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Universidade Federal de São João del-Rei

Departamento das Engenharias de Telecomunicações e


Mecatrônica – DETEM

Mecanismos e Elementos de Máquinas

Aula: Engrenagens

Professor: Tarsis Prado Barbosa


2
Engrenagens
Componentes mecânicos utilizados para a transmissão de torque e movimento de rotação
de um eixo para outro.

5 tipos principais:

1. Engrenagens cilíndricas de dentes retos


2. Engrenagens helicoidais
3. Engrenagens cônicas
4. Parafuso e coroa sem-fim
5. Cremalheira

3
Engrenagens
1. Engrenagens cilíndricas de dentes retos:

- Dentes paralelos ao eixo de rotação


- Transmitem movimento entre dois eixos paralelos
- É o modelo mais simples de engrenagem
- É utilizada em aplicações de baixa rotação (produzem ruído)

4
Engrenagens
1. Engrenagens cilíndricas de dentes retos:

Terminologia
d – diâmetro primitivo (mm): círculo
teórico que serve de referência para
todos os cálculos da engrenagem

Z - número de dentes da engrenagem

m – módulo (mm):
𝑑
𝑚=
𝑍
p – passo circular (mm): espessura
O circulo do Adendo define o topo do
do dente + espaço entre eles (vão)
dente. O circulo do Dendendo define a 𝜋𝑑
raiz do dente.
𝑝= = 𝜋𝑚
𝑍

5
Engrenagens
1. Engrenagens cilíndricas de dentes retos:

Perfil do dente das engrenagens - projetados para


produzir uma razão de velocidade angular
constante (transmissão uniforme do movimento)

Contato entre os perfis de dois dentes ocorre onde


as curvas são tangentes entre si

IMPORTANTE: as forças em qualquer instante são


direcionadas ao longo da reta normal comum (ab –
ao longo do movimento do dente) que é
denominada de linha de ação ou linha de pressão 𝑟𝑏 = 𝑟. cos(𝛼)
𝑣 = 𝑤1 . 𝑟1 = 𝑤2 . 𝑟2 𝑟1 , 𝑟2 - raios primitivos
Ponto P: 𝑤1 𝑟2 𝑍2
𝑖= = = (relação de transmissão)
𝑤2 𝑟1 𝑍1

6
Engrenagens
1. Engrenagens cilíndricas de dentes retos:

(topo)

(fundo)

(espessura
do dente)

𝑟𝑏 = 𝑟. cos(𝛼)

7
Engrenagens
1. Engrenagens cilíndricas de dentes retos:

Resumo de fórmulas

8
Observações sobre Redutores

4
1

(entrada)
(saída)

3
2

Relação de transmissão total Redução


𝟏
e 𝒌=
𝒊
Ex: redução k = 1/125

9
Observações sobre Redutores
Potência e Torque
do Motor (entrada)

10

Elementos de Máquinas
Observações sobre Redutores (rendimento)
Mancais de escorregamento 95,5%
Potência e Torque do Motor (entrada) Mancais de roletes 98,0%
Mancais de rolamentos 99,0%
𝑷 = 𝑻. 𝒘 Engrenagens cilíndricas fundidas 93,0%
𝒓𝒂𝒅 𝟐𝝅 Engrenagens cilíndricas frezadas 96,0%
𝑷 𝑷 𝑾 = 𝑻 𝑵. 𝒎 . 𝒘 Engrenagens cônicas fundidas 92,0%
𝑻= 𝒔 𝟔𝟎 Engrenagens cônicas frezadas 95,0%
𝒘 Correias planas 96,5%
(1CV = 735 W)
Correias trapezoidais 97,5%
Correntes silenciosas 98,0%
Cabos de aço 95,0%
4
𝑻𝒔𝒂í𝒅𝒂 = 𝑻𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒂 . 𝒊𝑻 . 𝜼𝑻 1
Sem fim 60,0%
Talhas com 2 roldanas 94,0%
(entrada) Talhas com 3 roldanas 92,0%
Rendimento total
Talhas com 4 roldanas 91,0%
(saída)
𝒎+𝟏 Talhas com 5 roldanas 89,0%
𝜼𝑻 = 𝜼𝒎
𝒆𝒏𝒈𝒓𝒆𝒏𝒂𝒈𝒆𝒏𝒔 . 𝜼𝒎𝒂𝒏𝒄𝒂𝒍
3
(m = nº de engrenamentos)
2

11
Exercício
Você está reformando uma furadeira de bancada na qual a placa de identificação das várias
velocidades da máquina desapareceu. Um de seus trabalhos é descobrir os valores das velocidades
operacionais dessa máquina para refazer a plaqueta. A máquina tem quatro conjuntos de polias
semelhantes ao mostrado na figura à seguir.

1500
rpm

12
Transmissão CVT

13
Engrenagens
2. Engrenagens helicoidais:

- Dentes inclinados em relação ao eixo de rotação


- Contato gradual dos dentes (mais silenciosas), transferência suave de carga de um
dente para outro = maior capacidade de carga e maiores velocidades de trabalho
- Podem ser utilizadas em eixos paralelos e não paralelos
- Desvantagem: geram forças axiais sobre os mancais e momentos fletores no eixo

14
Engrenagens
2. Engrenagens helicoidais:

Todas as relações que se aplicam as


O ângulo de hélice ψ é formado pelo eixo
engrenagens de dentes retos se
de rotação e a linha da inclinação do dente
aplicam às de dentes helicoidais,
entretanto a incilinação axial dos
dentes introduz agora o ângulo de
hélice (ψ)
𝒑𝒏
𝒑𝒏 < 𝒑𝒕 𝒎𝒏 =
𝝅
𝒎𝒏 < 𝒎 𝒕 pn
ψ
Ângulo de pressão normal pt
Passo axial px ou pa
é a distância entre dois (Como se fosse a
Ângulo de pressão no plano de rotação dentes na linha do eixo engrenagem cilíndrica
(direção tangencial = φt) de rotação de dentes retos)

15
Engrenagens
2. Engrenagens helicoidais:

“P” é o passo diametral em polegadas e “p”


é o passo circular (p = (d/Z).π = m. π)

Resumo de fórmulas
Para o sistema inglês:

Para achar o diâmetro primitivo em uma


engrenagem helicoidal pode se analisar o
passo transversal no plano de rotação.
Logo:
dp [in]= Z/Pt [in] em polegadas!

16
Engrenagens
3. Engrenagens Cônicas de Dentes Retos:

- Utilizadas para transmitir movimento entre eixos que se interceptam


- Os dentes destas engrenagens tem a forma de tronco de cone (seguem a mesma direção do
cone primitivo)
- Em geral o ângulo entre os eixos é de 90 ͦ
- O ângulo de pressão é padronizado em 20 ͦ

17
Engrenagens
3. Engrenagens Cônicas de Dentes Retos:

- subscritos P e G referem-se ao pinhão (menor) e à


coroa respectivamente
- γ e Γ são os ângulos primitivos do pinhão e da coroa

𝑑2 𝑍2 𝑠𝑒𝑛Γ
𝑖= = =
𝑑1 𝑍1 𝑠𝑒𝑛𝛾

18
Engrenagens
4. Engrenagem Parafuso e Coroa Sem-fim:

- Utilizadas para transmitir movimento entre eixos não


paralelos e que não se interceptam
- Conjunto fornece uma grande relação de transmissão 5 entradas, ângulo de hélice 32 ͦ
(razão de velocidades dos eixos > 3 com um único par
engrenado)
- Desvantagem: baixo rendimento devido ao elevado atrito
- Requer seleção de materiais e lubrificantes adequados
(em geral se fabrica a coroa de bronze)

13 entradas
Roscas com mais entradas
permitem maior avanço axial a
cada volta do parafuso

19
MAS em engrenagens cilindricas
Engrenagens a compreensão é diferente!!
(rosca é ao longo do eixo de
4. Engrenagem Parafuso e Coroa Sem-fim: rotação)

Rosca direita Rosca esquerda


OBS:
Obedencendo a regra da mão direita
- Rosca direita – coroa gira no sentido anti-horário
(parafuso entrando na madeira empurra madeira no
sentido contrário o de avanço)
- Rosca esquerda – coroa gira no sentido horário

20
Engrenagens
4. Engrenagem Parafuso e Coroa Sem-fim:

O avanço L depende do número


de entradas do parafuso (Nw
=Nº de “dentes do parafuso”)
Passo axial
λ – ângulo de avanço do parafuso
dw ou dsf é o diâmetro
primitivo do parafuso sem-fim
(worm-gear)
Obs: 2πr = πd (perimetro da hélice e L é a “defasagem”)

21
Engrenagens
4. Engrenagem Parafuso e Coroa Sem-fim:

22
Engrenagens
4. Engrenagem Parafuso e Coroa Sem-fim:

Relativamente ao aparelho de elevação, calcular:

a) as razões de transmissão i1, i2, e it;


b) a velocidade angular do tambor onde está
enrolado o cabo de elevação da carga Q;
c) a velocidade com que a carga é elevada;
d) a distância entre eixos das rodas dentadas.

23
Engrenagens – Análise de força
Engrenagens – números (2,3,4 e etc, o número 1 fica reservado para a estrutura da máquina)

Eixos – letras (a, b, c e etc)

Direção: t (tangencial), r (radial) e


a (axial)

Faça o DCL de cada engrenagem

25
Engrenagens – Análise de força
Engrenagens – números (2,3,4 e etc, o número 1 fica reservado para a estrutura da máquina)
Resolução – DCL engrenagem 2:
Eixos – letras (a, b, c e etc)

Direção: t (tangencial), r (radial) e


a (axial)

Faça o DCL de cada engrenagem:

26
Engrenagens – Análise de força
Engrenagens – números (2,3,4 e etc, o número 1 fica reservado para a estrutura da máquina)
Resolução – DCL engrenagem 2:
Eixos – letras (a, b, c e etc)

Direção: t (tangencial), r (radial) e


a (axial)

Faça o DCL de cada engrenagem:

27
A força resultante atua na linha de
Engrenagens – Análise de força ação (ou linha de pressão)

Carga é transmitida pela força tangencial:

28
Engrenagens – Análise de força
O pinhão 2 da figura gira a 1750 rpm e transmite 2,5 kW à engrenagem intermediária 3. São
engrenagens cilíndricas de dentes retos com ângulo de pressão de 20° e módulo de m = 2,5 mm.
Desenhe um diagrama de corpo livre da engrenagem 3 e calcule todas as forças que atuam sobre
a mesma.

29
Engrenagens – Análise de força
O pinhão 2 da figura gira a 1750 rpm e transmite 2,5 kW à engrenagem intermediária 3. São
engrenagens cilíndricas de dentes retos com ângulo de pressão de 20° e módulo de m = 2,5 mm.
Desenhe um diagrama de corpo livre da engrenagem 3 e calcule todas as forças que atuam sobre
a mesma.

Engrenagem 3 é livre e
não recebe nenhum
Reações nos eixos: torque adicional do
eixo b

30
Engrenagens – Análise de força: Engrenagem Helicoidal

𝜙𝑛 E ainda (em função de F):


F F
𝜙𝑡
𝜙𝑡 ψ F F
Em função de Ft

F F
ψ ψ

𝜙𝑛 ψ

Demonstrar:

31
Engrenagens – Análise de força: Engrenagem Helicoidal
Na figura, um motor elétrico de 750 [W] roda a 1800 rpm em sentido horário, como visto a partir do
lado positivo do eixo x. Fixado ao eixo do motor por meio de chaveta, há um pinhão helicoidal de 18
dentes com ângulo de pressão normal de 20°, ângulo de hélice de 30° e um módulo normal de 3mm.
Faça um esboço tridimensional do eixo do motor e do pinhão e mostre as forças atuantes nesse último,
bem como as reações do mancal em A e B. O esforço axial deve ser suportado em A.

motor

250 75

32
Engrenagens – Análise de força: Engrenagem Helicoidal

Resolução:

250 75

250 75

33
Engrenagens – Análise de força: Engrenagem Helicoidal

Resolução:

(π.d.n)/60

34
Engrenagens – Análise de força: Engrenagem Helicoidal
Produto vetorial:

Importante:
Resolva o exercício
usando vetores!

Utilizando os vetores:

Vetores (não
Regra da mão direita (polegar em x positivo) preocupo com
sinais inicialmente)

Resultado do
produto
vetorial
Isolando os valores em i, em j e k se obtém:

Fa+Fb+W = 0 - vetores
Fazendo o somatório das forças igual a zero: (não preocupo com sinais)

35
Engrenagens – Análise de força: Engrenagem Cônica

γ
𝜙 γ
Em função de Ft

γ
𝜙 γ
γ

36
Engrenagens – Análise de força: Engrenagem Cônica

37
Engrenagens – Análise de força: Engrenagem Cônica

𝜙
38
Engrenagens – Análise de força: Engrenagem Cônica

Obs: P=T.w = Ft.r.w e, v=w.r

39
Engrenagens – Análise de força: Engrenagem Cônica

40
Engrenagens – Análise de força: Engrenagem Cônica

41
Engrenagens – Análise de força: Engrenagem Cônica
Resolução Matricial apenas para exemplificar Era para ser 96 mm! (erro
da versão traduzida –
(distância diferente em x – desconsidere valores):
Shigley, 8º edição)
As forças encontradas estão ilustradas no esboço isométrico.
Os vetores posição do mancal C e do ponto de aplicação da força
tangencial em G em relação a D são:
Referencial: Mancal D!

Calculando os momentos em relação ao mancal D:

Isolando os valores em i, em j e k se obtém:

Fazendo o somatório das forças igual a zero:

-304
42
Engrenagens – Análise de força: Parafuso e coroa sem-fim

Em função
F F

de F
F F
F F
F

F
Força de
atrito
F
F
F F
F F F F
“W” se refere ao
parafuso e “G” à F F F
coroa
F F F
F
F F F F

43
Engrenagens – Análise de força: Parafuso e coroa sem-fim
Rendimento:

Velocidade de deslizamento:
(“W” se refere ao
parafuso e G à coroa)
𝑉𝐺 - velocidade
tangencial no diâmetro
primitivo da coroa (G)
𝑉𝑊 - velocidade A – ferro fundido
tangencial do parafuso B – bronze (coroa)

44
Engrenagens – Análise de força: Parafuso e coroa sem-fim
Um pinhão sem-fim de rosca direita de 2 dentes transmite 1 hp, a 1200 rpm, a uma coroa sem-fim com 30 dentes.
Tal coroa tem um passo diametral transversal de 6 dentes/in e uma largura de face de 1”. O pinhão, por sua vez,
apresenta um diâmetro primitivo de 2” e uma largura de face de 2” ½. O ângulo de pressão normal vale 14,5º. Os
materiais e a qualidade do trabalho são tais que a curva B do gráfico abaixo deve ser utilizada na obtenção do
coeficiente de atrito.
(a) Encontre o passo axial, a distância entre os centros, o
avanço e o ângulo de avanço.
(b) A coroa é suportada pelos mancais A e B. Encontre as forças
exercidas pelos mancais contra o eixo da coroa sem-fim, bem
como o torque de saída.

45
Engrenagens – Análise de força: Parafuso e coroa sem-fim
Resolução: Utilizando a regra da mão
direita na rotação do pinhão
sem-fim, o polegar aponta na
direção positiva do eixo z. A
coroa roda em sentido anti-
horário relativamente ao eixo x,
com seu polegar apontando na
direção positiva desse eixo.

(i = nW/nG= Z2/Z1)
A velocidade tangencial da coroa é:
Logo, para a velocidade de escorregamento de 637 ft/min,
do gráfico da página anterior se verifica que f=0,03

46
Engrenagens – Análise de força: Parafuso e coroa sem-fim
Resolução:
Fazendo a análise das forças:

Deve-se à perda por atrito o fato de o torque de saída ser menor que o
produto da razão de engrenamento e o torque de entrada (relacionado ao
rendimento do sistema).

47
Lista de Exercícios
1) Um pinhão cilíndrico de dentes retos com 17 dentes tem um passo diametral igual a 8 roda a 1120 rpm e
aciona uma coroa à velocidade de 544 rpm. Encontre o número de dentes da coroa e a distância teórica de
𝑍
centro a centro. (Obs: 𝑃𝑑 𝑖𝑛 = 𝑑 𝑖𝑛 , passo diametral em polegadas é o número de dentes dividido pelo
diâmetro primitivo)

2) Um par de engrenagens cilíndricas de dentes retos apresenta um módulo de 4 mm e uma razão de


velocidade igual a 2,80. O pinhão tem 20 dentes. Encontre o número de dentes da engrenagem acionada,
os diâmetros primitivos e a distância teórica de centro a centro.

3) Um par de engrenagens montadas em eixos paralelos consiste em um pinhão helicoidal de 18 dentes


acionando uma coroa de 32 dentes. O pinhão apresenta um ângulo de hélice esquerda de 25°, um ângulo
de pressão normal de 20° e um módulo normal de 3 mm. Encontre:
(a) Os passos circulares normal, transversal e axial
(b) O módulo transversal e o ângulo de pressão transversal
(c) Os diâmetros primitivos das duas engrenagens.

48
Lista de Exercícios
4) O conjunto de engrenagens helicoidais de redução
dupla exibido na figura é acionado, a partir do eixo a, a
uma velocidade de 900 rpm. As engrenagens 2 e 3
módulo normal de 3 mm, um ângulo de hélice de 30° e
um ângulo de pressão normal de 20°. O segundo par de
engrenagens 4 e 5 possui um módulo normal de 2 mm,
um ângulo de hélice de 25° e um ângulo de pressão
normal de 20°. Os números de dentes são os seguintes:
N2 = 14, N3 = 54, N4, = 16 e N5 = 36. Determine:

(a) As direções da força axial exercida por cada grupo de


engrenagens sobre o eixo que a suporta
(b) A velocidade e a direção de rotação do eixo c
(c) A distância entre os centros de eixos

Resposta (b) 103,7 rpm anti-horário.

49
Lista de Exercícios
5) O eixo a da figura ao lado roda a 600 rpm na direção
indicada. Encontre a velocidade e a direção da rotação do
eixo d.

Resposta: 47,06 rpm, sentido horário

6) O eixo a na figura ao lado recebe uma potência de 75 kW a 1000


rpm em sentido anti-horário. As engrenagens têm um módulo igual a 5
mm e um ângulo de pressão de 20°. A engrenagem 3 roda livre.
(a) Encontre a força 𝐹3𝑏 que a engrenagem 3 exerce contra o eixo b.
(b) Encontre o torque T4c que a engrenagem 4 exerce sobre o eixo c

Resposta: F3b = 33,7 KN, T4c = 2148,4 N.m – sentido anti-horário, mas
a resultante no eixo é no sentido horário (Tc4).

50
Lista de Exercícios
7) A figura mostra um par de engrenagens cilíndricas de
dentes retos montadas em seus eixos, tendo módulo de 3
mm, com um pinhão de 18 dentes e 20°, acionando uma
coroa de 45 dentes. A potência de entrada máxima vale 24
kW a 1800 rpm. Encontre a direção e a magnitude das
máximas forças que atuam sobre os mancais A, B, C e D.
Resposta:

8) A figura mostra um pinhão cônico de dentes retos de 16 dentes e 20°,


acionando uma coroa de 32 dentes. O eixo a, do pinhão, recebe 2,5 hp a 240
rpm. Determine as reações nos mancais em A e B supondo que A responda com
ambas as cargas, axial e radial.

Resposta: Fbx = 678.8 lbf, Fbz = -178,4 lbf, logo, Fb(radial) = 702 lbf

(axial)

51
Lista de Exercícios
9) Na figura ao lado, o pinhão 2 é uma engrenagem cilíndrica helicoidal com hélice
destra com ângulo de 30°, um ângulo de pressão normal de 20°, 16 dentes e um
passo diametral normal de 6 dentes/in. Um motor de 25 hp movimenta o eixo a
com velocidade de 1720 rpm em sentido horário com relação ao eixo x. A
engrenagem 3 tem 42 dentes. Encontre as reações exercidas pelos mancais C e D
no eixo b. Um desses mancais deve suportar ambas as cargas radial e axial.

10) Um pinhão sem-fim (rosca direita) com uma entrada, construído de aço
endurecido tem uma capacidade de potência de catálogo igual a 2000 W a 600
rpm, quando engrenado a uma coroa sem-fim de 48 dentes feita de ferro
fundido. O passo axial do pinhão vale 25 mm, o ângulo de pressão normal é
14,5º, o diâmetro primitivo do pinhão é de 100 mm, e as larguras de face do
pinhão e da coroa são, respectivamente, 100 mm e 50 mm. A figura mostra os
mancais A e B do eixo do pinhão localizados de forma simétrica com relação ao
pinhão, e distanciados por 200 mm. Determine qual deve ser o mancai axial e
encontre as magnitudes e as direções das forças exercidas por ambos os
mancais.

52
Projeto de Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos e Helicoidais
As engrenagens devem ser projetadas para resistir a falha por flexão (1) e a fadiga
superficial (2).

1) Excesso de tensão na base dos dentes resultante da


flexão – falha por flexão:
𝜎 ≤ 𝜎𝑎𝑙𝑙
Tensão de flexão (𝜎) deve ser menor que o
limite de resistência à fadiga de flexão (𝜎𝑎𝑙𝑙 )

2) Excesso de tensão na superfície resultante do contato


entre os dentes – falha por fadiga superficial:
𝜎𝑐 ≤ 𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙
Tensão superficial de contato (𝜎𝑐 ) deve ser menor
que o limite de resistência à fadiga superficial (𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 )

53
Projeto de Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos e Helicoidais
1) Dimensionamento dos dentes à flexão – metodologia ANSI/AGMA :
Tensão de flexão (𝜎) Limite de resistência à fadiga de flexão (𝜎𝑎𝑙𝑙 )

Tensão de flexão (𝜎) deve ser menor que o


limite de resistência à fadiga de flexão (𝜎𝑎𝑙𝑙 ) 𝜎 ≤ 𝜎𝑎𝑙𝑙
SF deve ser ≥ 1
54
Projeto de Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos e Helicoidais
2) Dimensionamento dos dentes à fadiga superficial (fadiga de contato) – metodologia ANSI/AGMA :

Tensão superficial de contato (𝜎𝑐 ) Limite de resistência à fadiga superficial (𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 )

Tensão superficial de contato (𝜎𝑐 ) deve ser menor


que o limite de resistência à fadiga superficial (𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 )
𝜎𝑐 ≤ 𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 SH deve ser ≥ 1

55
Projeto de Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos e Helicoidais
FINALMENTE:

SF deve ser comparado ao valor de:


(𝑆𝐻)2 −𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑡𝑜 é 𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟 ou (𝑆𝐻)3 −𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑡𝑜 é 𝑒𝑠𝑓é𝑟𝑖𝑐𝑜

O fator que der o menor valor indicará se a falha será por flexão
ou por fadiga superficial

Obs:
A relação de transmissão (i)
também é indicada como
(carga sobre o motor)
razão do número de dentes
(𝑚𝐺 ) da coroa pelo pinhão:

CUIDADO: NG é o número de dentes da


coroa e NP é o número de dentes do
pinhão, equivalente a Z2/Z1

56
Projeto de Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos e Helicoidais
Exemplo:
Um pinhão cilíndrico de dentes retos, com 17 dentes e 20° de ângulo de pressão, roda a 1800 rpm e transmite 4 hp
a uma engrenagem de disco com 52 dentes. O passo diametral é de 10 dentes/in; a largura de face, de 1,5 in; e o
padrão de qualidade é o n° 6. As engrenagens são montadas bastante abertas, com os mancais ficando
imediatamente adjacentes. O pinhão é feito de aço de grau 1, com dureza na superfície dos dentes de 240 Brinell e
endurecimento completo até seu interior. A coroa é de aço, também endurecida por completo, material de grau 1,
com dureza Brinell igual a 200, para a superfície dos dentes e para o interior. A razão de Poisson é de 0,30, JP = 0,30,
JG = 0,40 e o módulo de Young é 30(10^6) psi. O carregamento é suave em decorrência do tipo de motor e da carga.
Assuma uma vida para o pinhão de 10^8 ciclos, uma confiabilidade de 0,90 e utilize YN = l,3558𝑁 −0,0178 , ZN =
1,4488𝑁 −0,023 . O perfil de dente está sem coroamento. Essa é uma unidade redutora comercial fechada.

(a) Encontre o fator de segurança das engrenagens sob flexão.


(b) Encontre o fator de segurança das engrenagens com relação ao desgaste.
(c) Examinando os fatores de segurança, identifique o risco relativo a cada engrenagem e à unidade.

57
Projeto de Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos e Helicoidais
Resolução:
Ko=1 (carga uniforme - tabela)

Qv está relacionado a qualidade da


engrenagem (acurácia de engrenamento)
e foi dado que Qv = 6

F – largura do dente [in]


P – Passo diametral [in]

58
Projeto de Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos e Helicoidais
Resolução:

- Flanco não “coroado”


- Flanco coroada (contato esférico)

59
Projeto de Engrenagens Cilíndricas de Dentes Retos e Helicoidais
Resolução:

60
Bibliografia

Budynas, R. G., Nisbett, J. K., Elementos de máquinas de Shigley, 8º edição

61

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