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1. A IMPORTÂNCIA DA LEITURA
Não basta ir às aulas para garantir pleno êxito nos estudos. É preciso ler e,
principalmente, ler bem. Quem não sabe ler não saberá resumir, não saberá tomar
apontamentos e, finalmente, não saberá estudar. Ler bem é fundamental para ampliar e
desenvolver conhecimentos. Para elaborar trabalhos de pesquisa, é necessário ir às
fontes, aos autores, aos livros; é preciso ler, ler muito e, principalmente, ler bem.
A leitura assume um papel determinante na aprendizagem e no sucesso escolar e
profissional, pois é uma ferramenta insubstituível que permite que os leitores acedam a
um conjunto de experiências e conhecimentos. O insucesso na aquisição da leitura
influencia, por vezes, de uma forma decisiva, a aprendizagem noutras áreas
disciplinares, para as quais o domínio desta competência é essencial.
Muitos dos problemas referentes ao rendimento escolar têm origem numa leitura
deficiente, quando não se lê a uma velocidade adequada ou não se compreende bem
aquilo que se lê. O ritmo de leitura terá de se adaptar sempre à natureza dos textos, à
capacidade de assimilação do leitor e aos objectivos pretendidos. É importante adquirir
velocidade de leitura (não confundir rapidez com pressa), pois o leitor rápido poupa
tempo e tem mais possibilidades de compreender o sentido do que lê, aumentando,
assim, o seu rendimento.
A leitura amplia e integra os conhecimentos, abre os horizontes do saber,
enriquece o vocabulário e a facilidade de comunicação, disciplinando a mente e
alargando a consciência pelo contacto com formas e ângulos diferentes sob os quais o
mesmo problema pode ser considerado.
2. COMODIDADE NA LEITURA
O título do livro é a primeira informação que temos sobre seu conteúdo, mas não
deve ser o único critério de escolha para a leitura. Devemos examinar sumariamente o
livro cujo título nos interessa à primeira vista. Importa:
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verificar a editora, a data, a edição
ler rapidamente o prefácio.
4. TÉCNICAS DE LEITURA
Nem todos os textos são lidos da mesma maneira. Uma novela ou um manual escolar
são textos diferentes que requerem diferentes abordagens de leitura. Podemos distinguir
três tipos básicos de leitura:
• Ler por frases e não palavra por palavra. A nossa visão abrange uma área
muito extensa quando lemos. Ler palavra a palavra cansa e faz perder tempo
precioso. Pode começar-se por ler duas ou três palavras de cada vez e, pouco a
pouco, ir abarcando mais palavras até conseguir ler por frases. A leitura deve ser
feita com a cabeça imóvel (apenas os olhos se deslocam), sem acompanhar as
palavras com o dedo ou com um lápis. A leitura não deve ser feita palavra a
palavra, mas por grupos de palavras abarcadas de uma só vez em cada movimento
dos olhos.
• Voltar a ler quando não se compreende algo. Se se continuar a ler sem ter
percebido o texto, a leitura não será proveitosa.
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• Procurar resumir a ideia principal de cada parágrafo.
• Variar a forma de leitura para evitar o cansaço: leitura em voz alta, leitura
silenciosa, ler em pé, etc.
6. PRÉ-LEITURA
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Analise se o texto é de seu interesse e qual a finalidade da sua
leitura.
Consulte o índice.
Se for do seu interesse, inicie a leitura.
A leitura «em diagonal» é uma observação «por alto» do material escrito, com o
objectivo de formarmos rapidamente uma ideia global do seu conteúdo. Embora este
tipo de leitura seja normalmente usado quando não temos muito tempo disponível,
também devemos usar esta técnica como primeira leitura de um texto que pretendemos
estudar em profundidade.
8. LEITURA ATENTA
Feita a apreensão global do assunto, proceda a uma nova leitura, agora mais
atenta e aprofundada, com os seguintes objectivos: percepção, compreensão,
classificação, integração, recapitulação, crítica e problematização daquilo que se leu.
Durante esta leitura:
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Para obtermos o máximo rendimento, a leitura para estudo deve ser precedida das duas
formas de leitura anteriores.
Muita gente lê mal porque tem pouco vocabulário e tem pouco vocabulário
porque lê mal, o que se torna um círculo vicioso.
O domínio do vocabulário enriquece a possibilidade de compreensão e ajuda a
aumentar a velocidade na leitura.
O melhor recurso para aumentar o próprio vocabulário é, sem dúvida, a leitura.
Por isso, sugere-se que se experimente não interromper a leitura perante um
termo de sentido desconhecido; às vezes, o contexto pode esclarecer o sentido da
palavra desconhecida; anote-a e continue a ler. No final do capítulo, consulte o
dicionário para esclarecer o significado das palavras que anotou e verifique o sentido
conveniente ao contexto. Assim, quando fizer a segunda leitura, em que se sublinham as
ideias principais e os pormenores importantes, todos os termos estarão compreendidos e
incorporados no nosso vocabulário. Há quem prefira a consulta imediata, mas esta
obriga a interromper a leitura cada vez que encontramos uma palavra desconhecida.
No decurso desta leitura mais atenta, deve sublinhar as ideias mais importantes.
Sublinhar é uma arte que ajuda a colocar em destaque as ideias mestras, as palavras-
chave e os pormenores importantes, para além de facilitar a concentração e a atitude
crítica durante o tempo de leitura. Este hábito também favorece o trabalho das revisões
imediatas e das revisões posteriores.
Cada um pode adoptar uma simbologia pessoal para sublinhar e fazer anotações
à margem dos textos, desde que essa simbologia mantenha uma significação bem
definida e constante. Entretanto, podemos sugerir algumas normas:
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bases essenciais que, desde a primeira leitura, foram identificadas como principais, e
que a releitura mais rápida confirma como tais.
Para facilitar a evocação futura dos conteúdos da leitura, nada melhor do que
procurar reproduzir aquilo que lemos. Quem lê bem, de lápis na mão, à procura das
ideias directrizes e dos pormenores importantes, já preparou caminho para a elaboração
do esquema seguido pelo autor ou para a elaboração do resumo daquilo que leu.
10.1. ESQUEMAS
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a) seja fiel ao texto. Não se pode trabalhar com esquemas fixos ou preconcebidos
e forçar o texto lido a entrar neles; o nosso esquema decorre naturalmente do
texto;
10.2. RESUMOS
13. OPERATIVIDADE
É a última fase do método e consiste na aplicação concreta das normas referidas nas
etapas anteriores. No caso de ser bem aplicado, o método poderá funcionar como um
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excelente auxiliar de estudo, na recolha e tratamento da informação, sobretudo para os
alunos com mais dificuldades.