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ANO 3

Nº 12

Escola Secundária da Sé
DEZEMBRO DE 2 0 1 0
www.esec-se-guarda.rcts.pt
e-mail: jornalolhar@gmail.com


EDITORIAL Visita de Estudo à Casa/Museu
dos Patudos e à exposição
O Jornal da Escola voltou! E voltou para ficar!
É um momento importante para todos. A comunicação escrita repre-
Res Publica
senta uma forma de expressão especial, através da qual é possível evi-
denciar o que a Escola faz, para além da sala de aula, de forma a com- No dia 3 de Novembro, os alunos da área de
plementar o currículo de cada disciplina. É uma forma diferente de Artes da Escola Secundária da Sé acompanha-
“OLHAR” a Escola. dos por cinco professores foram visitar a Ca-
Este é um espaço onde todos, de uma forma coordenada, podem sa/Museu dos Patudos em Alpiarça, perten-
mostrar talentos, experiências e curiosidades, explorando competências cente a José Relvas e a exposição Res Publica na
diversas. O jornal escolar é o reflexo de uma Escola activa, atractiva e Fundação Calouste Gulbenkian.
participada, que promove a colaboração de todos os membros da comu-
nidade educativa. Os projectos e as actividades têm aqui um espaço es-
pecial, sejam eles desenvolvidos ao nível artístico, desportivo ou cultu-
ral, assumindo-se como um complemento essencial à formação acadé-
mica, para que esta se torne mais completa e abrangente.
Neste ano lectivo que iniciámos, algumas mudanças aconteceram, e
outras estarão para acontecer… São mudanças de espaços, de formas de
pensar e de actuar… serão mudanças individuais que, apoiadas no reco-
nhecido “currículo oculto”, se revelam fundamentais para a formação da
personalidade, determinando a forma como lidamos com os outros.
A Escola, que queremos, é aquela que nos deixa uma marca e nos dá
vontade de voltar, mesmo depois de percorrido o nosso caminho profis- 1º Lugar no Concurso Robô
sional. É uma Escola de portas abertas a todos quantos queiram partilhar
experiências, sejam alunos, ex-alunos, professores e ex-professores, Bombeiro 2010
funcionários e ex-funcionários, pais e encarregados de educação e toda a
comunidade em geral. A Escola da
No entanto, estamos conscientes que, só com o trabalho e dedicação Sé participou,
de todos, será possível construir uma Escola mais eficiente, participada mais uma vez,
e empenhada, que permitirá cumprir os objectivos da Escola pública, na 8.ª edição
promovendo a qualidade e a cooperação, com vista ao sucesso dos alu- do Concurso
nos e ao seu reconhecimento como Escola de Excelência. Pode não ser Nacional de
com paredes novas, mas é-o, certamente, com Pessoas capazes e com- Robótica –
petentes. Robô Bombei-
Contamos convosco! ro. Com uma
E, porque se aproxima a época natalícia, aproveitamos para vos dese- equipa na Clas-
jar um Natal repleto de amizade, felicidade e saúde. se Standard, constituída por alunos de Infor-
mática, obteve o primeiro lugar, depois de
A Directora ter conseguido dois segundos lugares em edi-
Cristina Vicente ções anteriores deste evento.
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POR CÁ

Workshop de Língua Gestual Portuguesa


surdos utilizam para comunicar.
Durante o decorrer do Workshop os
alunos respeitaram a regra do silên-
cio e conseguiram comunicar através
de mímica, recorrendo raramente à
oralidade. É de salientar, que os alu-
nos estavam atentos e interessados,
havendo momentos em que volta-
vam junto dos alunos surdos para
estes lhes repetir os gestos que já se
tinham esquecido.
No início da actividade os alunos
com surdez estavam receosos e pou-
co à vontade, pois pensavam que os
ouvintes tinham pouco interesse em
aprender e que gozariam com a Lín-
gua Gestual. Este medo foi sendo
ultrapassado com o desenrolar da
Como delineado no PAA, no dia países, a família, os meios de trans- actividade, visto que a interacção e
15 de Novembro de 2010 realizou-se porte, os frutos e o estado do tempo. aceitação foi mútua.
no salão dos alunos, das 10h às 15h o Participaram na actividade algumas No final da actividade os alunos
Workshop de Língua Gestual Portu- turmas desta escola acompanhados surdos mostravam-se satisfeitos e
guesa. com os respectivos professores. estimulados para próximos desafios.
No salão foram dispostas 8 mesas e Consoante a sua chegada ao salão Para comemorar o Dia Nacional da
a cada mesa correspondia um tema eram organizadas em grupos mais Língua Gestual Portuguesa e o suces-
distinto. Os alunos com surdez posi- pequenos e iam rodando até finaliza- so da actividade terminamos o dia no
cionaram-se de acordo com o seu rem a aprendizagem do vocabulário bar em convívio e a saborear uma
tema. Em cada mesa colocaram-se em Língua Gestual de todos os te- fatia de bolo. Humm…
cartões com imagens para facilitar a mas. De seguida, participavam no Equipa da EREBAS
comunicação entre surdos e ouvin- jogo “Além Gesto “para verificarem
tes. Os temas abordados foram: as as aquisições conseguidas, bem como Interprete LGP Joana Silva
cores, o vestuário, os animais, os observar as várias técnicas que os da Educação Especial

O meu estágio de Geriatria


de Acolhimento São João de Deus, cas com a animadora Sandra.
que se situa no Bairro de São Do- Já dei o lanche a vários idosos aca-
mingos. mados, é uma tarefa por vezes difícil
No primeiro dia de estágio conhe- mas no final fico contente por ter
ci as instalações e participei numa ajudado estes idosos que não conse-
acção de formação sobre Higiene e guem comer com as suas próprias
Segurança no Trabalho. Conheci mãos.
alguns utentes e funcionárias. Tam- Os idosos que eu já conheci são
Sempre gostei de contactar com bém ajudei a servir o lanche. todos muitos simpáticos e gostam
os idosos e este ano tenho a oportu- Os idosos têm três salas de conví- do meu carinho.
nidade de fazer um estágio, inserido vio onde passam o seu tempo.
no curso que frequento. A institui- Aqueles que não têm doenças graves Marco Bandeirinha, nº10
ção onde faço o estágio é o Centro desenvolvem várias actividades lúdi- 11º I
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POR CÁ

A TORRE DE MENAGEM: a Guarda a guarda…


até no cemitério há hierarquias…
Após esta calorosa recepção, deslo-
cámo-nos para a Torre de Mena-
gem, um extraordinário miradouro
que nos coloca a uma altura de 1056
metros, para daí avistarmos os cu-
mes da Serra da Estrela; os vales
rasgados do Douro e as terras de
Trancoso e Pinhel ou as terras da
Raia.
Ainda neste espaço, visionámos
um documentário que dá a conhecer
a história da urbe. Sem sair deste
mesmo local, foi possível contactar,
através de um pequeno filme, com
os monumentos mais emblemáticos
da cidade, onde se destaca a Sé. Lo-
Implantada no cume da nossa cida- nos revelaram, simpaticamente, go uma visita guiada a este monu-
de, senhora de vistas alargadas, a algumas das maravilhas guardenses mento impunha-se.
Torre de Menagem possui uma como: o Castro do Tintinolho, clas- Mas esta odisseia cultural ainda
planta pentagonal irregular e dois sificado como Monumento Nacio- tinha muito por desvendar. Assim,
andares que merecem a nossa visita nal, desde 1910; o Castro do Jarme- pelas 18.00 horas, um grupo de tea-
como curiosos e como guardiães do lo, classificado como Imóvel de In- tro, por sinal bastante criativo, mer-
nosso património. teresse Público, desde 1953 e o sítio gulhava-nos nos cantos e recantos e
Seguindo de perto o slogan ir para histórico-arqueológico da Póvoa do nas histórias e estórias da cidade que
fora, cá dentro, a Direcção da Escola Mileu, classificado como Imóvel de se orgulha ser dos cinco efes e a
da Sé propôs, aos professores, uma Interesse Público, desde 1957, e mais alta de Portugal…
visita guiada ao centro histórico da outras curiosidades das diferentes A saga cultural culminou com um
nossa cidade. Assim, no dia onze de aldeias guardenses. jantar, porque a nossa alma anseia
Setembro, pelas 14.30, os docentes Mas não saímos desse espaço sem para além do alimento cultural e
dirigiram-se até à Praça Velha e daí um esclarecimento precioso da pro- espiritual…
seguiram rumo à Torre de Mena- fessora Arminda Carvalho sobre a
gem. Já no local, fomos acolhidos Cidade dos Mortos, que fez questão de
no espaço denominado por Patrimo- mostrar que a dita cidade é em tudo Professora Emília Barbeira
nium, onde as respectivas cicerones semelhante à Cidade dos Vivos. Afinal,

“Marca digital” contra a pobreza e exclusão social


No passado dia 17 de Outubro co- a pobreza” nos dias 14 e 15 de Ou- das outras escolas da cidade, em vá-
memorou-se mais um Dia Nacional tubro. rios locais públicos, entre eles, o Ca-
contra a Pobreza e Exclusão Social. A Os nossos jovens puderam deixar fé Concerto e a Câmara Municipal.
nossa escola, em parceria com o Nú- as suas impressões digitais em duas
cleo Desportivo e Social da Guarda, telas colocadas no átrio dos alunos A Coordenadora do PPES
participou na actividade “Deixa a que, posteriormente, foram recolhi-
Eugénia Costa
tua marca digital na luta contra das e expostas em conjunto com as
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POR CÁ

1º Lugar no Concurso Robô Bombeiro 2010


da aberto a toda a comunidade. Neste
concurso os prémios são atribuídos,
por uma comissão de júris oriundos
de diferentes e prestigiadas institui-
ções do ensino superior, que avaliam
a prestação de cada equipa.
A participação neste concurso, por
equipas da Escola Secundária da Sé,
começou em 2005, na 3º edição do
concurso Robô Bombeiro, onde fo-
ram distribuídos 2000 euros em pré-
mios, tendo a Escola obtido o 5º lu-
gar. Em participações de anos seguin-
tes, as equipas da Escola obtiveram
dois segundos lugares, na 5ª e 6ª edi-
ção deste concurso. Neste ano, a
equipa constituída por alunos do Cur-
so Profissional de Técnico de Gestão e
Programação de Sistemas Informáti-
cos, partiu novamente à descoberta,
construindo e programando um novo
Robot, conseguindo assim o 1º lugar
na sua classe. Fizeram parte da equipa
os alunos Fábio, Ricardo e Rui, acom-
Realizou-se no dia 17 de Julho, a 8.ª dos. O desafio do concurso Robô panhados pelos Professores de Infor-
edição do Concurso Nacional de Ro- Bombeiro consiste na construção de mática desta Escola e também pelo
bótica – Robô Bombeiro, um evento robôs móveis e autónomos, que sejam Senhor Carlos Martins, dono da em-
organizado pela Escola Superior de capazes de encontrar e extinguir um presa NewTech, onde os alunos fize-
Tecnologias e Gestão (ESTG), do Ins- incêndio simulado por uma vela, den- ram estágio.
tituto Politécnico da Guarda (IPG). A tro de um modelo de uma casa, for- Este concurso, pretende promover
Escola da Sé participou, mais uma mada por corredores e quartos. Mais a robótica, divulgar a ciência e a tec-
vez, com uma equipa na Classe Stan- detalhes sobre as regras deste concur- nologia junto dos jovens da escola,
dard, constituída por Alunos de Infor- so, em http://robobombeiro.ipg.pt. através da participação num evento
mática, obtendo o primeiro lugar, Desde 2003 que este concurso é extracurricular interessante e diverti-
depois de ter conseguido dois segun- organizado anualmente, pelo Depar- do, onde os alunos podem aplicar na
dos lugares em edições anteriores des- tamento de Informática da ESTG do prática, novos conhecimentos multi-
te evento. Concorreram nesta Classe IPG, tendo como responsável máxi- disciplinares, utilizando a robótica
20 equipas, oriundas de todo o país, mo e fundador o Professor Carlos como uma ferramenta educativa, ca-
sendo o valor do 1º prémio de 300 Carreto, decorrendo no Pavilhão Mu- paz de levar os alunos a adquirir com-
Euros. nicipal de S. Miguel, na Guarda. Este petências transversais, como capacida-
O concurso Robô Bombeiro é um projecto tem servido de base a práti- de de investigação e auto – estudo, de
concurso de robótica, inspirado no cas pedagógicas que permitem aos trabalhar em grupo, liderar, planear e
Fire Fighting Home Robot Contest, orga- alunos de todo o país, aplicar na práti- inovar, resolver problemas, entre
nizado pelo Trinty College de Hat- ca os conhecimentos multidisciplina- outros. Além disso ainda estimula a
ford, em Connecticut nos Estados res, que adquirem ao longo dos seus cooperação entre a comunidade cien-
Unidos da América. De realçar tam- cursos, competências relacionadas tífica e as escolas do ensino secundário
bém que nos dois últimos anos, equi- com o trabalho de investigação e de- e profissional, como forma de propor-
pas que participaram nesta prova por- senvolvimento. O concurso é especi- cionar aos jovens e professores um
tuguesa, deslocaram-se aos EUA para almente dirigido a alunos das escolas contacto directo com práticas científi-
participar no concurso americano, do ensino superior, mas também do cas.
onde obtiveram excelentes resulta- ensino profissional e secundário e ain- Rui Teixeira
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POR CÁ

Ó DA GUARDA! Contra a Droga


seja por uma demonstração de força
ou de desafio, a questão é que os pe-
rigos são muitos, diários e perma-
nentes. E estão identificados. Mais
do que apontar culpados ou encon-
trar desculpas para más formas de
actuação, a sessão pautou-se pela
ideia de que é com o trabalho parti-
lhado e conjunto – de Pais/
Encarregados de Educação, Escolas,
Associações, Autoridades Locais,
sociedade civil – que este flagelo so-
cial poderá ser combatido; é com a
intervenção de todos que se poderá
identificar perigos, alertar os jovens
e encontrar soluções. A tónica deve-
rá ser colocada na prevenção e na
No dia 20 de Setembro de 2010, dantes, IPG, IDT, Cáritas, PJ, PSP e criação de ambientes (familiares,
decorreu na biblioteca da Escola Se- GNR, entre outros agentes da comu- escolares e sociais) que permitam aos
cundária da Sé – Guarda uma sessão nidade educativa. jovens crescer e formar-se enquanto
de debate sob o lema “Ó da Guarda!” Partindo do reconhecimento do cidadãos conscientes e críticos e ao
Contra a droga, uma iniciativa da res- problema, o grupo procurou apontar mesmo tempo que os motivam para a
ponsabilidade do Governo Civil, em causas e formas de o combater e cha- adopção de hábitos de vida saudáveis.
parceria com a Câmara Municipal, mar a atenção dos jovens para os pe-
Agrupamentos de Escolas da Guarda, rigos que correm. Seja pela mera
Associações de Pais e Encarregados curiosidade em experimentar ou pela Professora Sandra Santos
de Educação, Associações de Estu- vontade de pertencer a um grupo;

Cinco Anos Depois…


É verdade… O TMG abriu as por- tado na voz por Isabel Martinho; no to leccionado na disciplina de Portu-
tas há cinco anos e dizem que a nossa piano João Mascarenhas; no contra- guês, lanço, desde já, um desafio:
cidade nunca mais foi a mesma! baixo David Estevão e na bateria e oiçam a voz de trovão, sem deixar de
O TMG é, hoje, um espaço de pas- percussão Paulo Castro, na guitarra ser de anjo, de Isabel Martinho e dei-
sagem obrigatória na medida em que clássica Rogério Pires. xem-se embalar pelos sons de um
constitui um local de contacto privi- De salientar que este projecto está piano percorrido por dedos sábios e
legiado com a música, o teatro, a a ser desenvolvido por Isabel Marti- ágeis de João Mascarenhas.
dança, o cinema bem como tertúlias, nho e João Mascarenhas desde 2007, Parabéns aos mentores deste pro-
debates, oficinas… Enfim, uma ofer- ano em que se comemorou o primei- jecto e que os filhos da terra continu-
ta tão diversificada quanto são os in- ro centenário do nascimento do poe- em a cantar e a encantar plateias…
teresses de uma urbe que se quer ta Miguel Torga. Assim, do progra- O público guardense agradece.
cosmopolita e cultural. ma, a que tive o prazer de assistir,
É neste âmbito de Catedral da Cultu- fizeram parte um conjunto de dez
ra que no passado dia doze de No- poemas do poeta: Livro de Horas; Can-
vembro, pelas 21.30 horas, o TMG tilena da Pedra; Dúvida; Ode à Lua; Professora Enília Barbeira
teve o prazer de apresentar, no pe- Relato; Prisão; Instante; Ode à Água;
queno auditório, um espectáculo Viagem; Portugal; Santo e Senha; Sísifo.
denominado OUTORGA. Este even- Dada a vertente pedagógica e didácti-
to musical e poético estava represen- ca do trabalho, pois é um poeta mui-
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Visitas de Estudo

Visita de Estudo à Casa/Museu dos Patudos e à ex-


posição Res Publica
No dia 3 de Novembro, os alunos trar enumeras obras de Artes tanto tro lado, confusos jardins da fundação
da área de Artes da Escola Secundária Portuguesas como Estrangeiras e de deixando muitos deles encantados.
da Sé acompanhados por cinco pro- vários séculos, datando algumas do De seguida os guias deram a oportu-
fessores partiram da Central de Cami- século 15. nidade de conhecer a biblioteca da
onagem da Guarda, por volta das sete Depois de todos os grupos terem fundação que, apesar de pequena
e meia da manhã, em direcção a Lis- visitado a casa, que faz inveja a qual- apresentava uma grande variedade de
boa. quer um, os alunos dirigiram-se ao livros relacionados com artes, e ainda
A primeira paragem foi na Casa/ centro comercial Vasco da Gama para uma segunda exposição que estava a
Museu dos Patudos em Alpiarça. Esta que tanto eles como os professores decorrer.
pertenceu a José Relvas um homem pudessem almoçar apesar de terem A visita acabou por decorrer como
principalmente de letras, no entanto, pouco tempo visto que tinham a visita de previsto, pois por volta das seis da
também um homem de artes, pois marcada à Fundação Calouste Gul- tarde estavam todos de volta aos auto-
coleccionou enumeras obras de arte. benkian para visitarem a exposição carros para dar início ao regresso,
Depois de morrer legou a Quinta dos Res Publica pouco tempo depois. chegando às dez e meia da noite.
Patudos à Câmara de Alpiarça, inclu- Já na Calouste Gulbenkian foram Na maioria, a opinião dos alunos
indo, a casa, o arquivo, a biblioteca e apresentadas obras de todos os tipos e acerca da viagem foi positiva, conclu-
a sua extensa colecção de obras de feitios, desde pintura a escultura e do indo assim que deveria ser uma expe-
arte . A casa esteve durante largos vídeo à fotografia. Algumas mais inte- riência a repetir no futuro.
anos abandonada até recentemente a ressantes que outras levando os alu-
Câmara Municipal de Alpiarça a reno- nos a serem muito participativos e
var e converter em casa museu, esta interessados, consequentemente elo- Diana Gomes,nº8
renovação levou a que a visita fosse giados por uma das guias. Após Luís Pinto, nº13
impossível de prolongar ao andar de a visita os alunos tiveram oportunida- 10ºE
cima. Dentro desta podemos encon- de de visitar os magníficos e, por ou-

Visita de Estudo a Penha Garcia


que resta do castelo de Penha Garcia. vale que se escavava mesmo debaixo
Chegámos ao destino programado dos nossos olhos, tivemos de subir ao
pela uma da tarde, hora ideal para um que já foi um verdadeiro castelo, de
almoço divertido. Demos início à onde a paisagem também nos tirou a
visita depois de almoço, guiados por respiração dada a sua soberania. Aqui-
uma geóloga, que após uma pequena lo que vimos ao longo do percurso até
introdução sobre as terras que segui- ao vale foram fósseis da actividade das
damente iríamos percorrer, começou trilobites- icnofóssseis-, a procura de
por nos mostrar um museu dedicado alimento por exemplo, que, ficámos a
inteiramente aos fósseis e às trilobi- saber, estes animais ingeriam tudo, e
No dia dezassete de Novembro, as tes. Seguimos em direcção ao castelo, o organismo absorvia apenas os nutri-
turmas de Cientifico do 10º ano, mas antes, fomos surpreendidos por entes. Penha Garcia é assim, o local
acompanhadas pelos professores das uma paisagem estrondosa, uma verda- da Terra onde se encontra o maior
disciplinas de Educação Física, Biolo- deira maravilha natural da qual não aglomerado de cruzianas do mundo.
gia e pelos Directores de Turma, rea- conseguimos desviar o olhar tão cedo. Esta terra é portanto, parte do patri-
lizaram uma visita de estudo a Penha Ao recuperarmos o folgo, a nossa mónio geológico protegido em Portu-
Garcia, com vista a descobrir os se- guia, esclareceu-nos como se forma- gal.
gredos dos fósseis que aí se encon- ram aquelas dobras, e ficámos a saber,
tram. Estava também programado que estas se estendem desde a nossa
visitar Monsanto, mas apenas pude- costa até à Serra de Malcata. De volta Francisca Escada, nº11, 10ºB
mos vislumbrá-lo desde o topo do ao caminho, com vista a chegar ao
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Reflexão

O Teu Dia na Faculdade de Medicina


ceis, mais cruciais. Perguntas-te como
é que o teu padrinho tem tempo para
sair à noite e beber uns shots.
Claro que podes participar em todas
as noites académicas, aproveitar os
fins-de-semana para matar saudades
da tua querida avó e dos despertado-
res mudos, comprar uma playstation
para o teu quarto. Tens sempre essa
hipótese. No fim, vês quantas cadei-
ras conseguiste acabar. Mas eu não
arrisco.
As tuas aulas vespertinas são seme-
lhantes às matutinas; porém, a tua
mente começa a ressentir-se, o teu
corpo está dorido com as caminhadas
forçadas e as horas de estudo que se
seguiram. Quando regressas à resi-
O despertador acorda-te muito mais praxe passaram; mesmo assim, repa- dência, é para estudares até a Lua es-
cedo do que um sistema nervoso nor- ras em alguns fanáticos a serem ator- tar alta no céu de Coimbra. Para afas-
mal aguenta. Sem uma boa noite de mentados voluntariamente pela Co- tares o sono, os mais velhos recomen-
sono e uma disposição de urso, masti- lher da Praxe e seus seguidores nos dam heavy-metal, hi-5 ou um litro de
gas depressa o teu pequeno-almoço e cantos escuros dos edifícios universi- café. Ou tudo isso junto. O que se
corres apenas visando arranjar lugar tários. Poderias juntar-te a eles, mas adequar melhor a ti.
sentado na aula teórica de Anatomia. estás demasiado preocupado em pas- Dir-te-ão que deves estudar para
O frio coimbrense da manhã entranha sar a Bioquímica. ganhar rios de dinheiro, porque o teu
-se nas tuas roupas e impregna-te o Não há professores Bernardes nas pai é médico, porque é o grande so-
espírito. Atrasado outra vez. outras cadeiras. Poderás encontrar nho da tua vida, porque és a melhor
Chegas tarde, mas o professor aponta personalidades teimosas, inflexíveis, pessoa do mundo … Desde que estu-
-te uma cadeira livre com desdenho, irrepreensivelmente frias e insensíveis des. O importante é que os futuros
enervado pelo barulho que fazes ao ao drama de um caloiro ter de faltar médicos estudem, para que os futuros
entrar na aula. Ele explica bem, mas ao seu jantar de curso por causa da- doentes não feneçam devido a futuros
não consegues decorar nada; quando a quele trabalho extra. O que te anima? tratamentos. Independentemente se
tua mente se dispersa, tens a aula es- Os teus amigos também tomam curso escolheres baldar-te à faculdade ou
tragada. À medida que o tempo passa, na Odisseia, portanto, o restaurante estudar como um mártir pelo bem da
há suspiros disfarçados e olhares de estará muito vazio. Futura Medicina, garanto-te umas
esguelha para as horas. O professor Não há que pensar em jantar por- maravilhosas quatro horas de sono
Bernardes torna o passar do tempo que, primeiro, almoças na cantina; por noite.
suportável pautando a sua aula com sem muita escolha nem aqueles re- Aproveita o liceu. E, quando aqui
anedotas que te fazem sorrir; prova- quintes maternos a que estavas acos- chegares, aproveita a faculdade. Aqui,
velmente, é a única coisa que reterás tumado. Ficas na fila por mais de sempre tens bons amigos, boas cábu-
com clareza. Como consegue ele rela- meia hora e recebes um prato cheio las e férias razoáveis. Há rumores de
cionar o menino Joãozinho com o de… que o mercado de trabalho está pior.
nervo femuro-cutâneo? Onde foi ar- Enquanto escolhes um adjectivo
ranjar aquele hilariante vídeo açoriano imaginativo para a tua refeição, os
e o dos animais irritantes? teus colegas nas outras mesas murmu- Ana Isabel Varelas*
O professor despede-se; tu apressas ram uns aos outros que os próximos
-te para a próxima aula. Os dias da anos serão cada vez piores, mais difí- * ( antiga aluna)
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Crescer a Escrever

O sonho e a capacidade de sonhar


ras desconhecidas. Deixam de ambici-
onar, de acreditar e desinteressam-se
pela vida.
Por outro lado, quem está disposto
a sonhar vive em geral uma vida feliz.
Transformam-se em mentes abertas
sem medo de fraquejar, ricos de espí-
rito, dispostos a novas aventuras.
É importante realçar que todos de-
vemos ter um sonho, devemos ser
ambiciosos em tudo o que fazemos,
nas metas que queremos atingir. Com
este ponto de vista, a vida corre-nos
muito melhor, pois um homem, uma
criança, um adolescente com um so-
nho e com força para o vencer, chega
longe, triunfa.
Se não houvesse o sonho e a capaci-
dade de sonhar não teríamos muitas
“Sempre que o Homem so- mas, com certeza, nunca pensaríamos peças importantes da nossa vida e ou-
nha/ o Mundo pula e avan- no sonho. tras coisas que nos rodeiam. Vivería-
A célebre frase de A. Gedeão faz-
ça/ como bola colorida nas mos como pequenas marionetas num
me reflectir sobre ela. Pensando me-
mãos de uma criança.” An- lhor, o que seria um dilema deixa de Mundo grande. Deste modo,
tónio Gedeão o ser. Como alguém disse um dia o vivemos como pessoas grandes
sonho comanda a vida. Enojam-me num Mundo pequeno.
Muitas vezes nos perguntamos o aqueles que não são capazes ou não Faço então minhas, as palavras de
que nos mantém vivos, acordados, estão dispostos a sonhar. A meu ver A.Gedeão: “ Sempre que o Homem
com vontade de querer alguma coisa. tornam-se pessoas sem interesse, sem sonha/ o Mundo pula e avança/ co-
Parece que ficamos perante um dile- vivacidade de alma, garra e ambição. mo bola colorida nas mãos de uma
ma…Eu podia enumerar uma signifi- Aqueles que não sonham deixam de criança.”
cativa quantidade de bens materiais, ter algo por que lutar, tornam-se co-
uma série de motivos, de pessoas, mo náufragos amedrontados em ter- Nádia Tomaz, nº22, 11ºE

O ÓDIO
O ódio é algo tenebroso, algo que deira realidade mas uma realidade Odiamos por amarmos, e amamos
nos consome vivos. destorcida. por esquecermos que odiamos. Não
Por cada vez que odiamos algo ou Mas quem nunca odiou? Ninguém, odiamos qualquer coisa ou pessoa,
alguém, perdemos algo nosso, algo e quem diga o contrário mente, assim apenas odiamos o que nos é impor-
precioso, o dom de compreender, como aqueles que dizem que nunca tante, pois tudo o que não o é, sim-
perdoar, e esquecer, o dom de ver o amaram ou foram amados. plesmente ignoramos.
nosso lado compreensivo em vez de O ódio faz parte de nós, do que
vermos apenas o nosso lado destruti- somos, dos nossos instintos. Odiar e
vo. amar, certo e errado, branco e preto Alexandra Afonso; nº1; 10ºA
Este sentimento efémero, torna-nos são realidades com que nos defronta-
cegos de loucura, e loucos de vingan- mos todos os dias e às quais é impos-
ça, não permite que vejamos a verda- sível fugir.
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Crescer a Escrever

A Fome
Será injusto apenas culpar a políti-
ca, pois também nós, como cidadãos
temos uma pitada de culpa por mui-
tas das “desgraças” às quais assistimos
na televisão. Os nossos sem-abrigo
portugueses, têm de certa forma a
oportunidade de “usufruir” de insti-
tuições que lhes permitem sobreviver
de uma maneira um pouco mais có-
moda na sociedade. Em muitos países
da Europa e do mundo, tal não acon-
tece, há a ignorância e o espírito cita-
dino que “quebra” laços de amizade e
“inter-ajuda” entre as pessoas.
São tantos os problemas que afec-
tam a nossa sociedade e o mundo,
dos quais acabamos por perder a con-
ta, e apenas relembramos de uma
forma calma à frente do televisor. As
injustiças sociais, a fome, a desigual-
A fome, esse problema que vai ge- uma forma despreocupada passa ao dade, as alterações climáticas, entre
rando tantos outros problemas no lado de problemas sociais, problemas tantos outros problemas, são proble-
nosso Mundo actual! De uma forma esses com os quais se deveria preocu- mas aos quais qualquer cidadão fica
calma, silenciosa e injusta, mata mi- par. Neste mundo político também particularmente sensível.
lhares de pessoas por ano. As preocu- existe preocupação, só é de lamentar É pena ver a dura realidade em que
pações políticas, a grande causa deste que seja dirigida para aspectos mate- a sociedade se tornou!
monstruoso aumento de óbitos a ní- rialistas e pessoais dos próprios polí-
vel mundial, observa com um ar indi- ticos, que só pensam na ambição, no
ferente tudo aquilo que muitas das poder, deixando todos os outros por Ana Inês Gonçalves, nº2,10ºE
vezes acontece nas redondezas. A sua conta, “no vazio das suas próprias
política tem olhos para si mesma e de vidas”.

Um olhar pela nossa sociedade


No diário do nosso dia-a-dia depa- Hoje em dia as pessoas “expulsam” Resumindo, as pessoas estão a ficar
ramo-nos com certos problemas na palavras pela boca sem conhecerem cada vez mais “burras” e incultas.
nossa sociedade. Nela, reparamos na o seu verdadeiro significado. Acredi- Como cura para esta doença, acon-
forma como as pessoas se cumpri- to que antigamente o comportamen- selho a releitura de vários clássicos
mentam, falam e interagem umas to das pessoas, principalmente a dos portugueses, para que as pessoas
com as outras. Também nela identi- adolescentes era diferente da exis- possam ver e comparar a nossa escri-
ficamos o comportamento utilizado tente hoje em dia. Com a alteração ta, fala e expressões com as que
face à utilização das palavras. Na do comportamento das pessoas, as eram utilizadas antigamente.
nossa sociedade, as palavras têm vin- palavras já não apresentam as suas
do a perder o seu significado, a sua verdadeiras cores, odores e densida-
verdadeira realidade. Até nos mo- des. A cultura e os estudos que as André Silva,nº2,10 A
mentos de ternura, amor e afecto, as pessoas têm actualmente vão afectar
palavras perderam o seu conteúdo. o nosso “dicionário de palavras”.
10

Crescer a Escrever

Sociedade Egoísta
Nunca esperes que alguém mude sob o prisma do benefício próprio, de uma sociedade sem escrúpulos,
por “outro” alguém. O ser humano é da utilidade pessoal, esqueçamos a da qual fazemos parte. Não conse-
um ser tremendamente egoísta, que sociedade, ela é apenas um meio guimos usar as experiências vividas
só inicia algum processo de mudança onde seres da mesma espécie têm o como forma de crescimento pessoal,
se daí ocorrer algum benefício pró- azar, ou a sorte, de se cruzar e esta- como forma de depreciarmos menos
prio, dado que também, convenha- belecer um diálogo. Perdemos a ca- os habitantes do nosso mundo, ainda
mos, não é fácil deixar o seu tão ha- pacidade de olhar nos olhos, de ver que estes possam ser tão temporá-
bitual e conhecido “mundo estável” os que nos rodeiam, somos carrascos rios como o desejo do nosso capri-
por algo desconhecido. e sacrificados da sociedade do “eu”, cho egoísta.
O ser humano vive a olhar para o da ausência de valores, da ausência O ser humano está a tornar-se a
seu próprio umbigo, fazendo dos de destinos. passos largos num caixote de lixo
que o rodeiam, alguns dos quais cha- No entanto, sabemos comportar- imoral, vive apenas para o fútil, de-
ma de amigos, passatempos que vão mo-nos como vítimas sós e incom- sistiu de investir em si próprio e nos
e vêm, num uso descontínuo, em preendidas do mal comum, aí, não que o rodeiam, vive obcecado com a
proveito das suas próprias necessida- esquecemos o que sofremos, o que escalada para a ascensão social, para
des. nos dói, mas é apenas uma memória o consumo imediato que o deixam
Vivemos num mundo da era rápida temporária, que como sempre aca- vazio em poucos segundos.
e tecnológica, na era da insatisfação, bamos por usar em benefício pró-
na era dos sentimentos virtuais, das prio, como forma de desculpabilizar
relações despersonalizadas, vivemos o nosso comportamento errado,
na era do egocentrismo. Tudo o que porque afinal fomos vítimas de expe- Carolina Caria, nº2,10ºB
nos rodeia só pode ser visualizado riências traumáticas, fomos cobaias
11

Crescer a Ver e a Escrever...

Semelhanças entre o texto de Platão, A Alegoria


da Caverna, e o filme A Ilha
descobrir o mundo que se esconde
por detrás das aparências. Ao atingir
a verdade e a "luz", tanto no filme,
como no texto, o homem tenta
transmitir estes conhecimentos aos
seus amigos da Caverna, que continu-
am a ser homens "adormecidos", mas
estes não aceitam essa transmissão e
consideram o seu transmissor o único
homem errado, pois não querem sair
do conformismo em que se encon-
tram, tal como prova a frase "E a
quem tentasse soltá-los e conduzi-los
até cima, se pudessem agarrá-lo, não
o matariam?".
Na minha perspectiva o filme e o
texto, utilizando a metáfora, transmi-
tem uma mensagem não só comum a
ambas, mas também a todos os Ho-
mens: a condição existencial a que
todos estamos sujeitos é o conformis-
mo, visto que não colocamos ques-
tões, nem nos espantamos constante-
A Alegoria da Caverna, pertencente "primeira realidade" concreta que mente, apenas o fazemos quando vi-
ao livro A República, de Platão, asse- lhes é incutida. Estes prisioneiros não venciamos situações limite (morte,
melha-se por diversas razões ao con- possuem uma atitude filosófica, pois dor, catástrofe, sofrimento entre ou-
teúdo do filme A Ilha, na medida em não mantém um distanciamento críti- tros), visto que quem o fizer sai da
que ambos abordam e exploram o co perante esta "primeira verdade", situação de comodidade, entrando
mesmo tema, utilizando o mesmo não questionando. Logo, adoptam numa desinquietação que obriga ao
método, uma metáfora, que leva à uma postura de conformismo, que é desencadeamento de "lutas" que tra-
reflexão acerca da utilidade e valores a condição existencial a que todos zem consequências. Mas quem se
da Filosofia. estamos sujeitos, devido ao facto de atreve a filosofar recebe a mais valio-
Sendo, portanto, o tema comum termos consciência de que a luta tra- sa recompensa, conhece o mundo
aos dois, são diversos os momentos vada para o alcance do mundo superi- que se esconde por detrás das aparên-
do texto que podemos associar a situ- or (da verdade) envolve muita inqui- cias, descobre o sentido da vida, en-
ações apresentadas no filme, nomea- etação e desassossego, trazendo con- contra explicações para a sua existên-
damente o facto de ambos serem re- sequências. Esta luta é também retra- cia, estando assim num caminho que
tratados, metaforicamente, numa tada por ambas as obras, na medida lhe permite a conquista da felicidade.
caverna ou no mundo subterrâneo, em que um dos prisioneiros se en-
ou seja, num mundo onde os homens contra em condições de filosofar e
são prisioneiros dos senhores que questionar o cenário a que é obrigado
julgam possuir o saber, vivendo, as- a assistir diariamente, conseguindo, Carolina Freitas, nº3 10ºA
sim, na ignorância, caindo no óbvio, com dificuldade e utilizando a sua
sendo a sua existência resumida à filosofia, derrubar os conceitos e os
capacidade de observação da conhecimentos pré-estabelecidos e
12

Poesia

A Criação: Comemoração dos 100 Anos da Re-


um acontecimento inacabado pública

A criação,
Foi um grande acontecimento,
Foi o início das nossas vidas
Um início, um sentimento.

Um sentimento de amor
Foi uma prenda para nós,
de Deus nosso Salvador
Que nos guiou com sua voz.

Com sua voz Ele nos guiou,


E nos continuará a guiar
Do início das nossas vidas
Até os olhos fechar.

No primeiro dia
Deus pegou na sua tela
Onde desenhou
Uma coisa bela.

Essa coisa bela


Que Deus desenhou
É o nosso mundo
Que Ele tanto amou.

Com o passar dos dias


O nosso Salvador se cansou
Pousou a sua tela
E por fim descansou.

Foi um descanso enorme


Um descanso quase sem fim
Pôs um ponto final no trabalho
E os dias ficaram assim.

É por isso que ao Domingo


É dia de descansar
Fechamos os olhos me dormi
Nas profundezas do seu olhar!

Maria Inês Pinheiro; Nº 18 , 7º C


Mathew Pacheco, nº11, 9ºD
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Poesia

Lutemos Natal 2010


A vida é o tempo. Não mais os Natais da minha vida
Não há rugas, Levaram pessoas, tempo, lugares.
Há alegria, Fui criança, jovem e adulta.
Fantasia, As memórias estão comigo.
Sonhos… Esforço-me por ter alegria.
Somos luz, Tudo o que foi já não volta…
Energia, Acreditei no Pai Natal, no sapatinho na chaminé,
Vibração, Numa noite de mistério!
Coração, Acordei no mundo de hoje.
Força interior. Chorei a tristeza dos meninos.
O futuro está em nós.
Esperemo-lo,
Lutemos por ele

Futuro
Não lamentes o tempo que pas-
sou,
Encanta-te com o que há-de vir.
O Hoje é já amanhã,
Vive-o o melhor que puderes.
Vida é miragem inesperada,
Aparece no deserto do ser.
Cremos ficar, correr,
Rir, crescer.
Esperamos continuar.
Será longa a caminhada?
Pouco importa,
Vivamos o oásis.
Um Sonho
Vida sem guerra,
Três sorrisos bem do fundo.
Com paz, amor que não erra,
Vamos reformar o Mundo.

Maria Isabel Duarte


Avó dos alunos Sofia Tavares e José Pedro Tavares)
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Biblioteca Escolar

Cem Anos de República


do.
A turma 8.º F envolveu-se na dramatização do poema
"Cem Anos de República", escrito pela professora Emí-
lia Barbeira. Depois de alguns dias de ensaio e de reco-
lha de materiais e guarda-roupa para a peça, os jovens
actores e actrizes colocaram de lado o nervosismo e a
vergonha e presentearam colegas e professores com uma
belíssima dramatização. Como espectadores, a turma
8.º E gostou da actividade e da prestação dos colegas e
alguns dos seus elementos partilharam a sua opinião
connosco: “Eu gostei da dramatização e do trabalho dos
meus colegas”, Micael; “Achei que estavam um pouco
nervosos, mas depois correu tudo bem e eu gostei do
teatro”, Diogo.
Depois da dramatização e de uma sessão de fotos para
No dia 06 de Outubro, comemorou-se o Centenário da mais tarde recordar, o grupo foi colocar a bandeira naci-
Primeira República com actividades que envolveram onal na árvore do centenário plantada no ano passado.
alunos das turmas 8.º E e 8.º F e alguns professores de
diversos Grupos Disciplinares, complementando, desta Professora Sandra Santos
forma, as iniciativas levadas a cabo no ano lectivo passa-

Comemoração dos 100 anos de República

Durante o ano lectivo de de diversos anos de escolaridade);


2009/2010 aos alunos da Escola Se- plantação de uma árvore – o local
cundária da Sé foi proposto homena- onde esta iria permanecer, foi cava-
gear os cem anos de República. do e tratado. Todos se compromete-
Constituíram-se grupos que elabo- ram a cuidar desta árvore, designada
raram trabalhos diversos: cartazes, por “árvore do centenário da repú-
marcadores de livros e outros regis- blica”. Ela está, até hoje, em bom
tos em suporte digital como por estado, mais desenvolvida e parece
exemplo vídeos. Os referidos traba- resistir ao vento e ao frio da cidade .
lhos foram afixados no espaço da E é assim que a nossa escola tem es-
biblioteca escolar durante a semana tado a comemorar, os cem anos de
da Disciplina de História. república.
Estes festejos, a nível nacional,
prolongaram-se pelo ano lectivo de
2010/2011. Foram já efectuadas, Ana Moura nº1
entre outras actividades: declamação Bárbara Batista,nº2
de poemas, trabalhos de pesquisa, Luís Cerca, nº10
largada de balões, (onde cada aluno nada com a república – actividade na
escreveu uma frase/palavra relacio- qual participaram diferentes turmas
15

Biblioteca Escolar

Mês Internacional da Biblioteca Escolar assinalado na Escola


simbolicamente assinalado com a criação do blogue da
biblioteca. Esta tarefa coube à professora Dolores Car-
reira e às suas alunas de Língua Portuguesa Não Materna,
que deram início ao blogue em resposta ao repto que
lhes foi lançado pela professora Sandra Santos. No pri-
meiro post, são relembradas palavras que remetem para a
importância que a leitura pode assumir na vida das pesso-
as: “Lendo-se pela primeira vez um bom livro, experi-
menta-se o mesmo prazer que se experimentaria se se
adquirisse um novo amigo: relê-lo, é um antigo amigo
que se recebe.”
O blogue conta com a colaboração de alguns professo-
res e alunos da nossa escola e visa ser um espaço de par-
No passado mês de Outubro, a biblioteca assinalou o tilha e de divulgação das actividades levadas a cabo pela
“Mês Internacional da Biblioteca Escolar”, instituído em nossa biblioteca. Para o fazer crescer, contamos com a
2007 pela IASL (International Association of School Li- colaboração de todos os que quiserem partilhar uma lei-
brarianship), e o “Dia da Biblioteca Escolar”, celebrado tura, uma curiosidade ou algo que julgue pertinente e
no dia 25. A equipa responsável pela nossa biblioteca não esteja relacionado com actividades, livros, leitores e tu-
quis deixar passar a oportunidade e contou com a cola- do o mais que faça parte da vida de uma biblioteca. Jun-
boração de amigos e utilizadores que se envolveram nas tem-se ao nosso BiblioTech@rte em http://
diversas actividades propostas. bibliotecarte.blogspot.com!
Para além da elaboração e afixação de cartazes, elabo-
rados por alunas de artes e pela professora Susana Venân- Professoras Sandra Santos
cio, e a distribuição de marcadores de livros, o dia 25 foi

Palavras à solta na biblioteca: sessão de partilha de leituras


colegas do 8.º B e 7.º B as aventuras e os segredos que
descobriram ao ler as histórias, respondendo a um desa-
fio lançado pela Professora Noémia Martins nas aulas de
Língua Portuguesa.
O nervosismo inicial foi facilmente ultrapassado pela
vontade de mostrar a todos os presentes as apresentações
elaboradas e o resultado foi uma agradável surpresa! Fi-
cámos a conhecer obras como O Gato Malhado e a Andori-
nha Sinhá, História de uma gaivota e do gato que a ensinou a
voar, Oliver Twist, A lua de Joana, entre outras selecciona-
das pelos alunos de acordo com as suas preferências. A
determinada altura, até a música da valsa ajudou a criar
um ambiente propício à partilha de leituras.
Depois de ouvir as histórias, os alunos deram a sua opi-
nião sobre a história preferida e aquela que suscitou mais
Nos dias 4 10 de Novembro houve palavras à solta na interesse e a turma do 7.º B prontificou-se a ilustrar os
Biblioteca. Normalmente aprisionadas nos livros ordena- títulos das obras abordadas, uma tarefa a levar a cabo na
damente colocados nas estantes à espera de leitores inte- disciplina de Oficina de Artes.
ressados e aventureiros, as palavras de várias histórias Continuação de muitas e boas leituras!
andaram pela biblioteca e encantaram quem as ouviu.
Primeiro, encantaram alunos e alunas das Turma A e D Professora Sandra Santos
do 8.º Ano, que leram os livros e quiseram mostrar aos
17

Biologia

Infertilidade
define infertilidade como a incapaci- ovulação, na qual estão incluídas dis-
dade de engravidar após dois anos de funções ováricas e causas hormonais
relações sexuais desprotegidas. Este é que afectam a ovulação. Disfunções
um tema bastante actual, ao qual se tubo-peritoneais e uterinas são tam-
deve dar especial atenção de modo a bém algumas das causas da infertili-
tentar solucionar este problema. Se- dade nas mulheres.
gundo uma estimativa da OMS cerca A concepção espontânea, natural e
de 20 em cada 100 casais revela difi- com êxito, exige da parte do homem
culdades em engravidar. Existe um uma espermatogénese que lhe permi-
aconselhamento diferenciado de ta ter um bom número de esperma-
acordo com as diferentes faixas etá- tozóides saudáveis, morfologicamen-
Do amor que une um homem e rias. Casais entre os 20 e os 30 anos te normais e com mobilidade. Para
uma mulher, resulta um novo indiví- que apresentem insucesso na gravi- além da inferioridade ou baixa quali-
duo com um conjunto de caracterís- dez, devem procurar ajuda ao fim de dade do esperma, também certas
ticas comportamentais, pensamen- um ano e meio a dois anos; se têm anomalias anatómicas e disfunções
tos, atitudes e emoções originais e entre 30 e 35 anos são sugeridos 12 funcionais, associadas a causas huma-
completamente diferentes uns dos meses; se têm mais de 35 anos de- nas ou psicogénicas, têm um papel
outros. vem procurar ajuda após 6 meses. importante na infertilidade masculi-
A primeira e visível aparência de Como sabemos há diversos tipos de na.
diferença é a grande separação entre infertilidade, quer masculina quer Para a maioria dos casais, a infertili-
homem e mulher. O género ou sexo, feminina. Ao contrário do que se dade é bem mais do que uma simples
masculino ou feminino, do novo ser possa pensar, a mulher não é a causa condição física. Um diagnóstico de
é determinado no momento da ferti- da infertilidade, sendo um fenómeno infertilidade acarreta também sobre-
lização, quando um óvulo é fecunda- partilhado, onde os factores femini- cargas emocionais e sociais intensas.
do por um espermatozóide com um nos e masculinos têm um peso idên- Para procurar solucionar a infertili-
cromossoma sexual Y ou X. tico, de aproximadamente 40%. Os dade de certos casais têm vindo a
O desejo de poder escolher o sexo restantes 20% estão relacionados desenvolver-se métodos de reprodu-
dos descendentes não é recente e com factores conjugados entre o ho- ção medicamente assistida que ofere-
para alguns representa mais do que mem e a mulher, estando geralmente cem a casais aparentemente inférteis
um mero capricho. Com o aumento relacionados com factores psicológi- a probabilidade de terem um filho.
do conhecimento dos fenómenos cos (causas psicogénicas). Estas técnicas não são totalmente
reprodutivos e o aperfeiçoamento Vamos abordar agora as causas de fidedignas, uma vez que não há a cer-
das tecnologias, assistiu-se a um cres- infertilidade masculina e feminina.As teza de proporcionarem uma gravi-
cimento súbito em todo o mundo da causas de infertilidade podem ser de dez. Actualmente as técnicas mais
reprodução medicamente assistida. desenvolvimento, endócrinas, doen- utilizadas são a inseminação artificial,
Se à fertilidade for somada a certeza ças, a ansiedade e até mesmo o con- a fertilização in vitro e a injecção intra
do sexo do bebé, o controlo sobre o sumo de álcool ou drogas. A idade é -citoplasmática (ICSI).
futuro familiar aumenta. Por vezes, a também um factor determinante tan- A inseminação intra-uterina ou artifi-
determinação do sexo do bebé é im- to no homem como na mulher. A cial consiste na introdução de esper-
portante, como no caso de doenças mulher atinge o seu auge de fertilida- matozóides directamente no útero.
genéticas que só se desenvolvem em de por volta dos 25 anos até aos 35, Este método é usado quando, por
bebés do sexo masculino. começando depois a baixar, enquan- exemplo, existe um muco cervical
Actualmente possuímos conheci- to que no homem o pico é atingido hostil sendo necessário ultrapassar
mentos e técnicas capazes de contro- aos 25 anos, diminuindo depois pro- esta barreira ou também devido à
lar a fertilidade e assim, o fenómeno gressivamente mas de um modo me- baixa mobilidade dos espermatozói-
da vida. Focar-nos-emos agora no nos acentuado do que na mulher. des.
tema da infertilidade. Na mulher a maioria dos casos estão
A Organização Mundial de Saúde relacionados com perturbações da
18

Biologia / Área de Projecto

Infertilidade
A fertilização in vitro (FIV) con- útero feminino. Em suma, o principal objectivo da
siste em fazer ocorrer a fecundação Outro dos métodos mais usados é a reprodução medicamente assistida é
fora do corpo da mulher, num tudo injecção intra-citoplasmática. É utili- garantir a fecundação e proporcionar
de ensaio, onde se provoca a união zado em casos de infertilidade mas- ao casal a maior alegria que pode
dos gâmetas anteriormente seleccio- culina, na qual os espermatozóides haver: ter um filho. Porém, e como
nados. É utilizada em casos onde a não têm mobilidade devido a uma tudo, apesar de conseguir responder
deficiência não se encontra só num espermatogénese deficiente. Os seus ao desejo de numerosos casais esté-
elemento do casal, mas sim em am- métodos são semelhantes aos da FIV, reis, acarreta as suas desvantagens já
bos. Lesões ligadas ao tubo- existindo também uma punção dos que pode provocar alguns efeitos
peritoneal ou em relação ao muco gâmetas. A diferença reside no facto secundários e tem levantado várias
cervical, na mulher, e em situações de o espermatozóide ou o pró-núcleo questões morais que põem em causa
de espermatogénese defeituosa, no masculino ser injectado directamente a legitimidade dos progressos cientí-
homem. Realiza-se então a selecção no oócito. De seguida o processo é o ficos feitos nesta área.
dos gâmetas masculino e feminino, mesmo, dá-se a observação do cres-
seguida da colocação num tubo de cimento do zigoto e futura selecção Miguel Monteiro, nº13
ensaio, onde irá ocorrer a fecunda- daquele que melhor se poderá adap- Miguel Lopes, nº14
ção. O ovo desenvolve-se, até que, já tar e instalar no útero da mulher. Pedro Cairrão, nº16
na fase de embrião é introduzido no 12ºB

Se eu fosse…Cientista
Rui Costa, uma vez que, este é um jovem investigador do
Centro de Champalimaud, de mérito reconhecido quer
nacional quer internacionalmente e é natural da Guarda.

Para alcançarmos o sucesso esperado neste concurso, o


nosso grupo já teve oportunidade de entrevistar os familia-
res e o próprio cientista. O professor Rui Costa revelou-se
uma pessoa muito acessível e durante a conversa contou-
nos histórias da sua vida: estudou na Escola Secundária
Afonso de Albuquerque onde adquiriu as ferramentas que
o levaram ao sucesso, tendo depois concluído a licenciatu-
ra em Medicina Veterinária na Universidade Técnica de
Lisboa. Esta profissão foi exercida pelo Professor Rui Cos-
ta durante algum tempo e só depois este descobriu que a
“Se eu fosse…Cientista” é um concurso organizado pela sua vida passava pela investigação científica (área de neuro-
Ciência Hoje/ Ciência Viva, com inicio a 27 de Setembro ciências) onde se está a revelar um génio. Ganhou uma
de 2010 e fim no dia 21 de Maio de 2011. Neste concurso bolsa, entre 2503 investigadores, de 1,6 milhões de euros
cada equipa imagina-se como um cientista, não importa a para investigar as diferenças, no cérebro, das acções inten-
área cientifica, de que país ou de que época. cionais e das tomadas por hábito.
A prestação de cada equipa consiste em explicar o per-
curso desse cientista e do seu trabalho científico de acordo Adriana Vaz nº1
com três provas solicitadas. Ana Catarina nº2
Um grupo de cinco alunas do 12ºF, no âmbito da disci- Carolina Monteiro nº7
plina de área de projecto, inscreveram-se neste concurso Joana Lopes nº12
tendo como orientadora a Professora Maria de La Salete Laura Morais nº14
12ºF
Seara Paixão. O cientista escolhido por nós foi o Professor
19

Arte

Artes na Escola Secundária da Sé


nos que hoje navegam a bel prazer e
nos dariam grandes “banhadas” se
fosse preciso.
Uma escola com artes, tem que
assumir o facto/princípio/intenção.
Agilizar pequenas dinâmicas/modos,
de forma que os alunos de modo al-
gum imputem à instituição a quebra
de expectativas natural/desejável e
necessária.
Descrevendo a área artística como
próxima da extravagância, diremos
que falta neste momento arrojo, tal-
vez a todos; falta subir os níveis de
auto-estima e sensação de pertença
em toda a comunidade escolar, que
leve a uma vontade de afirmação
inequívoca do facto essencial: Curso
de artes Visuais na Escola Secundária
da Sé – GUARDA.
Da minha curta experiência, temos
nos nossos alunos de artes do secun-
dário, muitos alunos com alguma
carência teórica ao nível conceptual,
Como professor, ainda pouco en- as ânsias dos nossos alunos? Esta mas no entanto dadas as condicio-
trosado na comunidade escolar da apregoada autonomia das escolas em nantes, bons executantes de formas
Escola Secundária da Sé, vejo com que é que realmente de positivo re- estéticas, soluções gráficas/artísticas
alguma preocupação a existência des- sultou? Serão estes nossos alunos, nas diferentes formas programáticas.
te curso nesta escola. frequentadores do ensino tendencial- Se aqui afirmarmos que com que
Um “quase /recente ” professor, não mente gratuito, bons receptores do parcos materiais executam os nossos
deveria dar “palpites” sobre a escola, que os “programas” indicam? alunos os seus trabalhos académicos;
e mais ainda sobre o seu funciona- Tive a sorte de ao longo da minha mais ainda quando comparados com
mento; no entanto, foi-me lançado o demorada caminhada pelo ensino os resultados obtidos, ficaremos sur-
desafio, que aqui segue de forma (dos sete aos 31 anos), ter passado preendidos. Considero que estamos
moderada. por várias e ricas experiências artísti- na presença de alunos que executan-
Esta nossa escola, tem uma dimen- cas, quer em escolas de parcos recur- do com parcos recursos, executam a
são muito além daquilo que às vezes sos, quer mais tarde em escolas de “arte pobre” de forma bastante rica.
pensamos. Tem um potencial que referência, nomeadamente António Como seria este curso numa escola
urge fazer aparecer, reaparecer, ou Arroio em Lisboa ou Belas Artes no (global/nacional) que percebesse e
dar à luz. Refiro aqui a presença/ Porto. Nunca achei as condições um respondesse (conseguisse responder)
disponibilidade de um Curso de Ar- problema, nem muitas vezes os pro- aos anseios dos nossos alunos e pro-
tes no secundário. blemas uma condicionante. fessores?
Quantos da comunidade escolar, Os alunos que eram meus colegas, Post Scriptum: Estive a escrever
essa “forma mais alargada”, tem co- no secundário e seguintes, eram este texto, numas condições fantásti-
nhecimento dessa realidade – curso aqueles jovens que usavam roupas cas, Direcção recentemente empos-
de artes ? As instituições são elas pretas, e pareciam como os nossos sada, Ministério também quase a
mais as suas circunstâncias. Eu diria jovens hoje, perfeitas figuras retira- aquecer o lugar (portanto inimputá-
mais, são elas mais os seus constran- das de filmes de animação juvenil. veis , e sempre a tempo de daqui prá
gimentos. Fomos uma geração que descobriu frente só a subir).
Este nosso curso, que qualquer dia muito a custo as novas tecnologias,
será único no Distrito, “completa” em contraponto com os nossos alu- Professor Agostinho Silva
20

Desporto Escolar

Recepção aos alunos


No dia 10 de Setembro, pela ma- forma divertida, deslocar tabuleiros aprender as suas regras de funciona-
nhã, os novos alunos do 7º ano foram sem correr mantendo o equilíbrio na mento, os alunos tiveram a oportuni-
recebidos pela Directora, Prof. Cris- cantina, testar a perícia e espírito de dade de realizar actividades com os
tina Vicente no salão da Escola, se- equipa no pavilhão, realizar um pu- novos colegas, criando laços de ami-
guindo-se o encontro com os respec- zzle digital com a foto de cada aluno zade, cooperação e solidariedade na
tivos Directores de Turma para co- da turma no salão dos alunos, realizar turma e olhando para a escola como
nhecerem os espaços da sua “NOVA passo a passo um caminho escondido um local agradável de desafios que
ESCOLA”. Até aqui tudo normal… por onde todos teriam de passar no todos podem superar.
Mas a surpresa estava preparada pelo recinto desportivo exterior, e, procu-
grupo de Educação Física – Um DE- rar as respostas de um questionário
SAFIO para as novas turmas. sobre a Escola na biblioteca, foram
Em cada espaço um jogo estava pre- actividades que os nossos mais recen- Grupo de Educação Física
parado para os alunos. Comer bola- tes alunos superaram brilhantemente.
chas no Bar, ordeiramente e de uma Para além de conhecer a escola e

Corta Mato Escolar


lações da nossa escola e contou com a Gonçalves, 9ºE / (3º) Norton Mine-
participação de 165 alunos, que ape- gatti, 9ºD.
sar da manhã fria mostraram muito Juvenis Femininos – (1º) Diana Ro-
empenho na realização do percurso. drigues, 10ºF / (2º) Alison Pimentel,
É de salientar os três primeiros lu- 9ºE / (3º) Jéssica Fogeiro, 10ºD.
gares de cada escalão: Juvenis Masculinos – (1º) António
Infantis Femininos – (1º) Mariana Silva, 10ºF / (2º) Miguel Leão,
Gil, 7ºB / (2º) Beatriz Pina, 7ºB / 11ºD / (3º) Ricardo Santos, 11ºD.
(3º) Catarina Belo, 7ºD. Juniores Femininos – (1º) Ana Ro-
Infantis Masculinos – (1º) Miguel jão, 11ºG .
Silva, 7ºC / (2º) André Pinheiro, Juniores Masculinos – (1º) Samuel
7ºC / (3º) Luís Trindade, 7ºC. Pereira, 12ºG / (2º) André Mateus,
Iniciados Femininos – (1º) Isabela 12ºG / (3º) Luís Soares, 12ºG
Santos, 9ºA / (2º) Mariana Mateus,
Realizou-se no passado dia 10 de 9ºA / (3º) Mariana Neca, 8ºE.
Novembro de 2010, o Corta Mato Iniciados Masculinos – (1º) Grupo de Educação Física
Escolar. A prova decorreu nas insta- Matthew Pacheco, 9ºD / (2º) Simão

O Desporto Escolar espera por TI...


A Nossa Escola tem à tua disposição Ginástica Acrobática; Aparelhos; Natação – Professora Teresa Fileno
uma variedade de modalidades de Grupo; Trampolins – Professor João – 3ª Feira (15:00 – 16:30) e 4ª Feira
desporto escolar que podes praticar Santana – 6ª Feira (17:45 – 20:00) (14:30 – 16:00)
nos teus tempos livres. Ficam aqui Badminton – Professor Marco Araú- Futsal Juvenis Masculinos – Pro-
algumas informações para poderes jo – 4ª Feira (17:45 – 20:00) fessor José Oliveira – 5ª Feira (17:45
consultar e escolher a tua modalidade Basquetebol Juvenis Masculinos – – 20:00)
preferida. Professor José Paulos – 3ª Feira
Ginástica Acrobática; Aparelhos; (17:45 – 20:00) Esperamos por TI…
Grupo; Trampolins – Professor Mi- Andebol Juvenis Masculinos – Pro-
guel Figueiredo – 2ª Feira (17:45 – fessor João Viterbo – 2ª Feira (17:45 Grupo de Educação Física
20:00) – 20:00)
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Informática

Os jogos online estão na mira dos ciber- criminosos


um post demasiado revelador pode
ser tão problemático como uma foto
ou um vídeo de uma festa. No Face-
book, nada é esquecido.
3. Tenha cuidado com os falsos ami-
gos: Os gestores das redes sociais
não costumam verificar se o titular
de uma conta de utilizador particu-
lar é quem diz ser. Portanto, os uti-
lizadores devem avaliar cuidadosa-
mente todos os novos pedidos de
amizade. Em média, cada utilizador
do Facebook tem 130 amigos na sua
lista, sendo que alguns deles podem,
na verdade, não ser “realmente”
bons amigos.
4. Proteja a sua própria identidade:
Já ocorreram casos de usurpação de
identidade em que os criminosos
Os jogos online gozam de uma em que lhe são oferecidos cupões utilizaram perfis de utilizadores para
grande popularidade junto da comu- grátis para recarregar a sua conta chantagear as suas vítimas, que se
nidade da Internet: só no Facebook virtual, apague-as de imediato. As vêm obrigadas a pagar dinheiro para
há mais de 200 milhões de utilizado- hipóteses de acabar por ser vítima evitar que a sua reputação seja arrui-
res por mês a usar algum dos seus de práticas de phishing ou de ser nada online, com a publicação, por
jogos on-line. O jogo mais popular infectado como consequência das exemplo, de fotos comprometedo-
é o FarmVille, com mais de 70 mi- mesmas são de quase 100%. ras. Os utilizadores podem, ainda,
lhões de jogadores. No entanto, 3) Se for convidado a registar-se em ser alvo de roubo da sua identidade
neste mundo aparentemente diverti- jogos através de redes sociais, verifi- e do “sequestro” das suas passwords
do também se escondem alguns pe- que primeiro a reputação do distri- através de ataques de phishing.
rigos. Há poucos dias, por exemplo, buidor do jogo. 5. Evite ataques de malware: Pragas
a empresa matriz do FarmVille, a Conselhos gerais de segurança para como a do worm Koobface propa-
Zynga, viu-se obrigada a cancelar utilizar o Facebook: gam-se através das redes sociais,
assinaturas móveis e ofertas suspei- 1. Verifique a sua configuração de bem como através de outras vias
tas que convidavam os jogadores a protecção de dados: Deve especifi- mais tradicionais como o e-mail. As
registar-se para poderem usufruir de car que informações os seus amigos vítimas recebem um link que supos-
serviços de Internet em troca de podem ver, que informações são tamente os leva a ver um “vídeo
“dinheiro virtual”. totalmente públicas e que direitos se espectacular”, mas, em vez de ver
A crescente popularidade das apli- reserva o Facebook. Portanto, ao esse vídeo, ao clicar sobre o link o
cações para Facebook, como os jo- registar-se numa rede social, preen- PC é infectado e adicionado a uma
gos on-line, representa um aumento cha apenas os campos indispensáveis “botnet” – uma rede de computado-
do risco para os utilizadores na for- e seleccione a configuração mais res infectados, utilizada para coor-
ma de malware, phishing e ataques conservadora. É melhor começar denar envios massivos de spam ou
de hackers. por se registar utilizando uma conta levar a cabo ataques conjuntos –,
Alguns dos conselhos para os utili- com dados inventados, o que lhe controlada por ciber-criminosos.
zadores de jogos e aplicações: permitirá verificar a informação que
1) Se estiver disposto a gastar di- passa a estar disponível na Internet.
nheiro real em bens virtuais, faça-o 2. Tenha cuidado com o que publi- Professor Didier Ribeiro
apenas através dos canais oficiais. ca: Os utilizadores do Facebook
2) Se receber mensagens de e-mail deveriam ter sempre em conta que
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The English Page

One World, Many Languages

“My country is my language” Fernando Pessoa

“We could do business in English, surf in English, but that we cry in Portuguese.” José Saramago

“England and America are two countries separated by the same language” George Bernard Shaw

Language as a way to express yourself...


Almost each country has its own who try will never fully succeed. of America make use of the one and
culture, at least in the world that we They will not be able to get to the the same language, we can not deny
know of. What is a culture? What essence of it. Even more so, one the differences used by both. Be-
defines it most? In one word, the language is divided into different cause of the colonisation of the New
language. A language is not just dialects. And these distinguish peo- World some very old-fashioned
grammar, spelling and construction ple of the same nationality in even English words, words which
of phrases. Words can be very am- more different groups. A dialect emerged in the U.K., are still used
biguous if we do not understand represents a certain region or city. nowadays by the Americans. A lan-
their full meaning in the right con- Someone born in Scotland has Eng- guage is something very alive. One
text. When Pessoa said “My country lish as its official first language, but could compare a word to a human
is my language”, he did not mean lit- he will identify himself in the first being. It is born, it grows, it be-
erally that he lived in a language. He place with the Scottish dialect. Scot- comes mature, it reaches a peek and
tried to explain what, in his vision, land is situated in the United King- from there it starts to become old-
characterizes most a country. dom, but has clearly its own cul- fashioned until it is used no more.
Words are used to express one‟s ture, habits, dialect and traditions(a That is why a language is so im-
feelings. Misery, happiness, pain, kilt is not at all common in Wales portant to a culture, as the people
anger, „saudade‟, each one of these nor England). This shows that a lan- who define it develop, it develops
words has its proper emotion. Each guage is something very complex. along with them.
word is more than just some ordi- As George Bernard Shaw said
nary letters placed in such a way that “England and America are two countries
they actually mean something. As separated by the same language”. What
Saramago said “We could do business Shaw tries to say is that one lan-
in English, surf in English, but we cry in guage, when isolated, can evolve Daniela Jacinto, nº 7
Portuguese.”. Some of the “double” into two separate societies each with Deirdre Jelske , nº 8
meanings get lost in translation. its own moral and norms, and cus- 12ºB
Words as „saudade‟ are not easily toms. Although, officially, the Unit-
translated into English, and those ed Kingdom and the United States
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The English Page

One World, Many Languages


Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usa- There is a time when we have to abandon the old clothes
das - que têm a forma do nosso corpo - e esquecer os – which already have the shape of our body – forget our
nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos luga- paths which take us always to the same places. It is the
res… É o tempo da travessia e, se não ousarmos fazê-la, time of changing and if we don‟t dare to do it, we will
teremos ficado para sempre à margem de nós mesmos. always be on the fringes of ourselves.
(Fernando Pessoa) (Fernando Pessoa)

There is a time when we have to “We must get out of our comfort door and search for new paths. No
forget about what we are and what zone, take a chance and dare to try one will or can do it for you. Live
we know. Nowadays, people are so and discover new things, ignoring your life with your eyes wide open,
stuck to their daily life routines and the fear of falling or of feeling frus- today may be when your own book
to the comfort that they bring them trated.”It is not necessary extreme begins as the rest is still unwritten.
that, sometimes, they become inca- life make over. However, and even
pable of reaching the unknown. We if we keep our standards of living, Andreia Crespo nº1
need to see beyond our human con- we should be able to widen our hori- Marta Costa nº12
dition! Like Fernando Pessoa said zons. If we aren´t capable of doing 12ºB
“we need to forget our paths, which that, we will risk regretting it later.
always take us to the same places. So look around, step outside your

Multiligualism or English Only?


of the USA and England. We can‟t
also deny the power that native
speakers have but as communication
is something we need so much,
there‟s a need to be understood,
there‟s a need to have a link between
different cultures and speakers. It is
impossible to be isolated, we can‟t
stop the globalization and the physi-
cal barriers are disappearing too. All
languages are important and they are
the first trait to identify someone.

“We speak Portuguese, so, we are


Portuguese”

This is a question aroused in our important a global language may be. Alunos 12ºH
English lesson… English seems to be the appropriated
The evolution of society and the language to work as a global lan-
globalization make us wonder how guage, when we think of the power
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ÚLTIMA

Entrega de Prémios de Mérito e de Certificados de Ex-


celência aos alunos da Escola Secundária da Sé
cia, de acordo com o previsto no arti-
go 190º, do Regulamento Interno da
Escola. Os alunos distinguidos obti-
veram média de 5 valores nos7º, 8º
ou 9ºanos e média igual ou superior a
18 valores no 10º, 11º ou 12ºanos. É
de salientar, que 31 dos alunos da
escola receberam este certificado o
que é um orgulho para todos os en-
volvidos.
A cerimónia contou com a presença
dos Encarregados de Educação dos
alunos premiados, dos professores e
de outros elementos da comunidade
educativa. Actividades como esta
A Direcção da Escola Secundária secundário dos cursos científico hu- motivam os alunos para alcançarem
da Sé, na Guarda, realizou no dia 10 manísticos e o melhor aluno dos cur- ainda melhores resultados.
de Setembro, pelas 11h00, a cerimó- sos profissionais. Desta forma, os No mesmo dia foi também feita a
nia de entrega de Prémios de Mérito Prémios de Mérito na Escola Secun- recepção aos alunos dos 7º e 10º
e de Certificados relativos ao quadro dária da Sé foram atribuídos à aluna anos, que farão parte desta Escola no
de Excelência dos alunos. Joana Rei, melhor aluna no ano presente ano lectivo.
No início da cerimónia, a directora 2009/2010 dos cursos científico hu- A cerimónia, a par de outras activi-
agradeceu a todos os que colabora- manísticos e ao aluno Fernando An- dades, marcou o arranque do ano
ram na formação dos alunos e que tunes, melhor aluno no ano lectivo de 2010/2011.
contribuíram para os excelentes re- 2009/2010 dos cursos profissionais. A Directora da Escola terminou
sultados escolares obtidos no ano Os Certificados de Quadro de Ex- agradecendo a presença de todos e
lectivo 2009/2010. celência que permitem distinguir os desejando um bom ano lectivo.
Os Prémios de Mérito, instituídos alunos pelos resultados escolares ob-
pelo Ministério da Educação, têm tidos no ano lectivo anterior, foram
como objectivo distinguir, em cada propostos pelos Conselhos de Turma Professora Carla Tavares
escola, o melhor aluno do ensino para integrar o Quadro de Excelên-

FICHA TÉCNICA:

Publicação Trimestral
Direcção: Escola Secundária da Sé - Guarda
Coordenação / Paginação: Carla Tavares
Revisão: Cristina Reinas, Sandra Santos
Equipa do Jornal: Ana Sofia Gonçalves, Adriano , Carla Tavares, Cristina Reinas, Elsa Matias
Logótipo: Maurício Vieira
Colaboradores:
Professores - Agostinho Silva, Anabela Pereira, Cristina Vicente, Didier Ribeiro, Emília Barbeira, Eugénia Costa, Fátima Amaral, Salete Paixão, Sandra Santos,
Grupo de Educação Física
Intérprete LGP - Joana Silva
Alunos - Ana Catarina, Ana Moura, Adriana Vaz ,Andreia Crespo, Alexandra Afonso, Ana Inês Gonçalves, André Silva, Bárbara Batista, Carolina Caria, Caroli-
na Freitas, Carolina Monteiro, Daniela Jacinto, Deirde Jelske, Diana Gomes, Francisca Escada, Joana Lopes, Laura Morais, Luís Cerca, Luís Pinto, Marco Ban-
deirinha, Maria Inês Pinheiro, Marta Costa, Mathew Pacheco, Miguel Monteiro, Nádia Tomaz, Pedro Cairrão, Rui Teixeira, Ana Isabel Varelas, Alunos 12ºH
Familiares: Maria Isabel Carvalho Duarte
Tiragem: 300 exemplares
Impressão: Escola Secundária da Sé - Guarda

Podem enviar todos os artigos e trabalhos para o e-mail: jornalolhar@gmail.com

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