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Nº 12
Escola Secundária da Sé
DEZEMBRO DE 2 0 1 0
www.esec-se-guarda.rcts.pt
e-mail: jornalolhar@gmail.com
…
EDITORIAL Visita de Estudo à Casa/Museu
dos Patudos e à exposição
O Jornal da Escola voltou! E voltou para ficar!
É um momento importante para todos. A comunicação escrita repre-
Res Publica
senta uma forma de expressão especial, através da qual é possível evi-
denciar o que a Escola faz, para além da sala de aula, de forma a com- No dia 3 de Novembro, os alunos da área de
plementar o currículo de cada disciplina. É uma forma diferente de Artes da Escola Secundária da Sé acompanha-
“OLHAR” a Escola. dos por cinco professores foram visitar a Ca-
Este é um espaço onde todos, de uma forma coordenada, podem sa/Museu dos Patudos em Alpiarça, perten-
mostrar talentos, experiências e curiosidades, explorando competências cente a José Relvas e a exposição Res Publica na
diversas. O jornal escolar é o reflexo de uma Escola activa, atractiva e Fundação Calouste Gulbenkian.
participada, que promove a colaboração de todos os membros da comu-
nidade educativa. Os projectos e as actividades têm aqui um espaço es-
pecial, sejam eles desenvolvidos ao nível artístico, desportivo ou cultu-
ral, assumindo-se como um complemento essencial à formação acadé-
mica, para que esta se torne mais completa e abrangente.
Neste ano lectivo que iniciámos, algumas mudanças aconteceram, e
outras estarão para acontecer… São mudanças de espaços, de formas de
pensar e de actuar… serão mudanças individuais que, apoiadas no reco-
nhecido “currículo oculto”, se revelam fundamentais para a formação da
personalidade, determinando a forma como lidamos com os outros.
A Escola, que queremos, é aquela que nos deixa uma marca e nos dá
vontade de voltar, mesmo depois de percorrido o nosso caminho profis- 1º Lugar no Concurso Robô
sional. É uma Escola de portas abertas a todos quantos queiram partilhar
experiências, sejam alunos, ex-alunos, professores e ex-professores, Bombeiro 2010
funcionários e ex-funcionários, pais e encarregados de educação e toda a
comunidade em geral. A Escola da
No entanto, estamos conscientes que, só com o trabalho e dedicação Sé participou,
de todos, será possível construir uma Escola mais eficiente, participada mais uma vez,
e empenhada, que permitirá cumprir os objectivos da Escola pública, na 8.ª edição
promovendo a qualidade e a cooperação, com vista ao sucesso dos alu- do Concurso
nos e ao seu reconhecimento como Escola de Excelência. Pode não ser Nacional de
com paredes novas, mas é-o, certamente, com Pessoas capazes e com- Robótica –
petentes. Robô Bombei-
Contamos convosco! ro. Com uma
E, porque se aproxima a época natalícia, aproveitamos para vos dese- equipa na Clas-
jar um Natal repleto de amizade, felicidade e saúde. se Standard, constituída por alunos de Infor-
mática, obteve o primeiro lugar, depois de
A Directora ter conseguido dois segundos lugares em edi-
Cristina Vicente ções anteriores deste evento.
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POR CÁ
POR CÁ
POR CÁ
POR CÁ
Visitas de Estudo
Reflexão
Crescer a Escrever
O ÓDIO
O ódio é algo tenebroso, algo que deira realidade mas uma realidade Odiamos por amarmos, e amamos
nos consome vivos. destorcida. por esquecermos que odiamos. Não
Por cada vez que odiamos algo ou Mas quem nunca odiou? Ninguém, odiamos qualquer coisa ou pessoa,
alguém, perdemos algo nosso, algo e quem diga o contrário mente, assim apenas odiamos o que nos é impor-
precioso, o dom de compreender, como aqueles que dizem que nunca tante, pois tudo o que não o é, sim-
perdoar, e esquecer, o dom de ver o amaram ou foram amados. plesmente ignoramos.
nosso lado compreensivo em vez de O ódio faz parte de nós, do que
vermos apenas o nosso lado destruti- somos, dos nossos instintos. Odiar e
vo. amar, certo e errado, branco e preto Alexandra Afonso; nº1; 10ºA
Este sentimento efémero, torna-nos são realidades com que nos defronta-
cegos de loucura, e loucos de vingan- mos todos os dias e às quais é impos-
ça, não permite que vejamos a verda- sível fugir.
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Crescer a Escrever
A Fome
Será injusto apenas culpar a políti-
ca, pois também nós, como cidadãos
temos uma pitada de culpa por mui-
tas das “desgraças” às quais assistimos
na televisão. Os nossos sem-abrigo
portugueses, têm de certa forma a
oportunidade de “usufruir” de insti-
tuições que lhes permitem sobreviver
de uma maneira um pouco mais có-
moda na sociedade. Em muitos países
da Europa e do mundo, tal não acon-
tece, há a ignorância e o espírito cita-
dino que “quebra” laços de amizade e
“inter-ajuda” entre as pessoas.
São tantos os problemas que afec-
tam a nossa sociedade e o mundo,
dos quais acabamos por perder a con-
ta, e apenas relembramos de uma
forma calma à frente do televisor. As
injustiças sociais, a fome, a desigual-
A fome, esse problema que vai ge- uma forma despreocupada passa ao dade, as alterações climáticas, entre
rando tantos outros problemas no lado de problemas sociais, problemas tantos outros problemas, são proble-
nosso Mundo actual! De uma forma esses com os quais se deveria preocu- mas aos quais qualquer cidadão fica
calma, silenciosa e injusta, mata mi- par. Neste mundo político também particularmente sensível.
lhares de pessoas por ano. As preocu- existe preocupação, só é de lamentar É pena ver a dura realidade em que
pações políticas, a grande causa deste que seja dirigida para aspectos mate- a sociedade se tornou!
monstruoso aumento de óbitos a ní- rialistas e pessoais dos próprios polí-
vel mundial, observa com um ar indi- ticos, que só pensam na ambição, no
ferente tudo aquilo que muitas das poder, deixando todos os outros por Ana Inês Gonçalves, nº2,10ºE
vezes acontece nas redondezas. A sua conta, “no vazio das suas próprias
política tem olhos para si mesma e de vidas”.
Crescer a Escrever
Sociedade Egoísta
Nunca esperes que alguém mude sob o prisma do benefício próprio, de uma sociedade sem escrúpulos,
por “outro” alguém. O ser humano é da utilidade pessoal, esqueçamos a da qual fazemos parte. Não conse-
um ser tremendamente egoísta, que sociedade, ela é apenas um meio guimos usar as experiências vividas
só inicia algum processo de mudança onde seres da mesma espécie têm o como forma de crescimento pessoal,
se daí ocorrer algum benefício pró- azar, ou a sorte, de se cruzar e esta- como forma de depreciarmos menos
prio, dado que também, convenha- belecer um diálogo. Perdemos a ca- os habitantes do nosso mundo, ainda
mos, não é fácil deixar o seu tão ha- pacidade de olhar nos olhos, de ver que estes possam ser tão temporá-
bitual e conhecido “mundo estável” os que nos rodeiam, somos carrascos rios como o desejo do nosso capri-
por algo desconhecido. e sacrificados da sociedade do “eu”, cho egoísta.
O ser humano vive a olhar para o da ausência de valores, da ausência O ser humano está a tornar-se a
seu próprio umbigo, fazendo dos de destinos. passos largos num caixote de lixo
que o rodeiam, alguns dos quais cha- No entanto, sabemos comportar- imoral, vive apenas para o fútil, de-
ma de amigos, passatempos que vão mo-nos como vítimas sós e incom- sistiu de investir em si próprio e nos
e vêm, num uso descontínuo, em preendidas do mal comum, aí, não que o rodeiam, vive obcecado com a
proveito das suas próprias necessida- esquecemos o que sofremos, o que escalada para a ascensão social, para
des. nos dói, mas é apenas uma memória o consumo imediato que o deixam
Vivemos num mundo da era rápida temporária, que como sempre aca- vazio em poucos segundos.
e tecnológica, na era da insatisfação, bamos por usar em benefício pró-
na era dos sentimentos virtuais, das prio, como forma de desculpabilizar
relações despersonalizadas, vivemos o nosso comportamento errado,
na era do egocentrismo. Tudo o que porque afinal fomos vítimas de expe- Carolina Caria, nº2,10ºB
nos rodeia só pode ser visualizado riências traumáticas, fomos cobaias
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Poesia
A criação,
Foi um grande acontecimento,
Foi o início das nossas vidas
Um início, um sentimento.
Um sentimento de amor
Foi uma prenda para nós,
de Deus nosso Salvador
Que nos guiou com sua voz.
No primeiro dia
Deus pegou na sua tela
Onde desenhou
Uma coisa bela.
Poesia
Futuro
Não lamentes o tempo que pas-
sou,
Encanta-te com o que há-de vir.
O Hoje é já amanhã,
Vive-o o melhor que puderes.
Vida é miragem inesperada,
Aparece no deserto do ser.
Cremos ficar, correr,
Rir, crescer.
Esperamos continuar.
Será longa a caminhada?
Pouco importa,
Vivamos o oásis.
Um Sonho
Vida sem guerra,
Três sorrisos bem do fundo.
Com paz, amor que não erra,
Vamos reformar o Mundo.
Biblioteca Escolar
Biblioteca Escolar
Biologia
Infertilidade
define infertilidade como a incapaci- ovulação, na qual estão incluídas dis-
dade de engravidar após dois anos de funções ováricas e causas hormonais
relações sexuais desprotegidas. Este é que afectam a ovulação. Disfunções
um tema bastante actual, ao qual se tubo-peritoneais e uterinas são tam-
deve dar especial atenção de modo a bém algumas das causas da infertili-
tentar solucionar este problema. Se- dade nas mulheres.
gundo uma estimativa da OMS cerca A concepção espontânea, natural e
de 20 em cada 100 casais revela difi- com êxito, exige da parte do homem
culdades em engravidar. Existe um uma espermatogénese que lhe permi-
aconselhamento diferenciado de ta ter um bom número de esperma-
acordo com as diferentes faixas etá- tozóides saudáveis, morfologicamen-
Do amor que une um homem e rias. Casais entre os 20 e os 30 anos te normais e com mobilidade. Para
uma mulher, resulta um novo indiví- que apresentem insucesso na gravi- além da inferioridade ou baixa quali-
duo com um conjunto de caracterís- dez, devem procurar ajuda ao fim de dade do esperma, também certas
ticas comportamentais, pensamen- um ano e meio a dois anos; se têm anomalias anatómicas e disfunções
tos, atitudes e emoções originais e entre 30 e 35 anos são sugeridos 12 funcionais, associadas a causas huma-
completamente diferentes uns dos meses; se têm mais de 35 anos de- nas ou psicogénicas, têm um papel
outros. vem procurar ajuda após 6 meses. importante na infertilidade masculi-
A primeira e visível aparência de Como sabemos há diversos tipos de na.
diferença é a grande separação entre infertilidade, quer masculina quer Para a maioria dos casais, a infertili-
homem e mulher. O género ou sexo, feminina. Ao contrário do que se dade é bem mais do que uma simples
masculino ou feminino, do novo ser possa pensar, a mulher não é a causa condição física. Um diagnóstico de
é determinado no momento da ferti- da infertilidade, sendo um fenómeno infertilidade acarreta também sobre-
lização, quando um óvulo é fecunda- partilhado, onde os factores femini- cargas emocionais e sociais intensas.
do por um espermatozóide com um nos e masculinos têm um peso idên- Para procurar solucionar a infertili-
cromossoma sexual Y ou X. tico, de aproximadamente 40%. Os dade de certos casais têm vindo a
O desejo de poder escolher o sexo restantes 20% estão relacionados desenvolver-se métodos de reprodu-
dos descendentes não é recente e com factores conjugados entre o ho- ção medicamente assistida que ofere-
para alguns representa mais do que mem e a mulher, estando geralmente cem a casais aparentemente inférteis
um mero capricho. Com o aumento relacionados com factores psicológi- a probabilidade de terem um filho.
do conhecimento dos fenómenos cos (causas psicogénicas). Estas técnicas não são totalmente
reprodutivos e o aperfeiçoamento Vamos abordar agora as causas de fidedignas, uma vez que não há a cer-
das tecnologias, assistiu-se a um cres- infertilidade masculina e feminina.As teza de proporcionarem uma gravi-
cimento súbito em todo o mundo da causas de infertilidade podem ser de dez. Actualmente as técnicas mais
reprodução medicamente assistida. desenvolvimento, endócrinas, doen- utilizadas são a inseminação artificial,
Se à fertilidade for somada a certeza ças, a ansiedade e até mesmo o con- a fertilização in vitro e a injecção intra
do sexo do bebé, o controlo sobre o sumo de álcool ou drogas. A idade é -citoplasmática (ICSI).
futuro familiar aumenta. Por vezes, a também um factor determinante tan- A inseminação intra-uterina ou artifi-
determinação do sexo do bebé é im- to no homem como na mulher. A cial consiste na introdução de esper-
portante, como no caso de doenças mulher atinge o seu auge de fertilida- matozóides directamente no útero.
genéticas que só se desenvolvem em de por volta dos 25 anos até aos 35, Este método é usado quando, por
bebés do sexo masculino. começando depois a baixar, enquan- exemplo, existe um muco cervical
Actualmente possuímos conheci- to que no homem o pico é atingido hostil sendo necessário ultrapassar
mentos e técnicas capazes de contro- aos 25 anos, diminuindo depois pro- esta barreira ou também devido à
lar a fertilidade e assim, o fenómeno gressivamente mas de um modo me- baixa mobilidade dos espermatozói-
da vida. Focar-nos-emos agora no nos acentuado do que na mulher. des.
tema da infertilidade. Na mulher a maioria dos casos estão
A Organização Mundial de Saúde relacionados com perturbações da
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Infertilidade
A fertilização in vitro (FIV) con- útero feminino. Em suma, o principal objectivo da
siste em fazer ocorrer a fecundação Outro dos métodos mais usados é a reprodução medicamente assistida é
fora do corpo da mulher, num tudo injecção intra-citoplasmática. É utili- garantir a fecundação e proporcionar
de ensaio, onde se provoca a união zado em casos de infertilidade mas- ao casal a maior alegria que pode
dos gâmetas anteriormente seleccio- culina, na qual os espermatozóides haver: ter um filho. Porém, e como
nados. É utilizada em casos onde a não têm mobilidade devido a uma tudo, apesar de conseguir responder
deficiência não se encontra só num espermatogénese deficiente. Os seus ao desejo de numerosos casais esté-
elemento do casal, mas sim em am- métodos são semelhantes aos da FIV, reis, acarreta as suas desvantagens já
bos. Lesões ligadas ao tubo- existindo também uma punção dos que pode provocar alguns efeitos
peritoneal ou em relação ao muco gâmetas. A diferença reside no facto secundários e tem levantado várias
cervical, na mulher, e em situações de o espermatozóide ou o pró-núcleo questões morais que põem em causa
de espermatogénese defeituosa, no masculino ser injectado directamente a legitimidade dos progressos cientí-
homem. Realiza-se então a selecção no oócito. De seguida o processo é o ficos feitos nesta área.
dos gâmetas masculino e feminino, mesmo, dá-se a observação do cres-
seguida da colocação num tubo de cimento do zigoto e futura selecção Miguel Monteiro, nº13
ensaio, onde irá ocorrer a fecunda- daquele que melhor se poderá adap- Miguel Lopes, nº14
ção. O ovo desenvolve-se, até que, já tar e instalar no útero da mulher. Pedro Cairrão, nº16
na fase de embrião é introduzido no 12ºB
Se eu fosse…Cientista
Rui Costa, uma vez que, este é um jovem investigador do
Centro de Champalimaud, de mérito reconhecido quer
nacional quer internacionalmente e é natural da Guarda.
Arte
Desporto Escolar
“We could do business in English, surf in English, but that we cry in Portuguese.” José Saramago
“England and America are two countries separated by the same language” George Bernard Shaw
There is a time when we have to “We must get out of our comfort door and search for new paths. No
forget about what we are and what zone, take a chance and dare to try one will or can do it for you. Live
we know. Nowadays, people are so and discover new things, ignoring your life with your eyes wide open,
stuck to their daily life routines and the fear of falling or of feeling frus- today may be when your own book
to the comfort that they bring them trated.”It is not necessary extreme begins as the rest is still unwritten.
that, sometimes, they become inca- life make over. However, and even
pable of reaching the unknown. We if we keep our standards of living, Andreia Crespo nº1
need to see beyond our human con- we should be able to widen our hori- Marta Costa nº12
dition! Like Fernando Pessoa said zons. If we aren´t capable of doing 12ºB
“we need to forget our paths, which that, we will risk regretting it later.
always take us to the same places. So look around, step outside your
This is a question aroused in our important a global language may be. Alunos 12ºH
English lesson… English seems to be the appropriated
The evolution of society and the language to work as a global lan-
globalization make us wonder how guage, when we think of the power
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ÚLTIMA
FICHA TÉCNICA:
Publicação Trimestral
Direcção: Escola Secundária da Sé - Guarda
Coordenação / Paginação: Carla Tavares
Revisão: Cristina Reinas, Sandra Santos
Equipa do Jornal: Ana Sofia Gonçalves, Adriano , Carla Tavares, Cristina Reinas, Elsa Matias
Logótipo: Maurício Vieira
Colaboradores:
Professores - Agostinho Silva, Anabela Pereira, Cristina Vicente, Didier Ribeiro, Emília Barbeira, Eugénia Costa, Fátima Amaral, Salete Paixão, Sandra Santos,
Grupo de Educação Física
Intérprete LGP - Joana Silva
Alunos - Ana Catarina, Ana Moura, Adriana Vaz ,Andreia Crespo, Alexandra Afonso, Ana Inês Gonçalves, André Silva, Bárbara Batista, Carolina Caria, Caroli-
na Freitas, Carolina Monteiro, Daniela Jacinto, Deirde Jelske, Diana Gomes, Francisca Escada, Joana Lopes, Laura Morais, Luís Cerca, Luís Pinto, Marco Ban-
deirinha, Maria Inês Pinheiro, Marta Costa, Mathew Pacheco, Miguel Monteiro, Nádia Tomaz, Pedro Cairrão, Rui Teixeira, Ana Isabel Varelas, Alunos 12ºH
Familiares: Maria Isabel Carvalho Duarte
Tiragem: 300 exemplares
Impressão: Escola Secundária da Sé - Guarda