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Clã: Ventrue
Natureza: Autocrata
Comportamento: Arquiteto
Geração: 4ª
Moralidade: Humanidade 2
Força de Vontade: 8
Histórico: Nascido nas terras que correspondem hoje a Pérsia, ele era comandante de
um exército pertencente a um rei, e fora mandado às montanhas para acabar com uma
rebelião. Os rebeldes eram auxiliados por magia, e levaram muitos dias e muitas vidas
até que ele pudesse preparar-se para retornar vitorioso com a cabeça dos líderes – com a
exceção de um, que havia fugido.
Na noite anterior a partida da expedição, ele recebeu um visitante. Ele tentou
gritar e alertar a todos, mas estava incapaz de mover-se ou falar. Podia apenas ouvir
enquanto o estranho falava.
O estranho, como ele logo descobriu, era o líder rebelde que havia escapado.
Mas longe de estar procurando por vingança, ele estava impressionado com Mithras e
desejava lhe fazer uma proposta. Aqueles que morreram no combate eram inferiores, ele
disse – feitos para serem sacrificados por uma causa maior. Mas ele poderia dar a
Mithras a dádiva da vida eterna, e uma posição de destaque em um exército como ele
jamais havia sonhado. Ou, ele poderia mata-lo ali onde estavam.
Após forjar sua morte para iludir seus homens e o rei, Mithras permaneceu nas
montanhas durante alguns anos, ganhando força e aprendendo sobre sua nova
existencia. Então ele dirigiu-se até a cidade do rei ao qual servira anteriormente. Foi
fácil convencer o povo de que ele era um deus, e logo os antigos templos haviam sido
derrubados e oferendas de todos os tipos eram dadas ao recém chegado. Adotando o
nome do deus da guerra, ele passou a manipular a sociedade mortal.
Passaram-se séculos, e o reino floresceu e decaiu. A balança do poder pendeu
para o oeste, e ele decidiu mudar-se para uma cidade que estava crescendo e localizada
entre dois rios. Dirigida pela sua sabedoria, a cidade tornou-se capital de um grande
império, mas conforme os séculos se passaram, um outro império cresceu entre os
bárbaros do oeste, e seus soldados vieram trazendo a guerra.
Mithras ficou impressionado com estes bárbaros. Seus líderes eram hábeis, e
todos os soldados desempenhavam suas funções sem questionar, como formigas
assegurando-se do sucesso da sua colônia. Seus exércitos eram quase como uma
unidade viva. Seus equipamentos, também, eram interessantes – cada peça era fabricada
com grande cuidado para exercer sua função da melhor maneira possível, e auxiliavam
em fazer do exército algo integrado e muito eficiente. Nada poderia impedir os bárbaros
de conquistarem o mundo todo.
Mithras então decidiu acompanhar os exércitos bárbaros. Sendo ele mesmo um
soldado, ele sabia o que os soldados queriam de seus deuses, e logo haviam imagens de
Mithras em todo acampamento militar do Império Romano. Mithras sabia que aquele
que comandava os soldados comandava o Império – e com tamanho poder entre os
mortais ele poderia impor grande respeito aos outros de sua própria espécie.
Ele percorreu o Império, mudando o curso dos acontecimentos conforme sua
vontade. Devido a luz do sol, ele dormia de dia e despertava a noite; seus seguidores
questionavam o porque, até ele justificar que durante o dia ele guiava o sol através dos
céus. A ironia o agradava, e os mortais acreditaram em cada palavra.
A região central do Império entediava Mithras com sua politicagem, e ele passou
a viajar pelas terras mais distantes como a Germânia, Hispânia e por fim, ele chegou até
uma pequena, sombria e tumultuada ilha no limite do mundo conhecido, denominada
Britânia, no ano de 71 a.C. Os soldados foram enviados até lá para conquista-la, mas a
luta estava dura. Mithras os encorajava e aconselhava, encontrando na ilha muitas coisas
que o agradaram. Havia pouco sol, especialmente nas regiões onde as batalhas se
desenrolavam, e ele estava distante dos rivais que começavam a tomar conta do
Império. Haviam templos dedicados a ele em vários dos fortes de pedra localizados nas
fronteiras, erguidos para o seu uso – metade subterrâneos, e fora do alcance do sol. Seus
seguidores lhe dedicavam rituais de uma falsa morte e renascimento, e isto o satisfazia.
Ele construiria sua força entre estes exércitos nas fronteiras, e esperaria sua vez. Os
rituais também o permitiam estar ligado a sua própria natureza, o que era importante.
Um deus jamais deveria acreditar no mesmo que seus seguidores.
O choque das armas interrompia seus sonhos, e Mithras despertou várias vezes
nos séculos seguintes, mas diferente da preocupação dos demais Cainitas da ilha, ele
não mais interferia em seus assuntos. Bárbaros do leste vindos do outro lado do mar
chegavam em navios: eles matavam e queimavam, e então se estabeleciam em
propriedades tomadas a força. Reis insignificantes iam e vinham, até que um homem
forte foi capaz de dominar a maior parte da ilha. Um de seus descendentes fez
conquistas posteriores, e exércitos começaram a marchar ao norte cruzando a velha
fronteira.
O despertar de Mithras logo após a Conquista Normanda foi um momento
decisivo para os Membros da Britânia, representando o retorno de um poder Cainita
unificado na ilha.
Ele dirigiu-se ao sul até o templo que havia usado em Londres. A cidade estava
muito diferente, mas ele facilmente encontrou o templo devido ao fluxo de pessoas. Ele
se inteirou dos acontecimentos, e descobriu que o Império que conhecia havia se
perdido para sempre. Soldados bárbaros haviam forjado novos reinos, na tentativa de
recuperar a glória dos tempos antigos.Quando tentou reabriu seu templo, teve seus
seguidores destruídos pelo fogo. Só havia um tipo de templo agora, e apenas um único
deus.
Um triunvirato de Cainitas opõe-se a ele e combateram suas tentativas iniciais de
recuperar sua posição de supremacia. Mithras viajou pelo país, nunca permanecendo
muito tempo em um mesmo lugar por temer que os outros Cainitas tentassem destruí-lo.
Ele fez que parassem de persegui-lo encorajando mortais da nobreza a lutarem uns
contra os outros pelo trono. Um a um, ele foi capaz de dividir seus inimigos e destruí-
los.
Quando retornou a Londres em 1154, foi para colocar um servo mortal no trono,
não só de Londres como de toda a Inglaterra. Por um tempo ele governou em paz, e a
ilha cresceu muito em poder. Porém ele descobriu que haviam outros de sua raça que
ambicionavam serem deuses. Eles eram estudiosos ao invés de soldados, e dependiam
dos seus livros cheios de truques. Também eram organizados, trocando informações e
formando alianças por todo o mundo. Os Tremere, como assim se denominavam,
demonstravam interesse em dominar a tudo. Era necessário detê-los, destruindo a eles e
a seus seguidores com fogo como outros antes haviam feito com ele. Mas os caçadores
de feiticeiros não conseguiam acabar com todos.
Revoltas contra a sua autoridade em 1215 e novamente em 1254 representavam
a agitação que viria a tornar-se a Revolta Anarquista, mas Mithras continuou firme no
poder, tendo como principais adversários os Toreadores de Edimburgo e os Tremere em
Durham. Ele relutantemente aceitou o resultado da Convenção de Thorns, utilizando os
princípios da Máscara para conter os excessos de seus oponentes, mas nunca aceitando
totalmente a ideologia da Camarilla. Para o agora Príncipe de Londres (apesar de jamais
ter necessitado ou requisitado tal título) a Camarilla era como um novato encrenqueiro
que pensava saber mais que um Matusalém, mas que podia ser manipulada para seus
próprios objetivos.
Mithras despertou em 1991, mas decidiu deixar que o mundo acreditasse que ele
havia sido destruído, enquanto inteirava-se do atual estado da Bretanha.
Entretanto, outros grupos ficaram a par do despertar de Mithras. O
ressurgimento do Matusalém alarmou a comunidade Lupina britânica. Sentindo que
algo “ligado a Wyrm” havia despertado, uma enorme matilha temporária de Fiannas e
Roedores de Ossos dirigiu-se para o refúgio de Mithras. Guiados até seu alvo pela sua
infalível percepção à Wyrm, os Lupinos ignoraram os pedidos de negociação do
vampiro, e a batalha se seguiu pela noite em Oxford Street.
No final, Mithras ficou sozinho; seus lacaios e toda a matilha de Lobisomens
jaziam mortos e ensangüentados sob seus pés. O próprio Matusalém sofreu graves
ferimentos e no final da luta estava praticamente em torpor. Foi então que o Assamita
antitribu Mont Coven o encontrou. Não sabendo de quem se tratava o vampiro ancião,
mas sentindo o poder que irradiava de seu corpo em ondas quase tangíveis, Coven
saltou sobre Mithras e afundou suas presas no pescoço do Matusalém, absorvendo sua
vida, poder e alma.
Imagem: Estatura mediana, compacto, de estrutura muscular leve, com uma pele
morena para um vampiro, feições clássicas e atraentes, olhos escuros e cabelos negros
até a altura dos ombros em cachos soltos. Mithras normalmente usa um chapéu de
tecido de algum tipo, preferindo o antigo “barrete frígio” persa. Ele gosta de usar trajes
que não restrinjam os movimentos.
Fontes: (WoD1ed) págs. 31, 32 e 33; (WoD2ed) pág. 59 e (LbN) pág. 105