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- Para D’Alge “a vanguarda é caracterizada por uma forte oposição aos valores e tendências
vigentes e, em consequência, sofre também a oposição da parte do grande público. p. 07
- “depois de 1918, não existe mais vanguarda no sentido revolucionário, foram amplamente
aceites pelo público e pela crítica.
- “A vanguarda traz em si uma proposta revolucionária que entra não só em choque com os
padrões aceites e assimilados, como propõe meios de expressão para modificação desses mesmos
padrões. Ela assume uma postura ideológica, oferecendo à sociedade uma possibilidade de
mudança, através de uma nova visão das coisas, e a utilização de uma nova linguagem.” (...) propõe
uma nova concepção do mundo, o que implica uma transformação radical de todos os valores.” p.
08.
- “está sempre além de seu tempo, e o seu projeto radica no futuro. Quando a vanguarda é
consumida ela perde o seu poder revolucionário, incorpora-se à sociedade, figurando apenas como
mais um fenômeno histórico.” p. 08.
- “Ciclicamente, a tradição é negada, recusada, revolvida; uma nova, ordem proposta, que
começa por ser recusada, é depois instaurada e por fim ultrapassada. “
D’Alge fala sobre a inovação do poema de Mallarmé, Um coup de Dés, mas sem romper
totalmente com a tradição.
- Essa criação poética “abriu-se todas as possibilidades e arbítrios, especialmente no caso dos
futuristas e dadaístas.” Com efeito, o sentido de modernidade e o desejo de substituir velhas
superestruturas produzem o aparecimento dos movimentos de vanguarda das primeiras décadas do
século XX. O sentido polêmico essencial da vanguarda visa, duma maneira geral, todas as situações
estéticas bloqueadas, esclerosadas, sufocantes. É a respostas que as tradições provocam, de cada vez
que se tornam deprimentes, insuportáveis aos espíritos jovens, vivos, livres, desprovidos de
preconceitos, hostis às convenções.”