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De todos os adolescentes são esperados comportamentos rebeldes e a rebeldia

já virou, inclusive, sinônimo de adolescência. Esta relação feita entre esta fase
da vida e este padrão comportamental faz com que a rebeldia seja entendida
como uma característica própria da idade, que passa com o tempo e que, como
tal, não pode ser solucionada nem discutida. Na verdade a rebeldia é um
comportamento comum na fase adolescente, comum no sentido de freqüente e
não de próprio desta fase. O próprio da fase adolescente, universal e que
inevitavelmente acontece com todos os jovens normais, são as mudanças
corporais, o aparecimento do interesse sexual, a mudança de outros tipos de
interesse e uma nova forma de se relacionar com o mundo, que não é mais
infantil nem adulta e que, portanto, caracterizam uma fase de transição muito
marcante.

Todas as transformações biológicas e físicas provocam reações diferentes nas


pessoas que lidam com o adolescente. Uma grande confusão a respeito do que
permitir, o que proibir e o que pode ser aceito desta nova pessoa, acontece com
os adultos. Todas as modificações da adolescência provocam conflitos na forma
do adulto se relacionar com o adolescente e a sociedade também provoca
discussões e leis confusas, que autorizam o voto e outras responsabilidades e
desautorizam responsabilidade criminal e outras coisas, fazendo com que a
maturidade do jovem seja vista de diferentes formas. Tudo isto é polêmico,
controverso e confuso e é este conjunto de coisas que caracteriza o ambiente do
adolescente como confuso e conflituoso. A institucionalização das
características adolescentes também provocam expectativas de que com todos
eles, tudo aconteça exatamente da mesma forma nesta fase e a criança que
cresce ouvindo que será assim a partir de determinada idade, provavelmente
desenvolve alguns comportamentos para responder ao esperado, sem que isto
se desenvolvesse normalmente.

Frente a estes aspectos, é desleal atribuir à fase adolescente toda a


responsabilidade pela rebeldia comum nesta fase. Dependendo da relação
familiar e do grupo de convívio do adolescente, suas características podem ser
diferentes do esperado. Nem todos os jovens desenvolvem os mesmos
comportamentos convencionados como característicos, e nem todas as famílias
têm problemas na definição de como educar o adolescente. A rebeldia pode ser
apenas uma reação à falta de jeito dos adultos para lidar com esta nova fase, da
falta de compreensão, apoio e esclarecimento das modificações, que podem
assuntar o jovem, se forem absolutamente desconhecidas, e de outros
problemas de trato com esta pessoa, que não pode mais ser tratada como a
criança que era, e que não tem maturidade suficiente para assumir uma vida
adulta. Se os adultos que se relacionam com o adolescente continuam a tratá-lo
como criança, se não conseguem aceitar que os interesses dele são outros e
não tiverem condições de estabelecer uma relação de colaboração e confiança,
a probabilidade de rebeldia na adolescência continuará sempre fazendo com
que esta característica seja marcante nesta fase.

Autoria: Valmir França

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