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Valorização do corpo humano e das emoções
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A Linguagem do Humanismo
Humanista italiano, Petrarca foi um dos mais Humanista italiano, autor do poema épico e teológico
importantes escritores humanistas. Á ele, está intitulado “Divina Comédia”.
associado a criação dos sonetos, forma poética fixa
composta de 2 quartetos e 2 tercetos. Dante é considerado um dos mais importantes poetas do
Petrarca produziu cerca de 300 sonetos e de sua humanismo. Ele escreveu vários textos líricos, filosóficos e
obra destacam-se: Cancioneiro e o Triunfo, Meu políticos, dos quais se destacam: Vida Nova, Monarquia e O
Livro Secreto e Itinerário para a Terra Santa. Convívio.
Principais Autores e Obras do
Humanismo
Poeta humanista, considerado o criador da prosa Humanista neerlandês, autor de diversas obras de caráter
italiana. Bocaccio é autor da obra de novelas humanista. Sua obra mais importante é “O Elogio da
"Decamerão", que apresenta como temática da Loucura”, publicada em 1509, na qual defende a liberdade
natureza humana. Além de Decamerão, de sua obra do pensamento humano.
literária merecem destaque: Mulheres Famosas,
Filocolo e Teseida.
HUMANISMO EM PORTUGAL
Gil Vicente é reconhecido como a figura mais importante da literatura no período do Humanismo. Foi um
poeta e dramaturgo, considerado o “Pai do Teatro Português” e, apesar da escassez de referências, há
registros que também foi ourives e mestre da balança na Casa da Moeda de Lisboa.
De acordo com registros associados ao autor, nasceu em Guimarães, no ano de 1465, e faleceu em
Évora, no ano de 1536. Foi casado duas vezes e teve cinco filhos, incluindo Luís Vicente, que foi o responsável
pela organização da primeira compilação de suas obras.
O início de sua trajetória como dramaturgo deu-se em 1502, quando encenou a peça “Auto da
Visitação”, também chamada de “Monólogo do Vaqueiro”, que foi escrita e representada pelo próprio Gil
Vicente na câmara da rainha, em homenagem ao nascimento do príncipe D. João, futuro D. João III. O
monólogo foi escrito em castelhano e trata-se de um simples homem do campo expressando sua alegria pelo
nascimento do herdeiro, desejando-lhe felicidade.
Embora tenha vivido em pleno Humanismo, Gil Vicente misturava em suas obras elementos medievais
ao caráter humanista, por esta razão, é considerado um autor marcado pela transição entre a Idade Média e
o Renascimento. A estrutura das suas peças foi desenvolvida carregando em si valores da religiosidade cristã,
no entanto, ao mesmo tempo, traz uma concepção humanista, assumindo posições críticas.
Gil Vicente classificou suas peças dividindo-as em três grupos: obras de devoção, farsas e comédias. O
valor do teatro vicentino encontra-se na comicidade, na maioria das vezes realizada através de sátiras, com
críticas sociais à sociedade portuguesa da época, contrabalançada pelo pensamento da religiosidade cristã
predominante à época. Sua obra é rica pela universalidade dos temas e, também, pelo lirismo poético que
soube colocar na arte em plena atmosfera humanista.
GIL VICENTE
Misturava elementos medievais com o caráter humanista, ou seja, obras marcadas pela dualidade
da passagem da Idade Média para o Renascimento;
Não há marcação de conflitos íntimos ou dramas internos do autor nas peças;
Obra rica pela universalidade dos temas e pelo lirismo poético utilizado em plena atmosfera
humanista;
Possui personagens-tipo, que apresentam algum comportamento já conhecido, ou seja,
estereotipadas e alegóricas, que representam determinada classe social. Ex: fidalgo (nobreza),
padre (clero), etc.
Teatro considerado primitivo e popular por incorporar a tradição popular, porém, era apresentado
na Corte;
Utilizava cenários, mesmo que primitivos e suas peças eram enriquecidas pelo improviso e
espontaneidade dos atores;
Retrato cômico da sociedade portuguesa, sendo que os recursos de comicidade utilizados pelo
teatro vicentino eram:
1. Comicidade de caráter: as características psicológicas das personagens levam ao riso. Ex: Pêro
Marques (na Farsa de Inês Pereira) é simples, desajeitado e sem modos;
2. Comicidade de situação: as atitudes das personagens são cômicas. Ex: Pêro Marques (na Farsa
de Inês Pereira) ao se apresentar à Inês e à mãe dela, comporta-se como um simplório que não
sabe nem como sentar-se numa cadeira;
3. Comicidade de linguagem: o autor utiliza recursos linguísticos, como por exemplo a ironia,
trocadilhos, ditos populares, gírias e palavrões para causar o riso.
LINK YOUTUBE FARSA DE INES PEREIRA
https://www.youtube.com/watch?time_cont
inue=270&v=ZrqaYPrOvcY&feature=emb_log
o
https://www.youtube.com/watch?v=CW7a0hb
PBHM&feature=emb_logo
FERNÃO LOPES
“Nós não somos nados a nós mesmos, porque uma parte de nós tem a terra, e a outra os
parentes; e porém o juizo do homem ácerca de tal terra, ou pessoas recontando seus feitos
sempre copega. Esta mundanal affeição fez alguns historiadores, que os feitos de Castella,
com os de Portugal, escreveram, posto que homens de boa authoridade fossem, desviar da
verdadeira estrada, e colher por semideiros escuses, por as minguas das terras de que eram
em certos passos claramente não serem vistas, especialmente no grande desvairo, que o mui
virtuoso Rei de boa memoria D. João, cujo regimento e reinado se segue, houve com o nobre
e poderoso rei D. João de Castella, pondo parte de seus bons feitos fóra do louvor, que
merecia, e evadindo em alguns outros de guisa que não aconteceram atrevendo-se a
publicar esto em vida de taes que lhe foram companheiros bem veadores de todo o
contrario.”
BIOGRAFIA
Não existem muitas informações de como foi a sua vida, mas as poucas que se tem, percebe-se que foi um homem
generoso e muito humilde.
Nasceu no final do século XIV, no período entre anos de 1380 e 1390, e de acordo com alguns estudiosos, na capital
portuguesa, Lisboa.
No decorrer da sua vida, conseguiu alcançar grandes posições dentro da sociedade em que vivia, isso ocorreu por
conta dos serviços que prestava para a coroa portuguesa.
Durante grande parte da sua vida, Fernão Lopes se preocupou em descrever toda a história de Portugal. Por isso se
tornou um dos mais importantes contribuintes para a renovação da historiografia portuguesa.
Nos momentos em que escrevia, ele se preocupava bastante em ser imparcial com as notícias que ia se aprofundando
e essa foi uma de suas maiores colaborações.
Fernão Lopes não deixava que as lendas se misturassem com o que era realidade. Ele sempre dava prioridade ao povo
e tudo que eles colocavam em relação ao que era dito pelos governantes daquela época.
Fernão ficou no cargo de cronista-mor da Torre do Tombo na capital portuguesa, entre os anos de 1418 e 1454. Ele a
assumiu a responsabilidade de redigir as narrativas dos reis.
Como possuía uma enorme importância para o seu país, Fernão Lopes, que desempenhava a função de escrivão de D.
Duarte, recebia pelo trabalho desempenhado a quantia de 14 mil réis.
Outro marco importante na sua vida foi o reconhecimento que teve das autoridades da época quando recebeu o título
de vassalo de el-rei, em 1434. Essa informação é importante pelo fato de poucas pessoas serem condecoradas com
algo desse tipo, afinal, os vassalos eram as pessoas de extrema confiança do rei.
Durante toda a sua vida ele teve apenas um filho, o qual lhe deu somente um neto bastardo.
Como as informações da vida de Fernão Lopes são poucas, não se sabe ao certo o motivo da morte, mas acredita-se
que tenha ocorrido em Lisboa, em 1460, aos 80 anos de idade.
Com destaque para a poesia palaciana, Garcia de Resende (1470-1536) foi o
maior representante com sua obra Cancioneiro Geral (1516).