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A CRISE DA INTELIGÊNCIA SEGUNDO ROGER SCRUTON

Característica da modernidade em que a Arte vai substituindo o


lugar da Religião. O artista age como um oráculo.

É preciso entender as competências. O artista registra as


primeiras impressões (Benedeto Croce), mas não pode elaborar
uma revelação profética.

Roger Scruton tinha, na sua juventude, grande apreço pela


literatura de T.S.Eliot.

Drama característico da mente anglo-saxônica: máximo de


exatidão (biunívoca) entre os signos, significados etc. Fixação pela
lógica-matemática, eliminação de toda ambiguidade, todo o
mistério.

“Você tem que provar que uma sentença é verdadeira ou falsa, se


não consegue, ela não diz nada, não tem significado.”

O propósito de uma linguagem totalmente exata é contraditório


em si mesmo, pois contraria a própria natureza da linguagem, que
depende do mundo concreto (mediador) para poder ser
expressada.

Você pode descrever uma pessoa o máximo possível, mas


nunca será completo como a presença física da própria
pessoa.

A linguagem não tem função de substituir o mundo.

Um momento a linguagem tem um limite. Como ocorre em um


projeto de uma máquina, alguma hora você vai precisar desenhar
algo. O engenheiro, por exemplo, vai mostrar como se usa a
máquina.

O pessoal que se dedicou a construir um mundo próprio, de forma


a substituir o mundo concreto, fracassaram.

Se a arte e a literatura nada dizem, por quê elas impressionam


tanto?

“Filosofia analítica virou uma espécie de sindicato.”


Não existe nenhuma máquina no mundo que seja inteiramente
descrita e explicada por meio verbal, sempre será necessário um
desenho, uma maquete e mais, alguém que lhe explique.

O Scruton examinou centenas de filósofos e concluiu que eles não


estavam dizendo absolutamente nada.

Mente anglo-saxônica: discurso lítero-filosófico caótica e filosofia


analítica que parece um cemitério. A ideia de que tudo precisa de
prova científica.

Utopia da linguagem exata, é necessário se afastar dessa


ilusão.

Razão pura: desejo de “transcender” o senso comum.

O que nós temos são percepções globais por meio dos sentidos,
as sensações são produtos da racionalização que as subdividem
nos sentidos “puros” (visão, tato, paladar etc.). Os empiristas
acreditavam que os sentidos era a matéria bruta da razão, o que
está errado.

Formar conceitos gerais por indução é impossível.

Racionalismos e empirismo = “bobagens descomunais do mundo


ocidental”.

Nem todas as verdades podem ser provadas. Se você pegar


a maior certeza científica ela será deficiente.

Aquilo que tenho mais certeza não pode ser objeto de uma prova
lógica, porque é um conhecimento intuitivo, que não é
reprodutível.

Se eu fui testemunha de um fato, não é possível haver


conhecimento mais certo. Pois é o contato direto com aquela
experiência.

Todo ciclo moderno confunde dois problemas: a busca da certeza


com a busca da persuasão.

Uma coisa é eu ter certeza direta e absoluta de algo, outra coisa


é eu poder prová-la para todo mundo.
Tudo aquilo que pode ser objeto de prova, não é objeto de
certeza absoluta. E tudo aquilo que é objeto de certeza
absoluta, não pode ser objeto de prova.

Portador da verdade solitária.

Persuasão gentil e amigável (Sócrates) e a persuasão por


manipulação (modernos).

Espécie em latim = imagem.

O mundo está repleto de essências e significados.

“Totalização” (Sartre): você define o outro pela atitude que


você tem diante dele. Ex: visão feminista acerca do machismo que
“totaliza” o homem segundo a atitude do movimento. É uma
imposição de perspectiva. “Não interessa o que você é, interessa
apenas o que eu odeio em você, e isso te definirá”.

Foucault: as prisões não como proteção da sociedade de seus


inimigos, mais a sociedade era inimigo dos prisioneiros. Sempre
haverá um opressor e um oprimido.

Mas, você não pode dominar um cavalo sem oprimi-lo, em


contrapartida, você oferece a ele abrigo, comida, cuidado etc.

As relações humanas estão permeadas não só com um caráter de


autoridade, elas se configuram com muitas outras características.

Método-Totalização: “Não quero discutir suas ideias. Eu quero


destruir você, porque você é aquilo que eu odeio”.

Se a ciência é uma atividade crítica permanente, ela não pode


querer ter autoridade para dizer o que é verdade ou não.

Todo ciclo moderno da filosofia é uma tragédia. Eles cindiram a


organicidade que havia na filosófica clássica.

Com a perda da confissão (Católica), a mente moderna não


conhece a si mesma, não consegue se descrever.

Edmundo Husserl.
Não existe conhecimento obtido pela razão. Todo
conhecimento é intuitivo. Se não, não é conhecimento, é
apenas criação de forma.

AULA 2

Desconstrucionismo – crise da modernidade.

Aristóteles – apreende um objeto e, na última etapa, forma um


conceito. Mas não é uma progressão temporal, e sim lógica.

Espécie – latim imagem.

Confusão na modernidade: quando você percebe um objeto, você


vê apenas algo singular, não apreende a sua generalidade.

Contudo, nenhum ente pode ser apreendido apenas de forma


singular. Ele integra uma espécie. Não é possível apreender uma
singularidade absoluta.

Tudo aquilo que existe é imagem de uma espécie.

Racionalistas x empiristas. Solução dada pelo Kant, ao invés do


conhecimento ser uma imagem do mundo, é o mundo que é uma
imagem do conhecimento. Confusão na apreensão de uma
essência e formulação de um conceito.

O problema da nossa época é que há uma mentalidade que torna


o outro um mero inimigo (opressor). Processo da totalizacion.
Recusa do conhecimento (busca pela verdade) e luta pelo poder.
Estamos todos no reino do subjetivo. O que Carl Schimdt chamava
de decisionismo.

É necessário resgatar a ideia de intuição intelectual, que não se


desvincula da intuição sensível.

Na história da formação americana, primeiro se institui uma


comunidade religiosa (Igrejas), e as outras as instituições vinham
em seguida. No Brasil, vinha primeiro o exército (quartel – o
governo). Aqui, o Estado sempre se antecipou. Nenhum dos dois
constitui as relações a partir das leis do mercado, há instituições
que as antecedem.
Hayek e Mises – ideia de que poderia se criar toda uma sociedade
a partir de uma abstração econômica.

Deleuze e Guattari: só sobra a máquina (homem) desejante,


desprovida de uma realidade própria. Tudo se reduz a uma relação
de poder (econômico). Apenas um elemento da realidade
prevalece (absolutização) e contra ele eu me volto. Você cria
mentalmente um esquema e projeta ele na realidade.

O ódio se torna a chave de todo o discurso da mente


contemporânea.

Repetir o discurso é fácil, agora, expressar a sua própria


experiência é mais difícil. Por isso, o estereótipo sempre vai
predominar. O caso dos brasileiros com as novelas. A relação
individual quase desaparece em razão da tonelada de estereótipos
recebidos da cultura de massa.

Os esquemas de poder fazem parte das relações como muitos


outros elementos. Contudo, o pensamento moderno descobre um
certo aspecto e passa a descrever a realidade a partir deste fator,
a despeito de todos os outros existentes.

Classe média não como uma categoria sociológica, mas algo a ser
odiado.

Fernando Saussure: arbitrariedade dos signos.

Maio 68: a simbólica do amor é substituída por uma simbólica de


ódio revolucionário.

No Brasil, as pessoas não são capitalistas, são dinheiristas. Parece


um país reduzido ao elemento apenas de mercado (valor
monetário), esquecendo-se de outras virtudes.

Nenhuma propriedade pode substituir as substâncias, as


essências.

Se você pegar o socialismo, um sujeito que acredita no socialismo,


e pergunta a ele: quantas vezes o socialismo atendeu suas
expectativas? Ele irá te responder: nenhuma. Agora, quantas
vezes Deus atendeu suas preces? Ah, um montão. O que é mais
lógico, acreditar em prece ou no socialismo? Melhor rezar, porque,
às vezes, funciona. Já o socialismo, nunca funcionou.
Exista algo que é a interferência divina.

Kant quis provar que nada existe para nós além da experiência
sensível e das estruturas da razão. O que ele estudou para dizer
isso? Nada. Um místico apenas. Mais nada. Nunca estudou os
milagres, a fenomenologia da ação divina.

Por que estes estudos não funcionam? Desde o primeiro estudo,


você já reduz o fato. Não há só ato milagroso em si. Há um
desencadeamento de fatores. A história toda, o contexto que
envolve o instante da cura é que traz o entendimento do milagre.
Geralmente, é feita uma falsificação do ato, tendo em vista que
você isola um fato de todo o seu contexto. O que a ciência não
estuda ela não pode opinar.

Você tem mais testemunhas do Diabo do que de Napoleão


Bonaparte. Se for estudar os vestígios da ação de Deus no
mundo, há mais disso do que qualquer outra coisa. Os
corpos incorruptíveis. A ciência não consegue estudá-la.

A dissolução da religião faz com que você precise de ídolos


humanos – o panteão dos sábios.

Filósofos que valem a pena você estudar são poucos:


Platão, Aristóteles, São Tomás de Aquino, John Scot
(Scotus), Leibniz, Schelling.

“Psicologia Reflexiva” (André Marc).

Mario Ferreira dos Santos (um dos gigantes da filosofia).

O clássico não pode ser disforme, ele possui uma harmonia.

AULA 3

Atividade essencial do filósofo não é o argumento abstrato, mas


sim a meditação, é quando ele rastreia as origens de suas ideias,
uma atividade de memória, reminiscências.

Chegar a raiz do conhecimento é uma atividade de memória.

Erro da filosofia anglo-saxônica é justamente não meditar, eles se


aprisionam no poder argumentativo.
Você quanto apreende um ser, você apreende a forma de uma
espécie. Depois, você vai precisar depurar este “ser” até que
consiga extrair-lhe a essência. Mas este processo não gera o
conceito, ele já estava lá desde o primeiro contato com o ser.

Não há separação entre a forma sensível e a forma inteligível. Não


se pode fazer esta cisão radical do processo de conhecimento do
ser.

O cérebro é mais um dos objetos do mundo concreto. Ele não


contém o mundo, ele o percebe a partir da própria estrutura desse
mundo.

Os dois últimos séculos de filosofia foi um desprezo pela realidade


concreta, já dada a nós, tentando perceber o mundo a partir do
próprio homem. O mundo inteiro fala.

A língua não tem esta primordialidade no mundo – ela não o


absolutiza, como imaginam os filósofos analíticos.

Qualquer equipamento é criado com o objetivo de desempenhar


uma determinada função melhor do que o ser humano, como
martelo, furadeira, computadores etc.

Universidades atualmente não formam pessoas – este seria


o papel delas –, elas se preocupam em aumentar a
produção científica.

Um eu fraco, incompleto, se aperfeiçoa na presença de um Eu


Absoluto, Eterno, Infinito (Deus).

Escrever é a primeira forma de pensamento artificial. O que está


escrito permanece, já sua memória pode esquecer.

Diferença entre o cérebro e o computador é qualitativa. Todo


equipamento foi feito para nos superar, mas naquela função
específica.

Você usa o cavalo para correr porque ele corre mais rápido que
você.

São esses rodeios argumentativos e críticos que está matando a


filosofia, como a tese de que a tecnologia está substituindo o
homem.
A origem do “eu” no confronto do “outro”, filosofia do séc. XX. A
confusão do “Eu” com a imagem do “eu”. Contudo, o modo correto
é buscar o “eu” na comparação com o “Eu” absoluto, Deus, o “Eu
sou”.

Se não existe um “eu substancial” que subsiste em no “Eu


absoluto”, o próprio Deus.

Deus não tem alteridade, não tem elementos estranhos dentro si.
Ao ser humano é conferido este poder de forma parcial, temos
falhas de memória, pensamentos erráticos, dúvidas etc. etc. etc.

Por isso a filosofia medieval é tão rica, porque eles mantinham


profunda relação (conversa) com Deus, o Eu absoluto.

Se meu “eu” nasce na confrontação, na luta, com o outro, é este


quem faz a minha existência.

Alexandre Kojeve, agente da KGB, emoldura todo o pensamento


da geração de intelectuais franceses.

Quantos casais você conhece que o homem oprimia a


mulher? É uma possiblidade acidental a opressão, mas não é o
essencial. Não é o que constitui, que determina a relação entre
homem e mulher, porque, na mesma medida, existe uma parcela
maior que prova uma relação cooperativa, de tolerância, de
compreensão.

Não é o outro que me determina. Ele tem apenas uma parte de


quem “eu sou”.

Mentalidade revolucionária: pego uma hipótese e meço por ela


todo o que acontece, aconteceu e acontecerá no mundo. Só que a
revolução ideal não é para ser realizável, porque ele se contradiz
a si mesmo. Vai sendo empurrado com a barriga.

Um projeto humano só é sério se ele pode ser executado no tempo


de vida desta própria pessoa, para que ela seja julgada pelo
resultado deste projeto. Fora disso, só se trata de plano divino que
não pertence ao controle humano.

1968 – Metaliteratura. Obscuridade da linguagem. “Prova” de


originalidade, de requinte filosófico, quando, na verdade, poderia
ser explicado de forma simples e objetiva.
Gerador de textos pós-modernos: http://www.elsewhere.org/pomo/

O proletariado era um tipo ideal. Daí surgem mitos, como o da


revolução burguesa, em que você não acha um burguês lá no
meio. Depois é que ela surgiu. Não foi a burguesia que tomou o
poder. Os revolucionários que tomam o poder e acabam
fomentando a criança desta classe burguesa.

Eles não têm a intenção de descrever uma realidade objetiva. Tem


a finalidade de estabelecer a totalizacion.

“O absurdo é poder”. Cria-se um estado de perplexidade, isso


induz à obediência.

A descoberta do outro, a partir de 02h, aula 3.

LER Louis Lavelle.

“As exigências morais se colocam para pessoas que tem domínio


de si. E a primeira exigência é ter domínio de si.”

Não há uma identidade sexual. Não é possível criar uma


identidade em algo tão inconstante quanto os desejos sexuais.
Trata-se de um comportamento.

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