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PRÁTICA EDUCATIVA DO
ENSINO DA FÍSICA II
PRÁTICA EDUCATIVA DO
ENSINO DA FÍSICA II
PRÁTICA EDUCATIVA DO
ENSINO DA FÍSICA II
ISBN 978-85-387-3989-0
Este Guia de Estudo apresenta uma discussão sobre algumas práticas educativas
no ensino da Física. O material inicia com o estudo sobre a refração da luz traba-
lhada por meio da experimentação. Também é realizada uma discussão conceitual
sobre os principais aspectos de Termologia e Termodinâmica, com ênfase no estudo
dos ciclos utilizados nos motores a explosão (ciclo Otto e ciclo Diesel). Apresenta-se
um resumo dos principais tópicos de Magnetismo e as possibilidades de utilização
da resolução de problemas. Por fim, são apresentados alguns dos principais tópicos
de Física Moderna, abordando o desenvolvimento do conceito da luz e a Teoria da
Relatividade. O principal objetivo é sugerir formas de abordagem e retomar os prin-
cipais pontos conceituais desses assuntos.
Bons estudos!
Sobre o autor
Aula 3 TERMODINÂMICA 35
PARTE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS RELACIONADOS AO ENSINO DE TERMODINÂMICA 37
ABORDAGEM DA TERMODINÂMICA POR MEIO DO FUNCIONAMENTO DE MOTORES
PARTE 2 |
A COMBUSTÃO (CTSA) I 42
ABORDAGEM DA TERMODINÂMICA POR MEIO DO FUNCIONAMENTO DE MOTORES
PARTE 3 |
A COMBUSTÃO (CTSA) II 45
Sumário
Aula 4 MAGNETISMO 49
PARTE 1 | CONCEITOS FUNDAMENTAIS RELACIONADOS AO ENSINO DE MAGNETISMO 51
PARTE 2 | RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NO ENSINO DE MAGNETISMO I 55
PARTE 3 | RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NO ENSINO DE MAGNETISMO II 58
REFRAÇÃO DA LUZ
Objetivos:
Parte
REFRAÇÃO DA LUZ
Conceitos fundamentais relacionados ao ensino
de refração da luz
A refração da luz é um fenômeno conhecido há vários séculos,
e que teve seu entendimento melhorado com o passar da história. O
fato de um raio luminoso mudar de direção ao incidir obliquamente em
uma superfície de separação entre dois meios originou várias teorias
que tentaram encontrar uma relação matemática entre as variáveis.
Ptolomeu apresentou uma relação polinomial entre i e r (r = a i +
b i , com a e b constantes). Embora não tenha encontrado a expressão
2
Extra
Recomenda-se a leitura do artigo de Bruno Areal de Santana e
Frederico Alan de Oliveira Cruz: Determinação do índice de Refração
de uma placa de acrílico. Uma proposta para o Ensino Médio. Disponível
em: <www.sbfisica.org.br/fne/Vol9/Num1/indice-refracao.pdf>.
Parte
REFRAÇÃO DA LUZ
Atividade
Elaborar um mapa conceitual com os principais tópicos referentes
à refração da luz.
Referências
SÉRÉ, Marie-Geneviève; COELHO, Suzana Maria; NUNES, António Dias. O papel
da experimentação no ensino de Física. Caderno Brasileiro de Ensino de Física,
2003. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/
viewFile/6560/6046>. Acesso em: 1.º out. 2015.
Resolução da atividade
lentes óptica
mudança de meio
faz parte da
tem como aplicação
refração da luz acontece
com a
diversos altera a
instrumentos
ópticos
velocidade direção
afastamento ou aproximação da
de acordo
com a
normal
Parte
REFRAÇÃO DA LUZ
Trabalhando a refração da luz por meio da
experimentação I
Existem várias formas de trabalhar sobre refração em sala de
aula. Esta parte da aula traz uma proposta de experimentos. São su-
geridas algumas abordagens, de acordo com a teoria sobre a utilização
de experimentos no ensino de Física, que retrata esta metodologia de
acordo com os objetivos específicos a serem atingidos (verificação de
um fenômeno, determinação de alguma constante, comparação e/ou
adequação entre modelos teóricos, comparação de métodos experi-
mentais, elaboração de um experimento).
1. Verificação do fenômeno da refração
Uma das maneiras mais simples de verificar a existência da refra-
ção é utilizar um aquário com água e direcionar um laser para a inter-
face ar/água. Com a variação do ângulo de incidência é possível verifi-
car mudança no ângulo de refração, demonstrando assim o fenômeno.
Nesta prática deve-se tomar cuidado para que os raios (incidente
e refratado) fiquem visíveis aos alunos. Normalmente o laser comum
não é muito visível no ar. Para contornar essa dificuldade, pode-se
utilizar dois líquidos diferentes (água e azeite, por exemplo) ou então
utilizar alguma forma de fumaça para que o feixe fique visível no ar
(por exemplo: um incenso ou gelo seco). Podem ser utilizados também
materiais sólidos (acrílico etc.) que facilitam a prática em sala. A es-
colha dos materiais depende das possibilidades existentes na escola.
Extra
Recomenda-se a leitura do artigo de Marie Geneviève Séré, Suzana
Maria Coelho e António Dias Nunes: O papel da experimentação no
ensino de Física. Publicado no Caderno Brasileiro de Ensino de Física,
Abril de 2003. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/
fisica/article/viewFile/6560/6046.
Parte
REFRAÇÃO DA LUZ
Atividade
Elaborar um plano de aula referente a uma atividade experimen-
tal sobre refração.
Referências
SÉRÉ, Marie-Geneviève; COELHO, Suzana Maria; NUNES, António Dias. O papel
da experimentação no ensino de Física. Caderno Brasileiro de Ensino de Física,
2003. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/
viewFile/6560/6046>. Acesso em: 1.º out. 2015.
Resolução da atividade
Parte
REFRAÇÃO DA LUZ
Figura 1: Tanque para refração da luz
Fonte: azeheb.com.br
Extra
Recomenda-se a leitura do artigo de Dalva Aldrighi Vergara e
Bernardo Buchweitz: O uso de um vídeo no estudo do fenômeno de
refração da luz. Disponível em: <http://revistas.if.usp.br/rbpec/
article/viewFile/188/173>.
Atividade
Acessar o simulador PhET e verificar as possibilidades de utili-
zar o simulador (tópico refração) em sala de aula. Disponível em:
<https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/category/physics/
light-and-radiation>.
Parte
REFRAÇÃO DA LUZ
Referências
SÉRÉ, Marie-Geneviève; COELHO, Suzana Maria; NUNES, António Dias. O papel
da experimentação no ensino de Física. Caderno Brasileiro de Ensino de Física,
2005. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/
viewFile/6560/6046>. Acesso em: 1.º out. 2015.
SANTANA, Bruno Areal de; CRUZ, Frederico Alan de Oliveira Cruz. Determinação
do índice de Refração de uma placa de acrílico. Uma proposta para o Ensino
Médio. Física na escola, v. 9, n 1, 2008. Disponível em: <www.sbfisica.org.br/
fne/Vol9/Num1/indice-refracao.pdf>. Acesso em: 1.º out. 2015.
Resolução da atividade
TERMOLOGIA E MUDANÇAS
DE ESTADO FÍSICO
Objetivo:
Parte
TERMOLOGIA E MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO
Conceitos fundamentais relacionados ao
ensino de termologia
O estudo de termologia contempla uma série de tópicos relacio-
nados ao calor –– aquecimento, resfriamento, mudanças de estado fí-
sico, mudanças de temperatura e fenômenos correlatos. Esse assunto
normalmente é trabalhado na 2.ª série do Ensino Médio e se inicia
pelos conceitos fundamentais de calor e temperatura.
Nesse sentido, uma das principais preocupações que o professor
deve ter é em relação às definições de alguns conceitos como calor,
temperatura, capacidade térmica, calor específico, entre outros.
A diferença entre calor e temperatura normalmente é bastante
trabalhada e reforçada ao longo das aulas, entretanto é fundamental
diferenciar as grandezas relacionadas ao material (calor específico)
e ao corpo (capacidade térmica). Este ponto é importante para o en-
tendimento de alguns efeitos, como a formação da brisa terrestre (e
marítima) e a passagem de calor de um corpo para outro.
Um ponto que não é muito trabalhado é a questão da capacidade
térmica dos gases. Em geral, se fala de capacidade térmica de sólidos,
mas pouco se menciona o fato da capacidade térmica de um gás de-
pender do tipo de transformação que ele sofreu. No caso de uma trans-
formação isométrica, Cv = 3nR , já para uma transformação isobárica
2
(pressão constante) temos Cp = 5nR .
2
Essa informação pode passar despercebida quando se trabalha si-
tuações envolvendo apenas sólidos, mas será importante para o enten-
dimento de ciclos termodinâmicos (normalmente o assunto trabalhado
p(mmHg) 1
2
760
Líquido
Sólido
4,58
T
Vapor
Parte
TERMOLOGIA E MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO
Extra
Indica-se a leitura do artigo de Maria Cristina da Fonseca e Sandro
Aparecido dos Santos: Mapas conceituais e diagrama ADI como ins-
trumentos de apoio ao ensino dos conceitos de calor e temperatura
contemplando uma visão integradora. Disponível em: <www.diaa-
diaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/742-4.pdf>.
Atividade
Elaborar um mapa conceitual com os principais tópicos referentes
à termologia.
Referências
ARTUSO, Alysson Ramos; SOARES, Marlon Vinícius. Física –– Volumes 1, 2 e 3
Editora Positivo, 2013.
FONSECA, Maria Cristina da; SANTOS, Sandro Aparecido dos. Mapas conceituais
e diagrama ADI como instrumentos de apoio ao ensino dos conceitos de
calor e temperatura contemplando uma visão integradora. Disponível em:
<www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/742-4.pdf>. Acesso
em: 1.º out. 2015.
Resolução da atividade
Farenheit
Celsius Kelvin
Digital Mercúrio Inglês
+ Conhecida Científica
Termistor Clínico
Escalas Partícula
termométricas
Termômetro
Padrão Velocidade
Medição
Temperatura
Tempo
Energia
Meteorologia
Calor
Tabelado
Unidade Estado
Caloria de massa
Massa Total
Maior Menor Energia
Energia Energia Média
Quantidade
de Calor
Sólido Receber Gasoso Ceder Líquido
Caloria
Q=m·c
Parte
TERMOLOGIA E MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO
Discussão sobre livros didáticos e utilização de
exemplos fora do cotidiano
O livro didático é uma das principais ferramentas de apoio ao pro-
fessor em sala de aula. Pesquisas1 mostram que as principais formas
de utilização desse instrumento didático pelos professores podem ser
agrupadas nas seguintes categorias:
• fonte de consulta na preparação do planejamento anual e
no planejamento da aula, caracterizado pelo uso de vários
autores e de coleções diferentes;
• apoio às atividades de ensino, servindo como banco de textos
para leitura e realização de exercícios ou, ainda, como fonte
de imagens para os estudos escolares, aproveitando fotos,
desenhos, mapas e gráficos existentes nos livros;
• fonte bibliográfica para complementação dos conhecimentos
dos professores, no sentido de complementar a formação ob-
tida durante a graduação.
Dessa forma, reconhecendo a importância dos livros didáticos se
faz necessário uma análise detalhada sobre estes textos, no sentido de
analisar a correção conceitual e a coerência entre os exemplos dados
e a situação em que o livro será utilizado.
Uma falha muito comum nos textos didáticos é a utilização de
exemplos padrões para determinados conceitos físicos. Esses exem-
plos, muitas vezes são reproduções de situações citadas em livros de
ensino superior estrangeiros, traduzidos para o português e utilizados
na maioria dos cursos superiores.
1 NETO, Jorge Megid; FRACALANZA, Hilário. O livro didático de ciências: problemas e soluções. Ciência & Educação,
v. 9, n. 2, p. 147-157, 2003. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/ciedu/v9n2/01.pdf>. Acesso em: 1.º out. 2015.
Extra
Sugere-se a leitura do trabalho de Karine Rita Bresolin: Projetos
Temáticos: Ensino de Física na Educação de Jovens Adultos (EJA).
Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/128180>.
Parte
TERMOLOGIA E MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO
Atividade
Elaborar uma lista com dois eventos cotidianos relacionados com
termologias existentes em sua região, e três eventos que não ocorrem
em sua região.
Referências
ARTUSO, Alysson Ramos; SOARES, Marlon Vinícius. Física – Volumes 1, 2 e 3
Editora Positivo, 2013.
VASCONCELOS, F. Herbert Lima; et al. Uma Análise Comparativa do Uso de
um Objeto de Aprendizagem como Laboratório Virtual Aplicado ao Ensino de
Termologia. Disponível em: <www2.virtual.ufc.br/proativa/new/publicacoes/
artigos/4821fb26afc415bfbfd9495332477d98.pdf>. Acesso em: 1.º out. 2015.
FONSECA, Maria Cristina da; SANTOS, Sandro Aparecido dos. Mapas conceituais
e diagrama como instrumentos de apoio ao ensino dos conceitos de calor
e temperatura contemplando uma visão integradora. Disponível em: <www.
diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/742-4.pdf>. Acesso em: 1.º
out. 2015.
BRESOLIN, Karine Rita. Projetos Temáticos: Ensino de Física na Educação de
Jovens Adultos (EJA). UFSC, 2014. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/
handle/123456789/128180>. Acesso em: 1.º out. 2015.
NETO, Jorge Megid; FRACALANZA, Hilário. O livro didático de ciências: problemas
e soluções. Ciência & Educação, v. 9, n. 2, p. 147-157, 2003. Disponível em:
<www.scielo.br/pdf/ciedu/v9n2/01.pdf>. Acesso em: 1.º out. 2015.
Resolução da atividade
Parte
TERMOLOGIA E MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO
Ainda nesse tópico, muitos livros trazem o exemplo do fenômeno
do regelo explicado por meio do experimento realizado por Tyndall.
Esse experimento não é muito fácil de ser reproduzido em sala, pois
necessita de uma grande pressão e uma temperatura em que o gelo
não derreta com o calor do ambiente. Esse fenômeno pode ser expli-
cado com o exemplo do regelo sob as lâminas de um patinador. Embora
os alunos provavelmente não pratiquem patinação no gelo, eles certa-
mente conhecem o esporte da patinação.
Se o tópico estudado estiver relacionado com absorção e reemis-
são de calor, é possível utilizar, além do clássico exemplo da cor da
roupa, o fato do café esfriar mais rapidamente que o leite (nas mes-
mas temperaturas iniciais). O café, sendo melhor absorvedor que o
leite, é também melhor emissor, resfriando-se mais rapidamente, pois
a cor preta absorve muito mais energia radiante que a cor branca e
consequente emite mais energia. Pode-se ainda comentar sobre a fun-
ção térmica da cobertura (branca) de chantilly usada nas cafeterias.
Dessa forma, percebe-se que existem várias possibilidades e
exemplos próximos do cotidiano dos alunos. Essas situações devem
ser aproveitadas para tornar o estudo mais interessante e com isso
motivar os alunos a buscarem maiores informações. Não quer dizer
que usar outros exemplos está errado e não deve ser feito, entretanto,
é interessante buscar situações que sejam relevantes para os alunos.
Extra
Propõe-se a leitura do artigo de F. Herbert Lima Vasconcelos, José
Aires de C. Filho, Mauro C. Pequeno, Eder Paulus Moraes Guerra, Herik
Zednik Rodrigues e Airton F. Sampaio Xavier: Uma Análise Comparativa
do Uso de um Objeto de Aprendizagem como Laboratório Virtual
Atividade
Acessar o simulador PhET sobre efeito estufa e analisar as possi-
bilidades de utilizá-lo em sala de aula. Disponível em: <https://phet.
colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/greenhouse>.
Referências
ARTUSO, Alysson Ramos; SOARES, Marlon Vinícius. Física –– Volumes 1, 2 e 3.
Editora Positivo, 2013.
VASCONCELOS, F. Herbert Lima; et al. Uma Análise Comparativa do Uso de
um Objeto de Aprendizagem como Laboratório Virtual Aplicado ao Ensino de
Termologia. Disponível em: <www2.virtual.ufc.br/proativa/new/publicacoes/
artigos/4821fb26afc415bfbfd9495332477d98.pdf>. Acesso em: 1º. out. 2015.
FONSECA, Maria Cristina da; SANTOS, Sandro Aparecido dos. Mapas conceituais
e diagrama ADI como instrumentos de apoio ao ensino dos conceitos de calor
e temperatura contemplando uma visão integradora. Disponível em: <www.
diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/742-4.pdf>. Acesso em: 1.º
out. 2015.
BRESOLIN, Karine Rita. Projetos Temáticos: Ensino de Física na Educação de
Jovens Adultos (EJA). UFSC, 2014. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/
handle/123456789/128180>. Acesso em: 1.º out. 2015.
Resolução da atividade
TERMODINÂMICA
Objetivos:
Parte
TERMODINÂMICA
Conceitos fundamentais relacionados
ao ensino de Termodinâmica
O ensino de Termodinâmica pode ser realizado por meio de
diversas abordagens pedagógicas. Comumente, os livros didáticos
trazem a abordagem via história da Ciência, discutindo a evolução
do conceito de calor, e finalizando com a aplicação dos conceitos
atuais nos processos cotidianos, em especial nos ciclos termodinâ-
micos. Outra abordagem possível é a CTSA, na qual se pode discutir
os aspectos econômicos, sociais e ambientais da utilização de má-
quinas térmicas e sua importância na história recente (Revolução
Industrial), além de embasar o posicionamento dos estudantes fren-
te às novas tecnologias. Independente da abordagem utilizada, al-
guns conceitos físicos são bastante importantes e devem ser trata-
dos com os alunos de modo a permitir a compreensão dos processos
térmicos presentes no cotidiano.
Nesse ponto, considerando que a escolha dos itens a serem
trabalhados depende de fatores específicos para cada professor e
escola, não é possível elencar uma lista de tópicos a serem traba-
lhados, de qualquer forma, neste texto serão tratados alguns tópi-
cos abordados na maioria dos livros didáticos e que trazem maiores
questionamentos tanto de professores quanto de alunos.
A compreensão das transformações isobáricas, isotérmicas,
isométricas e adiabáticas é fundamental para o entendimento dos
processos nos ciclos termodinâmicos, que contemplam grande parte
dos tópicos estudados no Ensino Médio.
V2 V2 V
nRT 2
1 V
W = ∫ PdV = ∫ dV = nRT ∫ dV = nRT ln 1
V1 V1 V V1 V V2
y p (atm)
3 2,0
2
0 1 2 4 8 x 1,0
–1
–2 0,5
–3 0 2 4 8
V(l)
Parte
TERMODINÂMICA
Os processos isobáricos (pressão constante) possuem um gráfico
PxV mais simples, uma vez que a pressão constante implica em um
gráfico representado por uma reta paralela ao eixo do volume (hori-
zontal). Nesse caso o cálculo da área é bastante simples, pois a figura
é um retângulo.
A B
0 V (cm3)
P Adiabática
Isométrica
Isobárica
Isotérmica
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Nilton Von Rondow Júnior e Lídia
Maria Luz Paixão Ribeiro de Oliveira: O ensino da termodinâmica
na perspectiva sociointeracionista: proposta de um livro paradidá-
tico. Disponível em: <http://posgrad.fae.ufmg.br/posgrad/viienpec/
pdfs/838.pdf>.
Atividade
Elaborar um mapa conceitual com os principais tópicos de
Termodinâmica.
Referências
VON RONDOW JR, Nilton; OLIVEIRA, Lídia Maria Luz Paixão Ribeiro de. O ensino
da termodinâmica na perspectiva sociointeracionista: proposta de um livro
paradidático. Disponível em: <http://posgrad.fae.ufmg.br/posgrad/viienpec/
pdfs/838.pdf>. Acesso em: 19 out. 2015.
SOUZA, Paulo Victor S.; DIAS, Penha M. Cardozo; SANTOS, Filipe M. P. dos.
Ensinando a natureza estatística da segunda lei da termodinâmica no Ensino
Médio. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 35, n. 2, 2502 (2013). Disponível
em: <www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/352502.pdf>. Acesso em: 19 out. 2015.
Parte
TERMODINÂMICA
ARAÚJO, Rafaele Rodrigues de. Temas estruturadores no ensino de física:
potencializando a aprendizagem em termodinâmica no Ensino Médio através de
unidades didáticas. Disponível em: <http://repositorio.furg.br/handle/1/2854>.
Acesso em: 19 out. 2015.
Resolução da atividade
Fenômenos
Térmicos
Teoria Cinética
Termodinâmica dos Gases
Calor
Temperatura (energia térmica) Entropia
Aumento
Equilíbrio Conservação da Entropia
Térmico da Energia (2.ª Lei da
(Lei Zero da (1.ª Lei da Termodinâmica)
Termodinâmica) Termodinâmica)
Energia Variável de
Trabalho Interna Estado
Capacidade Calor
Térmica Específico
Parte
TERMODINÂMICA
Inicialmente é necessário conhecer o funcionamento dos motores
de combustão interna.
As demais questões levantadas na abordagem CTSA devem iniciar
neste ponto, caminhando para discussão sobre a utilização de veículos
elétricos e sobre a questão ambiental e social de todo o ciclo dos com-
bustíveis (gasolina e etanol).
É importante perceber que uma mudança na matriz energética dos
veículos traz implicações em vários setores da sociedade e esse fato
impacta diretamente na dificuldade de implantação dessas mudanças.
Extra
Aconselha-se a leitura do artigo de Paulo Victor S. Souza , Penha
M. Cardozo Dias e Filipe M.P. dos Santos: Ensinando a natureza es-
tatística da segunda lei da termodinâmica no Ensino Médio. Revista
Brasileira de Ensino de Física, v. 35, n. 2, 2502 (2013). Disponível em:
<www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/352502.pdf>.
Atividade
Propor um tema de abordagem CTSA relacionado com
Termodinâmica.
Referências
VON RONDOW JR, Nilton; OLIVEIRA, Lídia Maria Luz Paixão Ribeiro de. O ensino
da termodinâmica na perspectiva sociointeracionista: proposta de um livro
paradidático. Disponível em: <http://posgrad.fae.ufmg.br/posgrad/viienpec/
pdfs/838.pdf>. Acesso em: 19 out. 2015.
SOUZA, Paulo Victor S.; DIAS, Penha M. Cardozo; SANTOS, Filipe M.P. dos.
Ensinando a natureza estatística da segunda lei da termodinâmica no Ensino
Médio. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 35, n. 2, 2502 (2013). Disponível
em: <www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/352502.pdf>. Acesso em: 19 out. 2015.
Resolução da atividade
Parte
TERMODINÂMICA
Abordagem da Termodinâmica por meio do
funcionamento de motores a combustão (CTSA) II
Neste texto serão abordados os principais tópicos associados aos
conteúdos de Física do Ensino Médio (ciclo de Otto), sem entrar em
maiores detalhes sobre as partes que compõem um motor.
De modo geral, os motores atuais são derivações da aplicação dos
ciclos construídos por Otto (1872) e Diesel (1893). Os motores basea-
dos no ciclo Otto utilizam combustível de baixa volatilidade (gasolina,
etanol ou sua mistura) e necessitam de uma centelha, produzida pelo
sistema elétrico, para sua ignição. Já os motores baseados no ciclo
Diesel baseiam-se na injeção do combustível (Diesel) sob pressão na
câmara de combustão. A explosão ocorre pela compressão de ar e con-
sequente elevação da temperatura.
O ciclo Otto funciona em uma sequência de quatro (ciclo de 4
tempos) movimentos do pistão, resultando em quatro etapas do ciclo
termodinâmico. A figura a seguir apresenta o ciclo Otto teórico.
Ciclo de Otto real
Daniel Schulz – UFRGS – 2009
d e
Pd = λPc
1.º tempo: ab → admissão
2.º tempo: bc → compressão
Pc c 3.º tempo: cd → explosão
Pressão
Parte
TERMODINÂMICA
baseados neste ciclo. Esse conhecimento é necessário para desenca-
dear as discussões a respeito da utilização desse tipo de combustível,
principalmente no que diz respeito ao seu rendimento. É interessante
comparar com os motores a diesel (que atualmente utilizam o ciclo
misto Diesel-Otto), cujo rendimento se encontra na faixa entre 30% e
38%.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Marcos Pradella e Marco Antonio
Moreira: Abordagem de conceitos de termodinâmica no ensino mé-
dio por meio de unidades de ensino potencialmente significativas.
Disponível em: <www.if.ufrgs.br/public/tapf/pradella_v25_n3.pdf>.
Atividade
Analisar o gráfico PxV do ciclo Diesel em função da 1.ª lei da
termodinâmica.
Referências
VON RONDOW JR, Nilton; OLIVEIRA, Lídia Maria Luz Paixão Ribeiro de. O ensino
da termodinâmica na perspectiva sociointeracionista: proposta de um livro
paradidático. Disponível em: <http://posgrad.fae.ufmg.br/posgrad/viienpec/
pdfs/838.pdf>. Acesso em: 19 out. 2015.
SOUZA, Paulo Victor S.; DIAS, Penha M. Cardozo; SANTOS, Filipe M.P. dos.
Ensinando a natureza estatística da segunda lei da termodinâmica no Ensino
Médio. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 35, n. 2, 2502 (2013). Disponível
em: <www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/352502.pdf>. Acesso em: 19 out. 2015.
Resolução da atividade
3
T3
P2 qh
2 3
=
P3
T2 4
w 2 Q
4
ql
P1 1 T1 1
v S
v2 v3 v1 = v4 s1 = s2 s3 = s4
Legenda:
Estado 1 → 2 = Compressão isentrópica.
Estado 2 → 3 = Combustão Espontânea – transf. de calor isobárica – volume não
constante.
Estado 3 → 4 = Expansão isentrópica.
Estado 4 → 1 = Escape de gases queimados e admisão de combustível mais ar.
MAGNETISMO
Objetivo:
Parte
MAGNETISMO
Conceitos fundamentais relacionados ao ensino
de magnetismo
O magnetismo é um assunto normalmente tratado no 3.º ano do
Ensino Médio que contempla os tópicos relacionados ao estudo das
fontes de campo magnético, força magnética e indução magnética.
O estudo do campo magnético é um dos principais pontos desse
assunto, uma vez que todas as demais interações se dão por meio dele.
Ele é originado por cargas em movimento e é não conservativo.
Nesse ponto é importante ressaltar algumas diferenças em rela-
ção ao campo elétrico, normalmente estudado no mesmo ano letivo.
O campo elétrico é conservativo, o que implica em podermos associar
a ele a energia potencial elétrica. Já o campo magnético não é con-
servativo, uma vez que possui linhas de campo fechadas. Nesse caso,
uma carga de prova que percorrer um caminho fechado realizará um
trabalho não nulo1.
Em relação à força magnética, cargas elétricas em movimento
dentro de um campo magnético poderão sofrer a ação de campos mag-
néticos2. Em geral, a direção e sentido da força magnética são dados
pela regra da mão esquerda, entretanto essa regra só pode ser aplica-
da se os vetores campo magnético e velocidade forem perpendicula-
res. Um erro comum é utilizar essa regra quando estes vetores não são
perpendiculares. Neste caso é necessário utilizar o cálculo de produto
vetorial, por meio do determinante, para a determinação do vetor
força magnética. Normalmente não se chega a este nível de comple-
xidade no Ensino Médio, mas é importante frisar a limitação da regra
1 A condição para um campo ser conservativo é ∫ F ⋅ dl = 0 .
c
2 A força será nula se a velocidade for paralela ao campo.
Extra
Recomenda-se a leitura do artigo de Cristina Fátima de Jesus Silva
Pires, Paulo Celso Ferrari e José Rildo de Oliveira Queiroz: A tecno-
logia do motor elétrico para o ensino de Eletromagnetismo numa
abordagem problematizadora. Disponível em: <https://periodicos.
utfpr.edu.br/rbect/article/view/1525/1141>.
3 Este texto faz algumas análises sobre o uso de analogias no ensino: Fernanda C. Bozelli, Roberto Nardi. Explicação
no ensino de física: o uso de analogias em sala de aula por licenciandos. Disponível em: <www.nutes.ufrj.br/abra-
pec/vienpec/CR2/p616.pdf>.
Parte
MAGNETISMO
Atividade
Elaborar um mapa conceitual sobre os principais tópicos de
magnetismo.
Referências
PAULA, Anderson Gomes de; VIANNA, Deise Miranda. Levitação
eletrodinâmica – o ensino de física, baseado no enfoque CTS, na discussão
para melhoria da qualidade do nosso ar. Disponível em: <www.cienciamao.
usp.br/dados/snef/_levitacaoeletrodinamica-.trabalho.pdf>. Acesso em:
19 out. 2015.
SOUZA, Célia Maria Soares Gomes de; MOREIRA, Marco Antonio; MATHEUS, Thiago
Alexandre Melo. A Resolução de Situações-Problema Experimentais no Campo
Conceitual do Eletromagnetismo: Uma Tentativa de Identificação de Conhecimentos
Em Ação. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/12276/1/
ARTIGO_Resolu%C3%A7%C3%A3oSitua%C3%A7%C3%B5esProblema.pdf>. Acesso em:
19 out. 2015.
PIRES, Cristina Fátima de Jesus Silva; FERRARI, Paulo Celso; QUEIROZ, José Rildo
de Oliveira. A tecnologia do motor elétrico para o ensino de Eletromagnetismo
numa abordagem problematizadora. Disponível em: <https://periodicos.utfpr.
edu.br/rbect/article/view/1525/1141>. Acesso em: 19 out. 2015.
Resolução da atividade
Magnetismo
Parte
MAGNETISMO
Resolução de problemas no
ensino de magnetismo I
O ensino de Física deve ser voltado para o desenvolvimento de ha-
bilidades e competências importantes para a vivência do aluno, dentro
e fora do ambiente acadêmico. Os PCNs indicam que o foco do ensino
de Física deve ser voltado para a interdisciplinaridade e a contextua-
lização do conhecimento. Nesse aspecto, torna-se importante utilizar
metodologias que busquem aproximar o assunto estudado das aplica-
ções práticas e cotidianas dos alunos.
Os tópicos relacionados com magnetismo costumam sofrer, tanto
nos livros didáticos, quanto nas abordagens em sala de aula, um dis-
tanciamento da realidade do aluno, até porque estes não costumam
perceber a importância diária do magnetismo na transmissão por cor-
rente alternada, na geração da energia elétrica na usina, entre outros
exemplos.
Uma sugestão para minimizar este aspecto é a utilização da meto-
dologia de resolução de problemas no ensino de magnetismo. De acor-
do com as teorias de ensino, uma situação é caracterizada como um
problema quando, para resolvê-la, é exigido do indivíduo um processo
de reflexão, com tomadas de decisão sobre a sequência de passos a
ser seguida.
Neste ponto, serão apresentadas situações envolvendo resolução
de problemas aplicados aos tópicos de magnetismo, procurando dimi-
nuir/substituir a utilização de exercícios1.
Um tópico que causa muito incômodo nos alunos é o estudo do
campo magnético no interior de bobinas e solenoides. Além da óbvia
1 Um exercício é caracterizado por uma sequência de passos automatizada, sem exigir nenhuma habilidade nova.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Célia Maria Soares Gomes de Sousa,
Marco Antonio Moreira e Thiago Alexandre Melo Matheus: A Resolução
de Situações-Problema Experimentais no Campo Conceitual do
Eletromagnetismo: Uma Tentativa de Identificação de Conhecimentos-em-
Ação. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/12276/1/
ARTIGO_Resolu%C3%A7%C3%A3oSitua%C3%A7%C3%B5esProblema.pdf>.
Atividade
Propor uma abordagem não tradicional para o estudo da lei de
Faraday.
Referências
PAULA, Anderson Gomes de; VIANNA, Deise Miranda. Levitação eletrodinâmica
– o ensino de física, baseado no enfoque CTS, na discussão para melhoria da
qualidade do nosso ar. Disponível em: <www.cienciamao.usp.br/dados/snef/_
levitacaoeletrodinamica-.trabalho.pdf>. Acesso em: 19 out. 2015.
Parte
MAGNETISMO
PIRES, Cristina Fátima de Jesus Silva; FERRARI, Paulo Celso; QUEIROZ, José Rildo
de Oliveira. A tecnologia do motor elétrico para o ensino de Eletromagnetismo
numa abordagem problematizadora. Disponível em: <https://periodicos.utfpr.
edu.br/rbect/article/view/1525/1141>. Acesso em: 19 out. 2015.
Resolução da atividade
Resolução de problemas no
ensino de magnetismo II
Neste texto serão apresentados alguns exemplos de situações-pro-
blema que podem ser utilizados em sala de aula. Uma delas é questionar
os alunos sobre qual seria o melhor formato para que se consiga maior
área com menor volume. A motivação para essa busca é a dependên-
cia da área na questão do fluxo magnético. Esta discussão levará a um
formato semelhante ao de uma bobina. A atividade pode dar início ao
estudo do funcionamento dos geradores elétricos das usinas.
Outra situação-problema que pode ser utilizada em sala de aula é
a transformação de exercícios em situações-problema. Exercícios se-
melhantes ao exemplo podem ser transformados da seguinte maneira:
Exercício: Um campo magnético uniforme faz um angulo de 30°
com o eixo de uma espira circular de 300 voltas e um raio de
4 cm. O campo varia a uma taxa de 85 T/s. Determine o módulo
da f.e.m. induzida na espira.
Parte
MAGNETISMO
mesclar exercícios de repetição com questões que desenvolvam a ha-
bilidade de resolver problemas, formando, com isso, alunos com as
habilidades e competências necessárias para enfrentar as situações
cotidianas.
Extra
Indica-se a leitura do artigo de Anderson Gomes de Paula e Deise
Miranda Vianna: Levitação eletrodinâmica – o ensino de física, ba-
seado no enfoque CTS, na discussão para melhoria da qualidade do
nosso ar. Disponível em: <www.cienciamao.usp.br/dados/snef/_levi-
tacaoeletrodinamica-.trabalho.pdf>.
Atividade
Transformar o exercício a seguir em uma situação-problema.
Uma espira circular de raio R é mantida próxima de um fio reti-
líneo muito grande percorrido por uma corrente I = 62,8 A. Qual
o valor da corrente que percorrerá a espira para que o campo
magnético resultante no centro da espira seja nulo?
Referências
PAULA, Anderson Gomes de; VIANNA, Deise Miranda. Levitação eletrodinâmica
– o ensino de física, baseado no enfoque CTS, na discussão para melhoria da
qualidade do nosso ar. Disponível em: <www.cienciamao.usp.br/dados/snef/_
levitacaoeletrodinamica-.trabalho.pdf>.
SOUZA, Célia Maria Soares Gomes de; MOREIRA, Marco Antonio; MATHEUS, Thiago
Alexandre Melo. A resolução de situações-problema experimentais no campo
conceitual do eletromagnetismo: uma tentativa de identificação de conhecimentos-
em-ação. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/12276/1/
ARTIGO_Resolu%C3%A7%C3%A3oSitua%C3%A7%C3%B5esProblema.pdf>. Acesso em:
19 out. 2015.
Resolução da atividade
FÍSICA MODERNA
Objetivo:
Parte
FÍSICA MODERNA
Entendimento do conceito de luz – onda versus
partícula
O entendimento do conceito de luz sofreu várias mudanças ao
longo da história. Na Grécia Antiga, Aristóteles propôs uma explicação
para a luz, ao afirmar que a luz, ao bater nos objetos, arrancava uma
camada superficial de átomos e estes átomos carregavam informações
sobre ele que seriam captadas quando a luz atingia os olhos. Essa ex-
plicação foi sendo deixada de lado por não responder adequadamente
a duas situações: uma relacionada com o desgaste que esses objetos
sofreriam devido à perda de átomos e outra associada ao fato de não
serem observadas imagens embaralhadas, provenientes das colisões
de átomos de dois objetos distintos.
Em 1672, Newton publicou o trabalho intitulado “A nova teoria
sobre Luz e cores”, no qual apresenta uma explicação para a decom-
posição das cores por um prisma. Ele afirmou que a luz branca era uma
mistura heterogênea de raios com cores e refrangibilidades1 diferen-
tes. Em seu trabalho, explicou que cada cor estava relacionada a uma
refração específica e sugere que os raios, após passarem pelo prisma,
realizam trajetórias curvas, comparando com uma bola de tênis.
Esse trabalho suscitou vários questionamentos e críticas. Christiaan
Huygens propôs que a propagação da luz era semelhante à propagação
do som no ar. Assim como o som precisa de um meio material para se
propagar, a luz se propagaria pelo éter. Dessa forma, Huygens propõe
a luz como uma onda (semelhante ao som).
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Cibele Celestino da Silva e Roberto
de Andrade Martins: A “nova teoria sobre luz e cores” de Isaac
Newton: uma tradução comentada. Publicado na Revista Brasileira de
Ensino de Física, v. 18, n.4, Dezembro, 1996. Disponível em: <www.
sbfisica.org.br/rbef/pdf/v18a33.pdf>.
Atividade
Elaborar uma linha do tempo com os principais fatos que contri-
buíram para o atual entendimento do conceito de luz.
Parte
FÍSICA MODERNA
Referências
SILVA, Cibele Celestino da; MARTINS, Roberto de Andrade. A nova teoria sobre
luz e cores de Isaac Newton: uma tradução comentada. Publicado na Revista
Brasileira de Ensino de Física, v. 18, n.4, Dezembro, 1996. Disponível em:
<www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/v18a33.pdf>. Acesso em: 15 out. 2015.
CARVALHO, Silvia Helena Mariano de. Einstein – Uma Luz sobre a Luz. 2005.
Disponível em: <www.cdcc.usp.br/fisica/Professores/Einstein-SHMCarvalho/
Einstein-SHMCarvalho.pdf>. Acesso em: 15 out. 2015.
SILVA, Boniek Venceslau da Cruz; MARTINS, André Ferrer Pinto. A natureza da luz
e o ensino da óptica: uma experiência didática envolvendo o uso da história e
da filosofia da ciência no Ensino Médio. Publicado em Experiências em Ensino de
Ciências, v. 5, p. 71-91, 2010. Disponível em: <www.if.ufrgs.br/eenci/artigos/
Artigo_ID110/v5_n2_a2010.pdf>. Acesso em: 15 out. 2015.
Resolução da atividade
Parte
FÍSICA MODERNA
Kmax (eV)
2
declividade = h
v0
0
0.5 1.1 1.5 v (1015Hz)
–2 –w
0
Extra
Aconselha-se a leitura do artigo de Silvia Helena Mariano de
Carvalho: Einstein – uma luz sobre a luz. 2005. Disponível em:
<www.cdcc.usp.br/fisica/Professores/Einstein-SHMCarvalho/Einstein-
SHMCarvalho.pdf>. Acesso em: 20. nov. 2015.
Atividade
Acessar o simulador PhET sobre efeito fotoelétrico e elaborar um
plano de aula baseado na utilização do simulador para explicação do
Efeito. Disponível em: <https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/
legacy/photoelectric>.
Referências
SILVA, Cibele Celestino da; MARTINS, Roberto de Andrade. A nova teoria sobre
luz e cores de Isaac Newton: uma tradução comentada. Publicado na Revista
Brasileira de Ensino de Física, v. 18, n. 4, Dezembro, 1996. Disponível em:
<www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/v18a33.pdf>. Acesso em: 15 out. 2015.
Parte
FÍSICA MODERNA
GIRCOREANO, José Paulo; PACCA, Jesuína Lopes de Almeida. O ensino da óptica
na perspectiva de compreender a luz e a visão. Publicado no Caderno Cat.
de Ensino de Física, v. 18. n. 1, p. 26-40, abr. 2001. Disponível em: <https://
periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/6687/6154>. Acesso em: 15
out. 2015.
CARVALHO, Silvia Helena Mariano de. Einstein – Uma Luz sobre a Luz. 2005.
Disponível em: <www.cdcc.usp.br/fisica/Professores/Einstein-SHMCarvalho/
Einstein-SHMCarvalho.pdf>. Acesso em: 15 out. 2015.
SILVA, Boniek Venceslau da Cruz; MARTINS, André Ferrer Pinto. A natureza da luz
e o ensino da óptica: uma experiência didática envolvendo o uso da história e
da filosofia da ciência no Ensino Médio. Publicado em Experiências em Ensino de
Ciências, v. 5, p. 71-91, 2010. Disponível em: <www.if.ufrgs.br/eenci/artigos/
Artigo_ID110/v5_n2_a2010.pdf>. Acesso em: 15 out. 2015.
Resolução da atividade
Parte
FÍSICA MODERNA
os prótons, nêutrons e elétrons quando atingem uma fenda formam
figuras de difração, evidenciando o comportamento ondulatório da
matéria.
Assim, devido a sua importância tanto na vida cotidiana, como na
ciência e na construção do conhecimento científico, pode-se afirmar
que a luz é um dos conceitos mais importantes da ciência, e desta
forma, deve ser tratado com a relevância merecida em sala de aula.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Boniek Venceslau da Cruz Silva e
André Ferrer Pinto Martins: A natureza da luz e o ensino da óptica:
uma experiência didática envolvendo o uso da história e da filosofia
da ciência no Ensino Médio. Disponível em: <www.if.ufrgs.br/eenci/
artigos/Artigo_ID110/v5_n2_a2010.pdf>. Acesso em: 15 out. 2015.
Atividade
Acessar o simulador PhET para o estudo de interferências e verifi-
car as figuras de difração formadas por partículas que incidem em fen-
das duplas. Disponível em: <https://phet.colorado.edu/pt_BR/simu-
lation/legacy/quantum-wave-interference>. Acesso em: 15 out. 2015.
Referências
SILVA, Cibele Celestino da; MARTINS, Roberto de Andrade. A nova teoria sobre
luz e cores de Isaac Newton: uma tradução comentada. Publicado na Revista
Brasileira de Ensino de Física, v. 18, n. 4, Dezembro, 1996. Disponível em:
<www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/v18a33.pdf>. Acesso em: 15 out. 2015.
CARVALHO, Silvia Helena Mariano de. Einstein – Uma Luz sobre a Luz. 2005.
Disponível em: <www.cdcc.usp.br/fisica/Professores/Einstein-SHMCarvalho/
Einstein-SHMCarvalho.pdf>. Acesso em: 15 out. 2015.
SILVA, Boniek Venceslau da Cruz; MARTINS, André Ferrer Pinto. A natureza da luz
e o ensino da óptica: uma experiência didática envolvendo o uso da história e
da filosofia da ciência no Ensino Médio. Publicado em Experiências em Ensino de
Ciências, v. 5, p. 71-91, 2010. Disponível em: <www.if.ufrgs.br/eenci/artigos/
Artigo_ID110/v5_n2_a2010.pdf>. Acesso em: 15 out. 2015.
Resolução da atividade
FÍSICA MODERNA –
TEORIA DA RELATIVIDADE
Objetivo:
Parte
FÍSICA MODERNA – TEORIA DA RELATIVIDADE
A ideia de tempo
De acordo com as noções clássicas de espaço e tempo, o movi-
mento não exerceria nenhuma influencia no tempo, sendo desta forma
o tempo uma grandeza absoluta, ou seja, que independe de qualquer
outro parâmetro. Assim, o conceito de tempo absoluto sempre foi algo
muito forte na ciência.
O princípio da relatividade na mecânica afirma que a relação das
velocidades em dois referenciais diferentes se dava pela adição veto-
rial dos vetores velocidades, ou seja, se um carro se move a 60 km/h
em relação ao referencial A, e este referencial A se move na mesma
direção e sentido a 50 km/h em relação ao referencial B, a velocidade
do carro em relação B será de 110 km/h (60 km/h + 50 km/h).
A aplicação deste princípio funciona muito bem para fenômenos
mecânicos, mas com a divulgação das equações de Maxwell e o conse-
quente estudo de fenômenos eletromagnéticos, era necessário verifi-
car a sua validade para este segundo grupo. Na prática, era necessário
verificar se a mudança de um referencial inercial para outro (em mo-
vimento em relação ao primeiro) manteria a validade das equações de
Maxwell. As primeiras tentativas mostraram que as leis do eletromag-
netismo sofriam alterações com a mudança de referencial.
Einstein tratou desse problema generalizando o princípio da re-
latividade para todos os fenômenos físicos, ou seja, postulando1 que
todos os fenômenos físicos ocorrem da mesma maneira para todos os
referenciais inerciais. Ele também postulou que a velocidade da luz
independe da velocidade do emissor e do observador, ou seja, a velo-
cidade da luz é um parâmetro absoluto.
1 Um postulado é uma afirmação fundamental, sem necessidade de demonstração.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Andreia Guerra, Marco Braga e
José Cláudio Reis: Teoria da relatividade restrita e geral no programa
de mecânica do ensino médio: uma possível abordagem. Rev. Bras.
Ensino Fís. v. 29 n. 4. São Paulo, 2007. Disponível em: <www.scielo.br/
scielo.php?pid=S1806-11172007000400016&script=sci_arttext>.
Parte
FÍSICA MODERNA – TEORIA DA RELATIVIDADE
Atividade
Elabore uma lista com duas situações em que a teoria da relativi-
dade é necessária para sua correta explicação.
Referências
GUERRA, Andreia; BRAGA, Marco; REIS, José Cláudio. Teoria da relatividade res-
trita e geral no programa de mecânica do ensino médio: uma possível abordagem.
Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 29 n. 4. São Paulo, 2007. Disponível
em: <www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-11172007000400016&script=sci_art-
text>. Acesso em: 15 out. 2015.
Resolução da atividade
Parte
FÍSICA MODERNA – TEORIA DA RELATIVIDADE
De fato, a existência do éter é mesmo contraditória
com o conjunto dos fatos e com as leis da mecânica.
(EINSTEIN, 1906)
Extra
Recomenda-se a leitura do artigo de Francisco Caruso e Nilton de
Freitas: Física moderna no ensino médio: o espaço-tempo de Einstein
em tirinhas. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 26, n. 2: p.
355-366, ago. 2009. Disponível em: <www.cbpf.br/~caruso/fcn/publi-
cacoes/pdfs/205_10894.pdf>.
Atividade
Escreva de maneira resumida e com linguagem acessível aos alu-
nos os dois postulados da teoria da relatividade.
Resolução da atividade
Parte
FÍSICA MODERNA – TEORIA DA RELATIVIDADE
Consequências da teoria da relatividade
Tomando como base os postulados da teoria da relatividade, sur-
gem consequências bastante interessantes e, até certo ponto, estra-
nhas para os padrões naturais que conhecemos. Uma dessas consequên-
cias imediatas aos postulados está relacionada a dilatação do tempo
para um referencial móvel em relação a um referencial estático.
Por exemplo, considerando um referencial R e um referencial R`
em movimento com velocidade v em relação à R, teremos uma diferen-
ça nas medidas de intervalos de tempo nos dois referenciais. Supondo
que a velocidade v seja de 0,8c, o tempo medido no referencial R é
∆t‘
dado por ∆t = . Dessa forma, teremos
v2
1− 2
c
∆t‘ ∆t‘ ∆t‘
∆t = = ∆t = = ∆t =
( 0 , 8 c )2 ( 0 , 8 c )2 0 ,6
1− 1−
c2 c2
Ou seja, se no referencial R o tempo marcado for, por exemplo,
de 20 anos, no R` o tempo medido será de 12 anos. Isso demonstra a
dilatação do tempo para referencial R`.
De maneira semelhante, outra consequência da teoria da relati-
vidade é a dilatação do espaço. Se um corpo está em movimento ao
longo de um eixo em um dado referencial, a dimensão do corpo ao
longo desse eixo parecerá menor do que aquela determinada quando
o mesmo corpo encontrava-se parado em relação ao referencial do
observador (contração dos comprimentos). A equação que relaciona os
v2
comprimentos nos dois referenciais é: ∆L = ∆L‘ 1 −
c2
Prática Educativa do Ensino da Física II 81
3
Parte
FÍSICA MODERNA – TEORIA DA RELATIVIDADE
Outra importante consequência diz respeito à relação entre mas-
sa e energia. Essa relação resulta da lei da conservação da energia e
do fato de a massa do corpo depender da velocidade do movimento.
A energia de um corpo é igual a sua massa multiplicada pelo quadrado
da velocidade da luz:
m0 c 2
= E mc= 2
, na qual m0 é a massa de repouso do corpo. Essa
v2
1− 2
c
relação é muito utilizada em reações nucleares, pois é ela que explica
enorme liberação de energia em uma fissão nuclear. No caso da fissão
de um átomo de urânio (U235), o núcleo radioativo se divide em dois
núcleos menores. A diferença de massa entre os produtos da fissão e o
núcleo original é liberada na forma de energia.
Extra
Sugere-se a leitura do artigo de Jürgen Renn: A física clássica de
cabeça para baixo: Como Einstein descobriu a teoria da relatividade
especial. Publicado na Revista Brasileira de Ensino de Física. v. 27,
n. 1, p. 27-36, 2004. Disponível em: <www.sbfisica.org.br/rbef/pdf/
renn.pdf>.
Atividade
Justificar de acordo com a teoria da relatividade, por que nenhum
corpo, com massa, pode atingir a velocidade da luz.
Parte
FÍSICA MODERNA – TEORIA DA RELATIVIDADE
Referências
GUERRA, Andreia; BRAGA, Marco; REIS, José Cláudio. Teoria da relatividade res-
trita e geral no programa de mecânica do ensino médio: uma possível abordagem.
Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 29 n. 4. São Paulo, 2007. Disponível
em: <www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-11172007000400016&script=sci_art-
text>. Acesso em: 15 out. 2015.
RENN, Jürgen. A física clássica de cabeça para baixo: Como Einstein descobriu
a teoria da relatividade especial. Publicado na Revista Brasileira de Ensino de
Física, v. 27, n. 1, p. 27-36, 2004. Disponível em: <www.sbfisica.org.br/rbef/
pdf/renn.pdf>. Acesso em: 15 out. 2015.
Resolução da atividade
m0 c 2
De acordo com a equação= =
E mc 2
, para um corpo com
v2
1− 2
c
massa atingir a velocidade da luz seria necessária uma energia infinita.
PRÁTICA EDUCATIVA DO
ENSINO DA FÍSICA II