutários
eventualidades de doença, parentalidade, doenças profis-
sionais, invalidez, velhice e morte. 1 — Para efeitos da relação jurídica contributiva, os
membros dos órgãos estatutários cessam a respectiva ac-
Artigo 66.º tividade nos termos do contrato por destituição, renúncia
ou quando se verificar o encerramento da liquidação da
Base de incidência contributiva empresa.
1 — Sem prejuízo do disposto nos artigos 44.º e seguin- 2 — Excepcionalmente, os membros dos órgãos estatu-
tes a base de incidência contributiva corresponde ao valor tários podem requerer a cessação da respectiva actividade
das remunerações efectivamente auferidas, com o limite desde que a pessoa colectiva tenha cessado actividade
mínimo igual ao valor do IAS e o limite máximo igual a para efeitos de IVA e não tenha trabalhadores ao seu
12 vezes o valor do IAS. serviço.
Diário da República, 1.ª série — N.º 180 — 16 de Setembro de 2009 6501
1 — A taxa contributiva relativa aos trabalhadores no Mediante acordo entre o trabalhador e a entidade em-
domicílio é de 29,6 %, sendo, respectivamente, de 20,3 % pregadora, celebrado por escrito no início do contrato de
e de 9,3 % para os beneficiários da actividade e para os trabalho para durar por toda a sua vigência, pode ser consi-
derada como base de incidência contributiva a remuneração
trabalhadores.
mensal efectiva do trabalhador desde que seja superior a
2 — À taxa contributiva a cargo dos beneficiários da uma vez o valor do IAS.
actividade de trabalho no domicílio não se aplica o disposto
no artigo 55.º Artigo 79.º
SUBSECÇÃO III Taxa contributiva
2 — A remuneração horária é calculada de acordo com 4 — O exercício de outra actividade remunerada que
a seguinte fórmula: determine a entrada de contribuições no sistema previden-
cial não afasta o disposto no número anterior.
Rh = IAS × 12
52×40
Artigo 87.º
3 — Na fórmula prevista no número anterior, Rh cor- Base de incidência contributiva
responde ao valor da remuneração horária e IAS ao valor
do indexante dos apoios sociais. A base de incidência contributiva corresponde ao valor
da remuneração que serviu de base ao cálculo da prestação
Artigo 83.º de pré-reforma.
Base de incidência contributiva São abrangidos pelo regime geral, com as especifici-
dades previstas na presente subsecção, os trabalhadores
Sem prejuízo do disposto no artigo 46.º, a base de in- inscritos marítimos que exercem actividade profissional
cidência contributiva corresponde à remuneração base na pesca local e costeira, sob a autoridade de um armador
auferida pelo trabalhador no período de actividade e à de pesca ou do seu representante legal.
compensação retributiva nos períodos de inactividade.
Artigo 98.º
Artigo 94.º Base de incidência contributiva
Registo de remuneração por equivalência
1 — A contribuição relativa aos trabalhadores inscritos
1 — Durante o período de inactividade a diferença entre marítimos que exercem actividade na pesca local cor-
a compensação retributiva paga ao trabalhador e a sua responde a 10 % do valor do produto bruto do pescado
remuneração é registada por equivalência à entrada de vendido em lota, a repartir, exclusivamente, pelos inscritos
contribuições. marítimos, de acordo com as respectivas partes.
2 — Sempre que durante o período de inactividade o 2 — A contribuição referida no número anterior equi-
trabalhador exerça outra actividade profissional, só é regis- vale à aplicação da taxa contributiva à base de incidência
tada por equivalência a diferença entre a remuneração desta e determina a respectiva remuneração a registar.
actividade e a correspondente ao período de actividade no 3 — O disposto nos números anteriores aplica-se aos
contrato de trabalho intermitente. trabalhadores inscritos marítimos enquanto exerçam a sua
actividade a bordo de embarcações de pesca costeira que
à data da entrada em vigor do presente Código estivessem
SECÇÃO III abrangidas pelo disposto no n.º 2 do artigo 34.º do Decreto-
Trabalhadores de actividades economicamente débeis -Lei n.º 199/99, de 8 de Junho.
4 — Sem prejuízo do disposto nos números anteriores,
SUBSECÇÃO I
a base de incidência contributiva pode ser determinada
nos termos previstos nos artigos 44.º e seguintes desde
Trabalhadores de actividades agrícolas que para tal exista manifestação de vontade da entidade
contribuinte, sendo esta irrevogável.
Artigo 95.º 5 — Sem prejuízo do disposto no n.º 3, a base de inci-
Âmbito pessoal
dência dos trabalhadores inscritos marítimos que exercem
a sua actividade a bordo de embarcações de pesca costeira
1 — São abrangidos pelo regime geral, com as especifi- determina-se nos termos do disposto nos artigos 44.º e
cidades previstas na presente subsecção, os trabalhadores seguintes.
que exercem actividades agrícolas ou equiparadas, sob a Artigo 99.º
autoridade de uma entidade empregadora, prestadas em
Taxa contributiva
explorações que tenham por objecto principal a produção
agrícola, sem prejuízo do disposto no artigo 80.º A taxa contributiva relativa aos trabalhadores inscritos
2 — São ainda abrangidos os trabalhadores que exer- marítimos que exercem actividade profissional na pesca
cem a respectiva actividade em explorações de silvicul- local e costeira corresponde a 33,3 %, sendo, respectiva-
tura, pecuária, hortofruticultura, floricultura, avicultura mente, de 22,3 % e de 11 % para as entidades empregadoras
e apicultura, e em actividades agrícolas ainda que a e trabalhadores.
terra tenha uma função de mero suporte de instalações,
as quais são equiparadas a actividades e explorações SECÇÃO IV
agrícolas.
Disposições gerais referentes ao regime
3 — Para efeitos do disposto na presente subsecção, de incentivos ao emprego
não são considerados trabalhadores de actividades agrí-
colas os trabalhadores que exerçam a respectiva activi- Artigo 100.º
dade em explorações que se destinem essencialmente à
Disposição geral
produção de matérias-primas para indústrias transforma-
doras que constituam, em si mesmas, objectivos dessas São fixadas pelo Governo, mediante decreto-lei, de
empresas. forma transitória, medidas de isenção contributiva, total
6504 Diário da República, 1.ª série — N.º 180 — 16 de Setembro de 2009
ou parcial, que sirvam de estímulo à criação de postos de nos 24 meses seguintes à cessação do contrato por algum
trabalho e à reinserção profissional de pessoas afastadas do dos motivos constantes do artigo anterior.
mercado de trabalho e à redução de encargos não salariais
em situação de catástrofe ou de calamidade pública. SECÇÃO V
Artigo 101.º Incentivos à permanência no mercado de trabalho
Situações excluídas
Artigo 105.º
Não têm direito às dispensas previstas no artigo anterior:
Âmbito pessoal
a) As entidades empregadoras, no que respeita a tra-
balhadores abrangidos por esquemas contributivos com São abrangidos pelo regime geral, com as especificida-
taxas inferiores à estabelecida para a generalidade dos des previstas na presente secção, os trabalhadores activos
trabalhadores por conta de outrem, com excepção das com, pelo menos, 65 anos de idade e carreira contributiva
entidades cuja redução de taxa resulte do facto de serem não inferior a 40 anos e os que se encontrem em condições
pessoas colectivas sem fins lucrativos ou por pertencerem de aceder à pensão de velhice sem redução no âmbito do
a sectores considerados no presente Código como econo- regime de flexibilização da idade de acesso à pensão de
micamente débeis; velhice.
b) As entidades empregadoras, no que respeita a traba-
lhadores abrangidos por bases de incidência fixadas em Artigo 106.º
valores inferiores à remuneração real ou convencionais. Âmbito material
2 — São igualmente excluídas as pessoas que em rela- 4 — Para efeitos do número anterior, tratando-se de
ção à entidade empregadora se encontrem em regime de remuneração convencional, a remuneração diária é deter-
união de facto, por com ela viverem há mais de dois anos minada nos termos do disposto no n.º 2 do artigo anterior.
em condições análogas às dos cônjuges. 5 — A opção pela base de incidência prevista no n.º 2 só
pode ser formulada se o trabalhador tiver idade inferior à
Artigo 118.º prevista no mapa do anexo I e a capacidade para o exercício
Âmbito material da actividade se encontre atestada por médico assistente.
1 — Os trabalhadores do serviço doméstico têm direito Artigo 121.º
à protecção nas eventualidades de doença, parentalidade,
doenças profissionais, invalidez, velhice e morte. Taxa contributiva
2 — Os trabalhadores do serviço doméstico têm ainda 1 — A taxa contributiva relativa aos trabalhadores do
direito à protecção na eventualidade de desemprego quando serviço doméstico, quando o âmbito material da protecção
a base de incidência contributiva corresponde a remune- não integre a eventualidade de desemprego, é de 28,3 %,
ração efectivamente auferida em regime de contrato de sendo, respectivamente, de 18,9 % e de 9,4 % para as en-
trabalho mensal a tempo completo. tidades empregadoras e para os trabalhadores.
2 — Quando o âmbito material de protecção integrar
Artigo 119.º a eventualidade de desemprego, a taxa contributiva é de
Base de incidência contributiva do trabalho 33,3 %, sendo, respectivamente, de 22,3 % e de 11 % para
em regime horário e diário as entidades empregadoras e para os trabalhadores.
1 — Constitui base de incidência contributiva a remune- 3 — À taxa contributiva a cargo das entidades empre-
ração convencional calculada com base no número de horas gadoras dos trabalhadores do serviço doméstico não se
ou de dias de trabalho prestados e a remuneração horária aplica o disposto no artigo 55.º
ou diária determinada nos termos do número seguinte.
2 — Para efeitos contributivos os valores da remunera- CAPÍTULO III
ção por dia e por hora são calculados sobre a importância
que constitui a base de incidência referida no número Regime aplicável às situações equiparadas
anterior, de acordo com as seguintes fórmulas: a trabalho por conta de outrem
Rd = IAS
30 SECÇÃO I
Membros das igrejas, associações e confissões religiosas
Rh = IAS×12
52×40
Artigo 122.º
3 — Nas fórmulas previstas no número anterior, Rd Âmbito pessoal
corresponde ao valor da remuneração diária, IAS ao valor
do indexante dos apoios sociais e Rh ao valor da remu- 1 — São abrangidos pelo regime geral, com as especifi-
neração horária. cidades previstas na presente secção, como beneficiários,
4 — Para determinação das contribuições devidas por os membros do clero secular e religioso da Igreja Católica,
trabalho prestado por trabalhadores não contratados ao os membros dos institutos religiosos, das sociedades de
mês em regime de tempo completo é considerado o valor vida apostólica e dos institutos seculares da Igreja Católica,
da remuneração horária. bem como os membros do governo das outras igrejas,
5 — O número mensal de horas a declarar não pode, associações e confissões religiosas legalmente existentes
em qualquer circunstância, ser inferior a 30 por cada tra- nos termos da lei.
balhador e respectiva entidade empregadora. 2 — São ainda abrangidos pelo disposto no número
anterior:
Artigo 120.º a) Os religiosos e as religiosas que tenham votos ou
Base de incidência contributiva para trabalho compromissos públicos e vivam em comunidade ou a ela
mensal em regime de tempo completo pertençam;
1 — A base de incidência contributiva dos trabalha- b) Os noviços e as noviças, nas condições da parte final
dores contratados ao mês em regime de tempo completo da alínea anterior;
corresponde a uma vez o valor do IAS, sem prejuízo do c) Os ministros das confissões não católicas que desem-
disposto nos números seguintes. penhem o seu munus em actividades de formação próprias
2 — Mediante acordo escrito entre o trabalhador e a daquelas confissões.
entidade empregadora, pode ser considerada como base
de incidência a remuneração efectivamente auferida nos 3 — São abrangidos pelo regime geral com as especifi-
termos do disposto nos artigos 44.º e seguintes. cidades previstas na presente secção, como contribuintes,
3 — Nas situações em que os trabalhadores com con- as dioceses, os institutos religiosos, os institutos seculares,
trato mensal não prestem serviço durante todo o mês, por as sociedades da vida apostólica, as fábricas da Igreja e
motivo de admissão, cessação de contrato de trabalho, os centros paroquiais da Igreja Católica, bem como as
baixa por doença ou qualquer outra causa, é considerada a demais associações ou confissões religiosas legalmente
remuneração correspondente ao número de dias de trabalho existentes, de que dependam ou em que se integrem os
efectivamente prestado. beneficiários.
Diário da República, 1.ª série — N.º 180 — 16 de Setembro de 2009 6507
Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas reito de Autor e dos Direitos Conexos, qualquer que seja
Colectivas; o género, a forma de expressão e o modo de divulgação e
c) Os cônjuges dos trabalhadores referidos na alínea a) utilização das respectivas obras.
que com eles exerçam efectiva actividade profissional com 2 — São trabalhadores intelectuais, para efeitos do
carácter de regularidade e de permanência; disposto no número anterior, os criadores intelectuais no
d) Os sócios de sociedades de agricultura de grupo ainda domínio literário, científico e artístico, nomeadamente:
que nelas exerçam actividade integrados nos respectivos
órgãos estatutários; a) Os autores de obras literárias, dramáticas e musicais;
e) Os titulares de direitos sobre explorações agrícolas b) Os autores de obras coreográficas, de encenação e
ou equiparadas, ainda que a actividade nelas exercida se pantomimas;
traduza apenas em actos de gestão, desde que tais actos c) Os autores de obras cinematográficas ou produzi-
sejam exercidos directamente, de forma reiterada e com das por qualquer processo análogo ao da cinematografia;
carácter de permanência. d) Os autores de obras plásticas, figurativas ou aplicadas
e os fotógrafos;
2 — O carácter de permanência afere-se pela adstrição e) Os tradutores;
dos titulares de explorações agrícolas ou equiparadas a f) Os autores de arranjos, instrumentações, dramatizações,
actos de gestão que exijam uma actividade regular, embora cinematizações e outras transformações de qualquer obra.
não a tempo completo.
Artigo 137.º
Artigo 134.º Trabalhadores abrangidos por diferentes regimes
Categorias de trabalhadores especialmente abrangidos
1 — O exercício cumulativo de actividade indepen-
1 — São obrigatoriamente abrangidos pelo regime dos dente e de outra actividade profissional abrangida por
trabalhadores independentes com as especificidades pre- diferente regime obrigatório de protecção social não afasta
vistas no presente título: o enquadramento obrigatório no regime dos trabalhadores
independentes, sem prejuízo do reconhecimento do direito
a) Os produtores agrícolas que exerçam efectiva acti-
à isenção da obrigação de contribuir.
vidade profissional na exploração agrícola ou equiparada,
2 — Consideram-se regimes obrigatórios de protecção
bem como os respectivos cônjuges que exerçam efectiva e
social, para efeitos do número anterior, o regime geral de
regularmente actividade profissional na exploração;
segurança social dos trabalhadores por conta de outrem,
b) Os proprietários de embarcações de pesca local e cos-
ainda que com âmbito material reduzido, o regime de
teira, ainda que integrem o rol de tripulação, que exerçam
protecção social convergente dos trabalhadores que exer-
efectiva actividade profissional nestas embarcações;
cem funções públicas e os regimes de protecção social
c) Os apanhadores de espécies marinhas e os pescadores
estrangeiros relevantes para efeitos de coordenação com
apeados.
os regimes de segurança social portugueses.
2 — Para efeitos do disposto na alínea a) do número 3 — Para efeitos do disposto no n.º 1, as situações de
anterior: pagamento voluntário de quotas no âmbito do regime de
protecção social convergente dos trabalhadores que exer-
a) Consideram-se equiparadas a explorações agrícolas cem funções públicas e dos regimes de protecção social
as actividades e explorações de silvicultura, pecuária, hor- estrangeiros relevantes para efeitos de coordenação com os
tofloricultura, floricultura, avicultura e apicultura, ainda regimes de segurança social portugueses são equiparadas
que nelas a terra tenha uma função de mero suporte de a regimes obrigatórios de protecção social.
instalações;
b) Não se consideram explorações agrícolas as acti- Artigo 138.º
vidades e explorações que se destinem essencialmente à Trabalhadores a exercer actividade em país estrangeiro
produção de matérias-primas para indústrias transforma-
doras que constituam, em si mesmas, objectivos dessas 1 — Os trabalhadores independentes que vão exercer a
actividades. respectiva actividade em país estrangeiro por período deter-
Artigo 135.º minado podem manter o seu enquadramento neste regime.
2 — Salvo o disposto em instrumento internacional a
Direito de opção das cooperativas que Portugal se encontre vinculado, o período a que se re-
1 — As cooperativas de produção e serviços podem fere o número anterior tem o limite de um ano, podendo ser
optar, nos seus estatutos, pelo enquadramento dos seus prorrogado por outro ano, a requerimento do interessado,
membros trabalhadores no regime dos trabalhadores inde- mediante autorização da entidade competente.
pendentes, mesmo durante os períodos em que integrem os 3 — Quando se trate de trabalhador independente cujos
respectivos órgãos de gestão e desde que se encontrem su- conhecimentos técnicos ou aptidões especiais o justifi-
jeitos ao regime fiscal dos trabalhadores por conta própria. quem, a autorização pode ser dada por período superior
2 — Uma vez manifestado o direito de opção previsto ao previsto no número anterior.
no número anterior, este é inalterável pelo período mínimo
de cinco anos. Artigo 139.º
Artigo 136.º Situações excluídas
obrigatoriamente no âmbito pessoal da respectiva Caixa dentes, fornecendo-lhe todos os elementos de identificação,
de Previdência, mesmo quando a actividade em causa seja incluindo o número de identificação fiscal.
exercida na qualidade de sócios ou membros das socieda- 2 — Com base na comunicação efectuada, nos termos
des referidas na alínea b) do artigo 133.º; do número anterior, a instituição de segurança social com-
b) Os titulares de direitos sobre explorações agrícolas petente procede à identificação do trabalhador indepen-
ou equiparadas, ainda que nelas desenvolvam alguma ac- dente no sistema de segurança social, ou à actualização
tividade, desde que da área, do tipo e da organização da dos respectivos dados, caso este já se encontre identificado.
exploração se deva concluir que os produtos se destinam
predominantemente ao consumo dos seus titulares e dos Artigo 144.º
respectivos agregados familiares; Inscrição e enquadramento
c) Os trabalhadores que exerçam em Portugal, com
carácter temporário, actividade por conta própria e que 1 — A partir dos elementos constantes da comunicação
provem o seu enquadramento em regime de protecção referida no artigo anterior a instituição de segurança social
social obrigatório de outro país. competente procede à inscrição do trabalhador, quando
necessário, e ao respectivo enquadramento no regime dos
2 — Para efeitos da exclusão prevista na alínea c) do trabalhadores independentes.
número anterior apenas relevam os regimes de protecção 2 — Os trabalhadores independentes estão sujeitos a
social estrangeiros cujo âmbito material integre, pelo me- enquadramento no regime mesmo que se encontrem nas
nos, as eventualidades de invalidez, velhice e morte, sendo condições determinantes do direito à isenção.
ainda aplicável, com as devidas adequações, o disposto 3 — O enquadramento dos cônjuges tem lugar mediante
nos n.os 2 e 3 do artigo anterior. comunicação, está sujeito às limitações estabelecidas no
presente título e dá lugar a inscrição se esta ainda não existir.
Artigo 140.º 4 — A instituição de segurança social competente noti-
fica o trabalhador independente da inscrição e do enqua-
Entidades contratantes
dramento efectuados, bem como dos respectivos efeitos.
As pessoas colectivas e as pessoas singulares com acti-
vidade empresarial que beneficiem de prestação de servi- Artigo 145.º
ços por trabalhadores independentes são abrangidas pelo Produção de efeitos
presente regime na qualidade de entidades contratantes,
independentemente da sua natureza e das finalidades que 1 — No caso de primeiro enquadramento no regime dos
prossigam. trabalhadores independentes, o enquadramento só produz
efeitos quando o rendimento relevante anual do trabalhador
Artigo 141.º ultrapasse seis vezes o valor do IAS e após o decurso de
pelo menos 12 meses.
Âmbito material
2 — Os efeitos referidos no número anterior produzem-se:
A protecção social conferida pelo regime dos trabalha-
dores independentes integra a protecção nas eventualidades a) No 1.º dia do 12.º mês posterior ao do início de ac-
de doença, parentalidade, doenças profissionais, invalidez, tividade quando tal ocorra em data posterior a Setembro;
velhice e morte. b) No 1.º dia do mês de Outubro do ano subsequente ao
do início de actividade nos restantes casos.
Artigo 142.º
3 — No caso de reinício de actividade, o enquadra-
Manutenção do direito na protecção social mento produz efeitos no 1.º dia do mês seguinte àquele
1 — Nas situações de cessação ou suspensão do exer- reinício.
cício de actividade de trabalho independente, nos termos 4 — No caso de requerimento apresentado por cônjuge
previstos no presente Código, há lugar à manutenção do de trabalhador independente, o enquadramento produz
direito à protecção nas eventualidades de doença e de efeitos no 1.º dia do mês seguinte ao deferimento.
parentalidade, nos termos da legislação ao abrigo da qual 5 — O deferimento previsto no número anterior de-
o mesmo foi reconhecido. pende da prévia produção de efeitos do enquadramento
2 — A cessação ou suspensão do exercício de activi- do trabalhador independente.
dade não prejudica o direito à protecção na eventualidade
de parentalidade desde que se encontrem satisfeitas as Artigo 146.º
respectivas condições de atribuição. Produção de efeitos facultativa
1 — Os trabalhadores independentes podem requerer
CAPÍTULO II que o enquadramento neste regime produza efeitos:
Relação jurídica de vinculação a) Quando o rendimento relevante anual seja igual ou
inferior a seis vezes o valor do IAS;
Artigo 143.º b) Em data anterior às datas previstas no n.º 2 do arti-
go anterior.
Comunicação de início de actividade
1 — A administração fiscal comunica oficiosamente, 2 — Nas situações previstas no número anterior o en-
por via electrónica, à instituição de segurança social com- quadramento produz efeitos no 1.º dia do mês seguinte ao
petente o início de actividade dos trabalhadores indepen- da apresentação do requerimento.
6510 Diário da República, 1.ª série — N.º 180 — 16 de Setembro de 2009
Artigo 162.º
Artigo 158.º
Determinação do rendimento relevante
Cessação das condições para a isenção
1 — Sem prejuízo dos coeficientes previstos para o
1 — Os trabalhadores a quem seja reconhecida a isenção
regime simplificado previsto no Código do Imposto so-
da obrigação de contribuir devem declarar à instituição da
bre o Rendimento das Pessoas Singulares, o rendimento
segurança social competente a cessação das condições de
relevante do trabalhador independente é determinado nos
que depende a referida isenção, salvo se as mesmas forem
seguintes termos:
do conhecimento oficioso desta.
2 — A cessação das condições para a isenção constitui a) 70 % do valor total de prestação de serviços no ano
o trabalhador na obrigação de pagar as contribuições para civil imediatamente anterior ao momento de fixação da
o regime dos trabalhadores independentes a partir do mês base de incidência contributiva;
6512 Diário da República, 1.ª série — N.º 180 — 16 de Setembro de 2009
b) 20 % dos rendimentos associados à produção e venda duração máxima de três anos civis seguidos ou interpolados
de bens no ano civil imediatamente anterior ao momento por trabalhador.
de fixação da base de incidência contributiva.
Artigo 165.º
2 — O rendimento referido no número anterior é apu-
rado pela instituição de segurança social competente com Determinação da base de incidência contributiva
base nos valores declarados para efeitos fiscais. em situações especiais
3 — É fixada em 28,3 % a taxa contributiva a cargo dos c) Os tripulantes que se encontrem a exercer actividade
seguintes trabalhadores independentes que sejam produ- profissional em navios inscritos no Registo Internacional
tores ou comerciantes: de Navios da Madeira (MAR).
a) Produtores agrícolas e respectivos cônjuges, cujos
2 — Podem ainda enquadrar-se no seguro social vo-
rendimentos provenham única e exclusivamente do exer-
cício da actividade agrícola; luntário as pessoas que integrem grupos de actividades
b) Proprietários de embarcações, ainda que integrem o específicos que, de acordo com os respectivos estatutos,
rol de tripulação, cujos rendimentos provenham única e prevejam a inscrição no regime, designadamente:
exclusivamente do exercício da actividade da pesca local a) Os voluntários sociais que de forma organizada exer-
ou costeira; çam actividade de tipo profissional não remunerada em
c) Apanhadores de espécies marinhas e pescadores apea- favor de instituições particulares de solidariedade social
dos, cujos rendimentos provenham única e exclusivamente e de entidades detentoras de corpos de bombeiros, nome-
do exercício da apanha de espécies marítimas. adamente os bombeiros voluntários;
b) Os bolseiros de investigação que reúnam as condições
4 — A taxa contributiva a cargo das entidades contra- definidas no Estatuto do Bolseiro de Investigação e não
tantes que adquiram prestação de serviços é de 5 %. se encontrem enquadradas em regime de protecção social
5 — Considera-se que o trabalhador é produtor ou co- obrigatório;
merciante sempre que, pelo menos, 75 % do seu rendimento c) Os agentes da cooperação que, reunindo as condições
relevante seja resultado desta actividade. definidas no respectivo estatuto, se obriguem, mediante
6 — Considera-se que o trabalhador é prestador de ser- contrato, a prestar serviço no quadro das relações do coo-
viços sempre que mais de 25 % do seu rendimento relevante perante, de que não resulte o seu enquadramento em regime
seja resultado dessa actividade. de protecção social obrigatório de outro país;
d) Os praticantes desportivos de alto rendimento.
TÍTULO III 3 — A definição dos requisitos específicos de enqua-
Regime de seguro social voluntário dramento relativos a cada grupo de situações especiais é
objecto de legislação própria.
SECÇÃO III
CAPÍTULO II
Taxas contributivas
Causas de extinção da dívida
Artigo 184.º
Artigo 188.º
Taxas contributivas
Causas de extinção da dívida
1 — A taxa contributiva correspondente à cobertura das
eventualidades de invalidez, velhice e morte é de 26,9 %. A dívida à segurança social extingue-se nos termos
2 — A taxa contributiva correspondente à protecção nas previstos no presente Código, sem prejuízo das regras
eventualidades doença, doenças profissionais e parentali- aplicáveis ao processo de execução fiscal:
dade, invalidez, velhice e morte é de 29,6 %. a) Pelo respectivo pagamento;
3 — A taxa contributiva correspondente à cobertura das b) Pela dação em pagamento;
eventualidades de doença profissional, invalidez, velhice c) Por compensação de créditos;
e morte é de 27,4 %. d) Por retenção de valores por entidades públicas;
4 — A taxa contributiva correspondente à cobertura da e) Por conversão em participações sociais;
eventualidade de doenças profissionais é de 0,5 %. f) Pela alienação de créditos.
devedor da segurança social, este pode requerer à entidade 2 — A alienação pode ser efectuada pelo valor nominal
de segurança social competente a compensação de créditos. ou pelo valor de mercado dos créditos.
2 — A compensação referida no número anterior pode 3 — A alienação de créditos pelo valor de mercado
ser efectuada oficiosamente. segue um dos procedimentos previstos no Código dos
Contratos Públicos.
Artigo 198.º 4 — A alienação prevista no presente artigo não pode
fazer-se a favor:
Retenções
a) Do contribuinte devedor;
1 — O Estado, as outras pessoas colectivas de direito b) Dos membros dos órgãos sociais do contribuinte
público e as entidades de capitais exclusiva ou maiorita- devedor, quando respeite ao período de exercício do seu
riamente públicos, só podem conceder algum subsídio cargo;
ou proceder a pagamentos superiores a € 5000, líquido c) De entidades com interesse patrimonial equiparável.
de IVA, a contribuintes da segurança social, mediante
a apresentação de declaração comprovativa da situação
contributiva destes perante a segurança social. CAPÍTULO III
2 — A declaração prevista no número anterior é dis-
pensada sempre que o contribuinte preste consentimento Transmissão da dívida
à entidade pagadora para consultar a sua situação contri-
butiva perante a segurança social, no sítio da segurança Artigo 201.º
social directa, nos termos legalmente estatuídos. Assunção da dívida
3 — No caso de resultar da declaração ou da consulta,
referidas no número anterior, a existência de dívida à se- 1 — A assunção por terceiro de dívida à segurança social
gurança social, é retido o montante em débito, nunca po- pode ser autorizada por despacho do membro do Governo
dendo a retenção total exceder o limite de 25 % do valor responsável pela área da segurança social, podendo ser
do pagamento a efectuar. delegada nos termos do Código do Procedimento Admi-
4 — O disposto nos n.os 1 e 3 aplica-se igualmente a nistrativo.
financiamentos a médio e longo prazos, excepto para 2 — À assunção de dívida à segurança social é aplicável
aquisição de habitação própria e permanente, superiores a o disposto nos artigos 595.º e seguintes do Código Civil.
€ 50 000, concedidos por instituições públicas, particulares
e cooperativas com capacidade de concessão de crédito. Artigo 202.º
5 — As retenções operadas nos termos do presente arti- Transmissão de dívida e sub-rogação
go exoneram o contribuinte do pagamento das respectivas
1 — Nas situações em que a segurança social autorize
importâncias.
o pagamento da dívida por terceiro pode sub-rogá-lo nos
6 — O incumprimento do disposto no n.º 4 por enti-
seus direitos.
dades não públicas determina a obrigação de pagar ao
2 — A sub-rogação carece de autorização do membro
IGFSS, I. P., o valor que não foi retido, acrescido dos do Governo responsável pela área da segurança social,
respectivos juros legais, ficando por esta obrigação so- podendo ser delegada nos termos do Código do Procedi-
lidariamente responsáveis os administradores, gerentes, mento Administrativo.
gestores ou equivalentes da entidade faltosa, sem prejuízo
das competências próprias das instituições de segurança
social nas Regiões Autónomas. CAPÍTULO IV
imobiliário sobre os bens imóveis existentes no património às mesmas bem como quanto a cada uma das sociedades
do contribuinte à data da instauração do processo exe- que integram a coligação;
cutivo, graduando-se logo após os créditos referidos no c) As sociedades desportivas, independentemente da
artigo 748.º do Código Civil. sua classificação, e os respectivos clubes desportivos, têm
a situação contributiva regularizada quando a situação
Artigo 206.º referida nos números anteriores se verifique em relação
a ambos.
Consignação de rendimentos
O cumprimento das dívidas pode ser garantido mediante Artigo 209.º
consignação de rendimentos feita pelo próprio contribuinte Responsabilidade solidária
ou por terceiro e aceite por deliberação do conselho di-
rectivo do IGFSS, I. P., sem prejuízo das competências 1 — No momento da realização do registo de cessão
de quota ou de quotas que signifique a alienação a novos
próprias das instituições de segurança social nas Regiões
sócios da maioria do capital social, o respectivo acto é
Autónomas.
instruído com declaração comprovativa da situação con-
tributiva da empresa.
Artigo 207.º 2 — Em caso de trespasse, cessão de exploração ou de
Hipoteca legal posição contratual o cessionário responde solidariamente
com o cedente pelas dívidas à segurança social existen-
1 — O pagamento dos créditos da segurança social por tes à data da celebração do negócio, sendo nula qualquer
contribuições, quotizações e respectivos juros de mora po- cláusula negocial em contrário.
derá ser garantido por hipoteca legal sobre os bens imóveis
ou móveis sujeitos a registo, existentes no património do Artigo 210.º
contribuinte.
2 — Os actos de registo predial no âmbito do registo de Relatório da empresa
hipoteca legal para a garantia de contribuições, quotiza- 1 — O relatório de apreciação anual da situação das
ções e juros de mora em dívida à segurança social, desde empresas privadas, públicas ou cooperativas deve indicar
que requeridos pelas instituições de segurança social, são o valor da dívida vencida, caso exista.
efectuados gratuitamente. 2 — Os contribuintes a quem tenha sido autorizado o pa-
gamento prestacional da dívida devem incluir no relatório
referido no número anterior as condições do mesmo.
CAPÍTULO V
Situação contributiva regularizada
CAPÍTULO VI
Artigo 208.º Efeitos do incumprimento
Situação contributiva regularizada
Artigo 211.º
1 — Para efeitos do presente Código, considera-se si-
Juros de mora
tuação contributiva regularizada a inexistência de dívidas
de contribuições, quotizações, juros de mora e de outros Pelo não pagamento de contribuições e quotizações nos
valores do contribuinte. prazos legais, são devidos juros de mora por cada mês de
2 — Integram, ainda, o conceito de situação contributiva calendário ou fracção.
regularizada:
Artigo 212.º
a) As situações de dívida, cujo pagamento em pres-
tações tenha sido autorizado e enquanto estiverem a ser Taxa de juros de mora
cumpridas as condições dessa autorização, ainda que o A taxa de juros de mora é igual à estabelecida no regime
pagamento prestacional tenha sido autorizado a terceiro geral dos juros de mora para as dívidas ao Estado e outras
ou a responsável subsidiário; entidades públicas e é aplicada nos mesmos termos.
b) As situações em que o contribuinte tenha reclamado,
recorrido, deduzido oposição ou impugnado judicialmente Artigo 213.º
a dívida, desde que tenha sido prestada garantia idónea.
Limitações
3 — Para efeitos do disposto no presente artigo, con- Além das limitações especialmente previstas noutros
sidera-se que: diplomas, os contribuintes que não tenham a situação con-
a) Os agrupamentos de interesse económico e os agru- tributiva regularizada não podem:
pamentos complementares de empresas têm a sua situação a) Celebrar contratos, ou renovar o prazo dos já exis-
contributiva regularizada quando a situação referida nos tentes, de fornecimentos, de empreitadas de obras públicas
números anteriores se verifique relativamente aos mes- ou de prestação de serviços com o Estado, Regiões Autó-
mos, bem como relativamente a cada uma das entidades nomas, institutos públicos, autarquias locais e instituições
agrupadas; particulares de solidariedade social comparticipadas pelo
b) As sociedades em relação de participação recíproca, orçamento da segurança social;
em relação de domínio, ou em relação de grupo, têm a b) Explorar a concessão de serviços públicos;
sua situação contributiva regularizada quando a situação c) Fazer cotar em bolsa de valores os títulos represen-
referida nos números anteriores se verifique relativamente tativos do seu capital social;
Diário da República, 1.ª série — N.º 180 — 16 de Setembro de 2009 6519
número de trabalhadores prejudicados com a actuação que este, devidamente notificado para o efeito, não tenha
do agente, da culpa do agente e dos seus antecedentes na efectuado o pagamento no prazo fixado nem interposto
prática de infracções ao presente Código. recurso da decisão de aplicação da coima com prestação
2 — Na determinação da medida da coima deve ainda da respectiva caução.
ser tida em consideração a situação económica do agente,
quando conhecida, e os benefícios obtidos com a prática Artigo 240.º
do facto. Reversão do produto das coimas
coima, desde que se verifiquem cumulativamente as se- para a aplicação das respectivas coimas, o órgão máximo
guintes circunstâncias: da entidade que realizou o processo ou procedimento, po-
dendo a competência ser delegada nos termos do Código
a) A prática da infracção não ocasione prejuízo efectivo
do Procedimento Administrativo.
ao sistema de segurança social nem ao trabalhador;
b) Esteja regularizada a falta cometida;
c) A infracção tenha sido praticada por negligência. PARTE V
Disposições complementares,
TÍTULO IV transitórias e finais
Da prescrição
TITULO I
Artigo 245.º
Prescrição do procedimento
Disposições complementares
Sem prejuízo das causas de suspensão e interrupção da
prescrição previstas no regime geral das contra-ordenações, CAPÍTULO I
o procedimento por contra-ordenação extingue-se, por Disposições aplicáveis ao pagamento
efeito da prescrição, logo que sobre a prática da contra- voluntário de contribuições
-ordenação hajam decorrido cinco anos.
b) Ao valor mensal correspondente a três vezes o valor quotizações no prazo de um ano contado a partir do dia
do IAS dos apoios sociais, salvo se o interessado fizer em que completem os 70 anos.
prova, através de declaração emitida pela entidade gestora
do sistema de protecção social que o abrange, de qual o Artigo 266.º
valor das remunerações auferidas nos últimos 12 meses
Taxa contributiva
anteriores ao do requerimento, caso em que será a média
desta a considerada. 1 — Para efeitos de reembolso de quotizações em rela-
ção às modalidades em que o mesmo se encontra previsto,
Artigo 260.º é aplicada a taxa de 8,5 %.
Taxa contributiva 2 — Sempre que as contribuições do beneficiário te-
nham sido calculadas por aplicação de uma taxa global
1 — A taxa contributiva relativa ao pagamento volun- inferior à fixada para o regime geral de segurança social
tário de contribuições para o âmbito material de protecção essa diferença deve deduzir-se à taxa referida no número
previsto no n.º 1 do artigo 258.º é de 26,9 %. anterior.
2 — A taxa contributiva relativa ao pagamento volun-
tário de contribuições para o âmbito material de protecção
previsto no n.º 2 do artigo 258.º é de 22,7 %. CAPÍTULO III
Disposições aplicáveis à restituição de contribuições
CAPÍTULO II e de quotizações
Disposições aplicáveis ao reembolso de quotizações Artigo 267.º
Artigo 261.º Conceito de restituição
a taxa de 4,9 %, da responsabilidade da entidade empre- contributiva nos mesmos termos, sem prejuízo do disposto
gadora; no número seguinte.
b) O regime previsto para os militares em regime de 2 — A aplicação do disposto no número anterior cessa:
voluntariado e contrato abrangidos pelo Decreto-Lei
n.º 320-A/2000, de 15 de Dezembro, alterado pelos a) A requerimento do interessado;
Decretos-Leis n.os 118/2004, de 21 de Maio, e 320/2007, b) A partir do ano em que o rendimento relevante do tra-
de 27 de Setembro, a que se aplica a taxa de 3 %, da res- balhador seja igual ou superior a 12 vezes o valor do IAS;
ponsabilidade da entidade empregadora. c) Com a suspensão da actividade;
d) Com a cessação da actividade.
2 — Até à concretização dos mecanismos de garantia
das pensões dos trabalhadores do sector bancário previstos 3 — Os trabalhadores independentes que, à data da
no acordo tripartido sobre a reforma da segurança social, entrada em vigor do presente Código, estejam a contribuir
de 10 de Outubro de 2006, mantêm-se em vigor em regime sobre montante superior ao que resulte da aplicação do
de grupo fechado nos termos previstos no Decreto-Lei disposto no artigo 163.º, mantêm o direito à consideração
n.º 54/2009, de 2 de Março: da mesma base de incidência contributiva até que atinjam
rendimento que determine posicionamento em escalão
a) A taxa contributiva relativa aos trabalhadores ban- superior, sem prejuízo do direito de opção, a todo o tempo,
cários abrangidos pela Caixa de Abono de Família dos pelo escalão correspondente ao seu rendimento.
Empregados Bancários de 14 %, sendo, respectivamente,
de 11 % e de 3 % para as entidades empregadoras e para Artigo 277.º
os trabalhadores;
b) A taxa contributiva relativa aos trabalhadores de enti- Ajustamento progressivo da base de incidência contributiva
dades sem fins lucrativos abrangidos pela Caixa de Abono A integração na base de incidência contributiva das
de Família dos Empregados Bancários de 13,2 %, sendo, prestações referidas nas alíneas n), p), q), r), s), t), v), x),
respectivamente, de 10,2 % e de 3 % para as entidades z) e aa) do artigo 46.º, nos termos aí previstos, faz-se nos
empregadoras e para os trabalhadores. seguintes termos:
3 — Quando se encontrarem concretizados os mecanis- a) 33 % do valor no ano de 2010;
mos previstos no número anterior as taxas contributivas b) 66 % do valor no ano de 2011;
relativas a estes trabalhadores são fixadas nos termos de- c) 100 % do valor a partir do ano de 2012.
finidos no presente Código.
Artigo 278.º
Artigo 275.º Ajustamento progressivo da base de incidência contributiva
Manutenção de enquadramento no regime dos trabalhadores do serviço doméstico
dos trabalhadores independentes 1 — A base de incidência contributiva dos trabalhadores
Podem manter o enquadramento no regime dos tra- do serviço doméstico prevista no n.º 1 do artigo 120.º é
balhadores independentes regulado no presente Código: fixada em 85 % do valor do IAS para o ano de 2010 e no
valor de um IAS a partir de 2011.
a) Os advogados e solicitadores que se encontrem, à data 2 — A convergência referida no número anterior produz
da entrada em vigor do presente Código, facultativamente efeitos no dia 1 de Janeiro do ano em causa.
enquadrados naquele regime;
b) Os gerentes de sociedades constituídas exclusiva- Artigo 279.º
mente por antigos comerciantes em nome individual ou
por estes e pelos respectivos cônjuges, parentes ou afins Ajustamento progressivo da base de incidência contributiva
na linha recta ou até ao 2.º grau da linha colateral, que à dos trabalhadores independentes
data da entrada em vigor do presente Código, estivessem 1 — A base de incidência contributiva dos trabalhadores
abrangidos pelo despacho n.º 9/82, de 25 de Março, até independentes é ajustada nos seguintes termos:
à data da sua revogação, pelo Decreto-Lei n.º 328/93, de
25 de Setembro; a) No ano de entrada em vigor do presente Código, a
c) Os membros das cooperativas de produção e serviços base de incidência contributiva dos trabalhadores cujos
que, à data da entrada em vigor do presente Código, es- rendimentos relevantes determinem, nos termos previstos
tejam abrangidos pelo n.º 2 do artigo 10.º do Decreto-Lei no artigo 156.º e seguintes, um escalão superior àquele
n.º 328/93, de 25 de Setembro. que o trabalhador se encontre a contribuir, apenas pode ser
ajustada para o escalão imediatamente a seguir;
Artigo 276.º b) Nos anos seguintes, e enquanto o trabalhador auferir
rendimentos relevantes que determinem uma base de inci-
Manutenção das bases de incidência contributiva
dência contributiva superior, em pelo menos dois escalões,
1 — Os trabalhadores independentes aos quais esteja a ao escalão pelo qual se encontre a contribuir, apenas pode
ser considerada, até à data da entrada em vigor do presente ser ajustada para o escalão imediatamente a seguir.
Código, como base de incidência contributiva o valor do
duodécimo do seu rendimento ilíquido, com limite mínimo 2 — As regras de transição previstas no número anterior
de 50 % do valor do IAS, nos termos do disposto no ar- cessam, a partir do ano em cujo rendimento relevante do
tigo 34.º do Decreto-Lei n.º 328/93, de 25 de Setembro, trabalhador determine que o escalão pelo qual o trabalha-
alterado pelo Decreto-Lei n.º 119/2005, de 22 de Julho, dor deve contribuir é o mesmo pelo qual contribuiu no
mantém o direito à determinação da base de incidência ano transacto.
Diário da República, 1.ª série — N.º 180 — 16 de Setembro de 2009 6527