A Escola de Sargentos das Armas (EsSA) é o estabelecimento de ensino destinado,
exclusivamente, à formação dos sargentos de carreira das Armas do Exército Brasileiro:
Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia e Comunicações.
Para o cumprimento de sua missão, seleciona jovens de todas as partes do Brasil,
submetendo-os a intenso adestramento que lhes aprimora o caráter, desenvolve a capacidade física e o conhecimento da profissão militar.
A Infantaria compreende o conjunto das tropas de um exército
particularmente apto para realizar o combate a pé, ainda que utilizando-se de meios de transportes terrestre, aéreos ou aquáticos, para o seu deslocamento. É, por excelência, a arma do combate aproximado, apta a operar em qualquer tipo de terreno e sob quaisquer condições de tempo e visibilidade . Na ofensiva, sua missão é cerrar sob o inimigo para destruí-lo ou capturá-lo, utilizando-se , para isto, do fogo, do movimento e combate aproximado. Na defensiva, sua missão é manter o terreno, impedindo, resistindo ou repelindo o ataque inimigo, por meio do fogo e do combate aproximado, expulsando-o ou destruindo-o pelo contra-ataque. Na defesa integrada participa, com as demais forças legais, na execução das ações preventivas, repressivas e operativas. Devido às suas características, torna- se instrumento decisivo, quando empregada na garantia da lei e da ordem. Desde os primórdios, o homem busca combater o seu inimigo em melhores condições. Desse imperativo, surgiu a palavra AKVA, de origem sânscrita, cujo significado é “combater em vantagem de posição”, originando dessa forma, a Arma de Cavalaria. Na antiguidade, essa vantagem era conseguida por meio do uso de plataformas empurradas por guerreiros. Mais tarde, as plataformas foram sendo substituídas por elefantes, camelos e cavalos. O aperfeiçoamento das armas, decorrentes da rápida evolução tecnológica dos últimos anos, ampliou suas possibilidades, por meio da agregação de inovações nas modernas plataformas de combate. Hoje, no bojo dos modernos carros de combate que, atualmente, equipam o Exército Brasileiro, ou sob as asas de helicópteros de reconhecimento e ataque, a Cavalaria continua atuando em largas frentes, precedendo as forças terrestres, reconhecendo, provendo segurança e realizando manobras envolventes e profundas, missões consagradas da Arma de Cavalaria. Além disso, suas características de flexibilidade, capacidade de manobra, ação de choque, comunicações amplas e flexíveis, potência de fogo e proteção blindada lhe conferem, atualmente, grande importância no campo de batalha tridimensional e não linear, cada vez mais letal e dinâmico.
A Artilharia do Exército Brasileiro atua em duas vertentes: a de Campanha e a
Antiaérea. A Artilharia de Campanha tem por missão apoiar as armas-base (Infantaria e Cavalaria) pelo fogo, destruindo ou neutralizando alvos terrestres que ameacem o êxito das operações. Suas unidades e subunidades podem ser dotadas de obuseiros, canhões, mísseis ou foguetes.
A Artilharia Antiaérea – componente terrestre da defesa aeroespacial ativa do país
– realiza a defesa antiaérea de forças, instalações ou áreas. Para isso dispõe de canhões e mísseis. As características da Artilharia são a rapidez e a precisão para destruir ou neutralizar os alvos localizados no campo de batalha - sejam eles terrestres ou aéreos.
A Engenharia é a arma que apóia a mobilidade, contramobilidade e a proteção,
caracterizando-se como fator multiplicador do poder de combate. A Arma de Engenharia está ramificada em Engenharia de Combate e Engenharia de Construção. A Engenharia de combate apóia as armas-bases, facilitando o deslocamento das tropas amigas, lançando pontes e portadas, reparando estradas, eliminando os obstáculos à progressão e, ainda, dificultando o movimento do inimigo. Em uma operação de transposição de cursos de água (obstáculo de grande envergadura) a manobra está diretamente atrelada a Engenharia. A Engenharia de Construção, em tempo de paz, colabora com o desenvolvimento nacional, construindo estradas de rodagem, ferrovias, pontes, açudes, barragens, poços artesianos e inúmeras outras obras.
A Arma do Comando, como é conhecida a Arma
de Comunicações, propicia os sistemas destinados a estabelecer as ligações entre os diversos escalões no Combate, com a finalidade de apoiar o exercício do comando e controle. Além disso, atua no controle do espectro eletromagnético, por meio das atividades de Guerra Eletrônica, para impedir ou dificultar as comunicações do inimigo, facilitar as próprias comunicações e obter informações.