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Autor:
Beto Alexandre Vilanculo
Autor:
Beto Alexandre Vilanculo
Supervisor:
o
Eng : Albino Ubisse
Co – Supervisor:
Eng o: Leonel Muthemba
Supervisor:
........................................................................................
Eng o : Albino Ubisse
Co Supervisor:
........................................................................................
Eng o : Leonel Muthemba
Oponente:
........................................................................................
Eng o :Luis Simone
Songo, de de 2019
A chefe da secretaria
........................................................................................
ÍNDICE
DEDICATÓRIA V
AGRADECIMENTO VI
EPIGRAFE VII
RESUMO VIII
ABSTRACT IX
LISTA DE TABELAS XV
1 INTRODUÇÃO 1
1.1 Problema e Justificativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
1.2 Ojectivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2.1 Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.2.2 Especı́ficos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
1.3 Relevância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
II
ÍNDICE ÍNDICE
1.4 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.5 Estrutura do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3 TEORIA DE PROTECÇÕES 11
3.1 Conceitos Teóricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.1.1 Funcionamento de sistema de protecção . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.1.2 Critérios dos sistemas de protecção . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.2 Transformadores de instrumento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.2.1 Transformador de corrente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.2.2 Transformador de tensão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.3 Disjuntor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3.3.1 Componentes de um disjuntor de MT, AT e EAT . . . . . . . . . . . . 17
4 RELÉS DE PROTECÇÃO 18
4.1 Relés de protecção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4.1.1 Classificação dos relés . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4.2 Relés electromecânicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4.2.1 Relés de atracção eletromagnética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4.2.2 Relés de indução eletromagnética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.3 Relés estáticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
4.4 Relés de tecnologia microprocessada ou IED . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.4.1 Arquitetura e principio de funcionamento . . . . . . . . . . . . . . . 27
4.4.2 Caracterı́sticas e funcionalidades dos relés microprocessados ou IED 28
III
ÍNDICE ÍNDICE
8 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 56
8.1 Conclusões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
8.2 Recomendações para a escolha do IED . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 58
IV
DEDICATÓRIA
V
AGRADECIMENTO
Agradeço a Deus em primeirı́ssimo lugar, por ter me concebido o dom da vida, e sobre-
tudo por ter me dado saúde durante a minha ainda curta vida, para que pudesse chegar
a este magnı́fico momento da minha carreira estudantil.
Aos meus familiares, amigos e colegas de carteira que sempre estiveram por perto
quando necessitasse de qualquer tipo de ajuda, durante a realização do curso.
Ao meu supervisor, Engo . Albino Ubisse, da HCB e ao meu co-supervisor, Engo . Leonel
Muthemba do ISPS, por terem dedicado seu tempo no acompanhamento da realização
do estágio profissional, que culminou com a elaboração do presente relatório de estágio,
deixar um especial agradecimento aos Engo . Dario Languitone; Angélico Manhique e
Igı́dio Muthemba.
A todo corpo docente do ISPS, por terem contribuı́do de forma positiva para a minha
formação acadêmica, por meio da transmissão dos seus conhecimento, nas 48 cadeiras
que fazem parte do curso de Engenharia Eléctrica.
VI
EPÍGRAFE
Albert Einsten
VII
RESUMO
VIII
ABSTRACT
The relay is one of the most important elements in protection systems, providing those
equipment new technologies has been one of the great threats of engineers linked to a
protection area. There are currently three types of technology for those devices, which
are: an electromechanical technology; that is the a pioneer, belonging to the first genera-
tion, an electronic or static that can also be called solid state relay, which is the second
generation and digital, which has in the numerical relay or Inteligent Electronic Device
(IED) your enhancement. HCB auxiliary transformers still use the first two generations
for their protection, and there is a need to emigrate to new relay technology. To perform
this work, it is made a survey of the adjustment values of the current protections, in order
to bring these values to the parameterization of the microprocessor relay to be installed.
It makes a selection of three manufacturers that typically use this type of equipment in
HCB, and compares it with the device functions of each manufacturer, and then leaves a
recommendation of which device to select. With the installation of these devices, major
gains are expected in terms of increased protection functions, ensuring greater system
reliability and improved monitoring of the auxiliary service transformers of the Songo con-
verter substation.
IX
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
X
§ÍNDICE
XII
LISTA DE FIGURAS
XIII
§Lista de Figuras
6.1 Tabela de funções que o relé deve ter para a protecção dos TSA’s . . . . . 46
6.2 Funções de protecção a serem parametrizadas no relé microprocessado . 53
XV
LISTA DE ANEXOS
Anexo 1 Curvas de TD
Anexo 2 Curvas de NI, MI, ET
Anexo 3 Caracterı́sticas dos relés da famı́lia RMA 400
Anexo 4 Chapa de caracterı́sticas dos TI do tipo bucha
Anexo 5 Caracterı́sticas dos relés da famı́lia TMAS
Anexo 6 Esquemas de protecção dos TSA’s
Anexo 7 Resumo das funções de Protecção
Anexo 8 Tabela de dados para a construção das curvas de sobrecorrente (220kV)
Anexo 9 Tabela de dados para a construção das curvas de sobrecorrente (20kV)
Anexo 10 Chapa de caracterı́stica dos transformadores dos serviços auxiliares
Anexo 11 Catálogo da ABB
Anexo 12 Catálogo da Siemens
Anexo 13 Catálogo da Schneider
XVI
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
1
§1.1. Problema e Justificativa
Outro facto (devido a sua forma construtiva), é o de não poderem ser integrados em
sistemas de monitorização e comunicação com os outros equipamentos da subestação,
além de não possuı́rem um interface gráfico que possa comunicar em tempo real com os
técnicos da subestação, dando-lhes a possibilidade de observar os eventos que aconte-
cem no sistema.
Sendo assim, surge então a necessidade de propor-se a substituição desses relés por
outros de tecnologia moderna, capazes de não só proteger mas também monitorar os
transformadores de serviços auxiliares da subestação conversora de Songo.
1.2 Ojectivos
1.2.1 Geral
1.2.2 Especı́ficos
1.3 Relevância
1.4 Metodologia
SERVIÇOS AUXILIARES DA
SUBESTAÇÃO CONVERSORA DE SONGO
6
§2.1. Generalidades
2.1 Generalidades
Segundo (Nhalo, 2017), serviços auxiliares é o nome que se dá a um sistema composto
por todos os dispositivos necessários à operação dos equipamentos principais de uma
subestação. Tal sistema abrange cargas, fontes de alimentação e subsistemas de mano-
bra que interligam fontes e cargas. Geralmente são dotados de subsistemas em corrente
alternada e corrente contı́nua.
Os TSA’s são transformadores trifásicos com ligação primária em (Y), e o seu secundário
em (∆). Encontram-se instalados no lado CA da subestação conversora do Songo, o seu
primário é alimentado a 220 kV por meio do barramento a mesma tensão, fornecendo
tensão aos SA’s através da tensão de 20 kV do seu secundário. Esta tensão é usada
para alimentar a sala dos 20 kV. Estes transformadores com a chapa de caracterı́stica no
anexo 10, apresentam as seguintes caracterı́sticas:
• No : H61010-02
• Ligação: YNd11
• arrefecimento: ONAN
• Frequência: 50 Hz
• Aquecimento: CEI-5o C
Para superar esse inconveniente em SEP usa-se a bobina trifásica do ponto neutro, é
o mesmo princı́pio que usou-se no lado ∆ dos TSA’s, tendo assim um neutro fictı́cio para
se poder conectar a ele um transformador de instrumento, que possa ver essas falhas de
sequênçia zero. O esquema 2.1 ilustra como é feita tipicamente essa ligação. A bobina
2
Sequência positiva é o elemento de tensão ou corrente em condições nominais equilibradas, com um
sentido de rotação, por convenção, positivo.
3
Sequênçia negativa é o elemento de tensão ou corrente com sentido de rotação inverso
Feita a redução do nı́vel de tensão dos 220 kV para os 20 kV, essa tensão vai para a
chamada sala dos 20 kV (que é como se fosse uma espécie de um quadro geral), para a
devida protecção; seccionamento; controle; medição e divisão dos circuitos. Desse qua-
dro são alimentadas cargas como: central sul; vila do Songo; subestação e plataforma
de transição4 .
4
É a partir dela que se alimentam os equipamentos anexos a barragem, tomadas de água e a estacão
de bombagem.
5
São protecções especificas,que já vem incorporadas no próprio transformador
TEORIA DE PROTECÇÕES
11
§3.1. Conceitos Teóricos
Não há como falar dos sistemas de protecção, sem fazer uma pequena revisão de con-
ceitos relacionado com curto-circuito, que no presente trabalho vai se usar a designação
de falha ou defeito, tais falhas classificam-se em :
Zonas de protecção
Segundo (Da Silva, 2008), zona de protecção é uma área do SEP protegida pelo sistema
de protecção, em que uma falha dentro dessa zona deverá resultar na actuação do sis-
tema de protecção responsável por essa zona, de modo a isolá-la do restante sistema
de potência. A figura 3.1 ilustra um diagrama de um sistema e suas respectivas zonas
de protecção.
Os sistemas de protecção em MT; AT e EAT são compostos basicamente por três compo-
nentes : transformadores de instrumento; disjuntores e pelos relés de protecção. A figura
A função do relé é de discriminar entre uma operação normal e condições de uma falha.
O relé da figura 3.2, tem uma bobina de operação que está conectado ao enrolamento
secundário do TC.
Os contactos do disjuntor não abrem até que sua bobina de operação seja energi-
zada, manualmente ou por operação do relé. A abertura desses contactos basea-se
nas informações do transformador de instrumento que neste caso é um TC.
3.3 Disjuntor
Figura 3.6: Cabeça do disjuntor a ar comprimido (PK) para a proteção dos TSA’s.
Fonte : Imagem capturada pelo autor
7
arco eléctrico é um fenômeno que sucede entre dois electrodos submetidos a uma diferença de tensão
dentro de um meio gasoso (aquando da sua separação).
RELÉS DE PROTECÇÃO
18
§4.1. Relés de protecção
tal que quando uma ou mais grandeza(s) por ele supervisionada(s) exceder(em) valores
preestabelecidos (ajustados) de operação, tais relés operam e emitem uma ordem de
comando ou controle ou um alarme, a qual se destina a um ou mais equipamento(s)
receptor(es) especı́fico(s), que proverá(ão) as tomadas de decisões, seguindo rigorosa-
mente os critérios que lhe foram previamente determinados com o objectivo de minimizar
danos ou prejuı́zos maiores, impostos aos equipamentos e circuitos por ele supervisio-
nados.
Existe uma imensa variedade de relés, para atender as diversas aplicações e podem ser
classificados tendo em conta vários factores, que alguns deles serão mencionados em
seguida.
• 51 – Sobrecorrente temporizado; e
• 63 – Relé buchholz;
O ultimo item, é uma das partes que mais interessam no presente relatório, dar-se-á
maior ênfase a esta parte, pois é necessário falar das tecnologias de construção dos
relés, uma vez que pretende-se especificar um relé de tecnologia microprocessada. Para
substituir os de tecnologia electromecânica e estática, em virtude disso a que entender
o principio básico de funcionamento de cada tecnologia.
São os pioneiros na área de protecção, entre eles existem dois princı́pios fundamentais
de funcionamento, que são:
• Atracção eletromagnética; e
• Indução eletromagnética.
O valor de I deve ser limitado, e assim sempre que exceder um valor fixado Ia (corrente
de actuação ou de accionamento do relé), o circuito deve ser interrompido, por meio de
fornecimento de um impulso de operação, chamado corrente de operação (Iop ), enviado
a bobina de disparo do disjuntor ou fazer o accionamento da lâmpada ou do alarme para
informar a falha (Caminha, 1978). Dos princı́pios de conversão electromecânica a força
F e = KI 2 (4.1)
onde K leva em conta o número de espiras, por outro lado a forca (Fm ), é a força que
se opõem ao deslocamento da armadura, devido aos elementos mecânicos tais como:
motores (bobina), órgãos antagônicos, mola, gravidade, contactos, e etc.
rente eléctrica percorre um eletroı́man. Este relé possui maior sensibilidade do que o do
tipo êmbolo.
• Disco de indução; e
• Copo de indução.
É o tipo usado para a protecção cuba-massa e protecção de terra dos TSA’s (no lado ∆).
Segundo (ROSSI, 2012), consiste em uma bobina que apresenta varias derivações ou
tapes 8 e que está montada sobre um núcleo ferromagnético, o qual possui um entreferro
por onde passa um disco, geralmente feito de alumı́nio, conforme a figura 4.2. O disco é
fixo em um eixo apoiado sobre um sistema com baixo atrito, a este eixo está presa uma
mola espiral, que desenvolve uma acção de restrição ao movimento do disco (conjugado
antagônico), permitindo assim estabelecer uma condição de controle para a operação do
relé, isto é, se a acção magnética for maior que a força mecânica da mola, o disco gira
e o eixo deslocará um contacto móvel montado sobre si, até se encontrar com um outro
fixo, caracterizando a completa operação do relé.
8
um dispositivo utilizado para mudanças de derivações de um enrolamento (tap).
T = KΦ2M − KM (4.3)
Se o relé for de corrente, teremos uma bobina de baixa impedância conectada ao se-
cundário de um TC, a equacão de operação do relé será descrita pela expressão abaixo:
T = K Is2 − KM (4.4)
T = K Vs2 − KM (4.5)
Esta acção magnética motora então desenvolvida (torque motor) deverá ser maior que a
de uma acção eléctrica ou mecânica de restrição, obtidas por ex: através de molas ou
torques eléctricos antagônicos (torques de frenagens), permitindo-se assim, que o relé
realize uma determinada actuação, que poderá ser por exemplo: o fechamento de seus
contactos.
Utilizam vários circuitos analógicos para executarem as suas funções. Os principais ti-
pos de circuitos usados são : filtros de harmônicas indesejáveis; rectificadores de tensão
alternada para continua; amplificadores; comparadores e temporizadores. Os ajustes de
referência são feitos com potenciômetros e tapes.
(caso accionada pelo bloco temporizador, apôs o término da contagem do tempo) e então
envia o sinal de abertura do disjuntor ao bloco 5, e um sinal de sinalização ao bloco 6. O
bloco 7 representa a fonte de alimentação auxiliar do relé, o bloco 8 usa se para rotinas
de testes com informações internas e externas (Da Silva, 2008).
informações recebidas por esses relés são processadas digitalmente, por isso grandezas
analógicas como corrente e tensão são convertidas numa linguagem que o processador
entende, e são comparados com valores de ajuste.
Esses relés podem receber informações como : posição de disjuntor (aberto ou fechado),
posição dos seccionadores, sinais de diversos sensores para criação da lógica de in-
tertravamento e sinais de comunicação nos mais diversos protocolos. Para analise e
gerenciamento de dados, o processador é munido de outros componentes electrónicos,
tais como: Multiplexadores, Conversores A/D, memórias (EPROM, RAM, FLASH e EE-
PROM), circuitos de isolamento galvânico 11 .
Entradas Analógicas
Entradas digitais
Sinais discretos que refletem o estado de disjuntores, sinais provenientes de outros relés,
etc. Usam geralmente como nı́vel de tensão 125 CC.
10
São transformadores com relação de transformação 1:1, usados para isolar 2 circuitos com um deter-
minado objectivo.
Portas de comunicação
Processador (CPU)
Memórias
• RAM: Serve para armazenamento temporário dos valores de entrada, para acumu-
lar resultados intermediários dos programas de protecção e para armazenar dados
a serem guardados posteriormente na memória não volátil.
Alimentação auxiliar
Contactos de saı́da
Parametrização
Para que o usuário possa operar e interpretar os eventos do relé é necessário que
haja um interface homem máquina, também conhecida como IHM. Os relés mais
simples dessa tecnologia possuem um display com caracteres de sete segmentos
e uma ou mais linhas para apresentar as informações, botoẽs e led’s, alguns apre-
sentam potenciômentros na sua parte frontal como mostra a figura 4.6. Os mais
avançados possuem dispaly de cristal lı́quido, que podem ser do tipo caracteres
ou matriz gráfica, nos relés com display gráfico pode se por exemplo, desenhar o
diagrama unifilar do sistema protegido e mostrar dinamicamente informações do
sistema, como por exemplo: posicionamento de disjuntores, seccionadores, valo-
res em tempo real de: tensão; corrente; energia consumida num dado instante;
a potência activa; reactiva e aparente e consequentemente o factor de potência;
valores de temperatura e outros dados importantes para o control de SEP.
Registo de eventos
Como esses relés tem memórias e processadores torna se simples e prático im-
plementar as funções de registrador de eventos, todas mudanças no sistema de-
tectadas pelos relés são consideradas eventos, os exemplos de eventos podem
ser: actuação de um elemento de protecção; energização de uma entrada binária;
comando manual ou remoto de abertura de um disjuntor e outros eventos que po-
dem ocorrer no SEP. Dependendo do tipo de evento o relé guarda na sua memória
diversas informações que são lı́das naquele dado instante.
Oscilografia
O registo oscilográfico é uma das ferramentas mais poderosas que esses relés pos-
suem, pois permite uma análise assertiva e rápida de falhas. Os relés que possuem
essa ferramenta gravam tanto os sinais analógicos de tensão e corrente bem como
sinais binários que vem das entradas binárias.
Quando ocorre uma falha no SEP o relé grava uma cópia de oscilografia em sua
memória interna, gravando inclusive alguns instantes antes desse comando, cha-
mado momento de pré-falha. Esses arquivos são guardados no relé, e transferidos
para um computador para a posterior análise oscilográfica por meio de um software.
Auto – supervisão
Essa função serve para detectar e avisar aos técnicos a inoperabilidade de um relé,
evitando assim actuações indevidas ou falhas nas actuações, o processo consiste
na verificação continua de diversas partes do relé, tais como: memórias; microcon-
trolador; consistência do software (firmware); conversores A/D; situação das entra-
das analógicas e digitais; valores de ajuste; nı́veis de tensão da fonte; circuito de
comando de disjuntor; bobinas dos relés de saı́da e outros elementos que devem
ser supervisionados.
Comunicação
A maioria desses relés possuem portas seriais, por tanto esses dispositivos po-
dem enviar e receber dados. Estes dados podem ser as parametrizações; lógicas
de operação; configuração gráfica do display mı́mico; arquivos de oscilografia;
medições; estado das entradas binarias; registo de eventos; entre outras informações
do sistema.
Esses relés geralmente tem portas na sua parte frontal, bem como na parte tra-
seira sendo que as frontais são usadas para a parametrização do relé, aquisição
de dados oscilográficos e registo de eventos. As portas de trás são usadas para co-
nectar o relé numa rede de comunicação com outros relés, comunicação com PLC
e integração em sistemas SCADA. Geralmente usam-se portas do tipo RS-232,
RS-485, também existem portas para conexão via fibra óptica.
Protocolos de comunicação
34
§5.1. Principio básico de funcionamento de um relé de sobrecorrente.
Para poder-se implementar esta protecção todo circuito eléctrico primário e secundário
do transformador deve estar isolado da sua cuba (carcaça), tal isolamento faz-se por
meio de buchings, como mostra a figura 5.2(a). Na conexão da carcaça a terra dos TSA’s
instalou-se um TC do tipo bucha, o cabo que é o primário desse TC passa pelo orifı́cio
cilı́ndrico e vai a terra, do secundário do TC que é a sua própria bobina sai um cabo que
vai alimentar um relé de sobrecorrente, como mostra a figura 5.3. Quando ocorre uma
Os TSA’s operam isolados da terra devido a natureza da própria ligação ∆, isto proporci-
ona uma grande vantagem, pois as correntes de sequência zero (correntes homopolares)
em caso de falha (1-terra) do lado Y não passam para o lado ∆ do transformador, e
em contra partida o sistema ∆ é insensı́vel a falhas do tipo (1-terra) ou falhas entre as
espiras do lado ∆, pois em caso de falha no lado ∆ essa corrente fica confinada dentro
da ligação ∆, conforme mostra a figura 5.4.
• Valor do ajuste ou calibração dos relés → os relés RMA 410.2, foram calibrados
para um valor de ajuste (pick-up) de 0.6A ou seja :I + = 0.6A
] Sn = 20M V A
] Up = 220kV
200 A——1 A
X——0.6 A
X = 120 A
Acima dessa corrente, o relé 64 deve fechar os seus contactos, e mandar sinal para o relé
94, este por sua vez activa a bobina de abertura do disjuntor, bobina essa responsável
pela abertura do disjuntor PK – 4B.
A protecção de sobrecorrente dos TSA’s, relé estático ou electrónico do tipo TMAS 311f
recebe sinais de corrente através de 3 TC instalados no primário dos TSA’s.
O relé associado aos TC, vai carregar a bobine de um relé auxiliar de abertura do disjun-
tor (94), logo que este for sensibilizado por uma corrente de falha maior que a de ajuste
(pick-up) do relé de sobrecorrente, actuando sobre a bobina de abertura do disjuntor
como mostra a figura 5.6.
Os relés da famı́lia TMAS são unidades electrónicas desenhadas para fazer o monito-
ramento da corrente. São usados para protecção contra sobrecargas bem como contra
Esse relé com a designação R5 no esquema do anexo (6), recebe correntes do se-
cundário dos 3 TC, montados do lado primário dos TSA’s, como mostra a figura 5.6, o
presente relé tem as seguintes caracterı́sticas:
• Relé Trifásico 311f, ver (anexo 5, para significado de cada número e letra, e carac-
terı́sticas adicionais);
• Fabricante:DELLE ALSTHOM.
Este relé é regulado por meio de 4 input’s, que encontram-se na parte frontal do painel
deste relé, como mostra a figura 5.7, em que ao regular esses valores regula-se pra-
ticamente a curva (t vs c). Este relé recebe 3 sinais de entrada que vem de cada TC,
instalados no lado primário dos TSA’s que são:
Para a protecção de sobrefrequência das cargas ligadas aos TSA’s, e a protecção dos
próprios TSA’s usa-se o relé estático do tipo TMI1BF da Delle Alsthom. A figura 5.9,
mostra os estágios da parametrização actual do relé de sobrefrequência, que funciona
segundo o princı́pio de funcionamento da taxa de frequência absoluta, com os seguintes
estágios de protecção :
ESPECIFICAÇÃO E VALORES DE
AJUSTE A SEREM PARAMETRIZADOS
NO RELÉ PROPOSTO
Neste capı́tulo, especifica – se as funções de protecção que o relé a ser escolhido pela
HCB deve ter, apresenta – se também os valores de ajuste a serem parametrizados.
45
§6.1. Funções que o relé digital deve ter para protecção dos TSA’s
O relé a ser escolhido deve agregar novas funções de protecção, além das actuais que
inevitávelmente ele deve possuir. Para que caso os técnicos ligados a área de protecções
na HCB achem conveniente activem essas funções. Aumentado o nı́vel de protecção dos
TSA’s, o que irá conferir maior fiabilidade, deve ter funções de medição para que se mo-
nitore todas as grandezas dos TSA’s, além de registos oscilográficos e outras funções
que abaixo serão apresentadas.
A tabela abaixo resumi as funções que o relé de protecção a ser escolhido deve ter:
Tabela 6.1: Tabela de funções que o relé deve ter para a protecção dos TSA’s
Funções de medição Funções de protecção
Medição das correntes de fase (Y) – 220 kV Sobrecorrente de fase temporizada (51) – 220 kV
Medição da corrente no neutro (Y) – 220 kV Sobrecorrente de fase temporizada (51) – 20 kV
Medição das correntes de linha (∆) – 20 kV Sobrecorrente Instantânea do neutro (50N) – 220 kV
Medição da corrente da BPN (∆) – 20 kV Sobrecorrente Instantânea do neutro (50N) – 20 kV
Medição das Tensões de fase (Y) – 220 kV Sobrecorrente Instantânea de terra (50G) – 20 kV
Medição das Tensões de linha (∆) – 20 kV Protecção de sobrefrequência – 80u
df
Medição da Potências (P, Q, S) (Y) – 220 kV Protecção de taxa de variação frequência – 81
dt o
Medição da Potências (P, Q, S) (∆) – 20 kV Falha do disjuntor – 50BF
Medição da frequência Falha ou falta de fase (46) – 220/20 kV
Medição das harmônicas da rede Protecção diferencial (87T)
Medição do cosφ Protecção de Sobretensão (59) – 20 kV
Medição da Energia Consumida(WR , WS , WT )–20
kV
Medição da Energia Consumida (WT ) – 20 kV
Fonte : Elaborada pelo autor
Interfaces de comunicação
• Deve ter no mı́nimo um interface frontal RS – 232 para comunicação serı́al com PC ou
Lap – top para fins de parametrização;
• Deve ter no minimo um Interface traseira RS – 485, para comunicação em altas taxas
de transmissão sem erros;
• Suporte no minı́mo para os seguintes protocolo de comunicação : IEC 61850; IEC
60870-5-103; MODBUS e Ethernet e;
• Possibilidade de integração futura no sistema SCADA.
Tensão de Alimentação
O relé deve ser alimentado por uma fonte CC de tensão independente, ligado às baterias
da subestação. Os valores tı́picos de tensão da subestação são : (24 V; 48 V; 60 V;
110 V e 220 V) CC. O relé digital deve estar habilitado para funcionar em qualquer uma
dessas faixas, para deve ter um range de (24 V - 220 V).
• No mı́nimo 24 saı́das digitais → essas saı́das são responsáveis pelos sinais de disparo
do disjuntor (disparo das funções de protecção), também será através dessas saı́das que
a sala de comando irá receber os feedbacks, do estado dos disjuntores; seccionadores;
estado das protecções intrı́nsecas; e outros sinais .
13
Mecanismo que permite variar os nı́veis de tensão em um transformador.
Entradas Analógicas
O relé deve ter um display de cristal lı́quido, com uma matriz gráfica que permite dese-
nhar o diagrama unifilar do sistema de protecção dos TSA’s, e mostrar dinâmicamente
informações do sistema, deve ter ainda na sua parte frontal no mı́nimo 20 led’s para a
sinalização dos vários estágios do sistema.
Curvas de sobrecorrente
O relé deve estar habilitado para a parametrização das seguintes curvas de sobrecor-
rente: curva instantânea; curva de tempo definido; curva inversa; curva normal inversa e
curva extremamente inversa.
Registo de Eventos
Deve ser capaz de registrar no mı́nimo 1000 eventos com uma resolução de 1ms, a
sincronização do tempo para o registo de eventos deve ser feita por GPS.
Oscilografia
O relé a escolher deve ter a capacidade de registrar as formas de onda, das correntes e
tensões em tempo real. A taxa de amostragem deve variar entre 12 a 16 amostras por
ciclo.
Autoteste e autodiagnóstico
O relé deve ter a capacidade de executar esta operação continuamente. Sendo detectado
qualquer problema, é iniciado um alarme e registrado o evento na lista de eventos.
O relé deve oferecer dados da operação do disjuntor, como por exemplo, o valor da
corrente de cada fase nas últimas interrupções. Deve oferecer o registo dos tempos de
actuação para cada fase, essa função irá ajudar na análise da discrepância dos polos,
bem como oferecer o comando das bobinas de abertura e fecho do disjuntor e comando
de até 9 seccionadores.
Relatórios de Falha
Esta função deve estar disponı́vel no relé a ser escolhido, fornecendo o cálculo da
distorção harmônica total (DHT) na corrente e tensão de cada fase, assim como os va-
lores das demandas. Os dados devem ser exteriorizados sob a forma de gráficos ou
valores numéricos.
Para o cálculo dos tempos de actuação e das curvas inversa (CI); normal inversa (NI) e
extremamente inversa (EI) e usando a norma IEC, recorreu – se as fórmulas abaixo:
• Curva Inversa
0.14
ta = .Vta (6.1)
M 0.02−1
• Curva Normalmente Inversa
13.5
ta = .Vta (6.2)
M1 − 1
• Curva Extremamente Inversa
80
ta = .Vta (6.3)
M2 −1
Id
Em que:M = ,Onde:
IPick −Up
Id – Correntes de Defeito;
IPick −Up – Corrente de ajuste ou calibração do relé;
ta – Tempo de Actuação do relé;
Vta – Valor de a ajuste dos tempos de actuação.
Lado – 220kv
Lado – 20KV
•f1 → Deslastragem do 1 grupo de cargas ligadas aos TSA’s, sensı́veis a uma frequência
de 52 Hz;
•f2 → Deslastragem do 2 grupo de cargas ligadas aos TSA’s, sensı́veis a uma frequência
de 55,5 Hz; e
A tabela abaixo mostra as funções de protecção que devem ser parametrizadas no novo
relé, em que :
MC – Massa cuba;
Sf – Sobrefrequência
ANÁLISE COMPARATIVA, E
RESULTADOS ESPERADOS.
Pretende-se neste ponto, discutir os aspectos que distinguem a tecnologia dos relés mi-
croprocessados, da tecnologia electromecânica e estática, trazendo as vantagens e des-
vantagens de uma tecnologia em relação a outra, e trazer os resultados e os benefı́cios
que a HCB terá com a futura implementação deste relé.
Com a implementação desses relés a HCB irá beneficiar dos seguintes resultados :
54
§7.2. Análise Comparativa
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
8.1 Conclusões
O estágio profissional por mim realizado na HCB, foi uma oportunidade única e fantástica,
poder conciliar as competências cientı́ficas e humanas adquiridas no Instituto Supe-
rior Politécnico de Songo, numa das melhores empresas do paı́s e uma referência na
produção de energia eléctrica ao nı́vel da africa austral foi imensurável.
Quanto ao desenvolvimento do trabalho propriamente dito chegou - se as seguintes con-
clusões.
Os TSA’s tem grande importância para a produção de energia eléctrica, poı́s são res-
ponsáveis pelo fornecimento de energia eléctrica aos serviços auxiliares da subestação
do Songo, auxiliares da central e fornecem energia eléctrica a vila do Songo, portanto ha
que muni-los das tecnologias mais recentes na área de protecções.
56
§8.2. Recomendações para a escolha do IED
rem robustos, estão susceptı́veis a maiores desgaste por possuı́rem elementos mecânicos
(electromecânicos), e as harmônicas normais da rede para o caso dos estáticos e os de
tecnologia microprocessada são isentos desses efeitos mencionados e são praticamente
livres de manutenção.
De uma forma geral conclui se que a HCB para a protecção dos TSA’s deve emigrar
da tecnologia analógica para a digital, poı́s além de poder usufruir de filosofias actuais
de protecção haverá maior monitorização dos TSA’s o que vai ajudar a evitar interrupções
no forneciemnto de energia, garantindo sempre a continuidades desses importantı́ssimos
transformadores.
Para a escolha da empresa que vai fornecer o relé optou se por selecçionar, por questões
de uniformidade, três marcas usadas na empresa, nomeadamente a Siemens; ABB e a
Schineder. Especificamente escolheu se os seguintes tipos de relés :
SIPROTEC 7UT85
É um relé numérico da Siemens, mais precisamente da famı́lia SIPROTEC desenhado
para protecção diferencial de transformadores, possuindo além das funções de protecção,
funções de monitorização e supervisão de transformadores de grande potência.
MiCOM P645
Easergy MiCOM P645 é um relé numérico que oferece protecção rápida e completa para
falhas no transformador, preservando sua vida útil. É projetado para proteger e monitorar
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§Bibliografia
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