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ISSN 2179-8184
Junho, 2017 176

Cultivo de Plantas
Aromáticas
ISSN 2179-8184
Junho, 2017
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Embrapa Agroindústria Tropical
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Documentos 176

Cultivo de Plantas
Aromáticas

Rita de Cassia Alves Pereira


Francisca Natalia Brito
Maria Gilka Aguiar Bezerra

Embrapa Agroindústria Tropical


Fortaleza, CE
2017
Unidade responsável pelo conteúdo e edição:
Embrapa Agroindústria Tropical
Rua Dra. Sara Mesquita 2270, Pici
CEP 60511-110 Fortaleza, CE
Fone: (85) 3391-7100
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www.embrapa.br/agroindustria-tropical
www.embrapa.br/fale-conosco

Comitê de Publicações da Embrapa Agroindústria Tropical


Presidente: Gustavo Adolfo Saavedra Pinto
Secretária-executiva: Celli Rodrigues Muniz
Secretária-administrativa: Eveline de Castro Menezes
Membros: Janice Ribeiro Lima, Marlos Alves Bezerra, Luiz Augusto Lopes Serrano,
Marlon Vagner Valentim Martins, Guilherme Julião Zocolo, Rita de Cássia
Costa Cid, Eliana Sousa Ximendes

Supervisão editorial: Ana Elisa Galvão Sidrim


Revisão de texto: Marcos Antônio Nakayama
Normalização: Rita de Cássia Costa Cid
Editoração eletrônica: Arilo Nobre de Oliveira
Fotos da capa: Rita de Cassia Alves Pereira

1a edição
On-line (2017)

Todos os direitos reservados


A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação
dos direitos autorais (Lei no 9.610).
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Embrapa Agroindústria Tropical

Pereira, Rita de Cassia Alves.

Cultivo de plantas aromáticas / Rita de Cassia Alves Pereira, Francisca Natalia Brito,
Maria Gilka Aguiar Bezerra. - Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2017.

49 p. : il. ; 14,8 cm x 21 cm. – (Documentos / Embrapa Agroindústria Tropical,


ISSN 2179-8184; 176).

Publicação disponibilizada on-line no formato PDF.

1. Plantas aromáticas. 2. Óleos essenciais. 3. Plantas medicinais. I. Brito, Francisca


Natalia. II. Bezerra, Maria Gilka Aguiar. III. Título. IV. Série.

CDD 579.36

© Embrapa 2017
Autores

Rita de Cassia Alves Pereira


Engenheira-agrônoma, D.Sc. em Fitotecnia/
Plantas Medicinais, pesquisadora da Embrapa
Agroindústria Tropical, Fortaleza, CE,
rita.pereira@embrapa.br

Francisca Natalia Brito


Tecnóloga em agronegócios, mestranda em
Zootecnia da Universidade Federal do Ceará,
Fortaleza, CE, nataliabrito28@gmail.com

Maria Gilka Aguiar Bezerra


Graduanda em Agronomia pela Universidade
Federal do Ceará, bolsista da Embrapa
Agroindústria Tropical, Fortaleza, CE,
gilkamaria@yahoo.com.br
Apresentação

As plantas são uma fonte inesgotável de produtos naturais, muitos


deles metabolitos secundários, que o homem utiliza nas mais diversas
indústrias, como a alimentar, de cosmética e perfumaria. Muitas plantas
aromáticas integram o patrimônio etnofarmacológico de comunidades,
desde as mais remotas às mais desenvolvidas. Entre os compostos
produzidos pelas plantas, os óleos essenciais atraíram a atenção,
desde sempre, por aliarem o seu perfume às reconhecidas propriedades
antimicrobianas e antioxidantes. Essas substâncias conciliam a
sua propriedade odorífera com o fato de serem produtos naturais
biodegradáveis, apresentarem baixa toxicidade para os mamíferos
e poderem desempenhar, simultaneamente, as funções de seus
equivalentes sintéticos. Muitas dessas substâncias podem ainda ser
utilizadas na proteção de culturas agrícolas, contra doenças e pragas,
com a vantagem de não se acumularem no ambiente.

A grande biodiversidade brasileira, mesmo pouco explorada em relação


à composição química da sua flora, coloca o Brasil num patamar
bastante promissor para elevar a sua participação no mercado de
óleos essenciais, na fabricação de produtos para o mercado interno
e externo. Além das espécies aromáticas nativas, muitas espécies
exóticas apresentam grande potencialidade para o cultivo, devido à
elevada demanda mundial dos seus óleos essenciais.
A produção de plantas aromáticas apresenta aspectos técnicos que
podem definir a sua viabilidade econômica. Dessa forma, é importante
que as condições de cultivo sejam cuidadosamente estudadas para
obtenção de produtos confiáveis em plantios com fins comerciais.

Lucas Antonio de Sousa Leite


Chefe-Geral da Embrapa Agroindústria Tropical
Sumário

Introdução............................................................................... 7
Botânica, cultivo, composição química e uso de algumas
plantas aromáticas................................................................... 12
Alecrim-pimenta (Lippia sidoides Cham)...................................... 12
Alfavaca-cravo (Ocimum gratissimum L.)..................................... 14
Alfavaca-de-caboclo (Hyptis suaveolens Poit)............................... 16
Alfavaca-de-galinha (Ocimum micranthum Willd.)......................... 18
Capim-santo (Cymbopogon citratus, (D.C.) Staff.)........................ 20
Capim-citronela (Cymbopogon winterianum, Jowitt.).................... 22
Cravo-de-defunto (Tagetes minuta L.)......................................... 23
Elixir-paregórico (Ocimum selloi Benth)........................................ 25
Erva-cidreira (Lippia alba (Mill) N.E. Brown.)................................. 27
Funcho (Foeniculum vulgare Mill.).............................................. 29
Hortelã-japonesa (Mentha arvensis L.)......................................... 31
Malva-santa (Plecthranthus barbatus Andr.)................................. 33
Manjericão-branco (Ocimum basilicum L.).................................... 35
Pimenta-longa (Piper hispidinervum C. DC.)................................. 37
Considerações......................................................................... 40
Referências............................................................................. 41
Cultivo de Plantas
Aromáticas
Rita de Cassia Alves Pereira
Francisca Natalia Brito
Maria Gilka Aguiar Bezerra

Introdução
As plantas aromáticas são utilizadas desde tempos imemoriais e,
segundo alguns investigadores, acompanharam as migrações e
a evolução dos povos que as utilizavam (NEPOMUCENO, 2005).
Existem relatos do uso de plantas aromáticas pelos chineses, em
2700 AEC, no mais antigo livro de ervas do mundo, em que Shen
Nung cita plantas como gengibre e ópio. Outro uso documentado de
óleos essenciais se deu em 2000 AEC em livros escritos em sânscrito,
pelos hindus. Nessa época, já havia conhecimento mais rudimentar
de aparatos de destilação, e há relatos de outros povos que fizeram
uso desses compostos, como persas e egípcios (WIKIPEDIA, 2013).
Muitas das ervas comuns na atualidade já eram conhecidas, como,
por exemplo, o capim-limão, empregado em cerimônias religiosas ou
para fins terapêuticos (LISTA..., 2013). Um dos primeiros produtos
explorados no Brasil para extração de óleos essenciais foi retirado do
pau-rosa, uma árvore da Amazônia, cuja essência, o óleo de linalol, tem
aroma agradável. Outros vegetais também foram explorados, como o
eucalipto, capim-limão, menta, laranja, canela e sassafrás (ELA NÃO
SABIA, 2013).

Os metabolismos primário e secundário são responsáveis pela produção


de moléculas imprescindíveis para a sobrevivência das plantas (BRAZ
8 Cultivo de Plantas Aromáticas

FILHO, 2010). Os compostos envolvidos no metabolismo primário são


macromoléculas que possuem uma distribuição universal e têm função
fundamental para sua sobrevivência, sendo eles celulose, lignina,
proteínas, lipídeos, açúcares entre outras substâncias (TAIZ; ZEIGER,
2006). Em contrapartida, os compostos envolvidos no metabolismo
secundário são moléculas de baixo peso molecular que não possuem
distribuição universal nos vegetais, pois não são necessários a todos
eles (SIMÕES et al., 2010). Esses compostos desempenham papéis
ecológicos importantes (proteção, atração de polinizadores, adaptações
ao estresse ambiental ou defesa química contra microrganismos,
insetos, herbívoros e outras plantas) que foram desenvolvidos ao longo
do período evolutivo, para poder escapar das ameaças potenciais
(BAKKALI et al., 2008).

A estação do ano em que uma planta é coletada é um dos fatores de


maior importância, visto que a quantidade e, às vezes, até mesmo a
composição dos constituintes ativos não são constantes durante o
ano. Os metabólitos secundários proporcionam, essencialmente, uma
interface química entre a planta e o ambiente. Assim, conforme a
natureza e a magnitude do estímulo ambiental, uma espécie vegetal
poderá sintetizar diferentes compostos devido ao redirecionamento
de rotas metabólicas. Dentre os estímulos ambientais associados a
alterações quali-quantitativas de metabólitos secundários, ressaltam-se
as interações bióticas: planta/microrganismos, planta/insetos, planta/
planta, idade e estádio de desenvolvimento e ritmo circadiano; e os
fatores abióticos: luminosidade, temperatura, pluviosidade e estado
nutricional, sazonalidade, disponibilidade de água, radiação ultravioleta,
composição atmosférica e altitude (MORAIS, 2009; GOBBO-NETO;
LOPES, 2007). Apesar da existência de um controle genético, as
variações temporais e espaciais no conteúdo e nas proporções relativas
de metabólitos secundários em plantas podem sofrer modificações
resultantes da interação de processos bioquímicos, fisiológicos,
ecológicos e evolutivos. Alguns estudos em plantas de espécies
comercialmente importantes relatam a influência desses fatores
na produção de metabólitos secundários. Porém, o conhecimento
relativo a tais interações é bastante obscuro para plantas de ambiente
9 Cultivo de Plantas Aromáticas

natural (GOBBO-NETO; LOPES, 2007). Dentre os diversos fatores que


influenciam a síntese de metabólitos secundários, a sazonalidade é
um dos mais expressivos com relação às variações na quantidade e
natureza dos constituintes ativos das plantas. São relatadas variações
sazonais no conteúdo de praticamente todas as classes de metabólitos
secundários (GOBBO-NETO; LOPES, 2007).

A grande extensão do Brasil possibilita que as espécies aromáticas


possam mostrar diferença no desenvolvimento e produção de
metabólitos secundários devido a cada região apresentar clima e solo
diferenciados, permitindo que sejam localizados microclimas próprios
para o cultivo de diversas espécies de forma que, para a preservação
dos princípios ativos das plantas, é necessário respeitar suas
características ecológicas (CALIXTO, 2005).

De norte a sul do País, diferentes biomas abrigam espécies vegetais


nativas, que se adaptaram ao longo do tempo às condições de clima,
solo e água existentes naquele local. Nesse processo de interação,
todo o complexo de substâncias que faz parte da fisiologia das plantas
também está em estreita interação com o ambiente (LORENZI; MATOS,
2008). Variações sazonais como luminosidade, temperatura, umidade,
altitude e latitude podem alterar a composição química das plantas,
o que justifica o fato de, muitas vezes, uma substância ser isolada a
partir de uma espécie em determinada época e local e depois não ser
mais encontrada (CORREA JÚNIOR et al., 2006).

Dentre os produtos do metabolismo secundário das plantas, destacam-


se os óleos essenciais, que possuem composição complexa e
dependente de diversos fatores que são regulados pelo metabolismo, e
vários estudos apontam que a produção do óleo essencial varia entre as
diferentes fases de desenvolvimento da planta (TAIZ; ZEIGER, 2006).
Lobo e Lourenço (2007) observaram que, na folha, origem primordial
dos óleos essenciais, conforme sua expansão, total maturação e baixa
senescência são fatores importantes para a produção de óleo de valor
comercial. A ontogenia do órgão também afeta a composição do óleo.
10 Cultivo de Plantas Aromáticas

A composição dos óleos essenciais está constantemente em


transformação, variando de acordo com a origem botânica, o
quimiotipo, fatores ambientais e o procedimento de cultivo das plantas
e de obtenção. Varia também conforme a origem geográfica, secagem,
época de colheita e tipo de adubação (BANDONI; CZEPAK, 2008).

Os óleos essenciais podem apresentar constituição química muito


variada, incluindo hidrocarbonetos terpênicos, aldeídos, cetonas, fenóis,
ésteres, óxidos, peróxidos, furanos, ácidos orgânicos, lactonas e até
compostos com enxofre. Na mistura, esses compostos se apresentam
em diferentes concentrações; contudo, geralmente um, dois ou três
deles são encontrados em maiores proporções, sendo denominados
de “majoritários”. Apesar da complexidade da composição, os
constituintes dos óleos essenciais são derivados de fenilpropanoides
ou de terpenoides, sendo esses últimos predominantes na forma de
monoterpeno e sesquiterpenos (BANDONI; CZEPAK, 2008; SIMÕES et
al., 2007).

Os óleos essenciais eram estudados pelo aroma e por propiciar sabor


aos alimentos e bebidas. Nos últimos anos, eles têm sido estudados
por serem produtos naturais, sendo aceitos pelos consumidores, pelo
possível fato de não conferirem riscos à saúde e por apresentarem
propriedades multifuncionais. Entre essas propriedades, destacam-
‑se a antibacteriana, a antifúngica, a inseticida, a antiparasitária e a
sequestradora de radicais (SACCHETTI et al., 2005).

O Brasil é o terceiro maior exportador de óleos essenciais do mundo,


ao lado da Índia, China e Indonésia, sendo esses considerados os maiores
na produção mundial. Ainda assim, existem alguns problemas a serem
considerados na produção nacional, como falta de manejo no extrativismo,
padrão de qualidade e baixos investimentos governamentais, que levam ao
quadro estacionário no setor (SOUSA et al., 2010).

O Brasil produz e exporta, por ordem de importância, óleos de laranja,


limão, eucalipto, pau-rosa, lima e capim-limão, entre outros (FERRAZ
et al., 2009). Nesse segmento, no País ocorre a maior diferença
de preço médio: 4,5 dólares por quilo para as exportações e 33,6
11 Cultivo de Plantas Aromáticas

dólares para as importações. Isso é justificado pelo baixo valor médio


do óleo essencial de laranja (US$ 4,1/kg), o qual foi responsável por
79% das exportações desse subsegmento em 2012. Com relação
às importações, tem-se como destaque o óleo essencial de menta
japonesa, que em 2012 apresentou em valor médio de 31,2 dólares por
quilo e foi responsável por 14% das importações (BANCO NACIONAL
DE DESENVOLVIMENTO, 2014).

Os maiores consumidores de óleos essenciais no mundo, segundo a


base de dados americana COMTRADE (Commodity Trade Statistics
Database), são os Estados Unidos (40%), a União Europeia (30%)
e o Japão (7%), ao lado do Reino Unido, Alemanha, Suíça, Irlanda,
China, Cingapura e Espanha (INTERNATIONAL TRADE CENTRE, 2005;
COMODITY TRADE STATISTIC, 2005).

A utilização de produtos naturais como matéria-prima para a obtenção


de substâncias bioativas tem sido amplamente estudada nas últimas
décadas (SIMÕES et al., 2007). O mercado consumidor está buscando
produtos diferenciados, saudáveis e isentos de aditivos sintéticos.
O interesse das indústrias por esses produtos naturais é crescente,
impulsionando os pesquisadores à busca do isolamento, caracterização
e estudo das propriedades das substâncias, daí o destaque para os óleos
essenciais conhecidos como compostos voláteis, caracterizados por serem
misturas complexas de diversos compostos (SIMÕES et al., 2007).

A produção de plantas aromáticas apresenta aspectos técnicos que


podem definir a sua viabilidade econômica. Apesar dos poucos estudos
agronômicos, muitas dessas plantas têm sido alvo de demandas
industriais e comerciais, constituindo uma nova fonte de renda para os
agricultores. Dessa forma, é importante que as condições de cultivo
sejam cuidadosamente estudadas para obtenção de produtos confiáveis
em plantios com fins comerciais (MAGALHÃES, 2006).

A partir de 2007, a Embrapa Agroindústria Tropical vem pesquisando


sobre plantas medicinais e aromáticas de forma a determinar as
condições de cultivo, padronização de coleta, beneficiamento do
12 Cultivo de Plantas Aromáticas

material vegetal envolvendo conhecimentos interdisciplinares (botânica,


química, farmácia, entre outras) e utilização de algumas espécies
aromáticas.

Botânica, aspectos agronômicos,


composição química e uso de
plantas aromáticas
O cultivo de plantas aromáticas na Embrapa Agroindústria Tropical têm
auxiliado pesquisas em diversas áreas: Química dos Produtos Naturais,
Fitotecnia, Fitopatologia, Entomologia e Microbiologia de Alimentos.
Com base nessas considerações, apresentam-se estudos de propagação
e cultivo de 14 espécies utilizadas nas áreas citadas, bem como sua
nomenclatura, características gerais e utilização.

Alecrim-pimenta
Espécie nativa do Brasil, encontrada nos domínios fitogeográficos da
Caatinga, Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica. Nas vegetações de Caatinga,
a espécie é encontrada em: campo rupestre, carrasco, cerrado, floresta ciliar
e savana amazônica (Figura 1) (SALIMENA; MULGURA, 2013).

Foto: Rita de Cassia Alves Pereira

Figura 1. Aspecto geral da espécie Lippia sidoides Cham.


13 Cultivo de Plantas Aromáticas

Nome científico: Lippia sidoides Cham.

Família botânica: Verbenaceae.

Nomes populares: alecrim-pimenta, alecrim-do-nordeste, alecrim-bravo,


estrepa-cavalo.

Características gerais: É um arbusto aromático ou pequena árvore


de até 3 m de altura. Folhas muito aromáticas e picantes, simples
pecioladas de 2 cm a 3 cm de comprimento. Flores pequenas,
esbranquiçadas e frutos do tipo aquênio (VICUÑA et al., 2010).

Propagação: pode ser multiplicada por estaquia, usando-se de


preferência estacas apicais, comprimento entre 15 cm e 20 cm e livres
de folhas medianas e basais, mantendo-se apenas um par de folhas
com metade de sua área foliar. As estacas são colocadas em vasos de
plástico com capacidade de 1 litro preenchidos com areia e mantidas
em viveiros coberto com sombrite (50%) por um período de 30 dias.
Após enraizamento, as mudas podem ser transplantadas para o local
definitivo (MOREIRA et al., 2009).

Cultivo: Por ser originado de clima semiárido, o alecrim-pimenta


não se adapta às condições de baixa temperatura e geada. Deve-se
dar preferência a solos com boa fertilidade, soltos e bem drenados
(LORENZI; MATOS, 2008). No plantio, recomenda-se o espaçamento
de 0,50 m entre fileiras e 0,50 m entre plantas, de forma a se obter
maior quantidade de fitomassa por planta (MATTOS, et al., 2006).
A colheita é realizada a partir de 120 dias de plantio e de preferência
por ocasião do florescimento (SOUZA et al., 2007). O corte das
plantas é feito a 30 cm do solo. O horário de colheita afeta o teor de
óleo essencial de L. sidoides, e, para obtenção de maior teor de óleo
essencial, é recomendado a colheita no horário em torno de 10 h da
manhã (MELO et al., 2011). A secagem das folhas e ramos do alecrim-
pimenta deve ser iniciada logo após a colheita, evitando modificações
químicas nos princípios ativos de interesse na planta, sendo o período
de secagem na estação chuvosa de seis dias e, na estação seca, de
quatro dias (MATTOS et al., 2006).
14 Cultivo de Plantas Aromáticas

Usos e composição química: as folhas e flores constituem a parte


medicinal dessa planta, usada na forma de chá do tipo abafado
para tratar de rinite alérgica (LORENZI; MATOS, 2008). Muitas das
espécies de Lippia apresentam variações na composição química
de seu óleo essencial, como no caso da L. sidoides que, com três
quimiotipos, apresentaram como constituintes majoritários o p-cimeno,
α-e γ-terpineno, timol, carvacrol, β-cariofileno, α-felandreno e δ-careno
(OLIVEIRA et al., 2007).

Alfavaca-cravo
A alfavaca (Ocimum gratissimum L.) pertence ao gênero Ocimum e
à família Labiatae. É originária da Ásia e África e foi trazida ao Brasil
pelos escravos africanos e se naturalizou rapidamente no País (Figura 2)
(CRUZ, et al., 2001).

Foto: Rita de Cassia Alves Pereira

Figura 2. Aspecto geral da espécie Ocimum gratissimum L.

Nome científico: Ocimum gratissimum L.


Família botânica: Lamiaceae.
Nome popular: Alfavaca-cravo.
15 Cultivo de Plantas Aromáticas

Características da planta: subarbusto aromático, perene, ereto com


até 1 m de altura. Folhas ovalado-lanceoladas, de bordos duplamente
dentados, membranáceas, de 4 cm a 8 cm de comprimento. As flores
são pequenas, de coloração roxo-pálidas, dispostas em racemos
paniculados eretos e geralmente em grupos de três e os frutos são do
tipo cápsula, pequenos, possuindo quatro sementes esféricas (MATOS
et al., 2007).

Propagação: propagados a partir de sementes, podendo também


ser cultivadas por meio de estacas. As sementes são fotoblásticas
positivas, portanto necessitam de luz para sua germinação, que ocorre
cinco dias após a semeadura. O tipo de estaca utilizada na propagação
vegetativa é a semilenhosa, com comprimento de 15 cm a 20 cm
desprovida de folhas (EHLERT, 2000).

Cultivo: As mudas são transplantadas para o local definitivo utilizando


o espaçamento 0,80 m entre fileiras e 0,40 m entre plantas com
aplicação de 5,0 kg/m² de adubo orgânico (esterco bovino curtido).
Necessita de irrigação diária até o período da floração, que ocorre em
torno de 60 dias após o transplantio. A primeira colheita é realizada
aos 90 dias de plantio, devendo o corte da planta ser feito a 25 cm
do solo. As demais colheitas são realizadas em intervalos de 60 dias.
Recomenda-se adubar com 5,0kg/m² de esterco de curral curtido após
cada colheita. O horário da colheita das folhas pode ser realizado pela
manhã. Para maiores teores de eugenol (75%), deve-se colher no
período de 9 h às 15 h (EHLERT et al., 2000).

Usos e composição química: as folhas são usadas na preparação de


chás como carminativo, sudoríferos e diuréticos. Além disso, por seu
sabor e odor semelhante ao cravo-da-índia, é usada como condimento
em culinária (MATOS, 2007). A presença do eugenol confere à planta
e ao seu óleo essencial ação antisséptica local contra alguns fungos
(Aspergillus e Trichoderma) e bactérias (Staphylococcus) e o eucaliptol
é expectorante e desinfetante pulmonar (MATOS, 2007). Toda a parte
aérea da planta possui óleo essencial rico em eugenol e eucaliptol,
cujas concentrações variam ao longo do dia (LORENZI; MATOS, 2008).
16 Cultivo de Plantas Aromáticas

As folhas e inflorescências de alfavaca contêm, respectivamente, 3,6%


e 0,02% de óleo essencial cujo teor de eugenol alcança, em cada um,
77,3% e 50,17% (SILVA et al., 2004).

Alfavaca-de-caboclo
Espécie com ampla distribuição nas regiões semiáridas das Américas
e da África, onde são empregadas para vários fins medicinais. Ocorre
em todo território brasileiro de forma espontânea em solos agrícolas,
beira de estradas e terrenos baldios, sendo considerada planta invasora
(Figura 3) (BASILIO et al., 2005).

Foto: Rita de Cassia Alves Pereira

Figura 3. Aspecto geral da espécie Hyptis suaveolens (L.) Poit.

Nome científico: Hyptis suaveolens (L.) Poit.

Família botânica: Lamiaceae.

Nomes populares: alfavacão, alfavaca-de-caboclo, alfazema-brava,


alfazema-de-caboclo, bamburral, cheirosa, salva-limão, chá-de-frança,
melissa-de-pison, celine.
17 Cultivo de Plantas Aromáticas

Características da planta: subarbusto anual, ereto, ramificado, até 1 m


de altura; caule e ramos quadrangulares, verdes a cinéreos. Folhas
opostas, oval ápice agudo, base obtusa ou levemente cordada, margem
serreada; pecíolo subquadrangular, flores pequenas sésseis, protegidas
por brácteas filiformes de cor azul-rosada, reunidas em pequenos
grupos nas axilas foliares do ápice dos ramos (BASILIO et al., 2005).

Propagação: podem ser utilizados diferentes tipos de estaca (apical,


mediana e basal), com tamanho de 10 cm a 20 cm, com três gemas.
Para o plantio das estacas, recomenda-se usar vasos de plástico com
capacidade de 10 litros contendo substrato composto por areia lavada,
matéria orgânica (composto orgânico) e solo de barranco (peneirado) na
proporção de 2:1:1. É necessária irrigação diária, podendo ser feita com
regadores manuais (MAIA, 2006).

Cultivo: Após 40 dias no viveiro, as mudas são transplantadas para o


local definitivo utilizando o espaçamento 1 m entre fileiras e 0,50 m
entre plantas com aplicação de 4,0 kg/m² de adubo orgânico (esterco
bovino curtido). A primeira colheita é realizada aos 90-120 dias de
plantio, devendo o corte da planta ser a 25 cm do solo (MATTOS et
al., 2006).

Usos e composição química: No Nordeste do Brasil, essas espécies


são popularmente usadas na forma de infuso, sendo indicadas como
carminativas e para tratamento de distúrbios gastrintestinais (GRASSI
et al., 2005). Na sua composição química, encontram-se as seguintes
classes de compostos: monoterpenoides e sesquiterpenoides (no óleo
essencial obtido das folhas), e diterpenoides, triterpenoides e esteroides
(entre os compostos fixos). A presença de elevado teor de cineol no
óleo essencial das folhas permite o seu uso como antigripal. Alguns
estudos constataram que essa planta possui atividade bactericida e
fungicida (SILVA et al., 2003).
18 Cultivo de Plantas Aromáticas

Alfavaca-de-galinha
Erva aromática que se distribui pelas Américas (sul da Flórida,
Bahamas, México, Peru, Chile, Brasil) e oeste da Índia (Figura 4)
(SEIDEMANN, 2005). É uma importante fonte de óleos essenciais,
presentes em folhas, inflorescência e sementes.

Foto: Rita de Cassia Alves Pereira


Figura 4. Aspecto geral da espécie Ocimum micranthum Willd.

Nome científico: Ocimum micranthum Willd.

Família botânica: Lamiaceae.

Nomes populares: alfavaca-do-campo, alfavaca-silvestre, alfavaca-de-


‑galinha, alfavaquinha e manjericão.

Características das plantas: pequeno arbusto com caule pouco


pubescente; folhas pecioladas, ovaladas, agudas, membranosas,
margem irregular, levemente pubescentes e inferiormente glandulosas
e pequenas; inflorescência racemosa, glomerulada, com flores de cálice
tubuloso de lábios superior e denteado e corola com tubo campanulado
e lábio superior branco e inferior violeta; androceu com estames
inclusos; gineceu com ovário ovoide; núculas negras e lisas (DI STASI;
HIRUMA-LIMA, 2002).
19 Cultivo de Plantas Aromáticas

Propagação: Essa espécie propaga-se por sementes. A produção de


mudas é realizada em telado coberto com sombrite (50%). As sementes
são semeadas em bandejas de poliestireno preenchidas com substrato
composto de uma parte de subsolo e duas partes de substrato
comercial. Após a germinação, é feito o transplantio das mudas para
vasos contendo o mesmo substrato das bandejas, permanecendo no
telado por 20 dias (PEREIRA et al., 2009).

Cultivo: A espécie alfavaca-de-galinha adapta-se bem em clima


subtropical e se desenvolve em solos permeáveis e ricos em matéria
orgânica. Para tanto, é necessária à utilização de sementes coletadas
de plantas sadias de um local idôneo ou horto medicinal. Recomenda-
‑se fazer o plantio definitivo no espaçamento de 0,60 m entre plantas
e 0,30 m entre fileiras, com adubação de esterco de curral curtido
(5 kg/m²). A colheita das folhas ocorre aos 60 dias, de preferência pela
manhã (PEREIRA et al., 2009).

Usos e composição química: popularmente usado no Brasil para tratar


infecções em geral, tosses, bronquite (DI STASI; HIRUMA-LIMA,
2002; MOREIRA et al., 2002), dismenorreia, infecções vaginais
(MICHEL et al., 2007) e doenças associadas ao aparelho geniturinário
(ALBUQUERQUE; ANDRADE, 2002; MONTELES; PINHEIRO, 2007).
Na Amazônia peruana, inala-se o chá para tratar vertigens em idosos
(SANZ-BISET et al., 2009). Além do uso na medicina tradicional,
Ocimum micranthum é utilizado como condimento, tempero e
aromatizante (AMARAL; GUARIM, 2007).

Tal como ocorre com muitas especiarias, uma grande parte do aroma e
sabor de alfavaca-de-galinha é devido à presença de óleos essenciais,
presentes em folhas, inflorescência e sementes, largamente utilizados
pelas indústrias farmacêuticas de alimentos e perfumes devido aos seus
constituintes majoritários (LORENZI; MATOS, 2008). Porém, espécies
que pertencem à família Lamiaceae são conhecidas por apresentar
polimorfismo químico dos seus óleos essenciais (SACCHETTI et al.,
2004), já tendo sido identificados três quimiotipos distintos para essa
espécie. O quimiotipo indiano, que contêm principalmente eugenol,
1,8-cineol, β-cariofileno e γ-elemene; o quimiotipo do Norte do Brasil,
20 Cultivo de Plantas Aromáticas

identificado a partir de plantas da região amazônica, que possui


β-elemene, β-cariofileno e isoeugenol como principais componentes; e o
quimiotipo do Nordeste brasileiro, crescendo em clima de baixa umidade
e alta incidência de luz solar, que produz óleo com eugenol, β-cariofileno e
elemicina como principais constituintes (SILVA et al., 2004).

Capim-santo
Planta originária da Índia, e muito cultivada em quase todos os países
tropicais, inclusive no Brasil, tanto para fins industriais como em hortas
caseiras para uso em medicina tradicional (Figura 5) (MARTINS et al.,
2000; MATTOS et al., 2006).

Foto: Rita de Cassia Alves Pereira


Figura 5. Aspecto geral
da espécie Cymbopogon
citratus (D.C.) Stapf.

Nome científico: Cymbopogon citratus (D.C.) Stapf.

Família botânica: Poaceae.

Nomes populares: Capim-santo; capim-cidreira; capim-limão, capim-


cidró; capim-de-cheiro e chá-de-estrada.

Características das plantas: planta perene, que forma touceiras devido


a perfilhamento com 1 m a 2 m de altura. Possui rizomas curtos
21 Cultivo de Plantas Aromáticas

localizados na superfície do solo. As folhas são glabras, com as


bainhas fechadas na base, comprimento de 60 cm a 100 cm, largura de
0,5 cm a 1,5 cm, formato linear-lanceoladas, apresentando cerdas em
sua superfície e nos bordos, o que torna as folhas ásperas ao tato e
cortantes (BIASI; DESCHAMPS, 2009). O aroma das folhas é forte e
penetrante, semelhante ao do limão, e desaparece quando as folhas
ficam secas. O florescimento é raro, ocorrendo apenas em condições
climáticas muito especificas, sendo as inflorescências do tipo panícula,
formadas por espiguetas e as flores são estéreis (EPAGRI, 2004).

Propagação: A forma de propagação para o capim-santo é a divisão de


touceiras. Para o preparo das mudas, após a retirada das touceiras no
solo, os perfilhos são separados e recebem limpeza das folhas velhas,
cortam-se todas as folhas acima da inserção das bainhas. Dessa forma,
a muda deverá ficar com 25 cm a 30 cm de comprimento.

Cultivo: planta altamente resistente à diversidade de solos e climas.


Entretanto, para assegurar um bom desenvolvimento, recomenda-se a
correção do solo para obter pH de 5,5 (EPAGRI, 2004). Solos muito
argilosos não são recomendados para o cultivo. O plantio é realizado
em sulcos com 25 cm a 30 cm de profundidade, sendo o perfilho
enterrado um terço do seu comprimento no espaçamento de 1,0 m
entre linhas e 0,5 m entre plantas (EPAGRI, 2004). A primeira colheita
ocorre após o quarto mês do plantio. Recomenda-se que, por ocasião
da colheita, o corte da planta seja feito a partir de 15 cm do solo, sendo o
horário de preferência às 7 horas da manhã (PEREIRA et al., 2012).

Usos e composição química: é largamente utilizado na forma de chá


de sabor e aroma agradável com indicação bactericida, calmante,
antiespasmódico, analgésico suave, carminativo, estomáquico,
diurético, sudorífico, hipotensor, antirreumático, além de sua utilização
em repelentes de insetos. Os compostos majoritários encontrados
no óleo essencial de capim-santo são o citral e o mirceno (LORENZI;
MATOS, 2008). Devido ao aroma característico de limão, o citral
é uma substância muito importante para a indústria de alimentos e
fragrâncias, além de sua importância na indústria farmacêutica (BIASI;
DESCHAMPS, 2009).
22 Cultivo de Plantas Aromáticas

Capim-citronela
Planta originária do Ceilão, cultivada principalmente em Java, Haiti,
Honduras, Taiwan, Guatemala e República da China, se adapta a climas
equatorial, oceânico, subtropical e tropical (Figura 6) (CASTRO et al., 2007).

Foto: Rita de Cassia Alves Pereira


Figura 6. Aspecto
geral da espécie
Cymbopogon
winterianum
Jowitt.

Nome científico: Cymbopogon winterianum Jowitt.

Família botânica: Poaceae.

Nome popular: citronela.

Características das plantas: planta perene, possui hábito de crescimento


ereto, com folhas longas e mais largas que as do capim-santo, podendo
ser facilmente reconhecido pelo forte e agradável aroma de eucalipto-
‑limão. A altura, número de folhas e perfilhos da planta apresentam
crescimento contínuo, chegando aos 280 dias com 84 cm de altura, 768
folhas e 245 perfilhos (EPAGRI, 2004).

Propagação: A planta pode ser propagada sexuadamente ou


vegetativamente. Produz semente viável, mas é normalmente
propagada vegetativamente por meio de perfilhos. Na propagação,
devem-se utilizar três perfilhos por cova visando obter maior índice de
pega (EPAGRI, 2004).
23 Cultivo de Plantas Aromáticas

Cultivo: Para o plantio das mudas no local definitivo, utiliza-se o


espaçamento de 0,50 m entre fileiras e 0,50 m entre plantas com
aplicação de 3,0 kg/m² de adubo orgânico (esterco bovino curtido),
repetindo essa adubação a cada três meses. O primeiro corte deve ser
realizado seis meses após o plantio, e os demais cortes, em intervalos
de quatro meses. As plantas devem ser cortadas a 30 cm de altura pela
manhã (MATTOS et al., 2006).

Usos e composição química: as folhas dessa planta são utilizadas,


por exemplo, como chá calmante e digestivo, na Indonésia, e como
sedativos e calmantes na medicina popular, no Brasil (CASTRO et al.,
2007; 2010). É excelente aromatizante de ambientes e repelente de
insetos, além de apresentar ação antimicrobiana e acaricida utilizado
na fabricação de perfumes e cosméticos (REIS et al., 2006). O óleo
extraído de suas folhas é rico em aldeído citronelal e possui também
pequenas quantidades de geraniol, citronelol e ésteres (BARBOSA et
al., 2008).

Cravo-de-defunto
Planta nativa da América do Sul, incluindo todo o território brasileiro,
sendo considerada em alguns estados do Brasil como erva ornamental
(Figura 7) (LORENZI, 2000).

Foto: Rita de Cassia Alves Pereira

Figura 7. Aspecto
geral da espécie
Tagetes minuta L.
24 Cultivo de Plantas Aromáticas

Nome científico: Tagetes minuta L.

Família botânica: Asteraceae.

Nomes populares: cravo-de-defunto, erva-fedorenta, alfinete-do-mato,


cravo-bravo.

Características da planta: subarbusto anual, pouco ereto, ramificado,


mal cheiroso, altura de 1 m; folhas compostas imparipinadas, com
3-9 folíolos glandulosos; flores em pequenos capítulos de coloração
amarela ou laranja, às vezes com tonalidades amarronzadas, às vezes
com detalhes mais avermelhados, dependendo da variedade. Surgem a
partir de pedúnculos solitários ou agrupados de até 15 cm reunidos em
panículas axilares e terminais. O fruto é aquênio contendo sementes
pretas (MATOS, 2007).

Propagação: multiplica-se apenas por sementes. As mudas são


produzidas em viveiro e permanecem por 30 dias. A semeadura é
feita em bandeja plástica com 200 células (volume 18 mL/célula),
colocando-se três sementes/célula deixando apenas uma plântula/célula
após o raleio. A irrigação é manual, conforme necessidade da cultura
(BEZERRA et al., 2006).

Cultivo: Para a produção das mudas de cravo-de-defunto, é necessário


fazer a semeadura em bandejas de poliestireno contendo substrato
comercial. A germinação das sementes ocorre entre 3 e 4 dias. Após
30 dias, essas mudas estão aptas para serem plantadas em canteiros
adubados com esterco bovino curtido (5 kg/m²). O espaçamento
utilizado é 0,30 m entre fileiras e 0,30 m entre plantas. A floração
ocorre 90 dias após o plantio, ocasião em que deve ser iniciada a
colheita (BEZERRA et al., 2006).

Usos e composição química: A parte aérea é indicada para dor de


estômago, vômito, diarreia, gastrite e enfermidades do baço (LOPEZ et
al., 2001), as raízes de cravo-de-defunto liberam no solo substâncias
que destroem várias espécies de nematoides prejudiciais a diversas
culturas agrícolas. O óleo essencial da T. minuta possui atividade
larvicida contra o vetor da dengue (MARQUES et al., 2011) e é
25 Cultivo de Plantas Aromáticas

antioxidante (PÉREZ et al., 2006). Estudos com o extrato hidroalcoólico


da T. minuta apresenta potencial para a prevenção de danos oxidativo
por irradiação UV (SACHDEVA et al., 2011). Na composição química
dessa planta, foram encontrados: óleos essenciais (cineol, linalol,
carvona, ocimeno, dextra-limoneno, netol e eugenol) carotenoides e
quercetagetina (MATOS, 2004).

Elixir-paregórico
Espécie nativa do Brasil, encontrada nas regiões Sul e Sudeste do
País, ocorre principalmente nas fisionomias de cerrado e florestas
semideciduais (Figura 8) (MARTINS et al., 2000).

Foto: Rita de Cassia Alves Pereira


Figura 8. Aspecto
geral da espécie
Ocimum selloi,
Benth.

Nome científico: Ocimum selloi, Benth.

Família botânica: Lamiaceae.

Nomes populares: Elixir-paregórico, atroveran, alfavaquinha, alfavaca-


‑cheiro-de-anis.

Características das plantas: Subarbusto perene, aromático, ereto,


ramificado, de 40 cm a 80 cm de altura, nativo do Sul do Brasil. Suas
folhas são simples, opostas, membranáceas, de 4 cm a 7 cm de
26 Cultivo de Plantas Aromáticas

comprimento, com aroma semelhante ao da essência de anis. As flores


são pequenas, de cor branca, dispostas em racemos terminais curtos.
Os frutos são aquênios de cor escura que não se separam facilmente das
sementes, que são pequenas e leves (PANIZZA, 1997; MARTINS, 2000).

Propagação: propaga-se por sementes e também por estacas. As


sementes de elixir paregórico são colocadas para germinar em
bandejas de isopor preenchidas com substrato composto de uma
parte de subsolo e duas partes de substrato comercial, sendo irrigadas
diariamente. As mudas de elixir-paregórico são produzidas em casa de
vegetação e permanecem por 30 dias (PEREIRA; MOREIRA, 2009).

Cultivo: desenvolve-se bem em áreas com sol abundante, terrenos


bem drenados, ricos em matéria orgânica, porém pode se desenvolver
em terrenos pedregosos e arenosos do litoral e em terrenos de altas
altitudes (1.500 m). Não tolera ventos fortes e umidade elevada
(SARTÓRIO et al., 2000). O tempo necessário para produção de mudas
de elixir-paregórico é 30 dias, e devem ser produzidas em viveiro. O
plantio das mudas deve ser feito em canteiros preenchidos com areia,
adicionando-se de esterco curtido de curral (5 kg/m²). O espaçamento
utilizado é 0,60 m entre fileiras e 0,30 m entre plantas, sendo
necessários irrigação diária e controle de plantas invasoras quando
necessitar. A colheita ocorre duas a três semanas antes da floração
(em torno de 45 dias após o plantio definitivo). São importantes os
cuidados no manejo das plantas, assim como no beneficiamento e no
armazenamento das folhas, de forma a manter a qualidade da matéria-
‑prima (PEREIRA; MOREIRA, 2009).

Usos e composição química: possui propriedade terapêutica


antimicrobiana e analgésica, sendo utilizada na forma de infuso (chá)
para problemas digestivos e eliminação de gases intestinais, e na forma
de tintura utilizada em água para bochechos indicados em casos de
aftas, além de ação comprovada cientificamente como repelente de
insetos (PAULA et al., 2003). O óleo essencial de elixir-paregórico é
rico em cineol, metilchavicol e linalol, flavonoides e ácidos triterpênicos
(LORENZI; MATOS, 2008).
27 Cultivo de Plantas Aromáticas

Erva-cidreira
A espécie possui ampla distribuição nas Américas Central e do Sul e
no Sul dos Estados Unidos (HENNEBELLE et al., 2008). No Brasil, é
encontrada em praticamente todas as regiões (Figura 9) (JANNUZZI et
al., 2011).

Foto: Rita de Cassia Alves Pereira


Figura 9. Aspecto geral da espécie Lippia alba (Mill) N.E. Brown.

Nome científico: Lippia alba (Mill) N.E. Brown.

Família botânica: Verbenaceae.

Nomes populares: erva-cidreira-do-campo, alecrim-do-campo, alecrim-


‑selvagem, cidreira-brava, falsa-melissa, erva-cidreira-brasileira, cidreira-­
‑de-cheiro-doce.

Características das plantas: arbusto aromático com até 1,5 m de altura,


perene, ramos finos, esbranquiçados, arqueados e quebradiços, folhas
opostas, elípticas de largura variável, macias, com bordos serrados,
ápice agudo. Sua flor é azul arroxeada reunida em inflorescências
capituliformes de eixo curto e tamanho variável. Os frutos são drupas
globosas de cor rósea arroxeada, e as sementes são pouco visíveis
28 Cultivo de Plantas Aromáticas

por causa de seu tamanho minúsculo (MATOS, 2007). A erva-cidreira


possui três quimiotipos: a do quimiotipo I tem folhas ásperas, grandes e
inflorescência com até 8 flores linguladas externas em torno de um amplo
conjunto de flores ainda fechadas; nos quimiotipos II e III, as folhas são
menores e macias, as inflorescências são menores que do tipo I, com
um pequeno disco central de flores ainda não desenvolvidas rodeado por
apenas três a cinco flores linguladas (LORENZI; MATTOS, 2008).

Propagação: A propagação da espécie pode ser realizada via assexuada;


entretanto, a qualidade da muda depende da qualidade do material
reprodutivo. A estaca de 20 cm apresenta melhores resultados,
sendo, portanto, recomendada para propagação vegetativa dessa
espécie, independentemente do tipo de estaca utilizada. Estacas
maiores apresentam reservas em maiores quantidades, garantindo
a sobrevivência nas fases iniciais de desenvolvimento de emissões
foliares e de raízes, com maior produção de biomassa (BIASI, 2003).

Cultivo: As estacas enraizadas são plantadas no local definitivo no


espaçamento de 2,0 m entre fileiras e 1,5 m entre plantas. Depois
de crescidas, formam grande touceira fechada e ramos com grande
quantidade de folhas. Aduba-se com 5 kg/m² de esterco de curral. A
colheita é feita 5 a 6 meses após o plantio, sendo coletados os ramos
floridos ou não, durante todo o ano. Esse procedimento é adotado em
cultivos de erva-cidreira no Horto de Plantas Medicinais da Embrapa
Agroindústria Tropical.

Usos e composição química: A etnofarmacologia apresenta vários


usos tradicionais da erva-cidreira, mas as indicações farmacológicas
são restritas. Alguns efeitos medicinais podem estar relacionados às
propriedades anti-infeciosa e analgésica da planta. A erva-cidreira possui
compostos químicos responsáveis pelas atividades antiprotozoário,
bactericida e antifúngica, podendo ser explorados na agricultura para
o controle de doenças fitopatogênicas (ROZWALKA et al., 2008). A
composição química dos quimiotipos da erva-cidreira são: citral e mirceno
(quimiotipo I), citral limoneno (quimiotipo II) e carvona e limoneno
(quimiotipo III) (MATOS, 2002; TAVARES, et al., 2005).
29 Cultivo de Plantas Aromáticas

Funcho
Planta nativa da região mediterrânea da Europa e da África e, devido
à grande adaptabilidade, também cultivada desde regiões onde o clima
é ameno, ao nível do mar, até zonas tropicais com temperaturas mais
elevadas, onde apresenta as melhores produções em termos de qualidade
aromática e medicinal (Figura 10) (WANDERLEY et al., 2008).

Figura 10. Aspecto geral da espécie Foeniculum vulgare, Mill. Foto: Rita de Cassia Alves Pereira

Nome científico: Foeniculum vulgare, Mill.

Família botânica: Umbelliferae.

Nomes populares: erva-doce, erva-doce-brasileira, erva-doce de cabeça,


falsa-erva-doce, falso-anis, funcho-comum, funcho-doce, funcho-
‑italiano, funcho-bastardo, funcho-vulgar.

Características da planta: herbácea perene ou bianual, entouceirada,


aromática, de 40-90 cm de altura, folhas inferiores alargadas de
30 Cultivo de Plantas Aromáticas

até 30 cm de comprimento e superiores mais estreitas, com pecíolo


alargado como bainha que envolve o caule, compostas pinadas, com
folíolos reduzidos a filamentos. As flores são pequenas, hermafroditas
de cor amarela, dispostas em umbelas compostas por 10-20 umbelas
menores. Os frutos são oblongos, compostos por dois aquênios de
cerca de 4 mm de comprimento. A raiz é rizomatosa, esbranquiçada e
muito suculenta, armazenando grande quantidade de água (LORENZI;
MATOS, 2008; LOPES et al., 2010).

Propagação: A propagação é feita por sementes. As sementes


de funcho são semeadas em bandejas de poliestireno expandido
preenchidas com substrato comercial orgânico. É necessária irrigação
diária nessas bandejas, e, aos 45 dias após a semeadura, as mudas
de funcho estão com aproximadamente 12 cm de altura e aptas para
serem plantadas no campo (CARVALHO et al., 2011).

Cultivo: O plantio das mudas de funcho é feito em canteiros adubados


com esterco de curral curtido (5,0 kg/m²) utilizando o espaçamento de
0,50 m entre fileiras e 0,50 m entre plantas. A floração inicia 120 dias
após o plantio, ocasião em que deve ser iniciada a colheita das folhas e
flores para produção do óleo essencial (CARVALHO et al., 2011).

Usos e composição química: É muito aromática, comestível, utilizada


na culinária, em perfumaria e como aromatizante. As partes da planta
de funcho mais empregadas são as sementes, raízes e folhas, por
possuírem propriedades terapêuticas como: estomática, diurética,
aperitivo, carminativo, anti-inflamatório, bactericida e espasmolítico,
além de favorecer a lactação (RAMOS, 2004). Seu óleo essencial
contém anetol (90%-95%) o que lhe confere o sabor e o odor
característico do anis, acompanhado de menores quantidades de
metilchavicol, anisaldeído, linalol e outros derivados terpênicos
(CRAVEIRO et al., 1981; LORENZI; MATTOS, 2008).
31 Cultivo de Plantas Aromáticas

Hortelã-japonesa
Espécie tradicionalmente cultivada no Oriente, em especial no Japão,
de onde foi introduzida no Brasil por imigrantes daquele país para
o Sudeste do Brasil visando à produção de mentol, de alto valor
econômico (Figura 11) (OKA; ROPERTO, 2007; HERBOTECNIA, 2007).

Foto: Rita de Cassia Alves Pereira


Figura 11. Aspecto geral da espécie da Mentha arvensis L.

Nome científico: Mentha arvensis L.

Família: Lamiaceae.

Nomes populares: hortelã-do-brasil, hortelã-japonesa, vique, hortelã-


pimenta, hortelã, menta, menta-inglesa, hortelã-das-cozinhas.

Características da planta: herbácea, estolonífera, semiperene, de caule


quadrangular, ramificados, podendo atingir até 90 cm de altura. Suas
folhas são grandes, opostas, ovaladas e largas, pubescentes, com
limbo mais ou menos plano e bordas serradas. A inflorescência é em
espiga terminal e de flores violáceas. Seu sistema radicular é formado
por numerosos "rizomas" que se espalham pela camada superficial do
32 Cultivo de Plantas Aromáticas

solo, emitindo raízes e novos rizomas, dos quais brotam novas plantas
(HERBOTECNIA, 2007).

Propagação: A planta é multiplicada a partir de pedaços de seus


rizomas, os quais são cortados em hastes de mais ou menos 10 cm,
de modo que cada pedaço de rizoma contenha duas gemas. As mudas
com 30 dias de idade são transplantadas para o local definitivo (MAY
et al., 2007).

Cultivo: sendo uma planta herbácea, produtora de grande massa de


folhas e de raízes pouco profundas, a hortelã revela grande necessidade
de bom suprimento de água e incorporação massiva de adubos
orgânicos. Deve-se fazer adubação orgânica nos canteiros (4 kg/m²) com
esterco de curral curtido ou composto orgânico (MAY et al., 2007). As
mudas de hortelã-japonesa são plantadas diretamente nos canteiros,
sendo o espaçamento utilizado de 0,30 m entre fileiras e 0,30 m entre
plantas. Embora possa ser plantado em qualquer época do ano, o
período mais indicado para o plantio é o das chuvas e requer luz plena
para se desenvolver. Para manter as plantas em boas condições de
uso, recomenda-se podá-las e replantá-las a cada três meses e fazer
rotação dos canteiros, mudando o local do plantio a cada ano ou mais
frequentemente (HERBOTENICA, 2007). A colheita das folhas e flores é
feita quando do início da floração, e o corte é feito a 10 cm do solo, sendo
o primeiro corte realizado aos 90 dias do plantio (MATTOS et al., 2006).

Usos e composição química: toda a parte aérea é utilizada para fins


medicinais. Na medicina tradicional, é utilizada como antivomitivas,
descongestionante nasal e antigripal (MATOS, 2002). Em farmácia e
confeitaria, a planta ou o seu óleo essencial são usados para conferir
sabor e odor de menta a remédios e balas. Na cosmética, serve para
conferir sensação refrescante a loções e cremes para barba e pasta
de dentes (MARTINS et al., 2000). Contém diversos componentes
químico-orgânicos encontrados em seu óleo, tais como: mentol
(principal constituinte), mentona, iso-mentonas, piperitona, cariofileno,
pinenos, furfurol, limoneno, canfeno, acetato de mentilo, valerianato de
mentilo e piperitona (HERBOTECNIA, 2007).
33 Cultivo de Plantas Aromáticas

Malva-santa
Planta originária provavelmente da África, é amplamente cultivada em
todo o Brasil e utilizada como planta medicinal (Figura 12) (COSTA, 2006).

Foto: Rita de Cassia Alves Pereira


Figura 12. Aspecto geral da espécie Plecthranthus barbatus Andrews.

Nome científico: Plecthranthus barbatus Andrews.

Família botânica: Lamiaceae.

Nomes populares: boldo, boldo-brasileiro, boldo-do-reino, malva-santa,


malva-amarga, boldo-do-jardim, boldo-do-brasil, falso-boldo, folha-de-
‑oxalá.

Características da planta: planta herbácea ou subarbustiva, aromática,


perene, ereta quando jovem e decumbente após 1-2 anos, pouco
ramificada de até 1,5 m de altura. Folhas opostas, simples ovalada
34 Cultivo de Plantas Aromáticas

de bordos denteados, pilosas medindo 5 cm a 8 cm de comprimento


e de sabor muito amargo, flexíveis mesmo quando secas, sendo mais
espessas e suculentas quando frescas. Têm folhas elíptica, flexíveis,
aveludadas amortecidas e muito amargas. A malva-santa pode ser
reconhecida pelo seu sabor amargo e por possuir folhas macias
(MATOS, 2007).

Propagação: propaga-se facilmente por estaquia, utilizando-se de


estacas semilenhosas com 20 cm de comprimento. Para a formação
das mudas, as estacas são colocadas em sacos de polietileno,
contendo, como substrato, uma mistura de arisco + húmus de
minhoca, na proporção de 2:1, onde permanecem em casa de
vegetação por 40 dias (FREITAS et al., 2014).

Cultivo: As mudas são transplantadas após 30 dias para o local


definitivo utilizando o espaçamento de 0,50 m entre fileiras e 0,50
m entre plantas, com aplicação de 10 kg de adubo orgânico (esterco
bovino curtido) por metro quadrado de área, sendo repetida a
adubação três vezes ao ano, espalhando o adubo sobre o canteiro nas
proximidades do tronco da planta e irrigando os canteiros diariamente
(SILVA et al., 2006). A poda das folhas e dos galhos é feita a 20 cm
do solo, após o quarto mês de plantio (MATTOS et al., 2006).

Usos e composição química: No Brasil, as espécies desse gênero são


utilizadas e estudadas em relação às suas propriedades antidispépticas,
analgésicas e estimulantes da digestão (BANDEIRA et al., 2011).
Possuem óleo essencial rico em guaieno e fenchona, substâncias
responsáveis pelo aroma, e alguns constituintes fixos de natureza
terpênica como a barbatusina, ciclobarbatusina, além dos triterpenoides
e esteroides e outros compostos (ALBUQUERQUE, 2000).
35 Cultivo de Plantas Aromáticas

Manjericão-branco
Espécie nativa da Ásia tropical e introduzida no Brasil pela colônia
italiana, por ser a planta parte de uma tradição culinária muito forte (SILVA
et al., 2004; REIS et al., 2006). É uma planta muito apreciada pelas
indústrias alimentícias, farmacêuticas, de cosméticos e perfumaria (Figura
13) (PEREIRA; MOREIRA, 2011; ROSADO et al., 2011).

Foto: Rita de Cassia Alves Pereira


Figura 13. Aspecto geral
da espécie Ocimum
basilicum L.

Nome científico: Ocimum basilicum L.

Família: Lamiaceae.

Nomes populares: alfavaca-cheirosa, basílico-grande, manjericão-


grande, manjericão-de-folha-larga, alfavaca-de-vaqueiro, manjericão-da-
‑flor-branca, manjericão-doce, erva-real, folhas-largas-de cozinheiro.

Características da planta: subarbusto que apresenta ciclo anual ou


perene, dependendo do local onde é cultivado ou de acordo com as
características agronômicas observadas. Seu caule é ereto e ramificado,
e suas ramificações podem atingir de 30 cm a 60 cm de altura
(MARTINS et al., 2010). Suas folhas possuem coloração variada, a
partir de tons de verde, podendo ser lisas ou onduladas, com nervuras
salientes, ovaladas e verde-claras; apresenta cheiro forte e ardente. As
36 Cultivo de Plantas Aromáticas

flores são pequenas e dispostas em racemos eretos, geralmente em


grupos de três, podendo assumir tons de branco. Os frutos são simples
e secos com uma semente presa à parede do pericarpo (FAVORITO et
al., 2011).

Propagação: é feita por sementes ou estaquia de ramos. As sementes


de manjericão são semeadas em bandejas de poliestireno expandido
de 200 células contendo substrato comercial, mantidas em cultivo
protegido. Aos 30 dias após a semeadura, as mudas apresentam
quatro folhas definitivas e estão aptas para o transplantio (PEREIRA;
MOREIRA, 2011).

Cultivo: O plantio das mudas pode ser feito em vasos ou em viveiros


durante todo o ano. Para isso, deve-se preparar bem os canteiros,
levantando-os 15 cm de altura. Usar 150 g de esterco bovino bem
curtido para cada metro quadrado de canteiro e misturar bem. Semear
e cobrir com 0,5 cm de solo leve ou serragem fina. O espaçamento
recomendado é 30 cm entre linhas e 30 cm entre plantas. Irrigar pelo
menos uma vez por dia, preferencialmente ao início da manhã ou no
final da tarde. Após 60 dias do plantio nos canteiros, poderá ser feita
a primeira colheita, sendo o corte da planta a 20 cm do solo (PEREIRA;
MOREIRA, 2011).

Usos e composição química: A medicina alternativa utiliza as folhas


e flores do manjericão para obtenção de chás por suas propriedades
tônicas e digestivas, além de auxiliar no tratamento de problemas
respiratórios e reumáticos. O manjericão age contra problemas nas
vias respiratórias, infecções bacterianas e parasitas intestinais,
além de melhorar a digestão dos alimentos (MARTINS et al., 2010).
Essa espécie é também indicada como estimulante digestivo,
antiespasmódico, gástrico, galactagogo, béquico, carminativo
(SAJJADI, 2006), além de apresentar propriedades inseticidas,
repelentes e antimicrobianas, podendo ser aplicada na conservação
de grãos (FERNANDES et al., 2004; PRAVUSCHI et al., 2010). Os
constituintes majoritários do óleo essencial de O. basilicum (manjericão-
‑branco) são metil chavicol, linalol e geranial (SAJJADI, 2006).
37 Cultivo de Plantas Aromáticas

Pimenta-longa
Planta predominantemente tropical, bastante comum nas formações
florestais brasileiras. É considerada uma planta invasiva que produz
óleo usado como repelente de insetos (Figura 14) (ROCHA NETO, et
al.,1999; PIMENTEL; MIRANDA, 2001).

Figura 14. Aspecto geral da espécie Piper hispidinervum C. DC.

Nome científico: Piper hispidinervum C. DC.

Família botânica: Piperaceae.

Nomes populares: pimenta-do-acre, pimenta-de-macaco.

Características da planta: arbustiva, rústica, muito exigente em luz


e água, encontrada com frequência em áreas de capoeira. A planta
alcança de 1,60 m a 1,80 m de altura e ciclo vegetativo rápido
de aproximadamente 1 a 2 anos. Apresentam ramos tomentosos
e pubescentes, folhas ovadas com pecíolo de 0,5 cm a 1,2 cm
de comprimento, sem bainha, com aproximadamente 12 cm de
comprimento e espigas de tamanho semelhante ao das folhas (ROCHA
NETO, et al.,1999; PEREIRA et al., 2012).
38 Cultivo de Plantas Aromáticas

Propagação: As mudas de pimenta-longa devem ser produzidas


em local com 50% de sombreamento. Para tanto, deve-se utilizar
tela sombrite. O plantio das sementes é realizado em bandejas de
poliestireno contendo substrato composto por vermiculita, húmus de
minhoca e arisco, proporção 1:1:1. devidamente peneirado, colocando-
‑se 3 a 4 sementes por célula (PEREIRA et al., 2012).

Cultivo: As mudas devem ser plantadas diretamente no solo em covas


preparadas nas dimensões de 20 cm (altura), 20 cm (largura) e 20 cm
(profundidade), no espaçamento de 1,0 m entre plantas e 1,0 m entre
linhas. Recomenda-se, por ocasião do plantio, adubação com esterco
bovino curtido, na quantidade de 3 L/cova, repetindo-se essa adubação
em cobertura, a cada 3 meses do cultivo. A irrigação deve ser feita
por gotejamento com uma lâmina d’água diária de 6,5 mm por todo o
ciclo da planta, e o plantio deve ser mantido livre de ervas daninhas,
sendo realizadas capinas quando necessárias. Após o terceiro mês de
plantio definitivo, as plantas de pimenta-longa apresentam-se vigorosas
atingindo altura de aproximadamente 1 metro. Nas regiões Norte e
Nordeste, a colheita ocorre pela manhã e, durante o ano, é possível
realizar quatro colheitas. O corte da planta se faz a partir de 40 cm do
solo (PEREIRA, et al., 2012).

Uso e composição química: Das folhas e dos talos finos, extrai-


se o óleo essencial com alto teor de safrol, componente químico
aromático utilizado pela indústria como matéria-prima na manufatura
de heliotropina (fixador de fragrâncias) e butóxido de piperolina
(PIMENTEL; MIRANDA, 2001).

Na Tabela 1, estão apresentadas informações técnicas de cultivo


de algumas espécies aromáticas cultivadas no Horto da Embrapa
Agroindústria Tropical.
39
Tabela 1. Produção de plantas aromáticas.
Nome popular Nome Científico Parte utilizada Propagação Transplantio Espaçamento Colheita
30-60 dias após o pegamento
Alecrim-pimenta Lippia sidoides Cham. Folhas Estaquia 1,00 m x 0,50 m 4 meses após transplantio
das estacas
4 meses após o plantio e
Alfavaca-cravo Ocimum gratissimum L. Folhas e flores Sementes e estaquia 40 dias após a semeadura 0,80 m x 0,40 m posteriormente a cada 2
meses
Alfavaca-de-caboclo Hyptis suaveolens Poit Folhas e ramos Sementes 30-60 dias após a semeadura 1,00 m x 0,50 m 3-4 meses após o plantio
2 meses após o plantio e
Alfavaca-de-galinha Ocimum micranthum Willd. Folhas e flores Sementes e estaquia 40 dias após a semeadura 0,60 m x 0,30 m posteriormente a cada 2
meses
3-4 meses após o plantio
Perfilho e divisão de
Capim-santo Cymbopogon citratus (DC) Stapt. Folhas Em covas diretamente no campo 1,00 m x 0,50 m e posteriormente a cada
touceiras 4 meses
Cultivo de Plantas Aromáticas

3-4 meses após o plantio


Perfilho e divisão de
Capim-citronela Cymbopogon winterianus Jowitt Folhas Em covas diretamente no campo 1,00 m x 0,50 m e posteriormente a cada
touceiras 3 meses
Cravo-de-defunto Tagetes minuta L. Flores Sementes 40 dias após a semeadura 0,30 m x 0,30 m 60 dias após o plantio
45 dias após o plantio e
Elixir-paregórico Ocimum selloi Benth Folhas e flores Sementes e estaquia 40 dias após a semeadura 0,60 m x 0,30 m posteriormente a cada 2
meses
30-60 dias após o pegamento
Erva-cidreira Lippia alba N. E. Brown Folhas Estacas 1,00 m x 0,50 m 4 meses após transplantio
das estacas
Funcho Foeniculum vulgare Mill. Folhas e sementes Sementes 30-60 dias após a semeadura 0,50 m x 0,50 m 4 meses após o transplantio
3-4 meses após o plantio
com 4 a 6 folhas
Hortelã-japonesa Mentha arvensis L. Folhas Sementes e estolões Mudas 0,30 m x 0,30 m e posteriormente a cada
definitivas 3 meses
3-4 meses após o plantio
30-60 dias após o pegamento
Malva-santa Plecthranthus barbatus Andr Folhas Estaquia 0,50 m x 0,50 m e posteriormente a cada
das estacas 3 meses
50 dias após o plantio e
Manjericão-branco Ocimum basilicum L. Folhas e flores Sementes e estaquia 40 dias após a semeadura 1,50 m x 1,00 m posteriormente a cada 2
meses
3 meses após o plantio e
Pimenta-longa Piper hispidinervum C. DC. Folhas e ramos Sementes 30-60 dias após a semeadura 1,00 m x 1,00 m posteriormente a cada 3
meses
40 Cultivo de Plantas Aromáticas

Considerações
O cultivo de plantas aromáticas tem o propósito de fornecer matéria-
‑prima para a obtenção de substâncias bioativas para o mercado
consumidor, que busca por produtos diferenciados, saudáveis e isentos
de aditivos sintéticos tanto para uso alimentício quanto para produtos
medicinais, cosméticos e de perfumaria. Justificando o crescente
interesse pelo desenvolvimento do conhecimento nessa área, as
práticas agrícolas relacionadas à produção das plantas aromáticas
são fundamentais para a exploração de substâncias importantes que
estão presentes nas espécies cultivadas. Como exemplo, para os óleos
essenciais, as práticas agrícolas inadequadas de cultivo podem alterar
um ou mais constituintes da composição do óleo essencial, provocando
perda de qualidade do produto final. Dessa forma, para minimizar os
problemas decorrentes na qualidade dos produtos na extração do óleo
essencial, é importante que as condições de coleta e de beneficiamento
do material vegetal sejam executadas conforme a espécie cultivada.
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