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1º diapositivo

o Neste diapositivo podemos observar duas pinturas, a primeira de Henry Ryland e a segunda de
William Dyce.

Perguntas aos colegas:

Observem as pinturas.
 Quais são as personagens envolvidas?
 Quais as situações em que se encontram?

Henry Ryland William Dyce

o Na verdade, estas pinturas retratam situações que nos remetem para os poemas que vamos analisar
em conjunto.

2º diapositivo (Pões o poema no diapositivo)

o Vamos começar por analisar o poema “Descalça vai pera a fonte” de Luís de Camões.

o Fazes a leitura expressiva do poema.

Perguntas aos colegas:

 Qual é o tema do poema?

Resposta: O tema abordado é a representação da mulher, neste caso Leanor

 Então, qual será o assunto?


Resposta: O assunto tratado é a descrição de Leanor, exaltando a sua beleza e graciosidade.

Descalça vai pera a fonte


1ª parte
A este mote:
Descalça vai para a fonte Apresentação da figura descrita e da situação representada:
Leanor pela verdura; Leanor, a caminho da fonte.
Vai fermosa, e não segura. Apresentação do
tema

Voltas 2ª parte - Desenvolvimento


Leva na cabeça o pote, Descrição de Leanor, da sua roupa e da sua atitude.
o testo nas mãos de prata,
cinta de fina escarlata,
saínho de chamalote;
traz a vasquinha de cote,
mais branca que a neve pura;
vai fermosa e não segura.

Descobre a touca a garganta,


cabelos d'ouro o trançado,
fita de cor de encarnado,
tão linda que o mundo espanta; Exaltação da beleza e graciosidade de Leanor.
chove nela graça tanta,
que dá graça à fermosura;
vai fermosa e não segura.

 Então, podemos fazer a caracterização física e psicológica de Leanor?

Resposta:

Caracterização psicológica: Insegura

Caracterização social: trata-se de uma rapariga do povo, pobre que realiza uma tarefa
doméstica

Caracterização física: o simbolismo das cores utilizadas quer na descrição física, quer na
descrição dos acessórios ajudam a completar o seu retrato remetendo-nos
 inocência e pureza : “branca” e “neve” contraste espiritualidade vs
 sensualidade e paixão: “escarlata” e “encarnado”. sensualidade

 trata-se de uma rapariga bela e cheia de graciosidade

 Mas afinal quais são as características da descrição? De que forma é feita esta descrição?

Resposta:

A descrição de Leanor é bastante sugestiva, revelando características específicas do lirismo


camoniano.

A descrição é plena de energia, aliando-se a um visualismo vivido e sensual da figura


feminina, em que se destacam a atitude corporal, as peças de vestuário e os acessórios que
compõem o retrato.

A beleza e a graciosidade de Leanor são concretizadas e valorizadas com recursos


expressivos variados:

 Hipérbole: vv. 9, 14, 15-16 (“tão linda que ...chove nela graça tanta/que dá graça a
fermosura”)
 Comparação: vv. 9 (“mais branca que a neve branca”)
 Metáfora: vv 5, 12 e 15 (“mãos de prata”; “cabelos de ouro”; “chove nela graça tanta”)
 Personificação: vv. 14 (“o mundo espanta”

 Este poema tem claramente a influência dos Cancioneiros Trovadorescos. De que forma se
reflete essa influência no poema?

Resposta:
A influência dos Cancioneiros Trovadorescos está presente:

 Na cena do quotidiano apresentada – Ida à fonte


 No cenário natural – fonte/natureza. MOTE

 No retrato feminino – cabelos louros/mãos brancas VOLTAS

 O que podemos dizer relativamente às características formais desta composição poética?

Resposta:

Trata-se de um vilancete. A composição poética é constituída por um mote de três versos e


duas voltas de sete versos. O último verso do mote repete-se no final das voltas, o que quer
dizer que se trata de um vilancete perfeito.

 Como se caracteriza a estrutura externa do poema no que diz respeito à estrutura rimática?

Resposta:

No Mote: temos um verso branco, seguido de rima emparelhada (abb)


Nas Voltas: temos rima interpolada e emparelhada (cddcdd), (effeebb)
 Então e relativamente à estrutura métrica da composição, o que podemos dizer?

Resposta:

Como podem ver trata-se de uma redondilha maior (7 sílabas métricas)– Influência
tradicional

o Como todos sabemos muitos foram os temas que Camões abordou nas suas composições. Um
dos mais fecundos foi, sem dúvida, o amor. Este poema assim como muitos outros do autor
assentam na doutrina neoplatónica e no petrarquismo.

 Ora, então, em que consiste o Petrarquismo?

Resposta:

Petrarquismo – universo da poesia amorosa no qual o Amor tem como objetivo o


aperfeiçoamento espiritual. A amada, objeto de contemplação espiritual, e não de desejo
erótico, sensual, tem cabelos louros, olhar sereno, riso terno, olhos verdes ou de um azul
suave, pele branca e lábios vermelhos.

 E qual é a conceção do amor, segundo o Neoplatonismo:

Resposta:
Segundo Platão o homem pode ascender a um grau superior de perfeição se amar a beleza
espiritual mais do que a material.

o Se bem se lembram, no início da apresentação mostramos duas pinturas que se relacionavam


de alguma forma com os dois poemas que trazemos. Vamos passar, então, à análise do
poema:

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