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1. INTRODUÇÃO
Vico já nos avisara que as “ideias viajam sem etiqueta”, e o marxismo durante mais de
um século interviu como um deux ex machina em quase todas as discussões e produções
dentro da política e da academia por todo o mundo, com etiqueta e sem etiqueta. Com toda
certeza o próprio Marx não previra que suas palavras se tornariam um vortex que arrastaria
milhões de pessoas sobre uma política de égide socialista baseada nelas, e que depois de uns
150 anos, direta e indiretamente, se tornaria um paradigma fundamental das ciências
humanas, na sua aceitação e em sua negação, e que em cafés do outro lado do Atlântico, no
século XXI, homens e mulheres ainda estariam debatendo fervorosamente sobre suas
características utópicas e científicas, ou mesmo que crianças estariam lendo sobre as
tentativas históricas de práticas marxistas. Fukuyama 1 com muita ousadia, como um médico a
um paciente, prescrevera, observando os sintomas de seus dias, o fim da História, a vitória do
Liberalismo, a morte da Esquerda, a possível estabilidade do Capitalismo, e Eric Hobsbawm 2,
grande historiador marxista, também observara o fim das utopias pós-queda do Muro de
Berlim. Mas o filósofo e psicanalista esloveno Slavoj Zizek 3 deu um passo adiante: a década
de 90 foi a belle epóque da ideologia liberal, seu regojizo pelos louros ganhados através do
fim da União Soviética, entretanto nada é mais característico ao sistema capitalista que suas
próprias crises, e com a agudeza de algumas, observamos o pensamento crítico de Esquerda
ser retomado e novamente a história política se aquece para as velhas disputas. O marxismo
sempre se mostrou bem atual dentro das análises acadêmicas, não perdeu de forma alguma
sua força considerável, apesar de forçosamente ser colocado na periferia das discussões e nos
estagnados preconceitos político-teóricos. O Grupo de Estudos sobre o Marxismo da
Unuversidade Federal de Ouro Preto (GEMARX/UFOP) vem envidar esforços para não
desatualizar e não esmorecer esta vertente da teoria social, desenvolvendo discussões e
palestras dentro da universidade, avançando no incentivo à produção acadêmica e a crítica
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social e teórica.
O GEMARX nasceu no ano de 2007 através da iniciativa de alguns estudantes do
curso de História, que se reuniam para discutir sobre o tema principal, através de obras
indicadas por eles mesmos, e assim durou alguns semestres. Contudo a realidade universitária
alterou demasiadamente com as atuais reformas propiciadas pelo governo. O campi de
Mariana inchou de novos cursos na área de ciências humanas e sociais aplicadas, e estas
novas contingências trás o Grupo a entrar em uma nova fase, desenvolvendo a inter-
disciplinaridade, o que é de fato um ponto extremamente positivo para uma teoria social,
como o marxismo, que não tem um “lar” dentro das especializações na área das ciências
humanas, e que caminha entre elas e se expande em diversas linhas.
Metodologicamente iremos trabalhar com três frentes: debate, produção e exposição.
No primeiro ponto constituiremos um Ciclo de Debates, que será formado através de palestras
gerenciadas por professores e estudantes. A produção e a exposição serão basicamente, no
final de cada Ciclo, o incentivo aos participantes no desenvolvimento de artigos e sua
exposição em uma revista virtual na internet do GEMARX, chamada Revista do
GEMARX/UFOP, e procuraremos o reconhecimento, tanto do grupo quanto da revista, nas
instituições referentes.
Este novo momento do GEMARX será definitivamente algo de grande importância
para a universidade e seus sujeitos, na formação crítica de seus discentes, e na necessária
alavancada da temática ao seu posto de importância ainda não destituído.
2. OBJETIVOS
O objetivo do grupo nesta etapa é criar um locus privilegiado para a discussão sobre o
marxismo, em uma interação dinâmica de toda a universidade, não se limitando às estruturas
enrijecidas dos institutos e dos departamentos, facilitando a convenção entre discentes,
docentes e funcionários, e trabalhando para que se expanda para além dos muros acadêmicos.
Através de ciclos de palestras e debates, vamos aperfeiçoar a formação discente com um vetor
exterior e complementar no conteúdo disciplinar dos currículos básicos dos cursos. Mas além
desta formação complementar, procuraremos constituir veículos de exposição dos trabalhos e
artigos produzidos no GEMARX, como aproximar aos estudantes de centros que abordam
esta temática fora desta universidade.
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4. METODOLOGIA E ORGANIZAÇÃO
4. 1. DOS REPRESENTANTES
4. 2. DO CRONOGRAMA
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4. 3. DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO ELETRÔNICOS E DA “REVISTA DO
GEMARX/UFOP”