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Noções de conjuntos

Matemática
Universidade Estadual do Pará (UEPA)
8 pag.

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ
PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

NOÇÕES DE CONJUNTOS
Introdução à Teoria dos Conjuntos
Os fundamentos da teoria dos conjuntos foram lançados no final do século
XIX, a partir dos trabalhos de George Cantor (1845-1918). A partir de então, está
teoria passou por um forte processo de desenvolvimento, dando suporte a
diversos ramos da matemática e influenciando outras áreas do conhecimento,
dentre elas a Ciência da Computação.
O conceito de conjunto é fundamental para a Ciência da Computação, uma
vez que grande parte de seus conceitos, construções e resultados são escritos na
linguagem dos conjuntos ou baseados em construções sobre conjuntos
(MENEZES, 2008), existindo aplicações em áreas como Banco de Dados e
Linguagens Formais, por exemplo.
Neste capítulo, introduziremos os principais conceitos da teoria dos
conjuntos, que serão indispensáveis para estudos posteriores.

Três noções são consideradas primitivas: Conjunto; elemento; pertinência


entre elemento e conjunto.
Conjunto –notação: letras maiúsculas
Pode ser designada, intuitivamente, como uma coleção de objetos de qualquer
natureza, considerados globalmente. Em um conjunto, a ordem dos elementos
não importa e cada elemento deve ser listado apenas uma vez. A repetição dos
elementos em um conjunto é irrelevante

Elemento-notação: letras minúsculas


Os objetos que constituem um conjunto denomina-se elementos do conjunto.

Pertinência - notação: Є
Relacionam elemento com conjunto. Qualquer objeto que faça parte de um
conjunto é chamado “membro” ou “elemento” daquele conjunto ou ainda é dito
pertencer aquele conjunto. Para denotar que o elemento x pertence ao conjunto
A utiliza-se: X∈A
Se o elemento não pertence ao conjunto A denota-se: X ∉ A
Ex: Considerando o conjunto D dos dias da semana, temos que: segunda ∈ D;
sábado ∈D; janeiro ∉ D

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REPRESENTAÇÃO
Um conjunto pode ser representado basicamente de duas maneiras: por extensão
ou por compreensão.
Extensão: os elementos são listados exaustivamente, sendo colocados entre um
par de chaves e separados por vírgulas. Por exemplo,
D = {segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado, domingo}

Compreensão: em casos em que os números de elementos são muitos,


devemos optar por descrever o conjunto por meio de uma propriedade que
caracteriza os seus elementos. De forma geral, escreve-se S= {x | P(x)}, onde
P(x) representa a propriedade.
Exemplos:
a) A = {a, e, i, o, u}
b) B = {1, 3, 5, 7, ..., 15}
c) C = {1, 2, 3, 4, 5,...} d)
d) D = {n|n=2y, onde y é um número inteiro}
✓ A foi representado por meio da listagem de todos os seus elementos.
✓ B e C, alguns elementos foram omitidos, mas podem facilmente ser
deduzidos do contexto. Nos três casos, a forma de representação utilizada
foi a extensão.
✓ O conjunto D, que corresponde ao conjunto D = {0, 2, 4, 6, 8, ...}, foi
representado por meio da propriedade comum a seus elementos, o que
constitui a forma de representação por compreensão.

Ex1:Descreva cada um dos seguintes conjuntos, listando seus elementos:


a. {x|x é a capital do Pará}

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b. {y|y é um número primo menor do que 30}

Ex 2: Descreva cada um dos seguintes conjuntos, através de uma propriedade


que caracteriza seus elementos:
a. {1,3,5,7,9...}
b). {1,4,9,16...}

Alguns Conjuntos Especiais


Considere a seguinte situação: queremos listar todos os elementos de um
conjunto A={a|a é um número natural par menor do que 2}. Então, quantos
elementos o conjunto A possui? A não possui nenhum elemento, pois não existe
nenhum número natural par que seja menor do que 2. Neste caso, dizemos que
o conjunto A é vazio, e representamos como segue:
A = { } ou A = ∅
E se quiséssemos listar todos os elementos do conjunto B = {b|b é um número
natural ímpar menor do que 2}, quantos elementos esse conjunto teria? Neste
caso, B teria apenas um elemento, sendo, por isso, chamado de conjunto unitário.
B={1}

CONJUNTO UNITÁRIO é o conjunto que possui apenas um elemento.


Um conjunto possui um número finito ou infinito de elementos. Chamamos de
conjunto finito aquele que pode ser descrito por extensão, ou seja, é possível
listar todos os seus elementos. Um conjunto é dito infinito quando não é possível
listar exaustivamente todos os seus elementos.

CONJUNTO UNIVERSO
Geralmente, o conjunto universo é representado pela letra U, é o conjunto que
contém todos os conjuntos que estão sendo considerados, ou seja, define o
contexto da discussão.
• Num diagrama de Venn, os elementos de U são geralmente representados
por pontos internos ao um quadrado(retângulo) e os demais são
representados por um circulo contidos no quadrado/retângulo.
• U não é um conjunto fixo e, para qualquer conjunto A, temos :

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Propriedades dos Conjuntos


1. Qualquer conjunto é subconjunto do conjunto universo;
2. O conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto;
3. Todo conjunto é subconjunto de si próprio;
4. Se todo elemento de um conjunto A pertence também a um conjunto B, e todo
elemento de B pertence a um conjunto C, então todo elemento de A pertence a
C (propriedade da transitividade).

RELAÇÕES ENTRE CONJUNTOS


Já introduzimos a noção de pertinência entre elementos e conjuntos. Além desta,
outra noção importante é a de continência, a partir da qual podemos introduzir os
conceitos de subconjuntos e de igualdade de conjuntos.
Relações de pertinência são estabelecidas entre elemento e conjunto, enquanto
que as relações de continência são estabelecidas entre conjunto e conjunto.

- SUBCONJUNTOS
Se e são conjuntos e todo o elemento pertencente a e também pertence a , então
o conjunto é dito um subconjunto do conjunto , denotado por . Note que esta
definição inclui o caso em que A e B possuem os mesmos elementos, isto é, A = B. Se
e ao menos um elemento pertencente a não pertence a , então é chamado de
subconjunto próprio de , denotado por . Todo conjunto é subconjunto dele próprio,
chamado de subconjunto impróprio.
Sejam dois conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {0, 1, 2, 3, 4, 5}.
Observe que todos os elementos do conjunto A são também elementos do
conjunto B. Com a notação A⊂B indicamos que “A” é subconjunto de “B” ou “A”
está contido em “B” ou “A é parte de B”, ou ainda que B contém A, com notação
B⊃A.
A⊂B ↔(∀x)(x ∈A→x∈B)

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Quando A não é um subconjunto de B, ou seja, quando existe pelo menos um


elemento de A que não pertence a B, indicamos A ⊄ B.

- IGUALDADE DE CONJUNTOS
Consideremos os conjuntos A={1, 3, 5} e B={1, 3, 5}. Não é preciso se esforçar
para perceber que A é um subconjunto de B e B, por sua vez, também é
subconjunto de A. Neste caso, dizemos que os conjuntos A e B são iguais.
Formalmente, podemos dizer: dois conjuntos A e B são iguais se, e somente se,
todo elemento de A pertence também a B e, reciprocamente, todo elemento de
B pertence a A, ou seja: A = B ↔ (∀x)((x∈A→x∈B)∧(x∈B →x∈A))

CONJUNTO DAS PARTES DE UM CONJUNTO


Se tivermos um conjunto de elementos a que chamamos F, o conjunto das partes de F será
aquele formado por todos os possíveis subconjuntos de F e será representado por P(F). Se
o conjunto F tem n elementos, então o conjunto das partes de F, P(F), terá 2n elementos.
Exemplo: Sendo F = {3, 5, 9}, vamos escrever todos os possíveis subconjuntos de F:
→ com nenhum elemento Ø
→ com 1 elemento {3}, {5}, {9}
→ com 2 elementos {3, 5}, {3, 9}, {5, 9}
→ com 3 elementos {3, 5, 9}
Podemos então escrever: P(F) = { Ø, {3}, {5}, {9}, {3, 5}, {3, 9}, {5, 9}, {3, 5, 9} }
O número de elementos de um conjunto F é denominado ordem do conjunto e é indicado por
n(F). Repare que no exemplo acima n(F) = 3 e n (P(F)) = 23 = 8

CONJUNTO COMPLEMENTAR

Complementar de B com respeito a A e é representada por = B - A.


No caso dos alunos de uma classe, o conjunto complementar do conjunto dos alunos
presentes à aula será formado pelos alunos ausentes à aula.

RELAÇÃO DE INCLUSÃO
A relação de inclusão possui 3 propriedades:
→ Propriedade reflexiva: AF2 00FC 0CF2 00 A, isto é, um conjunto sempre é subconjunto dele mesmo.
→ Propriedade anti-simétrica: se AF2 00FC 0CF2 00 B e BF2 00FC 0CF2 00 A, então A = B.
→ Propriedade transitiva: se AF2 00FC 0CF2 00 B e BF2 00FC 0CF2 00 C, então AF2 00FC 0CF2 00 C.

DIAGRAMAS DE VENN

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Podemos expressar um conjunto através de diagramas de Venn, de forma a


facilitar o entendimento de definições, o desenvolvimento de raciocínios e a
compreensão dos componentes e relacionamentos que estejam sendo discutidos
(MENEZES, 2008). Um diagrama de Venn é uma representação pictórica na qual
os conjuntos são representados por áreas delimitadas por curvas no plano.
Lipschutz e Lipson (2004).
Para seguir este modelo de representação, devemos observar as seguintes
regras:

1. O conjunto universo é representado por um retângulo;


2. Cada um dos demais conjuntos é representado por um círculo (ou uma elipse);
3. Cada conjunto deve ser identificado por uma letra maiúscula;

A seguir, são ilustradas algumas situações para que você possa entender como
utilizar Diagramas de Venn para representar conjuntos. Para representar a
continência de dois conjuntos, construímos uma elipse dentro de outra, como
segue:

Figura 1.1: Diagrama de Venn


A Figura 1.1 representa a relação A⊂B, ou seja A é subconjunto de B.
Perceba que a elipse que representa o conjunto A está totalmente contida na que
representa o conjunto B. Isto representa que todos os elementos de A são
também elementos de B, conforme a definição de subconjunto já apresentada.

Observe agora a Figura:

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Figura 1.2: Diagrama de Venn

Perceba que as figuras que representam os conjuntos A e B estão totalmente


separadas. Isto representa que não existem elementos de A que sejam também
elementos de B. Neste caso, dizemos que A e B são conjuntos disjuntos.

Reflita: E se quisermos representar dois conjuntos A e B onde seja possível que


alguns elementos de A não pertençam a B e que alguns elementos de B não
pertençam a A?
Neste caso, a representação é como segue:

Figura 1.3: Diagramas de Venn

Portanto, dados dois conjuntos A e B, como vemos na figura acima, podemos estabelecer
uma relação entre os respectivos números de elementos:
n (A∪ B) = n (A) + n (B) − n (A∩ B)

Observe o diagrama e comprove.

Figura 1.4: Diagramas de Venn

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n(A∪B∪C) = n(A) + n(B)+ n(C) - n(A∩B) - n(A∩C) - n(B∩C) + n(A∩B∩C)

Conjuntos numéricos:
Os conjuntos numéricos são os seguintes: naturais, inteiros, racionais, irracionais,
reais e complexos.

Figura 1.4: Diagramas de Venn

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