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Tecnologias da Saúde de
Lisboa
Janeiro de 2010
Relatório de Educação Clínica I – Módulo II
Licenciatura em Fisioterapia
2º ano – 1º semestre
Docente responsável: Fisioterapeuta Ana Cristina Brandão Pedro Miguel Sobral da Fonseca
Coordenadora de Curso: Mestre Isabel Coutinho Nº 546208
2009/2010
Relatório Educação Clínica I Módulo II Janeiro de 2010
AGRADECIMENTOS
À Fisioterapeuta Ana Cristina Brandão, assim como aos restantes fisioterapeutas do Hospital
do Barreiro que acompanhei durante este módulo, por toda a sua disponibilidade, simpatia,
atenção e conhecimento transmitido;
E a todos os docentes da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa que deram vida a
este projecto.
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Índice
AGRADECIMENTOS........................................................................................................................ 1
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................. 17
ANEXOS ....................................................................................................................................... 18
Anexo I..................................................................................................................................... 18
2i
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INTRODUÇÃO
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Ao longo dos anos foram-se verificando diversas alterações, tanto no espaço físico
como na composição do quadro de pessoal afecto ao serviço, bem como na diferenciação dos
cuidados prestados.
Os utentes do SMFR têm a seguinte proveniência:
Internamento
Consulta externa
Urgência
Exterior
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Sectores de
Pessoal afecto
Atendimento Diferenciação de Cuidados
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CRONOGRAMA SEMANAL
3 de Dezembro
Pediatria/SMFR F. ♂ 4A
Paralisia cerebral – tetraparésia espástica
17 de Dezembro
Pediatria/SMFR M. ♀ 9m Bronquiolite
7 de Janeiro
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14 de Janeiro
Pediatria/SMFR F. A. A ♂
Paralisia Cerebral
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CASO CLÍNICO
AVALIAÇÃO SUBJECTIVA
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A imobilização foi retirada em Setembro de 2009 e até esta altura o doente deslocou-
se sempre em cadeira de rodas. A partir de Setembro, foram iniciadas as sessões de
fisioterapia e a locomoção do doente começou a ser feita com auxílio de duas canadianas. Em
Novembro de 2009 o doente passou a caminhar de forma independente, após ter passado
algum tempo a andar com uma única canadiana.
Está prevista para Março de 2010 nova intervenção cirúrgica para remover os
materiais de osteossíntese colocados em Julho de 2009, aquando da primeira operação.
Terapêutica medicamentosa actual: Nada a registar.
Tratamento: Mobilização do joelho: passiva, activa e activa resistida. Mobilização da rótula.
Exercícios de fortalecimento.
Situação Sócio-habito-familiar: Mora com os pais no primeiro andar de um prédio com
elevador. Passa bastante tempo em casa da avó que é um segundo andar apenas com escadas.
Antecedentes pessoais: Queimadura por líquido no joelho direito.
Actividades/hobbies: Videojogos e computador, televisão, jogar futebol, praticar atletismo e
karaté.
Exames complementares de diagnóstico: Raio X (Anexo I: 1.1, 1.2, 1.3, 1.5, 1,6), TAC (Anexo I:
1.4) e ecografia.
Independência nas actividades diárias: Actualmente, por vezes, necessita de ajuda para se
calçar.
Expectativas do doente: O doente espera que após recuperação da cirurgia e fisioterapia
consiga voltar a praticar desporto (atletismo, futebol, karaté).
Dor: apresenta uma dor localizada em situações de frio e à palpação. O calor é um factor de
alívio. Última vez que sentiu mais intensidade há 15 dias e, na Escala Visual Analógica, de 1 a
10 corresponde a 4.
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CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS
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degenerescência natural das estruturas tendinosas a partir dos 30 anos). Esta ruptura pode
também surgir associada à fractura da rótula fazendo com que esta suba (patella subida).
Associada a uma ruptura total do tendão rotuliano, existe sempre uma incapacidade
funcional em realizar a extensão activa do joelho e é acompanhada de dor muito intensa e
súbita.
O estudo radiológico de perfil dos dois joelhos é definitivo para confirmar a rotura e
avaliar comparativamente o posicionamento da rótula no joelho íntegro.
Fractura da Rótula
A rótula é o maior osso sesamóide no corpo humano, fazendo parte da articulação do
joelho, mais propriamente da articulação fémuro-rotuliana, que é classificada com
trocleartrose. Este osso está em continuidade com o quadricípete, para cima, e com o tendão
rotuliano, para baixo, fazendo assim parte do aparelho extensor do joelho. Tem a forma de um
“triângulo arredondado” de base superior e vértice inferior. É formada por uma concha
cortical periférica que envolve osso esponjoso trabecular. Apenas a face posterior é revestida
por cartilagem, a mais espessa que se encontra no corpo humano.
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caracterizar melhor o tipo de fractura ou verificar se existe lesão em tecidos moles adjacentes,
como é o caso do tendão rotuliano.
A fractura da rótula pode ser feita por mecanismo directo ou indirecto. A primeira
forma é a mais frequente e envolve um evento traumático na face anterior do joelho,
geralmente em posição de flexão. Pode ocorrer na sequência de um traumatismo de baixa
energia (queda sobre o joelho, pontapé durante uma agressão ou evento desportivo) ou de
alta energia (acidente de viação com embate da rótula contra o tablier). A fractura de
mecanismo indirecto já não é tão comum e pode ocorrer devido a uma luxação da rótula ou
devido a uma contracção do quadricípete contra resistência.
Existem vários tipos de fracturas de rótula que dependem do tipo de mecanismo que
as provocou e do local onde a fractura ocorreu (Fig. 3). A fractura mais comum em crianças
acontece por mecanismo indirecto e ocorre no bordo inferior da rótula (sleeve-fracture)
(Fig.4), podendo ocorrer ruptura do tendão rotuliano associada.
Figura 4 "Sleeve-fracture"
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Cirurgia
A técnica mais usada consiste na aplicação de 2 fios (fio de Kirschner ou K), com 2 mm,
colocados de forma anterior e paralelos (um em cada lado da linha média, dividindo a rótula
em 3 partes iguais). Os fios K devem ultrapassar o comprimento da rótula superior e
inferiormente. Faz-se depois passar um fio de aço em frente da rótula e atrás da ponta de cada
fio K, fazendo uma figura de 8 ou de moldura. O fio de aço pode passar na espessura do
tendão rotuliano para maior estabilidade da montagem. Ao realizar tensão, o fio de aço exerce
um efeito de compressão nos vários fragmentos da fractura.
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Existem muitas variações desta técnica, sendo uma delas realizada para tentar evitar
alguma irritação causada pela saliência dos fios k, em que estes são substituídos, fazendo
passar um fio de aço por dois orifícios na rótula.
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CONCLUSÃO
Quanto à minha participação durante este módulo da Unidade Curricular, penso que
foi adequada e correcta, com algumas dificuldades no início no que diz respeito à interacção
com o doente, algo que tentei sempre melhorar, sendo rapidamente ultrapassado, resultando
num balanço pessoal muito positivo e enriquecedor.
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BIBLIOGRAFIA
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ANEXOS
Anexo I
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Anexo I - 1.3 - Raio X de 6 de Julho de 2009 (dia em que foi retirada imobilização e se diagnosticou a
ruptura do tendão rotuliano)
“ TC dos joelhos: estudo TDM efectuado com aquisição volumétrica, documentado com janelas
para avaliação da estrutura óssea e partes moles envolventes, com reconstruções nos planos
axial e sagital. Do conjunto de imagens obtido salientamos: fractura com arrancamento da
vertente inferior e externa da rótula coexistindo espessamento e heterogeneidade do tendão
rotuliano homolateral e derrame articular anterior. Existe ainda uma discreta irregularidade no
núcleo de ossificação da tuberosidade anterior da tíbia homolateral nomeadamente em
relação à contralateral, verificando-se contudo que a mesma se encontra normoposicionada.”
Anexo II - 1.4 Relatório da TAC (07 Julho de 2009)
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Anexo III - 1.6 - Raio X de 18 de Dezembro de 2009 (raio X para controlo do material de osteossítese)
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