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Desfechos de saúde podem ser entendidos como todos possíveis resultados de exposição a fatores que
causam mudança no estado de saúde, assim como aqueles que resultam de ações preventivas ou
intervenções terapêuticas.
heterogeneidade possibilita apontar para mecanismos na ligação entre
recursos socioeconômicos e adoecimento ou mortalidade de tal forma que se
possa compreender a desigualdade na distribuição da exposição a riscos que
afetam a saúde. Em outras palavras, essa seria uma forma de estudar a
estratificação social da saúde (Galobardes, Lynch e Smith, 2007), ou, segundo
uma perspectiva corrente sobre o tema, as condições sociais poderiam ser
vistas como causas fundamentais da saúde e adoecimento (Link e Phelan,
1995; Link et al., 1998; Link et al., 2008).
2
A autopercepção de saúde é uma medida autorelatada comumente utilizada em inquéritos populacionais
em diversos países, considerada um indicador válido para aferir o estado de saúde individual.
Discutiremos um pouco mais sobre a medida abaixo.
mulheres, escolaridade incompleta e privação material (Szwarcwald et al.,
2005, p. 20). Também focado na autopercepção de saúde, outro trabalho
estuda a relação entre saúde, trabalho e contexto social. Mobilizando dados da
pesquisa Inquérito Domiciliar Sobre Comportamentos de Risco e Morbidade
Referida de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, além também de dados
do Censo 2000 (para níveis ecológicos), o trabalho mostra associações entre
desemprego, moradia em favelas ou bairros de baixa renda e a autoavaliação
da saúde como ruim, associações que são enfraquecidas com o ajuste de
variáveis sociodemográficas, comportamentos de risco e outros indicadores do
estado de saúde. Contudo, mesmo com todos os ajustes no nível individual e
ecológico, a associação entre desemprego e autoavaliação de saúde ruim
permaneceu, o que aponta que a dimensão ocupacional pode ser um aspecto
relevante na estruturação da desigualdade em saúde (Giatii e Barreto, 2006).
Nesse sentido, um outro trabalho demonstra como a operacionalização de uma
tipologia ocupacional para classe social se associa à autopercepção de saúde
e os resultados mostram que, mesmo tendo em conta os tradicionais ajustes
sociodemográficos (renda, educação, idade, etc), o acesso à propriedade,
exercício de autoridade e qualificações minimiza a ocorrência da
autopercepção de saúde como ruim (Santos, 2011a).
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Inspirado em uma passagem bíblica, Merton chamava esse efeito de “O EfeitoMateus” (The
MathewEffect), devido a uma passagem do Novo Testamento, no Evangelho Segundo Mateus onde se lê:
“Porque a qualquer que tiver mais será dado, e terá em abundância, mas ao que não tem será tomado
mesmo o pouco que tem.” (13:12 e 25:29).
especificação de hipóteses mais precisas em pesquisas focadas sobre
desigualdade de diferentes formas.
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Uma excelente revisão sobre a perspectiva que destaca como ela tem sido tratada em pesquisas sobre
diferentes tipos de desigualdade pode ser encontrada em DiPrete e Eirench (2006).
sistematicamente, "taxas" diferentes de depreciação de sua saúde ao longo do
ciclo de vida. Do ponto de vista agregado, essa associação entre recursos
socioeconômicos e variação temporal ampliaria a desigualdade em saúde entre
indivíduos de idades iguais mas com diferentes níveis de recursos. Ou seja,
aliado ao processo de envelhecimento haveria um processo de criação de
heterogeneidade entre indivíduos que ocorre devido à estruturação de
oportunidades, das características da estratificação social e da acumulação de
experiências. (Ferraro, 2006, p. 243).
3. Dados e metodologia
5
Ao menos no que é de nosso conhecimento, esse é o primeiro trabalho a mobilizar a perspectivada
acumulação da desigualdade para a pesquisa sobre disparidades sociais em saúde no Brasil. No entanto,
nos seminais trabalhos sobre desigualdade racial no Brasil, Nelson do Valle Silva (1978) e Carlos
Hasenbalg (2005) sugeriam, como conclusão, que a desigualdade racial no país era fruto da acumulação
de situações de desvantagem que se reproduziam ao longo do ciclo de vida dos pretos e pardos
brasileiros, que tinham maiores chances de nascerem em famílias dotadas de poucos recursos
socioeconômicos, o que, por sua vez, limitava as chances de vida posteriores, principalmente através da
limitação do alcance educacional. Portanto, cabe à inovação desses dois pesquisadores, tanto nos
trabalhos individuais quanto em sua colaboração posterioro crédito da sugestão da acumulação da
desigualdade no Brasil.
da desigualdade social e a percepção que os brasileiros tinham sobre o tema.
Esse banco de dados é particularmente estratégico para nossos interesses por
conter tanto uma detalhada caracterização socioeconômica, como também
duas formas distintas de operacionalização do estado de saúde. No total, 8048
domicílios de todo o país foram visitados, e neles, chefes de domicílio e
cônjuges foram entrevistados, o que faz com que a amostra conte com 8048
domicílios e 12326 pessoas. Ao eliminar os casos com informações faltantes
para as variáveis utilizadas em nossos modelos, totalizamos 11372 indivíduos
em nossas amostras.
6
Outras pesquisas, brasileiras e estrangeiras, adotam um padrão diferente de resposta, em que há uma
categoria intermediária neutra. Nesses questionários, geralmente o padrão de resposta é: muito boa, boa,
razoável, ruim e muito ruim. As três últimas opções são agrupadas e as respostas positivas são analisadas
em comparação a elas.Um trabalho demonstrou que, embora os padrões de resposta não sejam
diretamente comparáveis, as associações entre variáveis independentes que representam dimensões
relacionadas às disparidades sociais da saúde se associam aos dois tipos de variável de formas similares
(Jürges, Avendano and Mackenbach, 2008). Apresentamos nossos resultados para essa versão da variável
devido ao posicionamento dessa pergunta no questionário, antes de qualquer pergunta sobre estado de
saúde, o que, em nossa avaliação a torna mais espontânea e precisa. Também fizemos exercícios com a
variável formulada de outra forma, questão também presente no questionário, e os resultados são
idênticos aos reportados no presente artigo.
componente de saúde mental, para os quais maiores escores significam mais
saúde (Ware et al., 2007; Laguardia et al., 2011)7.
7
O trabalho de adaptação desta parte do questionário ficou sob responsabilidade de pesquisadores da área
de saúde que compunham a pesquisa, composta por Alberto L. Najar, Josué Laguardia, Mônica R.
Campos, Claudia Travassos, Luiz A. Anjos e Miguel M. Vasconcellos. Agradecemos a esses
pesquisadores a orientação sobre operacionalização do módulo.
disparidades sociais em saúde ver Chor e Risso, 2005; Santos, 2011).
Também utilizamos uma variável que representa um índice de bens no
domicílio, que é nosso proxy de renda. Restringimos nossas análises às
características sociodemográficas de forma a evitar a endogeneidade que a
adição de controles por comportamentos de risco ou condições de morbidade
poderiam inserir nos modelos.
A desigualdade por cor (ou racial) também é avaliada. Entre a análise das duas
tabelas, a única diferença estatisticamente significativa em relação à categoria
de referência (pretos) emerge entre os brancos no modelo de autoavaliação de
saúde. Como em outras esferas que refletem a desigualdade racial no Brasil,
esse padrão de resultados ocorre através da mediação de outras variáveis
socioeconômicas, principalmente educação8. Outros estudos apontam que a
realização socioeconômica diferente de brancos e pretos é um dos meios pelos
quais a desigualdade é reproduzida (Chor e Lima, 2005; Santos, 2011b). No
entanto, identificamos a resiliencia dos efeitos de diferenças raciais mesmo
com um ajuste relativamente rigoroso, o que aponta para a permanência de
situações que indicam presença de mecanismos sociais que beneficiam alguns
grupos de cor (brancos) em detrimento do grupo de cor preto. Nossos
resultados confirmam isso para mais um domínio da desigualdade, que de toda
forma, já havia sido apontado por outros autores sobre as disparidades sociais
em saúde no país.
8
Ajustamos modelos passo a passo para captar esse tipo de efeito, interessados em maiores detalhes
podem entrar em contato com os autores.
9
Interessados em detalhes da construção dessa dimensão são encorajados ao contato com os autores.
que indica a importância da dimensão material na estruturação da saúde e da
qualidade de vida.
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Os intervalos de confiança são ajustados a partir do comando marginse marginsplotdo Stata 12, que faz
os cálculos do erro padrão das estimativas pontuais utilizadas nas ilustrações a partir do método vce.
Variáveis independentes são ajustadas em seus valores médios.
repete no contraste entre analfabetos e pessoas que tinham cursado ao menos
um ano de ensino superior.
Modelos SF-36
Modelos sem Modelos com interação
interação
B B B
Interações (cont.)
Sexo (ref.mulheres) 2.42 *** 2.40 *** (1 a 4 anos)*(30-34) 3.67
Rural 0.50 0.43 (1 a 4 anos)*(35-39) 2.74
Região de moradia no
país (ref. Norte) (1 a 4 anos)*(40-44) 3.50
Nordeste 1.64 *** 1.48 *** (1 a 4 anos)*(45-49) 1.61
Sudeste 2.06 *** 1.94 *** (1 a 4 anos)*(50-54) 2.97
Sul 0.07 -0.01 (1 a 4 anos)*(55-59) 5.03 **
Centro-Oeste 1.46 ** 1.46 ** (1 a 4 anos)*(60-64) 5.57 **
Estado Civil (ref. Solteiro) (1 a 4 anos)*(65-69) 5.14 **
Casado -0.82 ** -0.78 ** (1 a 4 anos)*(70+) 4.82 **
Mora junto -0.57 -0.68 (5 a 8 anos)*(30-34) 2.27
Separado -0.04 0.03 (5 a 8 anos)*(35-39) 2.32
Viúvo -0.71 -0.57 (5 a 8 anos)*(40-44) 0.92
Idade em categorias (ref.
25-29 anos) (5 a 8 anos)*(45-49) 1.53
30-34 0.14 -2.49 (5 a 8 anos)*(50-54) 1.32
35-39 -1.56 *** -4.28 (5 a 8 anos)*(55-59) 5.92 **
40-44 -2.62 *** -4.70 ** (5 a 8 anos)*(60-64) 5.45 **
45-49 -3.78 *** -5.61 ** (5 a 8 anos)*(65-69) 5.10 **
50-54 -5.66 *** -8.34 *** (5 a 8 anos)*(70+) 6.31 ***
55-59 -6.51 *** -12.08 *** (9 a 11 anos)*(30-34) 3.14
60-64 -8.27 *** -14.11 *** (9 a 11 anos)*(35-39) 3.07
65-69 -9.80 *** -15.04 *** (9 a 11 anos)*(40-44) 1.79
70+ -12.25 *** -17.67 *** (9 a 11 anos)*(45-49) 1.19
Cor ou raça (ref. Preto) (9 a 11 anos)*(50-54) 2.88
Branca 0.54 0.51 (9 a 11 anos)*(55-59) 6.82 ***
Pardo 0.03 0.07 (9 a 11 anos)*(60-64) 8.91 ***
Amarelo 1.22 1.14 (9 a 11 anos)*(65-69) 6.04 **
Indígena -0.61 -0.58 (9 a 11 anos)*(70+) 9.62 ***
Índice bens dom. 0.72 *** 0.78 *** (12+ anos)*(30-34) 0.68
Educação em categorias
(ref. 0 anos) (12+ anos)*(35-39) 2.57
1 a 4 anos 1.95 *** -2.52 (12+ anos)*(40-44) 1.80
5 a 8 anos 3.32 *** -0.77 (12+ anos)*(45-49) 3.01
9 a 11 anos 4.45 *** -0.51 (12+ anos)*(50-54) 2.32
12+ anos 5.21 *** 0.50 (12+ anos)*(55-59) 6.58 ***
(12+ anos)*(60-64) 6.46 **
(12+ anos)*(65-69) 7.45 ***
(12+ anos)*(70+) 7.27 ***
Constante 48.87 *** 53.46 ***
Observações 11372 11372
R2 0.2163 0.2236
Fonte: Pesquisa das Dimensões Sociais da Desigualdade. Elaboração própria.
**p-valor<0.05; ***p-valor<0.01
Tabela 2 - Efeitos das variáveis sociodemográficas e interações educação*idade na
autoavaliação de saúde. Homens e mulheres, 25-98 anos. Brasil, 2008.
**p-valor<0.05; ***p-valor<0.01
Valor predito componente físico SF-36
30 40 50 60
25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 +
escolaridade
25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 +
escolaridade
60
60
50
50
40
40
30
30
25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 + 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 +
9 a 11 anos de educação 12+ anos de educação 5 a 8 anos de educação 12+ anos de educação
Comparação 3 Comparação 4
60
60
50
50
40
40
30
30
25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 + 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 +
1 a 4 anos de educação 12+ anos de educação Zero anos de educação 12+ anos de educação
Gráfico 3. Comparação dos valores preditos médios do componente físico do SF-36 para níveis específicos de educação e idade. Intervalos
de 95% de confiança para as estimativas pontuais.
Comparação 1 Comparação 2
0 .1 .2 .3 .4 .5 .6 .7 .8 .9 1
0 .1 .2 .3 .4 .5 .6 .7 .8 .9 1
25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 + 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 +
9 a 11 anos de educação 12+ anos de educação 5 a 8 anos de educação 12+ anos de educação
Comparação 3 Comparação 4
0 .1 .2 .3 .4 .5 .6 .7 .8 .9 1
0 .1 .2 .3 .4 .5 .6 .7 .8 .9 1
25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 + 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 +
1 a 4 anos de educação 12+ anos de educação Zero anos de educação 12+ anos de educação
Gráfico 4. Comparação dos valores preditos médios da autoavaliação de saúde para níveis específicos de educação e idade. Intervalos de
95% de confiança para as estimativas pontuais.
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