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UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

MARY CELINA BARBOSA DO NASCIMENTO

O DIREITO A TER DIREITOS: OS SENTIDOS E OS SIGNIFICADOS SOCIAIS DA


EDUCAÇÃO INCLUSIVA.

UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

BARBACENA, MG- BRASIL.


FEVEREIRO DE 2013
MARY CELINA BARBOSA DO NASCIMENTO

O DIREITO A TER DIREITOS: OS SENTIDOS E OS SIGNIFICADOS SOCIAIS DA


EDUCAÇÃO INCLUSIVA.

Artigo Científico encaminhado à Universidade Candido


Mendes - UCAM, como requisito parcial para obtenção do
título de Especialista em Educação Inclusiva, Especial e
Politicas de Inclusão.

BARBACENA, MG- BRASIL.


FEVEREIRO DE 2013

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O DIREITO A TER DIREITOS: OS SENTIDOS E OS SIGNIFICADOS SOCIAIS DA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA.

Mary Celina Barbosa do Nascimento

RESUMO

O principal foco deste artigo é refletir sobre os elementos que constituem a inclusão como uma
manifestação social bastante contemporânea. Seu conceito se confronta diretamente com a concepção de
universalidade dos direitos sociais e da cidadania. Os objetivos baseiam-se em organizar e desenvolver uma
pesquisa bibliográfica sobre a conquista de direitos dos alunos portadores de necessidades especiais, nas escolas
regulares do Ensino Fundamental, a partir da Lei 9394/96 e utilizou-se como metodologia a revisão de literatura
nas obras de autores como Mantoan (2000,) MEC/SEESP (1994), TARTUCI (2008) e Sassaki (1997) entre
outros.
A educação inclusiva é um tema que, nas últimas décadas, tem ocupado significativo espaço na
educação de qualidade para todos. Na escola inclusiva os alunos aprendem a conviver com a diferença e a se
tornarem cidadãos solidários. Foram questões norteadoras do estudo: a importância da inclusão do aluno especial
no Ensino Regular, às dificuldades encontradas em sua inclusão, e as dificuldades dos professores em recebê-los.
O estudo se justificou frente à existência de que no Brasil há 24 milhões de pessoas com deficiências e
limitações, o que significa 14% da população. As transformações e exigências do mundo atual requerem
mudanças da escola, para que a mesma possa oferecer aos seus educandos qualidade de ensino a que têm direito.
Assim, para que cada escola possa melhorar seu trabalho em direção a um ensino de qualidade e inclusivo, é
preciso repensar e ressignificar a escola dentro do novo contexto social.

Palavras-chave: Educação Inclusiva- Escola que temos e a Escola que Queremos.

Introdução

A presente pesquisa tem por objetivo apreender os sentidos atribuídos à inclusão do


aluno portador de necessidades especiais na escola regular. Pois, as crianças com
necessidades especiais são sujeitos de direitos sociais, entre os quais se inclui o direito à
educação. Não devem ser vistas como doentes e incapazes, ocupando uma situação de
desvantagem no imaginário coletivo, sendo alvo da sensibilidade popular e da assistência
social. Atualmente, todos os alunos com dificuldades de aprendizagem têm sido,
genericamente, incluídos na expressão necessidades educacionais especiais. A Política
Nacional de Educação Especial define como portador de necessidades especiais, todo
indivíduo que apresenta necessidades específicas e diferentes dos demais, quanto ao domínio
das aprendizagens curriculares correspondentes à sua própria idade, necessitando assim, “de
recursos pedagógicos e metodologias educacionais específicas” (BRASIL, 1998, p.24).

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Os objetivos específicos foram atingidos a partir da análise dos documentos oficiais
referentes à inclusão e por fim, a análise de conteúdo dos sentidos e significados expressos
pelos docentes. Portanto, a Inclusão numa sociedade de excluídos passa a ser a palavra chave
para se alcançar a verdadeira democracia proclamada em nossas leis.
As justificativas que levaram a escolha do tema foram baseadas nas transformações e
exigências do mundo atual, após fazer um levantamento da teoria e da prática da proposta
pedagógica da escola estudada, ou seja, a “Escola que temos e a Escola que Queremos”,
refletindo os fatores que causam grandes preocupações como a repetência e o fracasso
escolar, levando à exclusão social, uma vez que a Escola enfoca que as causas estão sempre
no aluno problema (quem aprende), sem considerar os demais envolvidos no processo ensino-
aprendizagem.
Propõe-se que a Escola seja capaz de implementar a sua Proposta Pedagógica,
fundamentada nos Princípios de Educação Para Todos, como a democratização de
oportunidades de acesso, permanência com sucesso para todos os alunos, independente de
suas capacidades e limitações; atendendo aos pilares da educação propostos pela UNESCO,
que ampara os problemas educacionais mundiais: aprender a aprender, aprender a fazer,
aprender a viver e conviver e aprender a ser. Além das práticas atuais, as escolas devem rever
suas propostas curriculares adaptando as necessidades educativas especiais referentes à
metodologia, técnicas, recursos materiais, equipamentos específicos, espaços físicos,
capacitação continuada dos professores da comunidade escolar, estabelecendo parcerias com
as secretarias afins (saúde, assistência social, conselho tutelar, promotoria, clubes de serviço,
secretaria do trabalho e outros). A hipótese básica do presente trabalho está fundamentada no
seguinte pressuposto: Os professores sentem muita dificuldade em lidar com crianças
portadoras de necessidades especiais; os papéis a serem desempenhados durante este
atendimento não estão bem delimitados e as escolas não adequaram sua proposta curricular às
necessidades educativas especiais. Não se preocupam em tornar este processo uma atividade
que envolve a todos e não apenas ao professor.

Desenvolvimento
A expressão necessidades especiais contribuiu para redimensionar a terminologia para
excepcionais, portadores de deficiência, pessoas com problemas no seu desenvolvimento,
pessoas com necessidades específicas, e, atualmente, pessoas com necessidades educativas
especiais. Desses, dois termos são empregados na Educação Especial no Brasil, apresentando

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conotações distintas: “Pessoa Portadora de Deficiência” e “Pessoa Portadora de Necessidades
Especiais”.
Entende-se por “Pessoa Portadora de Deficiência” aquele “que apresenta, em
comparação com a maioria das pessoas, significativas diferenças físicas, sensoriais ou
intelectuais, decorrentes de fatores inatos ou adquiridos, de caráter permanente, que acarretam
dificuldades em sua interação com o meio físico social” (MEC/SEESP, 1994, p. 48).
Já, o “Portador de Necessidades Especiais” nem sempre é um portador de deficiência,
mas é aquele que, “por apresentar, em caráter permanente ou temporário, alguma deficiência
física, sensorial, cognitiva, múltipla, condutas típicas, ou ainda altas habilidades, necessita de
recursos especializados para desenvolver mais plenamente o seu potencial e/ou superar ou
minimizar sua dificuldades” (MEC/SEESP, 1984, p. 51).
Nesse grupo se enquadram, também, as crianças portadoras de neoplasia,
traumatologia ou outras enfermidades que requerem longo tempo de internamento hospitalar,
os meninos de rua que perderam o vínculo familiar e social e outros tantos que necessitam de
recursos educacionais específicos que favoreçam sua integração social, apesar de suas
limitações.
Inclusão numa sociedade de excluídos passa a ser a palavra chave para se alcançar a
verdadeira democracia proclamada em nossas leis. O movimento de inclusão é um movimento
amplo que norteia todas as ações que emanam dos direitos sociais, políticos e civis. Com
propriedade Mantoan (2003, p. 58) afirma: “pertencer à comunidade é uma necessidade
fundamental de toda pessoa e um direito que lhe deve ser garantido.” Completando este
pensamento, se às pessoas é negado este direito, “se nós excluímos as pessoas, estamos
programando-as para a grande luta de suas vidas: conseguir estar dentro de, pertencer a.”
(FOREST; PEARPOINT, 1997, p.139). A inclusão demonstra uma evolução da cultura
ocidental, ao defender que nenhuma criança deve ser separada das outras por apresentar
alguma diferença ou necessidade especial. Do ponto de vista pedagógico esta integração
assume a vantagem de existir interação entre crianças, procurando um desenvolvimento
conjunto, com igualdade de oportunidades para todos e respeito à diversidade humana e
cultural. No entanto, a inclusão tem encontrado imensa dificuldade em avançar, especialmente
devido a resistências por parte das escolas regulares, em se adaptarem de modo a conseguirem
integrar estas crianças devidas principalmente aos altos custos para se criar as condições
adequadas.

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Entendemos que a inclusão é uma via de mão dupla, ou seja, a importância deste
processo está, não só na aceitação e na matrícula de pessoas com necessidades educacionais
especiais, mas também na capacitação dos professores e outros profissionais envolvidos com
elas, na montagem de uma infraestrutura adequada da escola e na sensibilização dos demais
alunos nas salas de aulas.
Inclusão não é simplesmente colocar uma criança em sala de aula sem poder oferecer a
ela uma atenção às suas especificidades. A inclusão de um aluno com necessidades educativas
especiais só terá êxito quando alguns pré-requisitos forem cumpridos e as diversas partes
envolvidas no processo tiverem, essencialmente, a infraestrutura adequada para tal.
Em uma retrospectiva histórica da construção da inclusão de alunos com necessidades
especiais pode-se registrar que foi a partir do final da década de 60, que o movimento pela
integração social começou a inserir pessoas portadoras de necessidades especiais nas escolas
regulares de três formas que até hoje são utilizadas: pela inserção pura e simples; pela
inserção com alguma adaptação específica; e pela inserção em ambientes separados dentro
dos sistemas gerais.
Uma das primeiras propostas efetivas de educação não segregada teve início na década
de 70 e baseou-se no modelo médico, em que o portador de necessidade especial tinha que se
modificar reabilitar e se educar, para ser aceito no meio social. De acordo com Sassaki (1997,
p. 30-31), esta idéia de integração social surgiu para derrubar a prática da exclusão social a
que foram submetidas às pessoas deficientes por vários séculos.
O ano Internacional das Pessoas Deficientes, em 1981 marcou o início do conceito de
Sociedade Inclusiva. A partir desta mobilização surgiram a Década das Nações Unidas para
Pessoas portadoras de Deficiências - de 1983 a 1992 – quando se consolidaram os princípios
da construção da cidadania dos deficientes.
A Conferência Mundial sobre Educação para Todos, realizada em 1990, na cidade de
Jontiem, na Tailândia, consolidou o compromisso ético e político deste tipo de atendimento,
num esforço coletivo dos órgãos internacionais, em assegurar a educação básica de qualidade
para todas as crianças, adolescentes, jovens e adultos portadores de dificuldades de
aprendizagem. Nesta conferência, as Nações Unidas, representadas pela UNESCO, garantiam
a democratização da educação, independente das diferenças particulares dos alunos. A
Declaração de Salamanca (1994) foi conseqüência de todo esse processo representando
princípios, política e prática da educação e atendimento a alunos com necessidades especiais.

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No transcorrer da história dos portadores de deficiências ocorreram algumas mudanças
visando uma prática educativa sem segregação. Dentre elas destacam-se dois movimentos
inovadores no processo de inserção dos deficientes no meio social que são: Integração e
Inclusão. As expressões integração e inclusão são comumente utilizadas como se tivessem o
mesmo significado. No entanto, em termos educacionais representam grandes diferenças na
filosofia a qual cada termo serve.
A inclusão escolar busca alcançar a integração social, pela expansão do atendimento
dando condições de integração ao sistema de ensino regular, conscientizando a comunidade
escolar sobre a importância da presença dos alunos especiais em escolas regulares,
promovendo a integração técnico-pedagógica entre os educadores em ações integradas nas
áreas sociais de educação, saúde e trabalho.
Na busca de compreensão da proposta de educação inclusiva, defendida e proclamada
nos documentos e políticas nas últimas décadas, discutir a inclusão sem discutir o seu
contraponto, a exclusão na escola e em outras instituições sociais, dos grupos minoritários e
em situações de desvantagem, é uma análise incompleta.
Portanto, o atendimento às crianças com necessidades especiais no Brasil tem o
seguinte amparo legal: LDBEN nº 4.024/61, Lei nº 5.692/71 (Diretrizes para o 1º e 2º graus),
Emenda constitucional nº12 de 1978, Constituição Federal de 1988, Declaração de Salamanca
de 1994, Política Nacional de Educação Especial MEC/1994, LDBEN nº 9.394/96, Diretrizes
Nacionais para a Educação Especial – Lei nº 7.853 de 1999- Lei da Integração Decreto nº
3.298 de 1999 (regulamenta a Lei nº 7.853), CNE/2001, Plano Nacional de Educação Lei nº
10.172 de 2001 (FERREIRA, 2006), Convenção de Guatemala de 1999 promulgada pelo
Decreto nº 3.956/2001, Lei nº 10.436/02 (Libras), Programa Educação Inclusiva: direito a
Diversidade em 2003 (programa do MEC), Decreto nº 5.296/04 (regulamenta as leis nº
10.048/00 e nº 10.098/00 para promoção de acessibilidade).
A atual Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, Lei nº 9.394, de
20/12/1996, trata, especificamente, no Capítulo V, da Educação Especial. Define-a por
modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para
pessoas com necessidades educacionais especiais. Assim, ela perpassa transversalmente todos
os níveis de ensino, desde a educação infantil ao ensino superior. Esta modalidade de
educação é considerada como um conjunto de recursos educacionais e de estratégias de apoio
que estejam à disposição de todos os alunos, oferecendo diferentes alternativas de
atendimento. Conceito de sociedade igualitária ou inclusiva igual oportunidade para todos

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cujo objetivo é buscar uma sociedade para todos, na qual se respeite a diversidade da raça
humana, atendendo às necessidades das maiorias e minorias; à educação cabe a mediação
desse processo.
A questão principal que circunda a inclusão está em como desenvolver no cotidiano
escolar uma postura com práticas e políticas inclusivas. Muitas vezes, essa postura esbarra na
falta de capacitação na área, em recursos financeiros escassos e, principalmente, no
preconceito. Para entender essa realidade é necessário aproximar-se, vivenciá-la e senti-la no
seu contexto. Desenvolver ações inclusivas implica necessariamente em conhecer as Políticas
Públicas Educacionais, suas posturas e práticas direcionadas a esse propósito. Da mesma
forma, diagnosticar o contexto é imprescindível para conhecer essa realidade e, a partir disso,
dimensiona-la analisando seus aspectos à luz da legislação, das políticas existentes, dos
recursos humanos e materiais disponíveis que as pessoas adotam frente a essa temática.
A inclusão pressupõe ações articuladas de diferentes áreas, bem como de romper com
a cultura de exclusão e instituir políticas públicas que permitam ao sujeito o exercício pleno
de cidadania. Portanto, para se garantir o direito de “Educação para Todos (…) exige-se
alterações complexas tanto nas políticas públicas e sociais, quanto na própria concepção
presente no imaginário social e na cultura escolar a respeito destes alunos [necessidades
educativas especiais]. Caso estas alterações não ocorram, a fim de propiciar condições
efetivas, a inclusão será mera utopia” (TARTUCI, 2008, p. 13).
A operacionalização da inclusão de qualquer aluno no espaço escolar deve resultar de
relações dialógicas, envolvendo família, escola e comunidade, de modo que cada escola
resignifique as diferenças individuais, bem como reexamine sua prática pedagógica. Segundo
Mantoan (1997, p. 145), as escolas inclusivas:

Propõem um modo de constituir o sistema educacional que


considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado em virtude dessas
necessidades. A inclusão causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não
se limita a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas
apoia a todos: professores, alunos, pessoal administrativo, para que obtenham
sucesso na corrente educativa geral.

Esse movimento compreende a construção de uma escola aberta para todos, que
respeite e valorize a diversidade e propicia escola de qualidade para todos independentes das
diferenças, habilidades e limitações, adaptando a sociedade para o convívio com as diferenças
de maneira natural e mudando com isso o quadro de exclusão.

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Para garantir o acesso, permanência e sucesso do aluno deficiente à educação é
preciso que o ambiente escolar passe por algumas transformações que favoreçam sua
participação em situações e formas de ensino-aprendizagem cada vez mais adequadas. Para
isso, são previstas adaptações curriculares que modificam os objetivos, conteúdos e critérios
de avaliação, nas atividades e nas metodologias da escola, atendendo às diferenças individuais
do aluno. Situar os alunos com necessidades especiais em grupos onde possam trabalhar
melhor com seus colegas ou introduzir métodos e técnicas de ensino-aprendizagem
diferenciados para trabalhar conteúdos específicos para estes alunos e compartilhados com os
demais, são exemplos deste tipo de adaptações. Mas não basta apenas adaptar o currículo; é
preciso que o aluno tenha acesso a ele. Assim, as adaptações de acesso ao currículo alteram
ou providenciam recursos no ambiente físico da escola, nos materiais a serem utilizados ou
nas formas de comunicação para facilitar o desenvolvimento do currículo.
O projeto curricular das escolas deve levar em conta, não só as diferenças
individuais, como as relativas ao contexto no qual a escola se insere (estado, município, zona
urbana ou rural, bairro etc.), a programação de cada professor (inspirada nos conteúdos
mínimos propostos no currículo oficial e considerando o projeto curricular da escola) deve
conter atividades que respeitem o contínuo das diferenças individuais.
Assim sendo, Educação Especial não será mais idealizada como um sistema
educacional paralelo ou segregado, mas como um conjunto de recursos que a escola regular
deverá dispor para atender à diversidade de seus alunos. As políticas públicas para a inclusão
devem ser concretizadas na forma de programas de capacitação e acompanhamento contínuo,
que oriente o trabalho docente na perspectiva da diminuição gradativa da exclusão escolar, o
que virá a beneficiar, não apenas os alunos com necessidades especiais, mas de uma forma
geral a educação escolar como um todo.

Conclusão
A inclusão é um processo que exige aperfeiçoamento constante. As propostas feitas
pelo Sistema de Ensino são fundamentais para que se construa uma sociedade justa. A
inclusão social e escolar que desejamos deve garantir que todos tenham as mesmas
oportunidades, os mesmos direitos e a mesma autonomia. A escola só será democrática à
medida que acolher educar e ensinar a todos com qualidade. Cada aluno deverá ser visto
como um aprendiz com necessidades educacionais potencializadas em suas competências e
habilidades pessoais. O Projeto de Educação Inclusiva deve atender a diversidade, respeitar as

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diferenças e promover a aprendizagem fundamental para o desenvolvimento, socialização e
cidadania plena de todos.
Para que o Projeto da Educação Inclusiva tenha sucesso esperado, recomenda-se e
propõe às escolas em conjunto com a comunidade escolar e parcerias afins as seguintes ações:
Repensar a concepção de homem, ser humano, sociedade, dentro dos Princípios de Educação
para Todos; Fortalecer as Redes de Apoio e de Ajuda através de ações integradas com as
parcerias e convênios efetivos com órgãos públicos tais como: área da saúde, ação social,
transporte, trabalho, ONGs, clubes de serviços, conselhos e outros. Adequar e implementar a
Proposta Pedagógica à luz do paradigma da Educação Inclusiva. Ressignificar os programas
das redes de apoio e ajuda (classe especial, sala de recurso, apoio pedagógico e outros),
envolvendo toda a comunidade escolar: diretor, equipe técnico-pedagógica, auxiliar de sala de
aula, professor itinerante e especializado, interpretes de libras – Língua Brasileira de Sinais,
equipe multidisciplinar quando necessárias, tais como, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes
sociais, fisioterapeutas, médicos e outros recursos da comunidade. Capacitar de forma
continuada os professores de toda a comunidade escolar, através de grupo de estudos,
encontros, palestras, seminários, atividades recreativas e culturais. Elaborar Projeto de
“Integração Família Escola”, conscientizando-as da importância da participação no processo
educativo da escola, esclarecendo a todos o que vem a ser uma Escola Inclusiva
contemplando a Educação para Todos.

REFERÊNCIAS

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BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional
de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 1994, p. 48 e 51.
_______. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional:
Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
_______. Constituição Federal. Brasília; Senado Federal, 1988.
_______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
introdução aos parâmetros curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. –
Brasília: MEC/SEESP, 1997.

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