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Capítulos 41 e 42

Manutenção
corretiva
Trocar e testar
Esta é uma das técnicas de manutenção mais simples, e que podem ajudar a
resolver rapidamente grande parte dos problemas. Pode ser usado em
labor atórios, onde existem peças sobressalentes para testes, ou então em
laboratórios,
locais onde existem vários computadores. Quando alguma coisa está errada,
podemos suspeitar de determinadas peças do computador. Por exemplo, se
um drive de CD-ROM apresenta erros, o problema pode estar no próprio
drive de CD-ROM, ou no cabo flat, ou na interface IDE na qual o drive está
igado. Muitos esquecem, mas a fonte de alimentação também pode ser a
lligado.
causadora de vários problemas, caso não esteja fornecendo as tensões
corretas.

Neste exemplo do drive de CD-ROM, o método do troca-troca consiste em


instalar o drive de CD-ROM problemático no lugar de outro drive de CD-
ROM que estiver funcionando. Se o drive de CD-ROM problemático
continuar apresentando o mesmo problema, significa que ele é o culpado.
Da mesma forma, se este drive funcionar bem no outro computador, então o
drive está bom, e o defeito está em outro componente.

Usar o troca-troca é fácil, desde que o usuário ou técnico conheça bem o


Usar
hardware do PC. Por exemplo, precisa saber que um drive de CD-ROM
precisa ser configurado como Master ou Slave. Ao instalar o drive no outro
computador, é preciso programar corretamente este jumper. Sem cuidados
como este, o drive de CD-ROM em bom estado apresentaria problemas no
outro
ou tro PC, não por defeito, mas por erro de configuração.

O troca-troca também pode ser feito de forma inversa. Ao invés de colocar


um componente suspeito em outro computador, retiramos o componente
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suspeito e instalamos no seu lugar um componente confiável. No nosso
exemplo do drive de CD-ROM problemático, deveríamos retirá-lo e instalar
no seu lugar, um outro em boas condições. Se este drive funcionar, fica
caracterizado que o problema está no drive de CD-ROM suspeito. Se não
funcionar, poderemos supor que o drive de CD-ROM problemático está
bom, e que o defeito está em outro componente. Este método é igualmente
válido, mas temos que tomar um cuidado extra. O que acontecerá se
existirem na verdade dois componentes estragados? Digamos que a fonte de
alimentação esteja defeituosa e tenha causado a queima do drive de CD-
ROM. Esta fonte queimará também o novo drive. Como este novo drive não
funcionará, já que será queimado, ficaremos pensando que o drive original
está bom, o que pode não ser verdade. Por isso, o melhor método é colocar
seletivamente os componentes suspeitos em um PC em boas condições.

É preciso ter muito cuidado no caso particular da fonte. Quando uma fonte
está fornecendo tensões acima dos valores corretos, todos os componentes
do PC serão danificados. Portanto, antes de colocar uma peça boa em um
PC problemático, é preciso ter certeza absoluta de que a fonte de
alimentação está boa. Faça a medida dessas tensões utilizando um
multímetro.

Importante
Antes de instalar novas peças em um PC, verifique primeiro se as tensões da
fonte de alimentação estão com seus valores corretos.

Nunca faça um teste de troca-troca com uma fonte de alimentação, retirando


a fonte de um computador suspeito e instalando-a em um PC bom. Se a
fonte estiver ruim poderá danificar todos os componentes do PC bom.

Sintomas de defeitos comuns


Vejamos agora alguns sintomas de problemas típicos que podem ocorrer
com um PC. Para cada sintoma, indicaremos as causas prováveis e as suas
soluções.

1) Tela escura, sem sons


Você liga o computador e a tela fica apagada. Nenhum som é emitido pelo
alto falante. Parece que o computador está completamente inativo. Faça o
seguinte:
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-3
1) Cheque se o monitor está ligado e conectado corretamente
2) Verifique se a chave 110/220 na parte traseira da fonte está
correta
3) Confira as conexões da fonte
4) Veja se as placas de expansão estão bem encaixadas nos slots
5) Verifique o cabo flat IDE
6) Teste a fonte
7) Verifique os jumpers da placa de CPU
8) Verifique as memórias
9) Desmonte o PC e monte-o por partes
10) Use uma placa de diagnóstico

Monitor - A ausência de POST pode ter uma causa bastante simples, um


erro grosseiro, mas também pode ser causada por um problema bastante
sério. Comece verificando se o monitor está ligado e se seus cabos estão
conectados. Se possível teste o monitor em outro computador.

Placa de vídeo - A placa de vídeo pode estar defeituosa ou mal conectada.


Quando a placa de vídeo não funciona, não aparece imagem no monitor, e
o alto falante emite beeps para indicar o erro. Entretanto, também é possível
que durante o teste da placa de vídeo realizado no POST, o BIOS apresente
um travamento causado pela placa de vídeo defeituosa. Não conseguiria
portanto informar o erro através de beeps. Verifique então se a placa de
vídeo está encaixada corretamente. Depois de testar a fonte, você pode
ainda experimentar colocar uma outra placa de vídeo no PC, apenas para
efeito de teste. Observe que se a placa antiga estiver defeituosa, a nova placa
enviará imagem ao monitor, você poderá executar um boot no modo MS-
DOS, mas a placa não funcionará corretamente no Windows, pois estará
sendo usado o driver de vídeo da placa original.

Conexão da fonte - Também é possível que a fonte de alimentação não


esteja corretamente conectada na placa de CPU. Verifique se esta conexão
está correta.

Placas de expansão – Quando uma placa de expansão está mal encaixada


pode causar travamentos quando o PC é ligado. Verifique se todas elas estão
corretamente encaixadas nos seus slots. As placas devem ser aparafusadas no
gabinete, caso contrário podem soltar com muita facilidade.

Cabo flat IDE - Se o PC ficou com tela escura e inativo logo depois que
você fez alguma alteração nas conexões dos dispositivos IDE, provavelmente
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aí está a razão do problema. Você pode ter encaixado o cabo flat IDE de
forma invertida, ou na interface IDE, ou em algum dos dispositivos IDE.

Fonte - A fonte de alimentação é sempre suspeita em quase todas as


anomalias que ocorrem em um PC. É preciso verificar se suas tensões estão
dentro da faixa de tolerância permitida, e também se existe ripple.

Processador - O processador pode estar programado com clocks errados, ou


pode ter sido danificado por configuração de clocks e voltagens erradas, ou
pelo fato do cooler ter parado ou ficado solto. Se o cooler estiver parado ou
solto, é possível que isto tenha causado o superaquecimento do processador,
danificando-o. Será preciso trocar o processador.

A configuração de voltagem do processador é importantíssima. Quando um


processador está programado com uma voltagem errada, ou não funcionará,
ou travará depois de poucos minutos, ou então poderá ficar aquecido e
queimar. Em PCs que utilizam overclock (processador operando com clock
mais elevado que o permitido), o processador poderá ter queimado, ou
simplesmente ter deixado de aceitar o clock elevado, devido ao desgaste.
Confira portanto se o clock interno e o externo estão corretamente
configurados.

Memórias - Falha nas memórias também pode causar este problema.


Quando existe pelo menos uma quantidade mínima de memória RAM em
boas condições, o POST pode funcionar, pelo menos a ponto de emitir um
código de beeps para indicar que a memória está ruim. Entretanto, quando
não existe memória alguma disponível, o POST não consegue operar e o
processador fica paralisado. Uma memória DRAM instalada no primeiro
banco, ao estar mal encaixada, com mau contato, defeituosa, ou mesmo
sendo do tipo errado (tempo de acesso inadequado, mistura de FPM com
EDO, por exemplo) pode causar este problema.

Placas de diagnóstico - Muito valiosa é a ajuda de placas de diagnóstico


como a PC Sentry e a Omni Analyzer (www.spider.com.br). Essas placas
possuem um display hexadecimal que exibe um código através do qual
podemos identificar em qual etapa o POST foi paralisado. Podemos então
direcionar os testes para aquele componente.

Desmontar para testar - Em casos de ausência de POST, é possível que


algum componente esteja causando um curto-circuito ou outro efeito que
resulte em travamento. Desta forma o processador pode não funcionar, ou o
POST pode travar nas suas etapas iniciais. O procedimento recomendável
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-5
neste caso é desconectar todos os módulos do PC, e conectá-los por partes.
Comece retirando todas as placas de expansão. Desconecte todos os cabos
flat que estiverem ligados na placa de CPU. Desfaça as conexões do painel
frontal do gabinete, deixando apenas o Reset e o PC Speaker. No caso de
gabinetes ATX, deixe também conectado o Power Switch. Desconecte o
teclado, mouse, impressora, caixas de som e demais dispositivos externos. O
PC ficará apenas com a fonte ligada na placa de CPU, que por sua vez estará
ligada no Reset e Speaker (e Power Switch no caso de gabinetes ATX).

Ligue agora o computador e espere alguns minutos até a emissão de beeps.


Se os beeps não ocorrerem, tudo indica que existe um defeito, ou na placa
de CPU ou na fonte. Caso você tenha medido as tensões da fonte e esteja
tudo OK, é muito provável que o problema esteja na placa de CPU. O ideal
nesse caso é substituir a fonte por uma em bom estado, para ter a certeza
absoluta de que a fonte original não é a causadora do problema. Você
deverá então fazer o conserto da placa de CPU, e se não for possível, fazer a
sua troca. Mais adiante neste capítulo mostraremos que tipos de conserto
podem ser feitos na placa de CPU.

Se depois de deixar o PC quase todo desmontado, você finalmente


conseguir ouvir beeps emitidos pelo PC Speaker, temos um bom sinal.
Significa que o componente causador do problema é um daqueles que você
retirou. O PC está melhor que antes, pois nem estava conseguindo emitir
beeps. Consulte a tabela de Beep error codes no manual da placa de CPU
para identificar o problema detectado.

Monte o PC aos poucos, adicionando os componentes originais, até o pro-


blema se manifestar novamente. Recomendamos a seguinte ordem:

1) Conecte a placa de vídeo e o monitor, ligue para testar


2) Conecte o teclado, ligue para testar
3) Conecte o drive de disquetes, tente executar um boot por disquete
4) Conecte o disco rígido, tente executar um boot limpo pelo disco
rígido
5) Conecte o mouse e tente executar um boot limpo
6) Conecte a impressora tente executar um boot limpo
7) Conecte cada uma das placas de expansão e tente executar um
boot limpo

Em um desses testes, você verá que o problema retornou. Se não retornar,


significa que alguma conexão estava errada, e ao desmontar e montar, o
problema foi solucionado. Pode ter sido uma conexão errada, ou então
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algum mau contato. Se as placas estiverem com poeira, é possível que a
oxidação e a própria poeira estejam causando mau contato. Faça então uma
limpeza geral de contatos.

2) Tela escura com beeps


Tela escura com emissão de beeps pelo PC Speaker é um defeito menos
ruim que tela escura sem emissão de beeps. Você deve consultar a tabela de
códigos de erro existente no manual da sua placa de CPU. Você poderá
desta forma investigar a causa do problema. Este problema recai portanto no
problema anterior (tela escura sem beeps) que acabamos de apresentar. Leia
então o item anterior, a partir do título Desmontar para testar.

Certas placas de CPU emitem beeps indefinidamente ao serem ligadas com


um módulo de memória defeituoso ou incompatível, ou então quando o
cooler do processador não está conectado corretamente. Normalmente a
conexão do cooler na placa de CPU é chamada CPU FAN. O BIOS dá a
partida em baixa velocidade, e ao detectar que não existe rotação no cooler
(pode estar desligado ou ligado no conector errado), produz a seqüência de
beeps e paralisa o sistema, evitando que o uso do clock normal sobreaqueça
e danifique o processador.

A tela escura com beeps também pode ocorrer quando a placa de vídeo está
mal encaixada no seu slot, o que costuma ocorrer muito em gabinetes de
precisão mecânica ruim.

3) No ROM Basic, System Halted


Essa mensagem de erro indica que o PC não conseguiu realizar o boot, nem
pelo disco rígido, nem por disquete. Como a seqüência de boot normal é
primeiro tentar o drive A, para em caso de falha, tentar o disco rígido, esta
mensagem sempre indicará que existe algo de errado com o disco rígido. Os
problemas possíveis são:

O disco rígido, ou a interface IDE, ou o cabo flat está defeituoso


O disco rígido não está declarado no CMOS Setup
O disco está com parâmetros errados no CMOS Setup
Existe erro na configuração de jumpers do disco rígido
A partição primária do disco rígido não está ativa
O disco rígido foi atacado por vírus
O disco rígido não está particionado
O disco rígido não está formatado
O cabo flat IDE de 80 vias está ligado de forma errada.
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-7

A mensagem “No ROM Basic, System Halted” pode trazer a má notícia de


que existe um componente defeituoso. Pode ser um defeito no disco rígido,
o que seria um grande transtorno. Pode ser um defeito na interface IDE, o
que também dará trabalho e terá um custo para solucionar, mas pelo menos
os dados do disco estarão a salvo. O cabo flat também pode estar
defeituoso, o que representa um prejuízo mínimo. Mas antes de colocar esses
componentes sob suspeita, outras verificações devem ser feitas.

Conferir as conexões - Devemos checar se as conexões do cabo flat na sua


interface e no disco rígido estão perfeitas. É possível ainda que um outro
dispositivo ligado na mesma interface IDE onde está ligado o disco rígido
esteja com a conexão frouxa. Também é preciso conferir a ligação da fonte
de alimentação no disco rígido. Tome cuidado com o cabo flat IDE de 80
vias. Os conectores das duas extremidades não são iguais, como ocorre com
os cabos de 40 vias. O conector mais afastado dos outros dois (muitas vezes
este conector é azul) é o que deve ser ligado na interface IDE.

Fonte - Também neste caso é preciso checar as tensões da fonte de


alimentação, já que quando a fonte não está em perfeitas condições, vários
defeitos podem ocorrer em diversos componentes do PC.

Interferência da fonte - Muitos gabinetes possuem um local para a


instalação do disco rígido, acima ou abaixo da fonte de alimentação. Se o
disco rígido está instalado deste forma, procure remanejá-lo para outro local.
Se não for possível, faça com que a carcaça do disco fique voltada para a
fonte. Quando a placa de circuito do disco rígido fica voltada para a fonte
(quando o HD está próximo da fonte), é comum ocorrerem interferências
que prejudicam o funcionamento do disco rígido. Confira também se os
jumpers Master/Slave do disco rígido estão configurados de forma correta.

Parâmetros no Setup - O próximo passo é verificar se o disco rígido está


declarado corretamente no Standard CMOS Setup: número de cabeças,
número de setores e número de cilindros. Em caso de problemas, comece
simplificando outros parâmetros, como:

IDE block mode : desabilitar


IDE 32 bit transfers : desabilitar
PIO Mode : programe com zero
IDE Ultra DMA : desabilitar
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Procure descobrir os parâmetros corretos do disco rígido. Muitas vezes essas
informações estão impressas na sua carcaça. Pode também ser usado o
comando Auto Detect IDE. Se tiver o manual do disco rígido, lá também
estão indicados esses parâmetros. Feita a programação, tente executar um
boot pelo disco rígido.

Seqüência de boot – Verifique no CMOS Setup como está definida a


seqüência de boot. Por exemplo, quando deixamos na opção “CD-ROM /
C:” e fazemos a instalação do Windows XP, o boot será feito pelo CD-ROM
mesmo depois que o sistema estiver instalado. Se retirarmos o CD-ROM e
não alterarmos a seqüência para “C: / CD-ROM”, o sistema poderá
apresentar erro no boot.

Problemas nas partições - Se mesmo assim a mensagem de erro persistir,


execute um boot através de um disquete. Acesse agora o disco rígido,
usando por exemplo o comando DIR C:. Se o disco rígido for acessado
normalmente com este comando, e mesmo assim o boot por ele não for
possível, provavelmente falta declarar a sua partição primária como ativa.
Execute o programa FDISK, da mesma versão do sistema operacional
existente no disco rígido, e use o comando 2 – Definir partição ativa. Declare
então que a partição primária (partição 1) deve ser ativa. Depois de sair do
FDISK, o boot já poderá ser executado pelo drive C.

Formatação lógica e vírus - Talvez o problema não seja causado pelo fato
da partição não estar ativa. Pode ser que ao usar o comando DIR C: ocorra
algum tipo de erro, como:

Unidade inválida
Tipo de mídia inválido lendo a unidade C

O problema então é mais sério, e provavelmente será preciso usar o


programa FORMAT e/ou o FDISK, com perda dos dados que estavam no
disco rígido. É possível que o disco rígido não esteja sendo acessado por não
estar formatado, ou não estar particionado. Se o disco rígido estava
funcionando perfeitamente e passou a apresentar este problema, significa
que áreas vitais localizadas no seu início (tabela de partições, setor de boot,
FAT e diretório raiz) foram afetadas, ou por um vírus, ou por um transiente
na rede elétrica. Para recuperar o disco rígido sem perder os dados que
anteriormente estavam no disco rígido, será preciso usar o programa Image
do Norton Utilities. Também será preciso que o programa Image seja
executado a cada boot, tornando possível uma eventual recuperação em um
caso como este. Não será possível recuperar dados de um disco com o
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-9
programa Image se ele não tiver sido previamente utilizado para fazer uma
cópia das áreas vitais do disco.

Se o disco rígido estava vazio, ou se por algum outro motivo podemos


descartar os seus dados, podemos resolver o problema usando os programas
FDISK e FORMAT. Se o programa Image do Norton Utilities não foi
previamente utilizado, provavelmente não será possível recuperar os dados.
O disco rígido, depois de reparado, ficará vazio.

Comece então fazendo uma verificação de vírus no disco rígido. Para isto
será preciso executar um boot com um disquete contendo um programa
anti-vírus.

Suponha que não foram detectados vírus, mas ao executarmos o boot com
um disquete e usarmos o comando DIR C:, a mensagem de erro
apresentada tenha sido:

Tipo de mídia inválido lendo a unidade C

Significa que a formatação lógica está ausente ou errada, pois o tipo de


mídia (Media Type) é uma das informações gravadas pelo programa
FORMAT.COM. Usamos então o comando:

FORMAT C: /S

Depois desta formatação lógica, o boot poderá ser realizado pelo drive C.
Entretanto, este drive estará vazio, seus dados terão sido apagados.

Suponha que ao tentar acessar o drive C depois de um boot pelo drive A, a


mensagem de erro tenha sido:

Unidade inválida

Tente então usar, a partir do disquete, o comando:


FDISK /MBR

Tente agora realizar um boot pelo drive A e a seguir usar o comando DIR
C:. Isto deverá trazer de volta o drive, ou pelo menos mudar a mensagem de
erro para “Tipo de mídia inválido”. Se for desta forma, use agora o
comando
FORMAT C: /S
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Se o comando FDISK /MBR não resolver, será preciso usar o FDISK para
criar e ativar a partição primária. Execute então outro boot com o disquete e
use o programa FORMAT.

OBS: O Windows ME e o Windows XP não executam boot pelo disco


rígido no modo MS-DOS, somente no modo Windows. Nesses sistemas, o
boot no modo MS-DOS só pode ser feito através de disquete.

Defeito de hardware - Se tudo isso foi feito e o disco rígido não funcionou,
é possível que exista um defeito de hardware. Será preciso usar o método do
troca-troca para descobrir se o problema está no disco rígido, ou na interface
IDE, ou no cabo flat. Note ainda que nesse caso, apesar de poder aparecer a
mensagem No ROM Basic, também é comum ocorrerem durante o POST,
mensagens como:
HDD Controller Failure

Primary Master Error

Através de substituições você fatalmente descobrirá onde está o defeito.

4) Boot só funciona por disquete, mas HD está OK


Este é um caso mais simples do item anterior. Não conseguimos executar o
boot através do disco rígido, em geral é apresentada a mensagem NO ROM
BASIC, mas o boot funciona através de disquete, e ao usarmos o comando
DIR C:, o disco rígido parece normal. Tudo o que precisamos fazer é
executar o programa FDISK e usar o comando 2 – Ativar partição ativa.
Tornamos ativa a partição primária, e depois disso poderemos executar um
boot pelo disco rígido.

5) Teclado troca caracteres


O problema pode ser um defeito no teclado, e a substituição por um novo
será a solução. Se o problema persistir mesmo com um teclado bom, então
provavelmente está localizado na interface de teclado. Nos PCs atuais esta
interface está localizada no Super I/O, portanto em caso de defeito na
interface a placa de CPU estará perdida. Uma solução é utilizar um teclado
USB, deixando de lado a interface de teclado comum. Em PCs antigos, esta
interface é formada pelo chip 8042, sobre o qual existe normalmente uma
etiqueta com a indicação Keyboard BIOS. Experimente instalar no seu
lugar, o 8042 retirado de uma outra placa de CPU. Este chip pode ser obtido
em sucatas de peças para PC. Uma placa de CPU estragada chega a custar
de 10 a 20 reais, e dela podemos extrair algumas peças, inclusive o 8042.
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-11

Soluções paliativas para problemas com o teclado:


Se o seu teclado às vezes fica maluco e troca caracteres mas você ainda não
teve tempo para resolver o problema, existe um pequeno macete. Pressione
simultaneamente as duas teclas SHIFT, e o teclado voltará ao normal (pelo
menos por enquanto). Se o seu PC fica aparentemente travado no início do
boot, logo depois do teste de memória, pressione a barra de espaço.

6) “Keyboard Error” durante o boot


Ao ser ligado o computador, logo depois do POST e antes do carregamento
do sistema operacional, pode aparecer a mensagem:
Keyboard Error – Press <F1> to continue

Esta mensagem pode ocorrer pelo fato do teclado estar defeituoso, mas
normalmente ocorre quando a rotina de teste de teclado do POST é feita
antes que o microprocessador existente dentro do teclado realize a sua
inicialização. Para evitar este problema, procuramos no Standard CMOS
Setup o comando Keyboard e o programamos como Disabled. Isto significa
que o teclado não será testado durante o POST, e desta forma o erro será
eliminado. Outra forma de evitar este problema é comandar um teste de
memória mais demorado. Habilite a opção Above 1 MB Memory Test e
desabilite a opção Quick Boot ou Quick Power on Self Test. Isto dará tempo
ao chip do teclado para fazer sua inicialização, eliminando o problema.

7) Sistema operacional inválido


Esta é uma mensagem de erro que ocorre quando alguns dos arquivos
envolvidos no boot estão em falta, ou quando existe algum problema no
setor de boot. Quando isto ocorre, conseguimos executar um boot através
de um disquete e acessar o drive C, porém o boot pelo drive C não
funciona. Para resolver este problema é preciso executar um boot com um
disquete contendo o programa SYS.COM. Deve ser da mesma versão que a
existente no disco rígido. Use o comando:

SYS C:

Os arquivos necessários para o boot serão copiados do disquete para o drive


C. Feito isto, já será possível executar um boot pelo drive C.

Este problema também ocorre quando os parâmetros do disco rígido no


CMOS Setup são alterados depois que o sistema operacional já está
instalado.
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8) HDD Controller Failure


Significa “Falha na controladora do disco rígido”. Esta mensagem de erro
ocorre durante o POST quando é detectado algum problema no acesso ao
disco rígido. Ao contrário do que muitos pensam, este problema não está
necessariamente na interface IDE. Pode estar no próprio disco rígido. As
suas causas possíveis são:

 O disco rígido, ou a interface IDE, ou o cabo flat está defeituoso


 O disco rígido não está declarado no CMOS Setup
 O disco está com parâmetros errados no CMOS Setup
 Existe erro na configuração de jumpers do disco rígido

No item 3 desta seção já apresentamos os procedimentos a serem usados


para checar cada um desses pontos. Se mesmo com essas checagens o
problema persistir, existe grande chance do disco rígido, ou a sua interface,
ou o cabo flat estar defeituoso. A melhor coisa a fazer é tentar substituições
até descobrir a causa do problema.

9) FDC Controller Failure


Significa “Falha na controladora de drives de disquete”. Esta é outra
mensagem que pode aparecer durante o POST. O erro pode ter várias
causas:

 Erro na declaração dos drives de disquete no CMOS Setup


 Conexões frouxas no drive ou na interface
 Conexão errada no cabo flat para drives
 Drive de disquetes defeituoso
 Cabo flat defeituoso
 Interface para drive de disquetes defeituosa
 Problema na fonte de alimentação ou no seu conector
Note que o fato do drive passar pelo POST sem erros não significa que
esteja em boas condições. O erro apresentado no POST indica apenas que
ocorreu falha na comunicação com o drive de disquetes. Neste teste, nem
mesmo uma leitura é feita no disquete, apenas é ligado o seu motor e feito
um movimento com as cabeças de leitura e gravação.
CMOS Setup - Comece checando se o drive de disquetes está declarado
corretamente no CMOS Setup. Verifique no Standard CMOS Setup como
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-13
os drives estão programados. Em um PC com apenas um drive de 1.44 MB,
deve estar declarado A=1.44 MB e B=None.
Cabo flat e cabo da fonte - Verifique se o cabo flat está conectado
corretamente na interface para drives e no próprio drive, e se o conector da
fonte de alimentação está ligado corretamente no drive. Quando o cabo flat
dos drives está invertido, esta mensagem de erro também aparece. Nesse
caso o LED do drive fica permanentemente aceso. Normalmente esta
inversão não danifica o drive nem sua interface. Basta corrigir a conexão e o
drive voltará a funcionar.

Defeito - Finalmente, pode existir um defeito no drive, na interface para


drives ou no próprio cabo. Para tirar a dúvida temos que fazer substituições.
É bom que o problema esteja no drive, ou então no cabo flat. Desta forma o
custo da reposição será mais baixo.

O defeito em uma interface para drives localizada em uma placa de CPU


pode ser solucionado, sem a necessidade de trocar a placa. Devemos para
isto instalar uma placa IDEPLUS de 16 bits para utilizar a sua interface de
drives. Todas as demais interfaces desta placa IDEPLUS devem ser
desabilitadas através de seus jumpers. A interface IDE da placa de CPU deve
ser desabilitada na seção Peripheral Configuration do CMOS Setup. Desta
forma o drive de disquetes poderá ser ligado na placa IDEPLUS, e a placa
de CPU poderá ser aproveitada.

10) Mouse inativo


Muitos são os problemas que podem levar o mouse a não funcionar. Essa
inatividade é representada pela ausência do cursor do mouse na tela, ou
então por um cursor imóvel. Aqui estão algumas causas possíveis.

 Mouse defeituoso
 Interface para mouse defeituosa
 Fonte de alimentação defeituosa (sem tensões de +12 e –12 volts)
 A interface do mouse pode estar desabilitada
 Erro na conexão entre a placa de CPU e o conector da interface do mouse
 Uso de conectores de outra placa
 Conflito de hardware
 Mouse ligado na COM2, no modo MS-DOS

Troca simples - Muitos modelos de mouse têm baixa qualidade, e podem


realmente apresentar defeito com relativa facilidade. Como o mouse é muito
41-42--14 Hardware Total
suspeito, é aconselhável tentar antes substituí-lo por um mouse em boas
condições, ou então instalar o mouse suspeito em outro computador para
verificar o seu funcionamento.

Software de diagnóstico - A interface na qual o mouse está conectado


(COM1, COM2 ou interface para mouse PS/2) pode estar defeituosa.
Podemos checar o seu funcionamento usando um programa de diagnóstico.
Devemos acoplar o conector loopback na porta serial para fazer o teste
completo. Quando um erro é apresentado, é possível que não seja
exatamente na interface serial, mas no cabo que liga a interface serial até o
seu conector na parte traseira do PC. No caso de placas AT, o conector do
mouse é separado da placa, e ligado através de um cabo auxiliar. Este cabo
pode estar mal conectado, ou então conectado de forma invertida, ou
mesmo defeituoso. É possível ainda que esteja sendo usado o cabo de uma
outra placa de CPU, incompatível com a placa atual. Esses cabos não são
padronizados, e o cabo que acompanha uma placa não necessariamente
funcionará com outras placas.
Teste em outra porta - Para verificar se o problema está na porta serial,
podemos tentar ligar o mouse em outra porta. Se o mouse está na COM1,
ligue-o na COM2. O Windows reconhecerá automaticamente a porta onde o
mouse está ligado e aceitará os seus comandos. Tome cuidado com o caso
do mouse padrão PS/2. A maioria das placas de CPU atuais possuem uma
interface para mouse padrão PS/2. Essa interface não é uma COM1 nem
COM2, e normalmente utiliza a IRQ12. Precisa ser habilitada no CMOS
Setup para que funcione. Procure no Peripheral Configuration o item Mouse
function e habilite-o.

Conflito de hardware - Quando a interface na qual está ligado o mouse


entra em conflito de hardware com outra interface, o mouse apresentará
funcionamento errático, ou simplesmente travará. O caso mais comum é
quando o mouse está usando COM1/IRQ4 e o modem está configurado
como COM3/IRQ4. É preciso reconfigurar os endereços e IRQs dos
dispositivos envolvidos para desfazer o conflito de hardware. Observe que a
interface para mouse padrão PS/2 também pode apresentar conflito, caso
outra interface esteja também usando a IRQ12. Use o Gerenciador de
Dispositivos para verificar possíveis conflitos de hardware.

Driver para MS-DOS - Se o mouse funciona no Windows e não funciona no


modo MS-DOS, temos aqui outro problema típico. Para que o mouse
funcione em modo MS-DOS é preciso que seja executado o seu driver,
normalmente um programa com o nome MOUSE.COM, GMOUSE.COM,
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-15
MMOUSE.COM ou similar. Outra questão a ser verificada é a ligação do
mouse na COM2. No Windows o mouse funciona automaticamente, tanto
na COM1 como na COM2. No caso do modo MS-DOS, é preciso avisar ao
driver do mouse, qual é a porta serial usada. Use o programa de driver do
mouse com o parâmetro /? ou /H e serão apresentadas instruções para que o
mouse funcione na COM2.

11) Imagem sem sincronismo, desde que o PC é ligado


A imagem do monitor fica rolando na tela, totalmente distorcida e na maio-
ria das vezes impossível de ler. Quando este problema ocorre apenas no
Windows ou quando é ativado algum modo gráfico de alta resolução, não se
trata de um defeito, mas de um erro na programação da placa de vídeo. Por
outro lado, quando desde o instante em que o PC é ligado a imagem fica
instável, provavelmente temos um problema sério:

 Monitor defeituoso
 Cabo de vídeo defeituoso
 Placa de vídeo defeituosa

Você pode fazer substituições usando outro computador, e fatalmente


encontrará a causa do problema. Se o defeito estiver no cabo você poderá
consertá-lo, ou então adquirir um cabo novo, o que dá muito menos
trabalho. O monitor defeituoso deve ser enviado a uma assistência técnica
especializada neste tipo de conserto. Uma placa de vídeo defeituosa poderá
ser simplesmente trocada.

12) Imagem sem sincronismo no Windows


Quando o monitor apresenta imagens perfeitas durante o processo de boot,
mas fica fora de sincronismo quando é iniciado o Windows, ou então
quando é executado algum programa gráfico que use imagens de alta
resolução, não existe defeito algum, nem no monitor, nem no cabo, nem na
placa de vídeo. O problema está nas freqüências horizontais usadas pela
placa de vídeo, por estarem acima dos valores permitidos pelo monitor. É
preciso portanto ajustar as freqüências da placa de vídeo para que se tornem
compatíveis com as do monitor. Com este pequeno ajuste, o problema de
falta de sincronismo estará solucionado. O ajuste é feito através do quadro
de configurações de vídeo.

13) CMOS Memory Size Mismatch


Esta mensagem é apresentada durante o POST, e indica que a quantidade
de memória detectada pelo POST está diferente daquela registrada no
41-42--16 Hardware Total
CMOS Setup. Serve para chamar a atenção sobre uma alteração na
quantidade de memória RAM, o que pode ser o sintoma de um defeito. Por
exemplo, se um PC tinha 64 MB de memória e o POST detectou 32 MB,
significa que provavelmente existe um módulo de memória defeituoso, e
temos que checar.

Podemos experimentar fazer uma limpeza de contatos nos módulos de


memória e nos seus soquetes. O erro pode estar sendo causado justamente
por um mau contato, e não por uma memória danificada. Ajustes errados no
CMOS Setup podem causar erros na memória, mas não durante a sua
contagem pelo POST, pois durante este teste, o chipset é programado para
operar com a mínima velocidade.

As memórias podem entretanto estar em boas condições e esta mensagem


mesmo assim ser apresentada. Ocorre por exemplo quando o usuário instala
mais memória no PC, ou então quando retira parte da memória. A
mensagem indica que ocorreu uma alteração na quantidade de memória
RAM. Para fazer com que a mensagem de erro não seja mais apresentada,
temos que confirmar a alteração na sua quantidade, caso contrário o POST
pensará que trata-se de um erro. Para fazer esta confirmação, entramos no
CMOS Setup, não fazemos alteração alguma e usamos o comando Save and
Exit.

14) CMOS Ckecksum Error – Defaults Loaded


Esta mensagem indica que ocorreu um alteração indevida nos dados do
CMOS Setup. Quando isto ocorre, normalmente o BIOS faz o carregamento
automático de valores default. Em geral indica um problema no chip
CMOS, ou mais provavelmente na bateria, que pode estar fraca,
descarregada, danificada ou desabilitada.

15) Invalid display switch


Raramente esta mensagem aparece nos PCs atuais. Ocorre quando existe a
programação errada de um certo jumper da placa de CPU. Muitas placas de
CPU (as mais modernas em geral não possuem este jumper) possuem um
jumper para indicar o tipo de placa de vídeo instalada. Este jumper deve ser
instalado da seguinte forma:

Mono: para placas de vídeo MDA e Hercules


Color: para placas de vídeo CGA, EGA e VGA
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-17
Como todos os PCs modernos utilizam placas Super VGA, este jumper deve
ser programado na opção Color. Ocorre que alguns confundem e
programam este jumper na opção Mono, sobretudo quando são usados
monitores VGA monocromáticos. O jumper não tem relação alguma com o
monitor, e sim com a placa de vídeo, e deve ser programado como
mostramos. Um erro muito parecido com este é o:
CMOS Display type Mismatch

Esta mensagem ocorre quando existe um erro na programação do item


Display Type, encontrado no Standard CMOS Setup ou no Advanced
CMOS Setup de alguns PCs. As opções são:

Mono: para placas MDA e Hercules


Color 40 ou Color 80: para placas CGA
EGA/PGA/VGA/MCGA: para as atuais placas SVGA
16) Cursor do mouse não caminha direito na tela
O cursor do mouse aparece na tela e caminha conforme os movimento
feitos pelo usuário, mas esses movimentos são erráticos, na forma de saltos,
ou então ficando limitados ao sentido horizontal ou vertical. Esses são
sintomas de sujeira no mouse. Se você quiser, pode confirmar isso instalando
outro mouse. Se o outro mouse funcionar, fica comprovado que o problema
é sujeira. Veja então a seção Manutenção do mouse mais adiante neste
capítulo.

17) Falhas aleatórias no botão do mouse


Quando um dos botões do mouse, ora funciona, ora não funciona, está
caracterizado que existe um mau contato. Isto pode ser comprovado através
da instalação de outro mouse em boas condições. Podemos corrigir o
problema do botão do mouse aplicando spray limpador de contatos. Se a
limpeza não resolver, podemos fazer um transplante de botão, como
veremos na seção Manutenção do mouse. Como o mouse é muito barato,
em geral é melhor fazer a sua troca.

18) Parity Error durante o POST


A detecção de um erro de paridade pode significar que existe um módulo
de memória defeituoso, mas também pode indicar que a memória não tem
paridade e a checagem de paridade foi habilitada indevidamente. Se todos
os módulos de memória instalados possuem paridade e deixamos o item
Parity Check habilitado no Advanced CMOS Setup, o chipset fará a geração
de paridade nas operações de escrita e a checagem de paridade nas
41-42--18 Hardware Total
operações de leitura. Supondo que as memórias realmente possuem
paridade, a mensagem Parity Error durante o POST indica que foi detectada
uma posição de memória defeituosa. Muitos usuários simplesmente de-
sabilitam a checagem de paridade e trabalham normalmente com o
computador. Este procedimento é errado, pois se existem memórias
defeituosas, o PC apresentará travamentos, perda de dados e outras
anomalias. O procedimento correto é usar um programa de diagnóstico para
detectar as posições de memória defeituosas, chegando até o módulo
defeituoso e realizar a sua substituição.

19) Erros na memória durante o uso normal do PC


Se as memórias do PC não possuem bits de paridade, então a checagem de
paridade deve ser desabilitada no CMOS Setup. Desta forma a mensagem
Parity Error não ocorre nunca, nem no POST, nem depois do boot.
Digamos então que tenha ocorrido o seguinte:
a) As memórias possuem paridade
b) A checagem de paridade está habilitada no CMOS Setup
c) Apareceu a mensagem Parity Error em uso normal do PC
A mensagem de erro pode ter aparecido depois do POST, durante o
processo de boot, ou mesmo durante o uso normal de programas no PC.
Nessas condições, significa que existem posições de memória defeituosas.
Ou então, as memórias podem estar boas e ter ocorrido um mau contato.
Ou ainda, as memórias e os contatos podem estar bons, mas pode ter
ocorrido um problema na fonte, ou uma interferência na rede elétrica, ou
ainda pode ser o resultado de uma programação mal feita no Advanced
Chipset Setup. Até mesmo o aquecimento do processador ou uma falha na
placa de CPU pode causar este erro.
Quando a memória não possui paridade, ou então quando possui e está
desabilitada a sua checagem, eventuais erros na memória serão manifestados
através de travamentos e operações ilegais no Windows.
Podemos citar as seguintes causas possíveis para o os erros na memória:

 Fonte defeituosa
 Transientes na rede elétrica
 Mau contato nos módulos de memória
 Envenenamentos no CMOS Setup
 Defeito na memória
 Aquecimento do processador
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-19
 Falha na placa de CPU

Software de diagnóstico - Na pesquisa de problemas na memória, é muito


útil executar os testes de memória dos programas de diagnóstico. Se durante
o teste de memória forem apresentados erros, significa que realmente existe
algo de errado, ou na memória ou em outro componente que causa o seu
mau funcionamento. A cada tentativa de solução, devemos testar novamente
as memórias para verificar se os erros continuam. Por exemplo, digamos que
sempre ocorra erro no teste de memória, e que façamos a troca dos módulos
de memória. Se depois desta troca, o teste de memória deixar de apresentar
erros, significa que a troca resolveu o problema. Se você trocar a fonte, teste
as memórias. Se você instalar um estabilizador, teste as memórias. Se você
fizer uma limpeza nos contatos, ou se fizer ajustes no CMOS Setup, teste as
memórias.

Reinstalação de software - Um critério errado para saber se as memórias


ficaram boas é verificar se os travamentos e operações ilegais no Windows
cessaram. Isso é errado, pois mesmo com as memórias já boas, arquivos de
programas podem estar corrompidos, causando as anomalias. Nessa
situação, é muito provável que uma reinstalação do Windows e dos aplicati-
vos resolva o problema.

Fonte - O erro na memória pode estar sendo causado por uma fonte de
alimentação defeituosa. Quando as tensões estão fora das especificações, ou
quando existe ripple, vários circuitos podem não funcionar corretamente. É
necessário portanto testar a fonte de alimentação, e em caso de suspeita,
substituí-la.

Rede elétrica - A rede elétrica problemática também pode causar erros nas
memórias. Transientes na rede elétrica resultam em quedas e picos nas
tensões fornecidas pela fonte. Essas imperfeições chegam às memórias, o que
resulta em erros. Para evitar esses erros, não ligue eletrodomésticos na
mesma tomada onde está o PC, e utilize um estabilizador de voltagem.

Maus contatos - Módulos de memória e seus soquetes podem apresentar


maus contatos. O mesmo pode ocorrer com os seus soquetes. Tomando
muito cuidado para não tocar nas partes metálicas do módulo de memória e
dos seus soquetes, limpe a poeira dos soquetes, limpe os contatos do módulo
usando uma borracha, retire os resíduos de borracha usando um pincel e
aplique spray limpador de contatos nos módulos de memória e nos seus
soquetes. Espere secar e instale novamente os módulos de memória.
41-42--20 Hardware Total
CMOS Setup - Não chegou ainda a hora de condenar os módulos de
memória. É possível que o problema seja causado por ajustes indevidos no
CMOS Setup. Dentro do Advanced Chipset Setup existem vários itens que
controlam a velocidade de acesso às memórias. Se essa velocidade estiver
exageradamente alta, podem realmente ocorrer erros na memória.
Experimente programar todos os itens relacionados com a velocidade de
acesso às memórias usando os maiores valores possíveis, ou seja, usando os
tempos de acesso mais longos.

Troque as memórias - Se depois de todas essas tentativas os erros na


memória persistirem, é possível que o problema seja realmente um dos
módulos de memória. Faça então a substituição desses módulos e teste o
funcionamento usando um programa de diagnóstico. Tome muito cuidado
para não danificar as memórias e a placa de CPU com sua eletricidade
estática.

Problemas no processador - Os erros na memória podem não ser


originados na memória. Os bits podem sair da memória em perfeitas
condições e ao passarem pelo chipset sofrerem erros. Também podem
chegar ao processador e dentro dele serem adulterados. Esses erros são
manifestados através de travamentos e operações ilegais no Windows. O
aquecimento do processador é um dos principais causadores de problemas.
Pode ocorrer nas seguintes situações:

 Processador usando overclock


 Voltagem do processador errada
 Cooler danificado ou mal instalado
 Ventilação do gabinete deficitária
 Processador sem pasta térmica

Muitos usuários aumentam através de jumpers da placa de CPU, o clock


interno e/ou o clock externo do processador. Este procedimento é chamado
de overclock. A programação errada das voltagens do processador também
causa mau funcionamento ou aquecimento, o que resulta em travamentos e
outras anomalias. Verifique a programação dos clocks e da voltagem da
placa de CPU e corrija os valores.

Se o cooler do processador estiver danificado, parado ou solto, o


processador irá aquecer e certamente ocorrerão travamentos e outros
problemas. Pior ainda, o processador pode ser danificado. Mesmo quando o
cooler estiver funcionando, a ventilação do gabinete pode ser deficitária.
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-21
Providencie para que o sistema de ventilação do gabinete opere com
máxima, o que resulta em melhor refrigeração do processador. Verifique se
o cooler está instalado na posição correta ou se está invertido (giro de 180
graus).

Finalmente, faça a aplicação de pasta térmica entre o processador e o cooler.


A pasta térmica é recomendada pelos fabricantes de processadores, e reduz
bastante a sua temperatura, aumentando a sua confiabilidade. Muitos
travamentos e falhas no Windows já foram resolvidos com a simples
aplicação de pasta térmica.

O chipset - A memória e o processador podem estar em boas condições,


mas entre eles, o chipset pode estar introduzindo erros pelos dados que nele
trafegam. Isto tem maior chance de ocorrer quando a placa de CPU opera
com overclock externo. Ajuste o valor do clock externo através dos jumpers
da placa de CPU ou do CMOS Setup.

Placa de CPU danificada - Finalmente, os travamentos, falhas no Windows


e erros na memória pode estar sendo causados por uma placa de CPU
danificada. A placa pode ter sofrido maus tratos durante a sua instalação
(eletricidade estática) ou durante a sua vida útil (aquecimento excessivo). A
solução é a troca por uma nova.

Não esqueça de reinstalar o software - Se você fizer várias tentativas de


solucionar os problemas de hardware e os travamentos e falhas no Windows
continuarem, não desanime. O hardware poderá se tornar 100% confiável
depois do seu conserto, mas arquivos do Windows e dos demais softwares
podem estar corrompidos. Depois de checar todos os pontos de hardware
que ensinamos, reinstale o Windows e os softwares, pois agora deverá
funcionar tudo.

20) Travamentos e falhas no Windows


A maior parte da atividade do computador ocorre entre a memória e o
processador. Os circuitos de paridade monitoram constantemente a
integridade dos dados transmitidos e recebidos da memória. Ao detectar um
erro, é imediatamente apresentada a mensagem Parity Error. Quando o PC
não utiliza paridade (ou porque o chipset da placa de CPU não tem circuitos
de paridade, ou porque as memórias não têm bits de paridade, ou porque a
checagem de paridade está desabilitada no CMOS Setup), um eventual erro
não será detectado. O PC continuará trabalhando mesmo com o erro. Se
este erro fizer parte de um arquivo que está sendo gravado, este arquivo
ficará corrompido. Se for uma instrução a ser executada pelo processador,
41-42--22 Hardware Total
esta será considerada uma instrução inválida. O Windows pode detectar
certas instruções ilegais, apresentando mensagens como:

Este programa executou uma operação ilegal

Pior ainda, o Windows pode não detectar que se trata de uma instrução
inválida. Um bit errado pode fazer o que deveria ser uma adição ser
executado como uma subtração. O programa realiza sua tarefa de forma
errada, e pode gerar dados inconsistentes e arquivos corrompidos.

Portanto, travamentos e falhas no Windows podem ser causados pelo


mesmo tipo de erro que resulta na mensagem Parity Error. Para solucioná-
los você precisa pesquisar todos os pontos discutidos no item 19 – Erros na
memória durante o uso normal do PC. Os mesmos problemas que causam
os erros de paridade também causam travamentos nos PCs que operam sem
paridade.

As falhas no Windows podem ter outras causas:

 Memória cache defeituosa ou mal configurada no Setup


 Conflitos de hardware
 Arquivos corrompidos
 Programas com bugs
 Conflitos entre programas e drivers
 Conflitos na memória superior
 Conflitos gerados por programas residentes

Cache – Podem ocorrer problemas nos casos de placas de CPU que


possuem cache externa. Para tirar a dúvida, experimente desabilitar a cache
externa, através do Advanced CMOS Setup. O computador ficará um pouco
mais lento. Deixe o computador funcionar durante algum tempo, se possível
alguns dias de uso normal. Execute testes repetitivos na memória DRAM, no
processador e na placa de CPU, usando um programa de diagnóstico. Se
com a cache externa desabilitada os problemas cessarem, tudo indica que aí
está o problema. Habilite novamente a cache externa, e se desta vez ocorrer
erro, ficará comprovado que o problema realmente está na cache externa.
Para solucionar o problema você deverá inicialmente fazer ajustes no
Advanced Chipset Setup, aumentando os tempos de acesso a esta memória.
Se isso não resolver será preciso trocar os chips de cache, ou trocar a placa
de CPU, caso esses chips sejam soldados.
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-23
Conflitos de hardware - Os travamentos e operações ilegais podem estar
sendo causados por conflitos de hardware. Cheque eventuais conflitos
usando o Gerenciador de Dispositivos. Utilize as técnicas usuais para
eliminar conflitos de hardware.
Problemas de software - Arquivos corrompidos também podem causar
diversas anomalias, como travamentos e operações ilegais. Por isso muitas
vezes fazer a reinstalação do Windows, de aplicativos e de drivers resolve os
problemas. Os arquivos corrompidos podem surgir por instabilidades na
rede elétrica, desligamento de forma errada, defeitos de hardware em geral
podem danificar dados do disco rígido. Mesmo depois que os defeitos de
hardware forem resolvidos, esses arquivos continuam corrompidos,
causando problemas. Repita a instalação do software no qual os problemas
ocorrem. Os problemas somente serão solucionados se estiverem realmente
sendo causados por arquivos corrompidos. Se esta não for a causa do
problema, pode fazer quantas reinstalações quiser que os problemas
continuarão. Por exemplo, se a cache externa estiver defeituosa, pode
formatar o disco rígido e reinstalar o Windows centenas de vezes, mas o erro
continuará. Antes de partir para a reinstalação de software, devemos ter
certeza absoluta de que o hardware está em perfeitas condições.

Programas com bugs - Os travamentos, operações ilegais e anomalias


podem ser causados por programas com bugs, ou seja, com erros de projeto.
Não é uma boa idéia utilizar versões beta de programas, eles podem causar
problemas, inclusive atrapalhando programas bons. Se você desconfia de um
determinado software de má qualidade, não hesite em fazer a sua
desinstalação. Acesse o site do fabricante do software e verifique se existem
atualizações, ou pelo menos soluções para eventuais problemas.

Defeito de hardware - Mesmo que não existam conflitos de hardware, é


possível que algum dispositivo esteja com problemas de funcionamento que
resultem em conflitos. Por exemplo, se uma placa de som estiver com o
acesso aos canais de DMA sendo feito de forma errática, operações ilegais e
travamentos ocorrerão quando a placa for usada na gravação e reprodução
de sons digitalizados. Verifique se existe alguma lógica nos travamentos. Se
sempre ocorrem no uso de programas de comunicação, suspeite do modem.
Se sempre ocorrerem durante a reprodução ou gravação de sons, suspeite
da placa de som.

Testando hardware suspeito - Uma forma de testar dispositivos suspeitos é


deixá-los instalados no PC, mas desabilitá-los. Através do Gerenciador de
Dispositivos, selecione o dispositivo suspeito, e no seu quadro de
41-42--24 Hardware Total
propriedades, selecione a guia Geral, marque a opção Desativar neste perfil
de hardware e desmarque a opção Existe em todos os perfis de hardware,
como mostra a figura 1. Se os travamentos e operações ilegais nas mesmas
condições anteriores (tente reproduzir as condições nas quais os problemas
ocorriam) deixarem de acontecer, significa que aquele dispositivo
desabilitado era o causador do problema.

Figura 1
Desabilitando um dispositivo suspeito.

Reinstalação de hardware - Uma vez que tenha sido detectado um


dispositivo causador do problema (placa de som, modem, etc.), podemos ter
um defeito de hardware no próprio dispositivo, ou então um problema no
seu driver. O dispositivo pode também ter sido instalado de forma errada.
Muitas vezes a solução para um defeito é reinstalá-lo corretamente.

Driver atualizado - Repita a instalação do dispositivo. Utilize os drivers que


o acompanham. Se você não possuir os disquetes ou CD com este driver, ou
então se o driver for muito antigo, obtenha um driver atualizado através do
site do fabricante na Internet.

Conflitos de software - Os conflitos entre programas e/ou drivers também


podem afetar o funcionamento do PC. Por exemplo, há alguns anos atrás,
placas SVGA equipadas com o chip GD5428 funcionavam bem no
Windows, assim como as placas Sound Blaster 16. Entretanto, quando era
feita a instalação de uma placa SVGA com este chip gráfico, e uma Sound
Blaster 16 no mesmo PC, ocorriam anomalias no funcionamento da placa de
som. Os sons apresentavam saltos e ruídos. Os fabricantes descobriram que
se tratava de um conflito entre os drivers deste chip gráfico e da Sound
Blaster 16, e produziram novos drivers isentos desses erros. Este é um
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-25
exemplo de problema cuja solução está fora do alcance do usuário. Apenas
os fabricantes têm condições de detectá-lo e resolvê-lo. Você pode entretanto
acessar as áreas de FAQs dos sites dos fabricantes à procura de soluções
para problemas semelhantes aos seus, ou então fazer logo o download das
versões mais recentes dos seus drivers.

Modo de segurança - Existe um outro método de testar se os problemas do


PC estão sendo causados por algum dispositivo ou driver defeituoso. Basta
executar um boot no modo de segurança. No início do processo de boot,
pressione a tecla F8 e no menu de inicialização apresentado, escolha a opção
Modo de Segurança. Se nessas condições os problemas também ocorrerem,
existe grande chance do motivo ser um problema de hardware na placa de
CPU, placa de vídeo, processador, memórias ou disco rígido. Pode também
ser um problema nos softwares utilizados. Se no modo de segurança os
problemas não ocorrerem, existe grande chance do culpado ser um dos
dispositivos ou drivers desabilitados.

Memória superior - Os conflitos na memória superior também podem


causar travamentos e outras anomalias. Você pode ter instalada no
computador alguma placa que utilize ROM ou RAM na memória superior
(entre os endereços 768k e 960k), e esta memória não ter sido detectada pelo
gerenciador de memória, tendo sido substituída por memória RAM (UMB)
causando conflitos e problemas de mau funcionamento. Experimente fazer o
seguinte: Retire o EMM386.EXE do CONFIG.SYS, ou então Adicione à
linha de comando do EMM386, o parâmetro X=C800-EFFF. Se isto resolver
o problema você pode experimentar faixas de endereços menores, de tal
forma que os problemas não ocorram e ainda assim sejam criados os UMBs.
Se você não precisa usar programas do MS-DOS, não precisará dos UMBs.

Programas do menu Iniciar - Os travamentos e falhas no Windows podem


estar sendo causados por programas que são executados automaticamente
quando o Windows é iniciado. Verifique quais são os programas existentes
em Iniciar / Programas / Iniciar. Alguns desses programas podem estar
causando problemas. Experimente removê-los do grupo Iniciar, colocando-
os em outro lugar para que não sejam executados. Clique sobre o botão
Iniciar da barra de tarefas usando o botão direito do mouse e no menu
apresentado escolha a opção Abrir. Na janela apresentada, abra a pasta
Programas, e depois a pasta Iniciar. Arraste os ícones desta pasta para a área
de trabalho do Windows. Reinicie o computador e teste se os problemas
cessaram. Tome cuidado, pois alguns dos programas encontrados neste
menu podem ser realmente necessários ao funcionamento do computador,
apesar de mesmo assim continuarem sob suspeita. Se ao remover alguns
41-42--26 Hardware Total
desses ícones o PC apresentar problemas sérios (por exemplo, o vídeo não
funcionar), execute um boot no modo de segurança e coloque de volta na
pasta Iniciar os programas que você retirou.

Observe que podemos encontrar ainda na seção RUN do arquivo WIN.INI,


outros programas que são executados automaticamente na inicialização do
Windows. Experimente remover as linhas correspondentes neste arquivo e
verifique se os problemas foram resolvidos. Esses programas de execução
automática são adicionados durante a instalação de determinados softwares.
Por isso muito usuários fazem reclamações como “depois que instalei este
software, o computador passou a apresentar problemas”.

Um software que ajuda bastante neste tipo de investigação é o MSCONFIG.


Use Iniciar / Executar / MSCONFIG. Com este programa podemos
desmarcar itens do menu Iniciar, do Registro, dos arquivos de inicialização,
etc. Isso torna menos difícil a identificação de softwares problemáticos.

Figura 2
O MSCONFIG.

21) PC trava depois da contagem de memória


Quando ligamos o computador, o POST (power on self test) entra em
execução. A seqüência geral de testes realizadas pelo POST é a seguinte:

1) Teste dos registradores internos do processador


2) Teste do checksum do BIOS – verifica se o BIOS tem erros
3) Inicialização do chipset
4) Teste da RAM do CMOS
5) Inicializa e testa o Timer – 8254
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-27
6) Inicializa e testa o controlador de DMA – 8237
7) Verifica se a RAM está funcionando
8) Testa a interface de teclado
9) Testa os primeiros 64kB da memória
10) Inicializa e testa os controladores de interrupções 8259
11) Faz testes adicionais nos timers 8254
12) Inicializa o controlador de cache e testa a memória cache externa
13) Carrega valores de inicialização presentes no CMOS
14) Inicializa o vídeo
15) Testa a memória acima dos 64 kB
16) Inicializa o teclado
17) Checa a presença do drive A
18) Inicializa portas seriais, paralelas e de joystick
19) Inicializa a interface de drives
20) Inicializa a interface de disco rígido
21) Procura ROMs nas placas de expansão e as inicializa
22) Inicia a carga do sistema operacional

Dependendo do ponto onde o erro ocorre, a mensagem de erro pode ser


indicada no vídeo. Caso o vídeo não possa ser usado, o erro é indicado
através de uma seqüência de beeps pelo alto falante. Se nem mesmo isso é
possível, a única forma de encontrar o motivo do erro é usando placas de
diagnóstico (www.spider.com.br) que indicam através de um display
hexadecimal, o código que identifica o módulo no qual ocorreu o
travamento.

22) Disco rígido reconhecido com capacidade inferior


Isto pode ocorrer por vários motivos:

 Parâmetros do HD programados de forma errada no Setup


 Erro no uso do FDISK
 Função LBA desativada ou BIOS sem LBA
 BIOS que só reconhece discos até 2 GB
 BIOS que só reconhece discos até 8 GB
 BIOS que só reconhece discos de até 32 GB

Verifique o Setup - A primeira coisa a fazer é conferir no Standard CMOS


Setup os parâmetros do disco rígido que definem a sua capacidade: número
de cabeças (Head), número de cilindros (Cyln) e número de setores (Sect).
Na maioria dos casos o erro está nesta programação. Tome cuidado com
esses parâmetros errados. Quando a pessoa que instala o disco rígido o faz
41-42--28 Hardware Total
de forma errada e depois instala o sistema operacional e softwares, será
preciso repetir o uso do FDISK, FORMAT e toda a instalação de softwares
depois que a capacidade do disco é corrigida pela programação correta dos
parâmetros no CMOS Setup. Os dados do disco rígido serão perdidos. Será
preciso realizar um backup prévio, para depois regravar os dados originais.

Erro no uso do FDISK – Verifique através do FDISK se todo o espaço


disponível foi convertido em partições. É possível que o instalador do disco
tenha utilizado um espaço menor que o máximo permitido, desperdiçando
parte do disco. Use a opção 4 do FDISK para fazer esta checagem.

Falta de LBA - Outro problema que pode limitar a capacidade de um disco


rígido é a falta da função LBA no Setup. Para discos com capacidades
superiores a 504 MB (ou 528 milhões de bytes) é preciso que a função LBA
esteja habilitada. Todos os PCs Pentium e superiores possuem a função LBA
nos seus BIOS, basta habilitá-las. Desta forma o disco rígido será
reconhecido com a sua plena capacidade. Se o disco rígido já continha
dados armazenados, será preciso usar novamente o FDISK e o FORMAT,
instalar o sistema operacional e softwares, e os dados anteriormente
armazenados. Melhor ainda é fazer um backup antes de ativar a função
LBA.

BIOS antigos - Existem casos de PCs antigos que não possuem LBA no
BIOS. Para instalar nesses PCs discos com capacidades superiores a 504 MB,
é preciso usar drivers apropriados como o Disk Manager e o EZ Drive.

Limites de 2, 8 e 32 GB - Podemos encontrar ainda alguns BIOS que não


reconhecem discos rígidos com mais de 2 GB, 8 ou 32 GB, dependendo da
sua época. Para instalar discos acima dessas capacidades, precisamos fazer
um upgrade de BIOS (o que nem sempre é recomendável) ou usar pro-
gramas como o Disk Manager e o EZ Drive.

23) Erros de leitura no disco rígido


Algumas possíveis causas para este problema são:

 Problemas na fonte ou na rede elétrica


 Um problema de hardware está prestes a acontecer
 Disco rígido está com setores defeituosos

Fonte e rede elétrica - A instalação de um bom estabilizador de voltagem


resolverá o problema. Meça as tensões da fonte, e se possível o seu ripple,
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-29
usando uma placa testadora de fontes como a Power Sentry
(www.spider.com.br).

Maus contatos – Podem ocorrer por afrouxamento gradual dos conectores,


causado por vibração, ou então pela ação da poeira e umidade.

HD defeituoso - É possível que o disco rígido esteja começando a apresentar


sinais de cansaço, no caso de discos antigos, ou que esteja com um defeito
de fabricação começando a aparecer. O problema também pode estar na
interface IDE. Se o instalador não tomou os devidos cuidados com a
eletricidade estática, o chipset pode ter ficado parcialmente danificado. O
defeito pode estar começando a se manifestar.

Seja por um defeito no disco rígido, seja na interface IDE, a ocorrência de


erros de leitura é um mau sinal. É preciso realizar um backup dos dados
importantes, pois o disco rígido poderá deixar de funcionar a qualquer mo-
mento.

Use um software de diagnóstico - Devemos ainda executar testes repetitivos


de acesso ao disco rígido, usando programas de diagnóstico, para verificar se
os problemas realmente ocorrem com freqüência (por exemplo, sempre que
for acessada uma determinada trilha), ou se ocorrem de forma mais
aleatória. Se for mesmo aleatória, o problema pode estar na interface IDE,
ou na fonte, ou na rede elétrica.

Discos rígidos antigos - Particularmente no caso de discos antigos, podem


ocorrer problemas pelo fato da interface IDE estar fazendo transferências em
uma velocidade mais alta que o disco rígido permite. Experimente reduzir a
velocidade de transferência, alterando os seguintes itens do CMOS Setup:

IDE block mode : desabilitar


IDE 32 bit : desabilitar
transfers
PIO Mode : programe com
zero
IDE Ultra DMA : desabilitar

Setores danificados - O disco rígido pode ainda estar com setores


danificados. O que devemos fazer nesse caso é usar programas como o
Scandisk e o Norton Disk Doctor. Esses programas fazem uma checagem na
superfície do disco à procura de setores defeituosos. Ao encontrar, marcam
na FAT como bad blocks os clusters nos quais esses setores estão
41-42--30 Hardware Total
localizados. Desta forma não serão utilizados, e não poderão colocar em
risco os dados.

24) Contagem de memória incompleta


Defeito nas memórias - Um erro nesta contagem indica que existem
memórias defeituosas, ou então um mau contato nos seus soquetes. Faça
então uma limpeza de contatos nas memórias e nos soquetes, e experimente
fazer testes por substituição.

Memórias erradas - Verifique também se os tipos de memória estão


corretos. Usar memórias de fabricantes diferentes dentro do mesmo banco,
ou então com tempos de acesso diferentes, pode não funcionar. O que não
funciona de forma alguma é misturar, dentro do mesmo banco, memórias
de tipos diferentes (FPM x EDO), de capacidades diferentes (ex: 8M + 16M),
ou deixar um banco de memória incompleto. Observe também que muitas
placas de CPU podem operar com memórias EDO, FPM e SDRAM, mas
nem sempre é permitido misturar SDRAM com outros tipos de memória,
mesmo que em bancos diferentes.

25) PC reseta sozinho


Problemas de hardware podem fazer um PC resetar sozinho. São os mesmos
tipos de anomalias que causam travamentos e falhas no Windows, portanto
para resolver este tipo de problema você deve ler o item 20 deste roteiro.
Além disso podem estar ocorrendo outros problemas apresentados a seguir:

110/220 volts - Quando a fonte está configurada para 220 volts, mas o PC é
ligado em uma rede de 110 volts, em geral funciona, mas fica muito sensível
a quedas de tensão, e o circuito de RESET da placa de CPU poderá
disparar. Verifique portanto se a chave está configurada com a tensão
correta.

Conflitos de hardware - Também os conflitos de hardware, principalmente


os de IRQ e DMA podem fazer o computador apresentar diversas
anomalias, inclusive resetar sozinho. Use as técnicas usuais para eliminação
de conflitos de hardware.

Problema de software - É possível que você esteja executando um programa


que realiza uma operação ilegal a ponto de resetar o computador. Se o
problema ocorre sempre durante o uso de um certo programa, isto pode ser
um bug do próprio programa, um problema sem solução, a não ser esperar
pela sua próxima versão.
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-31

26) Travamento na finalização do Windows


Ao usarmos o comando Desligar do Windows, aparece aquela tela dizendo:
Aguarde enquanto o seu computador está sendo desligado. A tela fica
paralisada sem prosseguir, ou então fica toda escura, mas sem apresentar a
mensagem Seu computador já pode ser desligado com segurança.
As causas desse problema são quase tão obscuras quanto os travamentos e
falhas no Windows. Em geral não é causada por defeitos no computador, e
sim por conflitos entre softwares. São três as principais fontes deste
problema:
a) Gerenciamento de energia
b) Conflitos na memória superior
c) Programas ativos
d) Bugs no driver de vídeo

Desabilite o Gerenciamento de Energia no CMOS Setup. Desabilite-o


também no Gerenciador de Dispositivos, na seção Dispositivos do Sistema.
Em cada item, aplique um clique duplo e marque a opção “Desativar neste
perfil de hardware”.

Figura 3
Desabilitando o gerenciamento de energia.

Esta recomendação é feita pela própria Microsoft. Experimente esta receita


da própria Microsoft e verifique se o seu problema foi resolvido.

A Microsoft explica que além do gerenciamento de energia, programas que


são executados na inicialização do Windows (Iniciar / Programas / Iniciar) e
na seção RUN do arquivo WIN.INI também podem causar travamentos
41-42--32 Hardware Total
durante o desligamento. Também pode ocorrer o mesmo tipo de problema
quando alguma placa possui RAM ou ROM na área de UMB. A forma mais
simples de verificar isso é retirar o gerenciador EMM386.EXE do
CONFIG.SYS. No item 20 deste roteiro mostramos como investigar conflitos
causados por programas do menu Iniciar e por placas que usam memória
superior.

Uma solução mais elegante que desativar o gerenciamento de energia é


instalar uma versão mais nova dos drivers do chipset da placa de CPU.
Podem ser obtidos no site do fabricante desta placa.

No caso do Windows 98, use o comando Windows Update e instale o


Suplemento de Desligamento, um “remendo” que conserta vários desses
problemas no Windows 98. Não deixe também de atualizar o driver da
placa de vídeo, em muitos casos isso resolve o problema.

27) Vírus
É preciso utilizar um programa anti-vírus para resolver este problema.

28) Windows trava na inicialização


Ao ligarmos o PC, é dado início ao carregamento do Windows, e durante
este processo já durante o carregamento do ambiente gráfico, ocorre o
travamento. Algumas possíveis causas deste problema são:

 Componentes sensíveis à temperatura


 Conflitos de hardware
 Conflitos entre drivers
 Programas do menu Iniciar

Temperatura - Quando o travamento da inicialização do Windows ocorre


apenas quando o computador é ligado pela primeira vez, não ocorrendo
novamente quando é resetado ou mesmo desligado e ligado novamente,
significa que o problema ocorre apenas quando o computador “está frio”.
Recomendamos que seja tentado o boot no modo MS-DOS. Se mesmo
assim ocorrer o travamento, significa que o problema não tem nenhuma
relação com o Windows, e sim com algum componente sensível à
temperatura, ou seja, não funciona quando está muito frio. Se o travamento
ocorre também no modo MS-DOS significa que o componente
comprometido é um dos que é utilizado em um boot pelo MS-DOS: placa
de CPU, placa de vídeo, memória, disco rígido. Leia mais adiante neste
capítulo a seção Componentes sensíveis à temperatura.
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-33

Conflitos de hardware - Se o travamento na inicialização do Windows


ocorre várias vezes seguidas, mesmo depois de usar o botão RESET,
significa que o problema não tem relação alguma com a temperatura. Pode
ser um problema causado por hardware ou por software. A melhor coisa a
fazer é executar um boot no modo de segurança e procurar por conflitos de
hardware através do Gerenciador de Dispositivos.

Investigando os dispositivos de hardware - Se depois de iniciar o Windows


em modo de segurança não for detectado nenhum conflito, o problema
pode estar em determinados drivers, entrando em conflito com outros
drivers ou causando incompatibilidades no seu carregamento. Digamos que
estejamos suspeitando que o problema é causado pelo modem. Devemos
acessar o quadro de propriedades do modem no Gerenciador de
Dispositivos e marcar a opção Desativar neste perfil de hardware.
Executamos então uma nova partida normal no Windows. Se o travamento
deixar de ocorrer, significa que o conflito está relacionado com o modem.
Podemos repetir este processo para cada um dos demais dispositivos
instalados, até descobrir qual é o responsável pelo conflito.

BOOTLOG.TXT - Neste arquivo, localizado no diretório raiz do drive C, é


registrada toda a atividade realizada no processo de boot. Se ocorrer um
travamento, podemos checar o final deste arquivo para saber qual foi a
última atividade executada. Sabendo o nome do arquivo envolvido podemos
descobrir onde está localizado e descobrir com que este arquivo está
relacionado. O arquivo BOOTLOG.TXT não é gerado de forma automática
a cada operação de boot. Para que seja gerado, pressione F8 no início do
boot para que seja apresentado o menu de inicialização do Windows. No
menu de inicialização apresentado, escolha a opção 2 – LOG
(BOOTLOG.TXT).

Programas do menu Iniciar – É possível que o problema esteja sendo


causado por algum programa do menu Iniciar, ou então pela seção RUN do
arquivo WIN.INI. Faça a checagem desses pontos, conforme mostramos no
item 20 deste roteiro.

Travamento no início do boot - O boot também pode travar durante o


processamento do CONFIG.SYS ou do AUTOEXEC.BAT, ou mesmo
durante o carregamento de alguns drivers de modo real que são
automaticamente inicializados pelo Windows. Para verificar, pressione F8 no
início do processo de boot. Quando for apresentado o menu de
inicialização, pressione Shift-F8 para que seja feita a confirmação passo a
41-42--34 Hardware Total
passo. No menu, escolha a opção Normal. O processo de boot prosseguirá,
e a cada carregamento será perguntado S/N. Responda S para as perguntas e
verifique o nome do programa ou driver no qual ocorreu o travamento.

Atualize os drivers – Muitas vezes os problemas ocorrem devido a bugs s


conflitos nos drivers, mesmo quando o hardware está em perfeitas
condições. Antes de mais nada, atualize os drivers do chipset, encontrados
no site do fabricante da placa de CPU. Depois atualize os drivers de vídeo,
som, modem e demais dispositivos.

29) Erros de leitura nos disquetes


Em geral isto ocorre quando as cabeças de leitura estão sujas. Faça uma
limpeza de cabeças. Se não resolver o problema, faça uma medida de veloci-
dade usando um software de diagnóstico. Verifique as conexões e em último
caso, substitua o drive.

Testando a fonte de alimentação


O teste de fonte de alimentação consiste em medir as suas tensões e o seu
ripple. As melhores formas de fazer esta medida são através de um
osciloscópio, ou então com placas testadoras de fonte, como é o caso da
Power Sentry. Alternativamente, podemos fazer o teste através de um
multímetro, preferencialmente digital. As tensões da fonte devem apresentar
valores dentro das faixas descritas na tabela abaixo.

Tensão Tolerância Faixa permitida


+5 V - 4%, +5% 4,80 V a 5,25 V
-5V - 5%, +5% -4,75 V a –5,25 V
+12 V - 4%, +5% 11,48 V a 12,60 V
- 12 V - 5%, +5% -11,40 V a –12,60 V
+ 3,3 V - 3%, +3% 3,2 V a 3,4 V

Além de conferir as tensões, é preciso também conferir o ripple, que é uma


rápida variação superposta às tensões contínuas. Nos osciloscópios e
testadores de fontes, podemos fazer a leitura direta do ripple. Os valores
recomendados são apresentados na tabela acima. Quanto menor for o
ripple, melhor será a qualidade das tensões. O ideal é que seja menor que
200 milivolts nas tensões de +5, -5 e +3,3 volts. Nas tensões de +12 e –12
volts, é aceitável um ripple de no máximo 300 milivolts.

É possível medir o ripple com um multímetro digital, usando a escala AC,


mas a precisão da medida não é boa. O multímetro pode estar indicando
um ripple de 150 mV, e na verdade ser de 500 mV. O erro é devido ao fato
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-35
do multímetro em geral ser capaz de medir tensões alternadas de até 1 kHz.
Ripples podem apresentar freqüências maiores (10 kHz, por exemplo), e o
multímetro não é capaz de medi-las corretamente. De qualquer forma, se um
multímetro digital indicar um ripple fora da faixa permitida na tabela acima,
pode ter certeza de que o ripple verdadeiro é bem maior, caracterizando
uma fonte problemática.

Conserto da placa de CPU


Muito pouco pode ser feito em termos de conserto de uma placa de CPU
moderna. Essas placas não foram feitas para serem consertadas. Se
realmente existir um defeito, é provável que seja necessário fazer a
substituição por uma nova. Veremos agora alguns pontos que devem ser
tentados antes de condenarmos uma placa, bem como alguns tipos de
consertos que podem funcionar. Lembre-se que a troca da placa de CPU por
uma nova pode ser uma opção altamente vantajosa. Além de termos maior
desempenho, evitamos consumir um número muito grande de horas de
laboratório, o que pode acabar custando mais caro que uma placa nova.

Montagem por partes - A pesquisa por defeitos em uma placa de CPU


envolve testes com o menor número possível de componentes. Primeiro
ligamos a placa de CPU na fonte, no botão Reset e no alto falante.
Instalamos também memória RAM, mesmo que em pequena quantidade. O
PC deverá funcionar, emitindo beeps pelo alto falante. A partir daí,
começamos a adicionar outros componentes, como teclado, placa de vídeo,
e assim por diante, até descobrir onde ocorre o defeito. Nessas condições, o
defeito provavelmente não está na placa de CPU, e sim em outro
componente defeituoso ou então causando conflito.

Confira os jumpers - Todos os jumpers da placa de CPU devem ser


checados. Erros na programação dos clocks e voltagens do processador
impedirão o seu funcionamento.

Chipset danificado - Quando temos uma placa de diagnóstico, a detecção


de problemas pode ser muito facilitada. Mesmo quando a placa de CPU está
inativa, alguns códigos de POST podem ser exibidos. Se o código diz
respeito a um erro nos controladores de DMA, controladores de interrupção
ou timers (circuitos que fazem parte do chipset), podemos considerar a placa
como condenada, já que não será possível substituir o chipset.

BIOS danificado - Uma placa de CPU pode estar ainda com o BIOS
defeituoso (uma placa de diagnóstico apresentaria este resultado, o display
41-42--36 Hardware Total
ficaria apagado). Não é possível substituir o BIOS pelo de outra placa (a
menos que se trate de outra placa de mesmo modelo), mas você pode, em
laboratório, experimentar fazer a troca. Se beeps forem emitidos, ou se uma
placa de diagnóstico passar a apresentar valores no display, fica
caracterizado que o BIOS original está defeituoso ou apagado.

Capacitor danificado - A placa de CPU pode estar com algum capacitor


eletrolítico danificado. Com o passar dos anos, esses capacitores podem
apresentar defeitos, principalmente assumindo um comportamento de
resistor, passando a consumir corrente contínua. Desta forma, deixam de
cumprir o seu papel principal, que é fornecer corrente aos chips durante as
flutuações de tensão. Toque cada um dos capacitores e sinta a sua
temperatura. Se um deles estiver mais quente que os demais, provavelmente
está defeituoso. Faça a sua substituição por outro equivalente ou com maior
valor de tensão, de capacitância e de faixa de temperatura.

Figura 4
Capacitor eletrolítico.

Cristais danificados – As placas de CPU possuem vários cristais, como os


mostrados na figura 5. Esses frágeis componentes são responsáveis pela
geração de sinais de clock. Os cristais mais comuns são apresentados na
tabela abaixo.

Freqüência Função
32768 Hz Este pequeno cristal, em forma de cilindro, gera o clock para o CMOS. Define a base para
contagem de tempo.
14,31818 MHz Nos PCs antigos, este cristal servia apenas para gerar o sinal OSC que é enviado ao
barramento ISA. Sem ele a placa de vídeo pode ficar total ou parcialmente inativa. Algumas
placas de expansão também podem deixar de funcionar quando o sinal OSC não está
presente. Algumas placas de diagnóstico são capazes de indicar se o sinal OSC está
presente no barramento ISA. Nas placas modernas este cristal é importantíssimo, pois é
usado como referência pelo chip gerador de clocks, e a partir dele é gerado o clock do
processador, das memórias, dos barramentos, etc. Portanto quando este cristal está
danificado o computador fica totalmente inativo.
24 MHz Este cristal é responsável pela geração do clock para o funcionamento da interface para
drives de disquetes. Quando este cristal está danificado, os drives de disquete não
funcionam.
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-37

Figura 5
Cristais de uma placa de CPU.

Nem todos os clocks são gerados diretamente por cristais. Existem chips
sintetizadores de clocks, como o CY2255SC, CY2260, W48C60, W84C60,
CMA8863, CMA8865, CY2273, CY2274, CY2275, CY2276, CY2277,
ICS9148BF, W48S67, W48S87, entre outros. Esses chips geram o clock
externo para o processador e outros clocks necessários à placa de CPU,
como por exemplo o clock necessário ao barramento USB. Todos esses
clocks são gerados a partir de um cristal de 14,31818 MHz, o mesmo
responsável pela geração do sinal OSC. Nessas placas, se este cristal estiver
danificado, não apenas o sinal OSC do barramento ISA será prejudicado –
todos os demais clocks ficarão inativos, e a placa de CPU ficará
completamente paralisada. Normalmente os chips sintetizadores de clocks
ficam próximos ao cristal de 14,31818 MHz e dos jumpers para programação
do clock externo do processador. Dificilmente esses chips ficam danificados,
mas o cristal pode quebrar com um pequeno choque mecânico.

Figura 6
Um chip sintetizador de clock. Observe o cristal
14.31818 MHz ao seu lado, bem como os
jumpers para selecionamento do clock externo
do processador.

Reguladores de voltagem – Esses são os componentes responsáveis por


gerar as tensões necessárias aos processadores. Recebem em geral 5 volts ou
41-42--38 Hardware Total
3,3 volts (dependendo da fonte) e geram tensões de acordo com as voltagens
interna e externa requeridas pelos processadores. As saídas dos reguladores
podem ser medidas com um multímetro, e em caso de defeito (normalmente
o regulador fica frio e com 0 volts na saída) é possível ser feita a substituição
por um similar. Encontrar um regulador similar pode ser uma tarefa árdua.
Uma forma simples mas que depende de sorte é encontrar um regulador
bom em uma placa de sucata. Outra forma é usar o número do componente
para fazer uma busca na Internet, localizando o seu datasheet no site do
fabricante. A partir daí podemos procurar nas lojas de eletrônica, um outro
regulador com mesmas características de pinagem, tensão e potência. É
trabalho para quem está altamente envolvido com eletrônica, por isso muitas
assistências técnicas preferem condenar a placa e instalar uma nova.

Figura 7
Reguladores de voltagem.

Interface de teclado – Muitas placas de CPU produzidas até


aproximadamente 1997 utilizam uma interface de teclado formada pelo chip
8042. Em geral este chip possui a indicação Keyboard BIOS. Todos esses
chips são compatíveis. Em caso de mau funcionamento na interface de
teclado, você pode procurar obter este chip em uma placa de CPU
danificada, encontrada à venda em sucatas eletrônicas.

Figura 8
Interface de teclado 8042.
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-39
Troca do processador – A culpa de todo o problema pode ser o próprio
processador, por estar danificado. Você pode fazer o teste instalando em seu
lugar outro processador equivalente, ou então outro modelo que seja
suportado pela placa de CPU. Neste caso será preciso, antes de ligá-la com o
novo processador, configurar corretamente os jumpers que definem os
clocks e voltagens do processador.

Instale uma interface auxiliar – Uma placa de CPU pode ficar com uma
determinada interface danificada. Como essas interfaces estão localizadas nos
chips VLSI, é inviável consertá-las. Para não condenar a placa só por causa
de uma interface, podemos desabilitar no CMOS Setup a interface
danificada e deixar a placa funcionar sem esta interface. Uma COM1 não
fará falta, pois podemos ligar o mouse na COM2, ou então na interface para
mouse padrão PS/2. Uma outra solução é instalar uma placa IDEPLUS de 16
bits. Devemos deixar esta placa com todas as suas interfaces desabilitadas
(isto é feito através dos seus jumpers) e habilitar apenas a interface
correspondente à que está defeituosa na placa de CPU. O custo desta placa
IDEPLUS é muito menor que o de uma placa de CPU nova.

Vazamento da bateria - Baterias de níquel-cádmio podem vazar, deixando


cair um ácido que deteriora as trilhas de circuito impresso à sua volta. Você
verá na parte afetada, uma crosta azul, que é o resultado da reação entre o
ácido e o cobre das trilhas de circuito da placa. Quando a área deteriorada é
muito grande, é preciso descartar a placa de CPU. A figura 9 mostra um
vazamento que não chegou a causar estragos significativos.

Figura 9
Uma bateria com vazamento. Observe o ataque
que o ácido fez na placa.

Quando isto ocorre devemos antes de mais nada retirar a bateria. Usamos
spray limpador de contatos e algodão para limpar a parte corroída. Pode ser
possível recuperar a área afetada, raspando os terminais dos componentes
(em geral não existem chips próximos da bateria, apenas resistores,
capacitores, diodos, etc) e reforçando a soldagem. Também pode ser
necessário reconstruir trilhas de circuito impresso corroídas pelo ácido. Use
uma pequena lixa para raspar a parte afetada do cobre, e aplique sobre o
cobre limpo, uma camada de solda. Solde uma nova bateria e deixe o PC
41-42--40 Hardware Total
ligado para carregá-la. Se as funções do PC estiverem todas normais, a placa
de CPU estará recuperada. Use esmalte de unhas transparente para cobrir a
área da placa na qual foi feito o ataque pelo ácido. O cobre exposto poderá
oxidar com o tempo, e o esmalte funcionará como o verniz que os fabrican-
tes aplicam sobre as placas para proteger o cobre da oxidação. Se continuar
com problemas será preciso comprar uma nova placa de CPU.

Figura 10
Protegendo a placa mãe com cola plástica.

Veja o estrago que a placa de CPU da figura 10 sofrerá em caso de


vazamento da bateria. Logo ao seu lado existe um chip VLSI, no caso o
Super I/O, que se estragar, deixará o PC sem interface de disquetes, seriais,
paralela, CMOS e várias outras funções. Você pode reduzir bastante o risco
de dano por vazamento, cobrindo a área em torno da bateria com cola
plástica. Espere algumas horas até a cola secar, antes de ligar novamente o
computador.

É melhor comprar uma placa nova – Uma placa de CPU pode estar com
um chip VLSI danificado, ou uma trilha partida, ou ainda um capacitor,
diodo, bobina ou transistor danificado. Chegamos ao ponto em que para
consertar a placa seria necessário usar um osciloscópio, ter o esquema da
placa, equipamento especial para soldagem e dessoldagem de componentes
VLSI, e principalmente, chips VLSI para reposição. Levando em conta que o
preço de uma placa nova é relativamente baixo, não vale a pena investir
nesses equipamentos, e nem perder várias horas neste tipo de conserto. É
hora de desistir de consertar a placa e comprar uma nova.

Troca de slot
Os slots podem apresentar maus contatos causados pela poeira e umidade,
ou então ficarem frouxos por excesso de manuseio, depois que placas são
encaixadas e retiradas algumas dezenas de vezes. Em computadores antigos,
os slots podem começar a apresentar este tipo de problema, principalmente
o afrouxamento. Se uma placa de expansão apresenta anomalias, não
esqueça de fazer uma limpeza de contatos nos slots e no conector de borda
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-41
da placa. Se mesmo assim o problema persistir, não deixe de experimentar
conectar a placa em outros slots.

A20
O A20 é um sinal digital responsável pelo acesso aos primeiros 64 kB da
memória estendida, a área conhecida como HMA (High Memory Area).
Nos PCs antigos, este controle era feito pelo chip 8042, que além de
controlar o teclado, tem ainda esta função adicional. A maioria dos chipsets
modernos têm um recurso de controlar diretamente o A20 por um método
mais rápido que o oferecido pelo 8042. Nesses casos, o CMOS Setup possui
um comando relacionado com o funcionamento do A20. Existem opções
como Normal e Fast. Se forem observados problemas no acesso à memória
estendida, programe este item como Normal.

Componentes sensíveis à temperatura


Este é um dos piores defeitos, mais difíceis de serem detectados. Podemos
dividi-los em duas categorias. São defeitos que ocorrem nas situações:

 Quando o PC está frio


 Depois que o PC esquenta

Em ambos os casos, temos algum componente que não está funcionando na


faixa de temperatura normal. Os componentes eletrônicos em geral podem
operar em temperaturas baixas como 0C e altas como 50C. Certos
componentes admitem faixas ainda mais amplas, como os processadores que
podem chegar a quase 100C. Por defeitos de fabricação, ou até mesmo
deterioração, alguns componentes podem apresentar desvios na sua faixa de
funcionamento. Os seus componentes analógicos são os mais sensíveis a
desvios de temperatura.

A forma de fazer a detecção deste tipo de problema é através de


substituições, mas a sensibilidade à temperatura é um fator que pode
complicar. Se o defeito só aparece depois que o computador está ligado por
alguns minutos, é preciso fazer a substituição da peça suspeita e deixar o PC
ligado durante alguns minutos para decidir se a troca resolveu ou não o
problema. Se o problema só ocorre com o computador frio, é preciso
esperar o computador esfriar antes de fazer a troca de uma placa suspeita.
Neste tipo de testes podemos utilizar dois recursos que facilitarão a
investigação: aquecedor e spray congelante. Se o problema só ocorre
41-42--42 Hardware Total
quando o equipamento está frio, aplique o spray congelante sobre os
componentes suspeitos para verificar se o problema se manifesta. Se não for
manifestado, significa que o componente que você trocou deve ser o
culpado. Da mesma forma, use um secador de cabelos para esquentar as
placas do computador. Se o defeito não se manifestar depois de um
aquecimento, significa que a peça que você trocou deve ser a problemática.
O uso de aquecedor/secador e spray congelante requer muita paciência.
Problemas de aquecimento continuarão sendo difíceis de detectar, mas com
a ajuda desses dois recursos, a pesquisa ficará um pouco menos difícil.

Problemas com o monitor


Provavelmente o seu monitor tem assistência técnica no Brasil. Mesmo que
você não encontre, é muito possível que uma assistência técnica não
autorizada consiga consertá-lo. Muitos fabricantes de monitores já estão
estabelecidos no Brasil, e a disponibilidade de assistência técnica é
satisfatória. Em geral não vale a pena para um técnico especializado em
hardware digital, ser especializado também em monitores. Já um bom
técnico de TV pode fazer um curso e obter esquemas, e assim conseguir
consertar a maioria dos modelos. Aliás por falar em esquemas de monitores,
podemos conseguir de praticamente todos os modelos na Esquemateca
Vitória (Rua Vitória, 379/383 – Centro, São Paulo SP, tel 0xx11-221-0105 e
221-0683). Basta ligar e dizer o modelo, e caso o tenham, farão uma cópia e
enviarão pelos correios mediante o pagamento de uma pequena taxa.

Manutenção preventiva para o monitor


Mantenha a parte externa do monitor sempre limpa, isenta de poeira. Use
um pano úmido para fazer a limpeza. Coloque uma capa plástica quando
não estiver usando, e use também um saquinho de sílica gel. Não coloque
objetos sobre o monitor e deixe um bom espaço livre nas suas partes
superior, laterais e traseira para facilitar a dissipação de calor. Não coloque
perto do monitor, caixas de som que não sejam próprias para informática,
com blindagem magnética. Caixas de som comuns poderão magnetizar as
bobinas de deflexão, provocando distorções permanentes na imagem.
Desligue o monitor e o computador antes de fazer ou desfazer qualquer
conexão, e puxe sempre pelos conectores, e nunca pelo cabo. Evite operar
com o brilho máximo no monitor, pois isto causará o seu desgaste ao longo
dos anos. Utilize protetores de tela que mantenham a maior parte da
imagem na cor preta.

Leia o manual
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-43
A perda de sincronismo na imagem em altas resoluções, ou então a
incômoda cintilação (flicker) são problemas de configuração comuns em
qualquer monitor. Para resolvê-los, você precisará regular as freqüências de
varredura horizontal e vertical, através do quadro de configurações de vídeo
ou de um utilitário como o Display Doctor. Ao fazer esta regulagem, você
precisará de uma informação muito importante existente no seu manual:
Qual é a máxima freqüência horizontal suportada pelo monitor, e quais as
máximas freqüências verticais que podem ser usadas em cada resolução.

Placa de deflexão e fonte


É preciso ter muita coragem para abrir um monitor, pois neles são
encontradas altas voltagens, da ordem de alguns milhares de volts. Pode ser
muito perigoso para alguém que não esteja acostumado com este tipo de
circuito. Fora este perigo, aplicam-se as mesmas normas para limpeza de
contatos eletrônicos: removemos a poeira e usamos spray limpador de
contatos sobre os conectores. Alguns componentes do monitor, como é o
caso dos potenciômetros, podem ser limpos com spray limpador de contatos
eletrônicos. O problema é a dificuldade em identificar qual é o
potenciômetro responsável por uma determinada falha na imagem. Se o
potenciômetro for externo (controle de brilho, contraste, largura, etc.) é até
mesmo simples fazer a sua substituição em caso de mau contato. Esses
potenciômetros em geral são encontrados à venda em lojas especializadas
em material eletrônico. Também é relativamente fácil substituir um capacitor
eletrolítico que tenha apresentado vazamento. Note entretanto que todas
essas tarefas podem ser difíceis mesmo para um técnico especializado em
eletrônica digital, apesar de poderem ser fáceis para um técnico
especializado em eletrônica analógica. Nossa recomendação é: se você não
tem intimidade com circuitos analógicos e de alta tensão, não se aventure
em consertar o monitor. Procure uma assistência técnica especializada.

Limpeza de contatos
As placas do computador podem apresentar maus contatos causados pela
poeira e umidade. A limpeza de contatos deve ser feita tanto na manutenção
preventiva como na corretiva. Em ambos os casos o procedimento é o
mesmo:

1) Desmontar o computador
2) Limpar a poeira
3) Limpar os contatos eletrônicos
4) Montar o computador
41-42--44 Hardware Total
Limpando a poeira
Para fazer uma boa limpeza de poeira em um computador, você precisará
do seguinte material:

 Pincel seco
 Perfex
 Míni aspirador de pó

Depois de retirar as placas e drives, comece com a limpeza do gabinete.


Passe o pincel no ventilador da fonte de alimentação, no qual existe em
geral muita poeira. Use o pincel também nos cantos internos do gabinete. O
gabinete em geral possui, na sua parte frontal, ranhuras para entrada de ar.
Passe o pincel também nessas ranhuras. Passe então um pano tipo Perfex
umedecido em água pura em todas as partes lisas do interior do gabinete.
Lave o pano e repita o processo. Depois do gabinete estar bem limpo, passe
outro Perfex seco.

Não é possível limpar placas, conectores e drives com Perfex. Nesse caso
deve ser usado o pincel. Passe o pincel pelas placas e pelos conectores como
se estivesse "varrendo" a poeira. Passe por dentro dos slots mas cuidado para
não deixar cair nenhum pêlo do pincel dentro dos slots. Passe nos drives de
disquetes, no disco rígido e no drive de CD-ROM.
Os cabos flat podem acumular muita poeira. Remova a poeira dos seus
conectores usando o pincel. Pode usar também o míni-aspirador. Use o
perfex úmido para limpar toda a extensão do cabo. Passe o perfex úmido
também nos fios que partem da fonte de alimentação. Limpe também com
pincel o cooler que é acoplado ao processador. Sua pequena hélice
normalmente acumula muita poeira.
Limpando os contatos
Todos os conectores do tipo edge (ou de borda) podem ser limpos com o
auxílio de uma borracha. São eles:
Conectores das placas de expansão
Conectores dos módulos de memória DRAM
Conectores dos módulos de memória COAST (cache)
Conectores dos drives de disquetes de 5 1/4"
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-45
Figura 11
Conector de borda de uma placa de expansão
PCI.

Esses conectores são cobertos por uma finíssima camada de ouro, que nunca
deve ser raspada ou lixada, pois dessa forma o ouro será removido, dei-
xando exposto o cobre que fica por baixo, que se oxida facilmente. A
borracha remove o mau contato nesse tipo de conector sem o perigo do
desgaste da camada de ouro. Durante a limpeza com borracha, a placa a ser
limpa deve estar longe do computador e das outras placas. Os resíduos de
borracha não devem ficar na placa que está sendo limpa e nem cair sobre
outras placas. Usamos o pincel seco para remover os resíduos de borracha
do conector.

O mau contato também pode ser eliminado através de raspagem, mas este
método requer muito cuidado, e deve ser usado apenas quando temos
certeza de que o conector está oxidado. Não devemos usar a raspagem em
conectores banhados a ouro, pois a fina camada será removida, deixando o
cobre exposto. A raspagem pode ser feita com uma ponta de metal afiada,
uma lixa de unhas ou uma lixa de metal fina. Pode ser aplicada nos
seguintes pontos:

a) Pernas de chips
b) Pinos de conectores de alimentação da placa de CPU e de drives
c) Qualquer conector do tipo "macho", desde que não seja dourado.

A raspagem deve ser feita levemente, caso contrário o conector pode ficar
deteriorado. O componente raspado não deve ficar próximo de outras
placas para que resíduos de metal não caiam sobre estas. Após a raspagem
usamos o pincel para limpar os resíduos. Por último, devemos limpar bem o
pincel para eliminar eventuais resíduos de metal.

Alguns chips de encapsulamento DIP (o BIOS, o 8042 e memórias SRAM,


por exemplo) podem ficar com as “perninhas” bastante oxidadas. Quando
as pernas de um chip forem raspadas, alguns cuidados devem ser tomados:
41-42--46 Hardware Total
1) Evitar tocar nas pernas dos chips.
2) Não forçar demais para não dobrar as pernas dos chips.
3) Não raspar excessivamente. Os chips também possuem seus pinos
cobertos por uma camada de estanho, não tão fina quanto a de ouro
existente nos conectores, mas que pode terminar em caso de exagero.

Depois de eliminar toda a poeira de limpar os contatos usando uma


borracha, ou eventualmente por raspagem, devemos fazer uma aplicação de
spray limpador de contatos eletrônicos. Devemos aplicá-lo nos seguintes
pontos:

 pernas de chips
 interior dos soquetes
 qualquer tipo de conector, macho ou fêmea

Duas precauções importantes devem ser tomadas na limpeza com spray:

1) Antes da limpeza com spray, toda a poeira deve ser eliminada.


2) Antes de refazer uma conexão devemos esperar o spray secar.

O spray limpador de contatos é totalmente inofensivo para as placas e os


circuitos. Pode ser usado em qualquer ponto do computador.

Não esqueça que devemos evitar o uso de sprays baseados no gás freon, pois
ele ataca a camada de ozônio. Dê preferência aos sprays “ecológicos”, que
não usam freon. Limpadores de ferrugem como o WD-40 não devem ser
usados em componentes eletrônicos.

Limpeza rápida
Em manutenção corretiva, nem sempre fazemos como primeira tentativa,
uma limpeza geral de contatos. Por exemplo, se temos a desconfiança de
que existe um mau contato nos módulos de memória, fazemos a limpeza
apenas nesses módulos e nos seus soquetes. Depois de descobrir o defeito,
podemos com mais calma fazer uma limpeza completa de poeira e contatos
em todo o computador.

Para limpar os contatos dos módulos de memória, retiramos os módulos e


limpamos seus conectores de borda usando uma borracha. Usamos um
pincel para remover os resíduos de borracha. Limpamos os soquetes usando
um pincel, e finalmente aplicamos spray limpador de contatos nos soquetes e
nos conectores dos módulos de memória. Esperamos o spray secar e
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-47
instalamos as memórias em seus soquetes. Podemos agora ligar o
computador e testar se os problemas na memória desapareceram.

O processo é o mesmo para outras conexões. Por exemplo, se suspeitamos


de um mau contato no cabo flat do disco rígido, fazemos a limpeza apenas
dos conectores da interface IDE e do disco rígido, além dos conectores
existentes no cabo flat. Nesses conectores, tanto macho como fêmea, usamos
o pincel, opcionalmente o míni aspirador, e a seguir o spray.

Mau contato em cabos


Além das placas e conectores, os cabos também podem apresentar maus
contatos. Isto em geral ocorre com os cabos externos ao computador, que
ao serem muito manuseados, podem ter alguns dos seus fios internos
partidos. As regras gerais para evitar este tipo de problema são:

a) Ao remover um cabo, nunca puxe pelo cabo, e sim pelo conector


b) Evite manusear e dobrar o cabo excessivas vezes

Os fios dos cabos são soldados ou grampeados nos pinos do seu conector.
Quando fazemos uma desconexão puxando o cabo, essas ligações podem
ficar rompidas, resultando em maus contatos, ou então dano total.

Alguns usuários têm o mau hábito de mover o teclado excessivas vezes.


Movem o teclado sobre a mesa, colocam-no para o lado com o objetivo de
deixar mais espaço livre na mesa, depois colocam o teclado no colo, depois
na mesa, e assim por diante. Com o passar do tempo, mau contatos podem
surgir no cabo, principalmente nos pontos onde é mais flexionado.

Também os cabos internos do PC podem apresentar maus contatos, mas isto


geralmente ocorre quando o seu manuseio é excessivo. Se um PC sofreu
muitas expansões ou se foi à assistência técnica várias vezes, e as
desconexões dos cabos flat não foram feitas com cuidado (puxando pelo
cabo, e não pelo conector), esses cabos poderão apresentar problemas de
uma hora para outra. A forma mais prática de resolver o problema é
fazendo uma substituição, já que esses cabos, mesmo sendo reparados, em
geral não ficam bons.

Diferente é a situação dos cabos externos do computador. Cabos de


impressora, por exemplo, podem ser consertados, ou então substituídos por
um novo. Já os cabos de teclado nem sempre podem ser substituídos. O
mesmo ocorre com cabos do mouse, do scanner, do joystick e de outros
41-42--48 Hardware Total
dispositivos. O principal sintoma de um fio partido em um cabo externo é
que o dispositivo ora funciona, ora não funciona, dependendo do
flexionamento que é dado no cabo. Entre os cabos que valem a pena serem
substituídos no caso de defeito, citamos:

 Cabos flat
 Cabos de impressora
 Extensão RJ-11 do modem
 Cabos de força
 Extensão P2 – RCA da placa de som
 Cabo de vídeo do monitor
 Cabos de rede

Todos esses cabos são encontrados à venda com muita facilidade nas lojas
especializadas em hardware e suprimentos. Seu custo não é elevado, e sua
aquisição é mais vantajosa que o grande tempo perdido na tentativa de um
reparo por soldagem.

O conserto é a solução mais indicada para os seguintes cabos:

 Cabo do teclado
 Cabo do mouse
 Cabo do scanner
 Cabo do joystick
 Cabo do microfone
 Cabos que são presos ao próprio dispositivo

Esses cabos em geral não são vendidos separadamente. Para trocá-los, é


preciso comprar um dispositivo novo. Por exemplo, não trocamos um cabo
de mouse, e sim, compramos um mouse novo. Se o custo de um
equipamento novo for elevado, pode valer a pena consertar o cabo com
problemas.

Consertando o cabo
Para consertar um cabo você precisará de solda, ferro de soldar, sugador de
solda, fita isolante, alicate de bico e alicate de corte. É preciso identificar
qual é o ponto do cabo no qual o mau contato está localizado. Em geral o
problema está junto ao conector, no caso de cabos que foram puxados, ou
então em outra parte do cabo, normalmente no ponto onde é mais
flexionado. A descoberta do ponto onde o cabo está partido é feita por
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-49
flexionamento. Colocamos o dispositivo para funcionar e flexionamos o
cabo, centímetro por centímetro, até chegarmos a um ponto no qual o
flexionamento faz o dispositivo funcionar ou deixar de funcionar. Se for um
cabo de microfone, você deve ficar falando ao microfone enquanto flexiona
o cabo. Se for um cabo de teclado, deixe uma tecla presa para que fique
repetindo caracteres. Se for um cabo de vídeo, observe a imagem na tela, e
assim por diante.

Se o ponto de ruptura do cabo estiver muito próximo ao conector, você


precisará cortar o cabo, desmontar o conector e soldar novamente todos os
seus fios. Antes de cortar, desencape o cabo e verifique se os seus fios
internos possuem cores diferentes. Se as cores forem diferentes, será fácil
identificar onde cada fio deve ser soldado ao conector. Se existirem alguns
fios com cores iguais você não poderá cortar o cabo de uma vez. Precisará
desencapar os cabo e ir cortando e soldando novamente cada um dos seus
fios nos pinos correspondentes do conector. Alguns conectores não podem
ser desmontados, pois não possuem parafusos nem rosca. Esses conectores
precisam ser abertos com alicate. Sendo destruídos, precisam ser substituídos
por um conector novo. Este é o caso por exemplo dos plugs P2 utilizados
pelos microfones. Conectores DB-9, DB-15 e DB-25 podem ser comprados
com facilidade nas lojas de eletrônica.

Manutenção do mouse
Alguns modelos de mouse são tão baratos que dá vontade de trocar por um
novo, outros são tão caros que rezamos para conseguir consertá-los. Mesmo
no caso de um mouse barato, podemos passar por situações em que o
conserto é necessário. Digamos que você esteja navegando pela Internet em
plena madrugada e o mouse fique travado no eixo X. Você provavelmente
não vai querer ficar operando só pelo teclado, e nem vai querer esperar até
o dia seguinte para comprar um mouse novo. Pelo menos os primeiros
socorros você tem que tentar.

Primeiros socorros
A sujeira é a principal causadora de problemas no mouse. Tanto a esfera
como os roletes podem ficar impregnados com um aglomerado de partículas
de poeira e pequenos pêlos que caem de tecidos, ou até mesmo pêlos
humanos. Vejamos o que pode ser feito:

Limpeza da esfera – Quando a esfera está suja, os movimentos do mouse


serão erráticos, o seu cursor dará saltos na tela. Abra a parte inferior do
mouse e retire a sua esfera. Lave-a com água morna. Se quiser pode usar
41-42--50 Hardware Total
algum tipo de sabão neutro. Não lave a esfera com detergentes fortes, nem
aqueles com amoníaco.

Limpeza dos roletes – Roletes sujos fazem com que o cursor do mouse dê
saltos na tela, como se quisesse desobedecer os movimentos do mouse sobre
a mesa. O mouse tem três pequenos roletes que tangenciam a esfera. Esses
roletes podem ficar impregnados com sujeira. Podemos removê-la usando
uma pinça. Observe que para limpar os roletes, não é preciso desmontar o
mouse. Basta abrir o compartimento da esfera e já teremos acesso aos
roletes. Limpe-os periodicamente, e mantenha limpo o local onde o mouse
desliza.

Figura 12
Roletes do mouse. Observe a sujeira
acumulada nos pontos indicados. Veja no
detalhe quanta sujeira no rolete!

Travamento de eixo – Quando um eixo está travado, o cursor do mouse


pode ter seus movimentos inativos no eixo correspondente. Este problema
ocorre quando fios de cabelo prendem o eixo responsável pelos movimentos
X ou Y. Em cada eixo existe uma pequena roda dentada que passa por
sensores óticos. Fios de cabelo prendem nessas rodas com facilidade,
travando seus movimentos. Devemos utilizar uma pequena tesoura e uma
pinça para removê-los.
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-51
Figura 13
Rodas dentadas e sensores óticos de um
mouse. A seta indica um dos sensores. No
detalhe vemos de um lado da roda um emissor,
do outro o sensor.

Limpeza dos sensores óticos – Sujeira nesses sensores também faz com que
os movimentos fiquem paralisados em um ou nos dois sentidos. Existem
sensores óticos acoplados às rodas dentadas dos eixos X e Y. Sujeira pode
obstruir esses sensores, e uma limpeza resolverá o problema. Usamos um
pincel ou um aspirador para remover a poeira, e depois aplicamos spray
limpador de contatos. Um cotonete com álcool isopropílico também pode
ser usado.

Mau contato nos botões – Quando isto ocorre, os cliques do mouse não
funcionarão corretamente. Será preciso clicar duas ou mais vezes até
funcionar. Abra o mouse e aplique spray limpador de contatos nos seus
botões. Espere secar e verifique se o problema ficou resolvido.

Defeitos mais complicados


O mouse pode apresentar alguns defeitos mais difíceis de resolver, já que
necessitarão de soldagem. Um deles é o mau contato no cabo, já abordado
em uma seção anterior deste capítulo. O mesmo podemos dizer sobre o
mau contato nos botões. Quando a aplicação de spray não resolve o pro-
blema, podemos experimentar fazer um transplante de botões. Quase todos
os modelos de mouse possuem três botões, sendo que o botão do meio em
geral não é usado. Podemos substituir o botão problemático pelo botão do
meio, o que requer solda, ferro de soldar, sugador de solda e paciência.
41-42--52 Hardware Total
Figura 14
O botão do meio pode ser colocado no lugar de
um botão defeituoso.

Manutenção do teclado
A sujeira é também uma grande causadora de problemas no teclado. Não só
a poeira, mas vários tipos de pequenos objetos podem cair no seu interior,
causando problemas.

Primeiros socorros para o teclado


Limpeza geral - O teclado tem uma tendência muito grande de acumular no
seu interior, não apenas poeira, mas coisas que você nem imagina. Por
exemplo, se você usa barba é possível que dentro do seu teclado exista uma
grande quantidade de fios de barba. Também, podemos encontrar insetos
mortos, farelos de biscoito, pontas de lápis, farelos de borracha, fios de
cabelo, fios de pestanas e sobrancelhas, pedacinhos de papel, grafite de
lapiseira, alfinetes...

Abra o teclado removendo os parafusos da sua parte inferior, dando acesso


à parte eletrônica. Em muitos teclados você encontrará uma grande placa de
circuito impresso onde ficam presas as teclas. Em outros teclados a placa de
circuito é pequena, e existem painéis plásticos nos quais existem condutores
flexíveis que ligam cada tecla ao circuito eletrônico do teclado. Em alguns
teclados a placa de circuito fica aparafusada internamente à tampa inferior.
Esses parafusos devem ser também retirados. As tampas do teclado devem
ser limpas com perfex. As teclas devem ser removidas, uma a uma. Para
soltar uma tecla basta puxá-la para cima.

Com uma trincha limpamos toda a sujeira existente entre as teclas. Feito isso,
podemos usar também o aspirador de pó. As teclas podem ser limpas
individualmente, usando uma escova de dentes ou escova de unhas, água e
sabão ou detergente neutro.
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-53
Figura 15
Sujeira no interior de um teclado, depois de
retiradas as teclas.

Colocamos novamente as teclas em seus lugares. Para encaixar uma tecla


basta apertá-la levemente. A seguir o teclado pode ser fechado e
aparafusado.

Tecla com mau contato – Alguns teclados possuem sob suas teclas,
pequenos capacitores variáveis sobre uma membrana plástica. Dificilmente
apresentam problemas, e limpeza com um pano úmido é tudo o que esses
teclados requerem.

Figura 16
Peças plásticas com os dielétricos dos
capacitores.

A figura 16 mostra como são formados esses capacitores. As trilhas de


circuito da placa formam os terminais do capacitor. Sobre cada um desses
circuitos fica apoiada uma pequena peça plástica que se move conforme a
tecla é pressionada. Nessa peça plástica existe um material que funciona
como dielétrico. Quando este material se aproxima do circuito da placa,
causa uma variação de capacitância, que é refletida na forma de um pulso
de corrente que indica ao microprocessador do teclado que aquela tecla foi
pressionada.
41-42--54 Hardware Total
Figura 17
Placa de circuito do teclado.

Deixe a placa de circuito (figura 17) bem limpa. Use um pano úmido nesta
limpeza. Você também pode usar spray limpador de contatos. Se uma tecla
estiver falhando, possivelmente melhorará com a limpeza. Se não melhorar,
faça a troca da sua peça plástica (figura 16), utilizando a peça de uma tecla
que não seja usada. Muitos teclados possuem, ao invés de uma placa de
circuito, três membranas plásticas sobre a qual são depositadas trilhas de
circuito impresso flexível. Limpe essas membranas com muito cuidado,
usando um pano úmido.

Existem teclados que possuem sob cada tecla, pequenas cápsulas (figura 18)
que funcionam como capacitores variáveis, mas cujo dielétrico é formado
por espuma plástica ou mesmo por peças plásticas como as da figura 16.
Sujeira no interior dessas cápsulas pode alterar as propriedades desse
dielétrico, fazendo com que a tecla fique com “mau contato”.

Figura 18
Cápsulas capacitivas de um teclado.

Em alguns casos pressionamos a tecla e nenhum caracter é gerado. Em


outros casos pressionamos a tecla e dois, três ou até mais caracteres iguais
são gerados. Quando isso ocorre devemos tentar recuperar a tecla usando
spray limpador de contatos. Usando o pequeno tubo plástico que
acompanha este tipo de spray, fazemos a aplicação no interior da cápsula
(figura 19) e a seguir pressionamos a tecla várias vezes (claro, com o
computador desligado) para tentar dissolver a sujeira. É preciso deixar o
spray secar, o que pode levar uma hora, já que a cápsula é fechada. Se isto
não resolver, teremos que fazer um transplante de teclas.
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-55
Figura 19
Aplicando spray no interior de uma cápsula.

Problemas mais complicados com o teclado


Alguns problemas no teclado são mais complicados, requerendo soldagem,
bastante tempo disponível e paciência.

Problemas no cabo – Vimos na seção sobre mau contato em cabos que o


cabo do teclado pode partir por excesso de manuseio. Temos então que
fazer o reparo do cabo, ou então tentar a sua substituição.

Tecla com mau contato ou inoperante – Quando mesmo depois da


limpeza a tecla continua com problemas, a solução é substituir a cápsula. A
melhor coisa a fazer é usar a cápsula de uma tecla do próprio teclado que
estamos tentando consertar. Certas teclas são pouquíssimo utilizadas,
algumas nunca chegam a ser pressionadas, como por exemplo:

 Scroll Lock
 Alt na parte direita do teclado
 Control na parte direita do teclado

Podemos retirar a cápsula de uma delas e soldar no lugar da cápsula pro-


blemática. Apenas por questões de estética, podemos colocar a cápsula
defeituosa no lugar da cápsula doadora.

Problemas com o drive de CD-ROM


Felizmente os drives de CD-ROM são relativamente baratos e apresentam
baixo custo. Em caso de defeito, você poderá instalar um modelo novo e
mais veloz que o antigo. Na maioria dos casos é muito mais vantajoso trocar
o drive inteiro que pagar caro pelo conserto de um drive antigo. Mesmo
assim, alguns consertos podem ser tentados.
41-42--56 Hardware Total
Limpeza na cabeça
Quando um drive de CD-ROM começa a apresentar erros de leitura em
vários CDs, é hora de fazer limpezas. Pode existir sujeira, tanto no sistema
de lentes como nos próprios CDs. As lojas de CDs musicais vendem kits
para limpeza de CDs, e também kits para limpeza de CD Players, que
servem para limpar o sistema de lentes do drive de CD-ROM. Este kit de
limpeza para CD Players consiste em um CD no qual uma determinada
trilha é coberta por uma escova de material abrasivo. Para fazer a limpeza
basta colocar o CD de limpeza no drive de CD-ROM e selecionar a trilha
(pode usar para isso um programa como o CD Player do Windows). Deixe a
trilha sendo acessada por alguns segundos e a limpeza estará terminada.

Abrindo o drive de CD-ROM


É muito difícil resolver a maioria dos problemas mecânicos em um drive de
CD-ROM. Depois de desmontá-lo, você verá na parte superior, uma parte
mecânica, abaixo da qual existe uma placa de circuito, que é a sua parte
eletrônica. A figura 20 mostra a parte frontal do drive de CD-ROM, já aberto
e com bandeja retirada. As engrenagens que a figura mostra são do
mecanismo de movimentação da bandeja. É preciso verificar se a correia do
motor está solta, ou se existe alguma engrenagem quebrada ou deslocada.
Além do motor que movimenta a bandeja, temos outro motor que faz o CD
girar e outro para mover a cabeça de leitura.

Figura 20
Mecanismo de movimentação da
bandeja.

Na figura 21 vemos a parte mecânica e a parte eletrônica fisicamente


separadas. Observe que existem três fitas de condutores flexíveis que ligam a
placa aos três motores da parte mecânica. Podemos conectar a parte
eletrônica no computador através do cabo flat e ligá-la na fonte de
alimentação. Deixando a bandeja instalada na parte mecânica, podemos
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-57
inserir um CD-ROM e colocar o drive em funcionamento. Desta forma
podemos verificar se a parte mecânica do drive está trabalhando
corretamente. Eventuais problemas mecânicos podem ser percebidos visu-
almente, basta prestar atenção.

Figura 21
As duas partes principais de um drive de CD-
ROM. Na parte mecânica podemos ver
claramente os seus três motores. O da
esquerda movimenta a bandeja, o do meio gira
o CD, e o da direita move a cabeça de leitura.

Quando um drive de CD-ROM apresenta constantemente erros de leitura, o


problema pode estar nos potenciômetros que fazem parte dos seus circuitos
de leitura (figura 22). Esses potenciômetros em geral ficam localizados ao
lado do conector para o cabo ligado à cabeça de leitura. Você pode aplicar
spray limpador de contatos nesses potenciômetros e girá-los, mas antes de
fazer isso, marque cuidadosamente a posição original de cada
potenciômetro, para depois ajustá-los como estavam antes. Existem casos de
drives de CD-ROM que simplesmente não liam mais dados e passaram a
funcionar depois de ajustes em um desses potenciômetros. Se o drive estiver
condenado, vale a pena fazer a tentativa.
41-42--58 Hardware Total
Figura 22
Potenciômetros do circuito de leitura.

A grande dificuldade para consertar um drive de CD-ROM é a


indisponibilidade de peças. Normalmente é preciso contar com lojas de
sucata eletrônica. Existem algumas lojas em São Paulo, próximas à rua Santa
Ifigênia, vendendo drives de CD-ROM defeituosos por 5 reais. Você pode
ter a sorte de ter um defeito na parte mecânica do seu drive de CD-ROM, e
encontrar um drive de mesmo modelo com o defeito na parte eletrônica,
estando a parte mecânica em perfeitas condições. Poderá assim fazer um
transplante. Desconecte a parte eletrônica da parte mecânica, como mostra a
figura 23. Tome muito cuidado para não flexionar demais os frágeis cabos
de condutores flexíveis. Para retirá-los, basta puxar. Para conectá-los
novamente, faça-o com bastante cuidado para que não dobrem.

Figura 23
Desconectando uma fita de condutores
flexíveis.

Não faça este tipo de transplante quando os drives não forem de mesmo
modelo, pois o funcionamento não será garantido. Os motores poderão
operar com correntes diferentes, e as pinagens dos conectores que ligam a
parte mecânica à parte eletrônica não serão necessariamente as mesmas.
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-59

O buffer underrun em gravadores de CDs


O mais sério problema que um gravador de CDs pode apresentar é o buffer
underrun, que ocorre quando o gravador deixa de receber, mesmo que por
uma fração de segundo, a seqüência de dados a serem gravados. Isto resulta
na perda do CD-R que estava sendo gravado. No caso de uma mídia de CD-
RW, é preciso reiniciar o processo de gravação.

Durante o processo de gravação de um CD-R ou CD-RW, o seu drive


precisa receber um fluxo constante de dados. Como é muito difícil a
manutenção de um fluxo constante, os gravadores de CDs possuem um
buffer interno que consiste em uma área de memória (em geral 1 MB ou
menos) suficiente para manter os dados que deverão ser gravados nos
próximos segundos. A velocidade na qual os dados são retirados deste
buffer e transferidos para a mídia é absolutamente constante, mas a veloci-
dade na qual o computador coloca dados neste buffer poderá variar, e até
mesmo fazer pequenas pausas por uma fração de segundo, desde que o
buffer não fique vazio. Quando o PC realiza pausas na transferência dos
dados para a mídia em um período suficiente para que os dados do buffer
sejam consumidos, ocorre o buffer underrun. A gravação em curso é
perdida, e o CD-R fica inutilizado. O CD-RW não fica inutilizado mas
precisamos recomeçar do início o processo de gravação. Podemos tomar
algumas providências para evitar este problema:

1) Teste antes de gravar


Os programas para gravação de CD-R e CD-RW possuem um comando
para gravação simulada, na qual os dados são transferidos, porém o feixe
laser que faz a gravação na mídia é mantido com baixa potência, não efeti-
vando a gravação. Se não ocorrerem erros, você poderá realizar a gravação
efetiva. Se ocorrerem erros, você deverá investigar as suas causas e tentar
fazer com que não ocorram. Por exemplo, você pode tentar uma velocidade
de gravação mais baixa. Repita a simulação para checar se você conseguiu
resolver o problema, e só então faça a gravação definitiva. Isso evitará que
você estrague vários CDs virgens enquanto estiver tentando resolver os
problemas.

2) Reduza a velocidade
O buffer underrun ocorre porque os dados do buffer do CD-R são
consumidos muito rapidamente. Dependendo da velocidade e do tamanho
do buffer, uma pequena pausa de um segundo que o processador precise
fazer para executar outras atividades fará com que o buffer underrun ocorra.
41-42--60 Hardware Total
As velocidades de gravação determinam a velocidade na qual os dados do
buffer são consumidos:

Velocidade Taxa
1X 150 kB/s
2X 300 kB/s
4X 600 kB/s
8X 1200 kB/s
12X 1800 kB/s
16X 2400 kB/s

Digamos que o seu gravador tenha um buffer de 1 MB e seja capaz de


operar em 4X, ou seja, 600 kB/s. Se o processador fizer uma pausa de 1,7
segundos, todos os dados do seu buffer serão consumidos, e ocorrerá o
buffer underrun. Já com a velocidade 2X, este problema só ocorreria se o
processador parasse de enviar dados por 3,4 segundos, e com a velocidade
1X o problema só ocorreria com uma pausa de 6,8 segundos. Observe que a
situação é mais crítica quando o buffer do gravador tem menor tamanho.
Portanto, se você está tendo este tipo de problema, reduza a velocidade de
gravação.

3) Desabilite a leitura antecipada


O Windows realiza operações de leitura antecipada no disco rígido, o que
em geral aumenta o seu desempenho médio. Quando um programa solicita
a leitura de uma parte de um arquivo, é feita a leitura desta parte e de uma
área posterior, mantendo a seqüência. Apesar do desempenho global do
acesso a disco ser aumentado, são realizadas pequenas pausas para a leitura
dessas áreas de forma antecipada.

Figura 24
Desabilitando a leitura antecipada.

Para desabilitar este recurso, clique em Meu Computador com o botão


direito do mouse e no menu apresentado escolha a opção Propriedades. No
Capítulo 42 – Manutenção corretiva 41-42-61
quadro apresentado selecione a guia Desempenho e clique sobre o botão
Sistema de Arquivos. Selecione a guia Disco rígido e você terá acesso ao
quadro da figura 24. Coloque totalmente para a esquerda o controle
indicado como Otimização de leitura antecipada, como mostra a figura.

4) Verifique o desempenho do disco rígido


O disco rígido pode não estar sendo suficientemente veloz para transferir os
dados na velocidade exigida pelo gravador. Acesse o CMOS Setup e habilite
a opção Ultra DMA.

5) Desabilite outros programas


Não deixe que outros programas fiquem em execução ao mesmo tempo em
que usa o programa para gravar CDs. Esses programas poderão fazer acesso
a disco, deixando o buffer do CD-R temporariamente sem receber dados.
Desabilite escudos anti-vírus, como o VSHIELD.

6) Interface IDE
Se tanto o disco rígido como o gravador (no caso de modelos IDE)
estiverem ligados na mesma interface IDE, você provavelmente terá
problemas. Instale o gravador na outra interface IDE. Problemas também
podem ocorrer quando o drive de CD-ROM e o disco rígido estão ligados
na mesma interface IDE. Instale então o drive de CD-ROM na interface IDE
secundária, mesmo que seja junto com o gravador. Note que nesta confi-
guração você não poderá transferir arquivos diretamente de um CD-ROM
para um CD-R/CD-RW (ou então terá muitos problemas de buffer
underrun). Será preciso antes copiar para o disco rígido os dados que você
deseja gravar.

Outros problemas
Mesmo com esses cuidados, outros problemas não relacionados com o
buffer underrun podem ocorrer. Vejamos algumas providências que podem
ser tomadas:

1) Interfaces SCSI
Os drives de CD-R e CD-RW conectados em interfaces SCSI estão sujeitos a
todos os tipos de erro de configuração típicos dos dispositivos SCSI.
Verifique se as terminações estão corretas e confira o SCSI ID.

2) Interface paralela
41-42--62 Hardware Total
Gravadores de CDs estão expostos aos problemas e incompatibilidades que
podem ocorrer quando ligamos vários dispositivos na porta paralela. A
solução para os problemas poderá ser a instalação de uma caixa
comutadora, ou então uma segunda interface paralela. Não deixe ainda de
verificar se a porta paralela está configurada como EPP ou ECP.

3) Caddy defeituoso
Muitos gravadores utilizam o caddy, uma espécie de estojo para a colocação
do CDs. Se você estiver tendo problemas, experimente usar um caddy novo.
Se este dispositivo sofrer algum tipo de choque mecânico, poderá afetar o
processo de gravação.

4) Limpeza do sistema ótico


Discos de limpeza para drives de CD-ROM também podem ser usados para
gravadores de CD-R e CD-RW. Este sistema ótico pode ficar sujo,
principalmente por poeira.

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