Psicologia

Organizacional e do
Trabalho
Definição de Psicologia

Me. Elessandra N. S. Bassoli

A busca do ser humano, pelo
autoconhecimento, vem sendo influenciada a
muito tempo, por algumas ciências como a
Filosofia, Sociologia, Antropologia e
Psicologia.

Neste escalada do conhecimento a Psicologia

se destaca, especialmente no campo da
Psicologia Organizacional, visando identificar
de que forma o comportamento humano,
esta relacionado com a eficácia dos
processos organizacionais.
 Unidade 1 – Psicologia Organizacional

CONCEITO DE PSICOLOGIA
▪As pessoas se organizam para produzir nas
organizações;
▪Suas vidas são ligadas ao meio tecnológico e as
organizações são responsáveis pelos processos dos
produtos e serviços que utilizamos.

Para conduzir e realizar estas tarefas complexas faz-se

necessário um trabalho especializado como o do psicólogo
organizacional, buscando compreender o impacto do
comportamento humano na execução das tarefas.
Esse tema é primordial, considerando que entre os objetivos da
Psicologia está a compreensão do ser humano em sua complexidade
para melhorar a sua vida.
Em face do desenvolvimento dos conhecimentos oriundos da filosofia
de Sócrates e Descartes (racionalismo moderno), a Psicologia avança
como uma ciência.
A ciência pode ser definida, segundo Bock, Furtado e Teixeira (2008, p.
20) como:
“[...]o conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade
(que chamamos objeto de estudo), expresso por meio de uma
linguagem precisa e rigorosa. Esses conhecimentos devem ser obtidos
de maneira programada, sistemática e controlada, para que se permita
a verificação de sua validade”.

Psicologia Organizacional
Psicologia vem das palavras gregas psyché (alma) e logos (razão).
Alma - concebida como a parte imaterial do ser humano, que abarcaria
os pensamentos, sentimentos de amor e ódio, irracionalidade, desejo,
sensação e percepção.
Razão – característica especifica da espécie humana, capacidade de
raciocinar, fazendo-nos capazes de sobrepor- nos aos animais.
A Psicologia como disciplina científica foi fundada, apenas, no final do
século XIX, quando o alemão Wilhelm Wundt criou, em 1879, o primeiro
laboratório para estudar os fenômenos psicológicos, em Leipzig,
Alemanha.

Psicologia Organizacional
A Psicologia se aplica a inúmeros contextos em que haja seres
humanos em relações sociais.

Diante disto surgem diferentes abordagens teóricas que

procuram explicar tais relações.

A Psicologia Organizacional, surge como uma ciência que busca

estudar o ser humano no contexto de trabalho e aplica os
conhecimentos da Psicologia para a compreensão, intervenção e
desenvolvimento das relações humanas, dos processos
individuais e grupais nas organizações.
Psicologia Organizacional
A Psicologia organizacional é um campo eclético.

Recebeu influencia da engenharia industrial, Sociologia.

(BANOV, 2011).

A Psicologia organizacional, pode ser conceituada como a

ciência do comportamento humano, da cognição, da
emoção e da motivação.

Psicologia Organizacional
 O QUE É PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL

A Psicologia Organizacional desenvolveu- se em duas

vertentes:
• uma voltada para o domínio de técnicas e práticas,
como as de recrutamento, seleção e avaliação de
desempenho e,
• outra voltada ao domínio das relações humanas.
 O QUE É PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL

O objetivo da Psicologia voltada para relações humanas,

além de buscar atender a demandas de produtividade e
lucratividade das empresas, também, fez uso de aplicação
dos conhecimentos produzidos por essa ciência para
poder criar nas organizações, ambientes mais saudáveis e
votlados a qualidade de vida das pessoas, juntamente
com os resultados favoráveis à organização.
Assim, ganham as pessoas, as organizações e a
sociedade.
 PSICOLOGIA E COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

Como compreender o pensamento e o comportamento de

pessoas e equipes?

Segundo Maximiano (Mc Shane e Von Glinow (2013) uma

organização é uma combinação de esforços individuais que tem
por finalidade realizar propósitos coletivos.

Por meio de uma organização torna-se possível perseguir e

alcançar objetivos que seriam inatingíveis para uma pessoa.
 PSICOLOGIA E COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

Uma organização é constituída por pessoas – para que ela

mude, também as pessoas têm que mudar.

No entanto, o ser humano é único e, como tal, cria o seu próprio

pensamento individual, quer por antecipação, quer por reação.
 PSICOLOGIA E COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Muitos psicólogos têm definido a Psicologia como "ciência
do comportamento", tendo, como finalidade, compreendê-
lo para modificá-lo e prevê-lo, quando necessário. Para
tanto, sua atuação em contextos organizacionais, visa
compreender o C.O.

O Comportamento Organizacional - Estuda o impacto

que indivíduos, grupos e a estrutura (tarefas, ambiente,
pessoas e tecnologia), tem sobre o comportamento dentro
da organização com o propósito de utilizar este
conhecimento para melhorar a eficácia na organização.
(ROBBINS, SUDJE E SOBRAL, 2011)
 PSICOLOGIA E COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Vecchio (2008) afirma que a ideia ou noção de que os
fenômenos comportamentais são óbvios é uma ilusão.
Quando se ouve uma explicação, imediatamente se
imagina que “logicamente se teria pensado nisso”, ocorre
um fenômeno que o autor denomina de viés da percepção
Tardia.
Este fenômeno leva a acreditar que todo comportamento
humano é concebível, e isto pode levar à armadilha de
acreditar apenas na própria intuição, opinião e em teorias
afastadas da realidade.
 PSICOLOGIA E COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Analise sua percepção e conhecimento sobre o tema:
Como você responderia as enquetes:
Os introvertidos são mais sensíveis às ideias abstratas e aos
sentimentos do que os extrovertidos?

Pessoas de personalidade dominante tem mais dificuldade

de lidar com seus sentimentos?

Os homens são melhores motoristas do que as mulheres?

 PSICOLOGIA E COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
Para responder as afirmações do slide anterior, devemos
basear nosso conhecimento e pensamento em conceitos
teóricos oriundos das ciências humanas e sociais, como a
Psicologia e o C. O.

As respostas e verificações acima, mostram a importância e

necessidade de um profissional estudar o Comportamento
Organizacional.
Para Vecchio (2008), existem três razões principais para o estudo
do CO: aplicações práticas, crescimento pessoal e maior
conhecimento.
Analisemos as razões apontadas pelo autor:
 PSICOLOGIA E COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
APLICAÇÕES PRÁTICAS
Sobre processos de: aprendizagem sobre liderança,
resolução de conflitos, desempenho humano no trabalho
entre tantos outros temas que trazem a possibilidade de
desenvolvimento de um estilo pessoal do profissional na
condução da sua atuação e/ou gestão.
 PSICOLOGIA E COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
CRESCIMENTO PESSOAL
Compreender outras pessoas pode trazer grande realização
pessoal, conduzindo-nos a um maior autoconhecimento e auto
percepção. Para Vecchio (2008), grande parte das contratações
feitas pelas empresas baseia-se na capacidade técnica, porém as
promoções envolvem, muitas vezes, a capacidade para
compreender e trabalhar eficazmente com superiores
hierárquicos, colegas e clientes, ou seja, envolve as relações
interpessoais.
 PSICOLOGIA E COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL
MAIOR CONHECIMENTO
Conhecer sobre as pessoas no local de trabalho a partir do
conhecimento sistematizado na área de CO pode ajudar o
profissional a pensar de modo crítico sobre temas relacionados
ao trabalho, a desenvolver aptidões para analisar problemas
pessoais e dos funcionários e realizar os encaminhamentos
adequados e implementação de políticas e estratégias para lidar
com essas questões humanas.
 O Lugar do Indivíduo no Processo Produtivo na Administração
Científica

O trabalho humano era realizado por pessoas que

detinham a posse de seus instrumentos de trabalho,
dominavam todo o processo de produção e eram os donos
do que produziam.
Estamos nos referindo ao trabalho dos artesãos antes da
Revolução Industrial.
 O Lugar do Indivíduo no Processo Produtivo na Administração
Científica

Com a Revolução Industrial, iniciada em finais do século

XVIII, o trabalho artesanal nas oficinas foi substituído pelo
trabalho assalariado nas fábricas.
Surge a utilização das máquinas no processo de
produção/substituição dos operários grandes aptidões para
o exercício de suas funções.
O crescimento econômico foi marcante, porém, para os
trabalhadores, as mudanças tiveram aspectos bastante
negativos, como ressaltaram Adam Smith e Karl Marx,
levando à exploração e à alienação do trabalhador no
processo produtivo (VECCHIO, 2008).
 O Lugar do Indivíduo no Processo Produtivo na Administração
Científica

Os processos de produção foram se tornando mais

complexos, sendo adotada a linha de produção ou
produção em série, idealizada por Henry Ford (1863-
1947) na fábrica de automóveis que leva seu nome.
 A Escola das Relações Humanas: Uma Visão
Humanizada do Trabalho e dos Trabalhadores
Na década de 30, iniciou-se o movimento denominado
Escola das Relações Humanas a partir do trabalho do
psicólogo e sociólogo australiano George Elton Mayo
(1880-1949).
As conclusões do pesquisador e sua equipe possibilitaram
uma nova visão do indivíduo no trabalho, agora visto não
mais como uma peça da engrenagem, mas como um
recurso humano.
Embora ainda não fosse o bastante, já significava um
avanço no sentido de valorizar e estudar sistematicamente
o comportamento dos trabalhadores (BOCK; FURTADO;
TEIXEIRA, 2008).
 A Socialização e as Relações do Indivíduo com o
Trabalho
Kanaane (2006) afirma que a percepção do profissional
sobre o seu trabalho e o seu lugar nesse contexto
dependerá das condições existentes no ambiente
organizacional, conforme visto como facilitadora ou não do
alcance de seus objetivos.
 A Socialização e as Relações do Indivíduo com o
Trabalho
Os autores defendem que, apesar dessa complexidade, a
ciência consegue dar explicações razoavelmente precisas
e previsões válidas sobre o comportamento humano.
Para isso, é preciso reconhecer que os conceitos
científicos sobre o comportamento organizacional refletem
condições situacionais e contingenciais, ou seja, “podemos
dizer que x leva a y, mas apenas sob as condições z (as
variáveis contingenciais)”. (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL,
2011, p. 12).
 Revisão da Aula
Hoje vimos ....

Conceitos da Psicologia;

Conceitos históricos da P.O;

Importância do C.O.;

Necessidade de se analisar as exigências situacionais e

contingenciais do ambiente organizacional