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ARRESTO

CONCEITO
O ARRESTO é uma medida cautelar típica prevista no artigo 813 e destina-
se a assegurar a efetividade de uma execução
contra devedor solvente, na medida em que retira bens da esfera de
domínio do devedor, impedindo-o de alienar ou desviar os
referidos bens.
É notório que a garantia do credor é o patrimônio do devedor.
Tratando-se o arresto de uma apreensão cautelar de bens, com a
finalidade de garantir futura execução por quantia certa,
uma vez proposta a ação executiva e ultrapassada a fase de penhora ou
arresto de bens, ausente o interesse de agir em relação à
discussão do arresto cautelar.
Quando o devedor começa a dilapidar o patrimônio e com isto frustrar o
crédito cio credor, é necessária aMEDI D A
CAUTELAR DE ARRESTOpara evitar o esvaziamento do patrimônio do
devedor.
PRESSUPOSTOS PARA CONCESSAO DO ARRESTO
Para concessão da MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO não basta a simples
posição de titular de uma obrigação em
dinheiro, vale dizer não basta simplesmente ser credor.
São necessários os requisitos:
- APARÊNCIA DO BOM DIREITO "FUMUS BOM IURIS"
- PERIGO DA DEMOR A - "PERRICULUM IN MORA"
- OCORRENCIA
- PROVA LITERAL DA DÌVIDA LIQUIDA E CERTA
- PROVA DOCUMENTAL ou JUSTIFICATIVA DO PERIGO DE DANO
A ausência destes requisitos impede a concessão do ARRESTO.
COMPETÊNCIA
Todavia, dado ao caráter emergencial da medida, tolera-se que a MEDIDA
CAUTELAR DE ARRESTO seja ajuizada fora
do juiz competente, desde que se respeite a competência absoluta. Leva-
se em conta que a medida é sempre provisória de modo que
se o Juiz a quem competir julgar a causa principal entender diferente,
poderá modificar a decisão do Juiz que concedeu ou negou o
ARRESTO.

LEGITIMIDADE
ATIVA
Está claro que a legitimidade para propor o ARRESTO é do credor, sendo
ilegítimo se proposto por terceiros.
PASSIVA
A legitimidade passiva é do devedor principal ou acessório (garantidor).
O QUE PODE SER ARRESTADO?
A resposta é simples: TUDO O QUE PODE SER PENHORADO, PODE SER
ARRESTADO. De fato: a MEDIDA
CAUTELAR DE ARRESTO visa garantir a execução judicial do crédito; se
assim é, visa garantir a eficácia da penhora de bens do
devedor para serem levados à leilão e pagar-se o credor.
De modo que tudo que pode ser penhorado, pode ser arrestado.
É o que nos diz:
CPC - Art. 821. Aplicam-se ao arresto as disposições referentes à penhora,
não alteradas na presente Seção."
Basta, então, consultar os artigos 649 e 650 do CPC para se verificar o
que pode e o que não pode ser penhorado; tem-se
aí, a resposta do que pode e do que não pode ser arrestado.
PROCEDIMENTO
O procedimento judicial é o PROCEDIMENTO CAUTELAR COMUM, podendo
o Juiz conceder ou não a MEDIDA

LIMINAR. Ainda que o Juiz não conceda a liminar o processo deve


continuar tramitando porquanto pode ocorrer que ele seja
concedido com a sentença.
SENTENÇA PROFERIDA NO ARRESTO
CPC - Art. 817. Ressalvado o disposto no artigo 810, a sentença proferida
no arresto não faz coisa julgada na ação
principal."
Diz o artigo 817 do CPC, que a sentença proferida na MEDIDA CAUTELAR
DE ARRESTO não faz coisa julgada em
relação à AÇÃO PRINCIPAL. É correto posto que os fundamentos e
finalidade da cautelar e da principal são distintos. Veja:
Ação Medida Cautelar de Arresto Execução Ação Principal
Fundamento: Perigo da demora Inadimplemento do devedor
Finalidade: Garantir a execução Excutir bens do devedor para pagar o
credor.
Deste modo, ainda que concedida a MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO não
significa que será procedente a execução,
pois o fundamento, a finalidade e os pressupostos são completamente
diferentes.
FIM DO ARRESTO
CPC - Art. 818. Julgada procedente a ação principal, o arresto se resolve
em penhora."
Se a finalidade da MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO é assegurar a eficácia
da execução futura, é natural que,
concedido o ARRESTO, converta-se ele em PENHORA quando então
desaparece a medida cautelar.
A penhora poderá ser executada mesmo antes da sentença a ser
proferida na MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO.

EXECUCÃO DO ARRESTO
O DEPOSITÁRIO DOS BENS
A escolha do depositário dos bens é feita na forma do artigo 666 do CPC:
´Se o credor não concordar em que fique como depositário o devedor,
depositar-se-ão:
I - no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal, ou em um banco, de
que o Estado-membro da União possua mais de
metade do capital social integralizado, ou, em falta de tais
estabelecimentos de crédito, ou agências suas no lugar, em qualquer
estabelecimento de crédito, designado pelo juiz, as quantias em dinheiro,
as pedras e os metais preciosos, bem como os papéis de
crédito.
II - em poder do depositário judicial, os móveis e os imóveis urbanos;
IlI - em mãos de depositário particular, os demais bens, na forma prescrita
na Subseção V deste Capítulo."
A escolha do depositário é de suma importância no caso de MEDIDA
CAUTELAR DE ARRESTO. A regra geral é q ue o
bem, sendo móvel, fique em mãos do credor ou de um depositário
particular (sob compromisso).
O requerido/devedor, não fica excluído do rol dos possíveis depositários,
posto que passará, então, a ter os bens como
depositário fiel, sujeito à pena de prisão pelo desaparecimento.
SUSPENSÃO DO ARRESTO
CPC - Art. 819. Ficará suspensa a execução do arresto se o devedor I -
tanto que intimado, pagar ou depositar em juízo a
importância da dívida, mais os honorários de advogado que o juiz arbitrar,
e custas,
II - der fiador idôneo, ou prestar caução para garantir a dívida,
hono¬rários do advogado do requerente e custas.
No artigo 819 do CPC, encontramos algumas situações em que o devedor
poderá EVITAR o ARRESTO DE SEUS BENS, desde
que deposite o valor do seu débito à disposição do Juiz, preste uma
caução (real) ou então apresentar fiador idôneo (fidejussória).
EXTINCÃO DO ARRESTO
A MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO perderá sua finalidade ocorrendo a
EXTINÇÃO DA DIVIDA ou o
PAGAMENTO. Assim, o artigo 820 é oci oso e óbvio.
CPC - Art. 820. Cessa o arresto.
l - pelo pagamento,
II - pela novação,
IlI - pela transação

RECURSOS CABÍVEIS NO ARRESTO


DA DECISÃO QUE CONCEDE ou NEGA A LIMINAR
Não resta nenhuma dúvida que a decisão que concede ou que nega a
liminar é uma DECISÃO
INTERLOCUTÓRIA como está previsto no artigo 162, §2°, do CPC.
Como tal, decisão interlocutória deve ser atacada por meio de AGRAVO
DE INSTRUMENTO de
modo que:
SENDO A LIMINAR NEGADA - poderá o autor/credor, apresentar o AGRAVO
DE INSTRUMENTO para que
o Tribunal reforme a decisão concedendo a liminar. O prazo é de dez dias
contados da ciência da decisão
que negou a liminar;
SENDO A LIMINAR CONCEDIDA - neste caso, ao ser intimado para cumprir
a decisão (liminar), o
réu/devedor poderá, também, apresentar AGRAVO DE INSTRUMENTO.
DA DECISÃO DEFINITIVA NA CAUTELAR
Diz o artigo:
"CPC - Art. 817 - Ressalvado o disposto no art. 810, a sentença proferida
no arresto".
Ora, se é sentença, o recurso será o de APELAÇÃO. Todavia é preciso
observar que se a MEDIDA
CAUTELAR DE ARRESTO for apresentada no Tribunal, este, o Tribunal,
proferirá um ACÓRDÃO do qual
não caberá APELAÇÃO.

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