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FILOSOFIA

Atitude Filosó ca

Publicado por Natália Cruz – Última atualização: 3/1/2019

Índice Vídeo-aula

1) Introdução

2) O espanto [GV8] 1.7 ATITUDE


3) A dúvida FILOSÓFICA

4) O rigor 3m47s 1 de 1

5) A insatisfação

6) Exercícios

Introdução
É possível de nir, de maneira geral, que a atitude losó ca trata-se de um comportamento que adota posturas
críticas pautadas na racionalidade em relação aos acontecimentos. A atitude losó ca é determinada pela
postura crítica que o homem adota frente às determinações e imposições sociais.

Faz parte da atitude losó ca colocar em dúvida as imposições e regras sociais. A partir disso, a sociedade
fundamenta o comportamento crítico e passa a atuar como questionadora e problematizadora das imposições,
das regras e das padronizações sociais.

A atitude losó ca é determinada pelo posicionamento crítico, pois o ser humano, enquanto ser racional, passa
a entender o mundo e sua realidade de forma distinta. A crítica ao modelo em que vive, as perplexidades e
incômodos cotidianos, permitem que os cidadãos entendam que precisam adotar uma postura crítica, reativa e
a rmativa diante dos problemas e questões que abalam a vida cotidiana.

O homem racional passa a agir ativamente e deixa de ser levado e dominado pelo outro. Toda atitude do
próprio ser social e dos outros atores que convivem no seu meio passam a ser racionalmente questionadas.

Apesar de possuir uma de nição geral, a atitude losó ca apresenta quatro aspectos que podem complementar
sua de nição: o espanto, a dúvida, o rigor e a insatisfação.

O espanto
O espanto é considerado o ponto de partida para uma atitude losó ca. A partir do espanto, o ser social deixa
de ser indiferente à sua realidade, as ações e os acontecimentos geram o espanto e impulsionam uma atitude
crítica, racional, contestadora e problematizadora.

Aristóteles foi um dos primeiros a defender a origem da loso a a partir do espanto do ser social, da
estranheza e da perplexidade em relação aos acontecimentos da natureza, do universo e da vida. Para
Aristóteles, o espanto é o ponto de partida para a formulação de perguntas críticas e racionais e,
consequentemente, para a busca por respostas e soluções que possam minimizar ou solucionar de nitivamente
as questões que geram dúvida, incômodo e desconforto.

A dúvida

A dúvida também é elemento essencial para a construção da loso a. É preciso que o lósofo duvide de todos
os conceitos, todas as verdades e todas as imposições sociais. O lósofo não deve naturalizar os
conhecimentos, deve problematizar tudo que é posto e apresentado.

S ã h dú id ã á í l di d d já á b l id S dú id ã
Se não houver dúvida, não será possível repensar e discordar do que já está estabelecido. Sem a dúvida, não se
reformula o conhecimento losó co baseado na racionalidade, já que todas as respostas e teorias deixam de ser
questionadas.

Dúvida.

O rigor
A atitude losó ca depende basicamente do rigor para garantir bases sólidas para seus questionamentos e
atitudes. É preciso rigor para evitar ambiguidade, informações e críticas contraditórias aos fatos que são
postos em xeque.

O rigor é o elemento essencial para que o lósofo ou o questionador não use de falsas informações ou lógica
rasa e falaciosa para basear suas críticas e atitudes. O rigor, aliado à racionalidade, garante as bases para
sustentação das críticas ao modelo socialmente imposto, que é o alvo principal daqueles que adotam a atitude
losó ca.

A insatisfação
Não é tarefa da loso a garantir respostas prontas e satisfatórias às questões e dúvidas pessoais. O que mais se
encontra na loso a são questionamentos e dúvidas. Não há certezas, as teorias não estão prontas e acabadas.
É preciso sempre que o lósofo duvide do senso comum, duvide das informações que recebe, duvide de suas
próprias conclusões e certezas.

O lósofo deve evitar a satisfação diante das respostas que encontra, pois a insatisfação garantirá a busca
por outras respostas, por outros pontos de vista, outras teorias e outras visões de mundo diante da sociedade e
das práticas que estão sendo questionadas.

A atitude losó ca é, portanto, um posicionamento, um modelo de ação que discorda, questiona e busca
respostas e possíveis ações para o padrão social da sociedade na qual o lósofo vive.

Exercícios

EXERCÍCIO 1

(UEG/2013)

O ser humano, desde sua origem, em sua existência cotidiana, faz a rmações, nega, deseja, recusa e aprova coisas e
pessoas, elaborando juízos de fato e de valor por meio dos quais procura orientar seu comportamento teórico e prático.
Entretanto, houve um momento em sua evolução histórico-social em que o ser humano começa a conferir um caráter
losó co às suas indagações e perplexidades, questionando racionalmente suas crenças, valores e escolhas. Nesse
sentido, pode-se a rmar que a loso a:
A - é algo inerente ao ser humano desde sua origem e que, por meio da elaboração dos sentimentos, das
percepções e dos anseios humanos, procura consolidar nossas crenças e opiniões.

B - existe desde que existe o ser humano, não havendo um local ou uma época especí ca para seu nascimento,
o que nos autoriza a a rmar que mesmo a mentalidade mítica é também losó ca e exige o trabalho da razão.

C - inicia sua investigação quando aceitamos os dogmas e as certezas cotidianas que nos são impostos pela
tradição e pela sociedade, visando educar o ser humano como cidadão.

D - surge quando o ser humano começa a exigir provas e justi cações racionais que validam ou invalidam suas
crenças, seus valores e suas práticas, em detrimento da verdade revelada pela codi cação mítica.

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