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DRACENA-SP
PEB I Professor Educação Básica – EMEI/Creche
AB006-2018
DADOS DA OBRA
• Língua Portuguesa
• Legislação
• Conhecimentos Específicos
Autora
Ana Maria
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Produção Editoral
Suelen Domenica Pereira
Julia Antoneli
Karoline Dourado
Capa
Joel Ferreira dos Santos
SUMÁRIO
Língua Portuguesa
Leitura e análise do texto: compreensão e significado contextual das palavras e expressões do texto; interpretação do
texto; gêneros e tipologias textuais. ................................................................................................................................................................ 83
Fonética e Fonologia............................................................................................................................................................................................... 01
Ortografia; .................................................................................................................................................................................................................. 44
Acentuação gráfica. ................................................................................................................................................................................................ 47
Morfologia: as classes de palavras. .................................................................................................................................................................. 07
Sintaxe: frase, oração, período; termos essenciais da oração; termos integrantes da oração (objeto direto, indireto, com-
plemento nominal); termos acessórios da oração. .................................................................................................................................... 63
Conjunções coordenativas (relação de sentido entre as conjunções e as orações do texto); conjunções subordinativas
adverbiais (relação de sentido entre as conjunções e as orações do texto); ................................................................................... 07
Concordância verbal e nominal. ........................................................................................................................................................................ 52
Suplemento ou Apêndice...................................................................................................................................................................................... 71
Crase; ............................................................................................................................................................................................................................ 71
Pontuação; .................................................................................................................................................................................................................. 50
Funções do QUE e do SE; ...................................................................................................................................................................................100
Figuras de linguagem; ........................................................................................................................................................................................... 76
Vícios de linguagem................................................................................................................................................................................................ 07
Legislação
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil – 1988. (Artigos 5º, 6º; 205 a 214)...................................................... 01
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança do Adolescente – ECA (Artigos 1º a 6º; 15 a
18; 60 a 69).................................................................................................................................................................................................................. 05
LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB.................... 07
RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, DE 17 DE JUNHO DE 2004. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (anexo o Parecer CNE/CP nº
3/2004).......................................................................................................................................................................................................................... 24
RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 4, DE 13 DE JULHO DE 2010. Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação
Básica (anexo o Parecer CNE/CEB nº 7/2010)............................................................................................................................................... 25
RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, DE 30 DE MAIO DE 2012. Estabelece Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Hu-
manos (anexo o Parecer CNE/CP nº 8/2012)................................................................................................................................................. 36
Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília,
MEC/SEESP, 2008...................................................................................................................................................................................................... 38
Conhecimentos Específicos
ANTUNES, Celso. As inteligências múltiplas e seus estímulos. Campinas, Ed. Papirus,2005. .................................................... 01
BRASIL. Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Ministério da Educação e do
Desporto, Secretaria da Educação Fundamental – Brasília: MEC/SEF 1998. .................................................................................... 08
Ministério da Educação. Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças.
Brasília: MEC/SEB, 2009. ........................................................................................................................................................................................ 29
Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais paraeducaçãoinfantil.Brasília:-
MEC/SEB,2010............................................................................................................................................................................................................ 35
Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução CNE/CEB n.º 5 de 17
de dezembro de 2009 – Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. .................................................... 39
HOFFMANN. Jussara. Avaliação e educação infantil: um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Porto Alegre: Media-
ção, 2014 ..................................................................................................................................................................................................................... 41
SUMÁRIO
KRAMER, S. As crianças de 0 a 6 anos nas políticas educacionais no Brasil: educação infantil e/ou fundamental. Educação
& Sociedade, Campinas, v.27, n.96, 2006. ...................................................................................................................................................... 43
WAJSKOP, G. Brincar na Pré-escola. 6ª ed. São Paulo: Cortez, 2005. .................................................................................................. 50
BARBOSA, M.C.S. Práticas cotidianas na educação infantil – bases para reflexão sobre as orientações curriculares. Brasí-
lia: MEC, 2009. ........................................................................................................................................................................................................... 54
KISHIMOTO, T. M. Brinquedos e Brincadeiras na Educação Infantil. In: SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVI-
MENTO – PERSPECTIVAS ATUAIS, I. Belo Horizonte, nov.2010. Anais...,2010.................................................................................... 83
ARCE, Alessandra e MARTINS, Lígia. Ensinando aos pequenos de zero a três anos. Campinas, SP: Editora Alínea,
2009......................................................................................................................................................................................................................93
BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Projetos Pedagógicos na educação infantil. Porto Alegre: Grupo A, 2008. ................. 96
OLIVEIRA, Zilma Ramos de e outros. O trabalho do professor na educação infantil. São Paulo: Biruta, 2015. Educação
Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002. .................................................................................................................102
SMOLE, Kátia Cristina Stocco. A matemática na educação infantil: a teoria das inteligências múltiplas na prática escolar.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. ................................................................................................................................................................105
ZABALZA, Miguel A. Qualidade em educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 1998. .............................................................. 1007
PARO, Vitor Henrique. Qualidade do ensino: a contribuição dos pais. São Paulo: Xamã, 2000. ............................................111
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2011............................................................................................113
LÍNGUA PORTUGUESA
Letra e Fonema.......................................................................................................................................................................................................... 01
Estrutura das Palavras............................................................................................................................................................................................. 04
Classes de Palavras e suas Flexões..................................................................................................................................................................... 07
Ortografia.................................................................................................................................................................................................................... 44
Acentuação................................................................................................................................................................................................................. 47
Pontuação.................................................................................................................................................................................................................... 50
Concordância Verbal e Nominal......................................................................................................................................................................... 52
Regência Verbal e Nominal................................................................................................................................................................................... 58
Frase, oração e período.......................................................................................................................................................................................... 63
Sintaxe da Oração e do Período......................................................................................................................................................................... 63
Termos da Oração.................................................................................................................................................................................................... 63
Coordenação e Subordinação............................................................................................................................................................................. 63
Crase.............................................................................................................................................................................................................................. 71
Colocação Pronominal............................................................................................................................................................................................ 74
Significado das Palavras......................................................................................................................................................................................... 76
Interpretação Textual............................................................................................................................................................................................... 83
Tipologia Textual....................................................................................................................................................................................................... 85
Gêneros Textuais....................................................................................................................................................................................................... 86
Coesão e Coerência................................................................................................................................................................................................. 86
Reescrita de textos/Equivalência de Estruturas............................................................................................................................................. 88
Estrutura Textual........................................................................................................................................................................................................ 90
Redação Oficial.......................................................................................................................................................................................................... 91
Funções do “que” e do “se”................................................................................................................................................................................100
Variação Linguística...............................................................................................................................................................................................101
O processo de comunicação e as funções da linguagem......................................................................................................................103
LÍNGUA PORTUGUESA
Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina. Especialista pela Universidade Estadual Paulista
– Unesp
LETRA E FONEMA
A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimento”). Significa
literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos sons da voz”. Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da lín-
gua quanto à sua função no sistema de comunicação linguística, quanto à sua organização e classificação. Cuida, também,
de aspectos relacionados à divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certas
palavras. Lembrando que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar estes sons no ato da fala. Particularidades na
pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.
Na língua falada, as palavras se constituem de fonemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por meio de
símbolos gráficos, chamados de letras ou grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de esta-
belecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção
entre os pares de palavras:
amor – ator / morro – corro / vento - cento
Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que
você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este forma
os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.
Fonema e Letra
- O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por
exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê).
- Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que
pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio.
- Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:
- o fonema /sê/: texto
- o fonema /zê/: exibir
- o fonema /che/: enxame
- o grupo de sons /ks/: táxi
- As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. Nestas
palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o
“n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.
1) Vogais
As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua,
desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única vogal.
1
LÍNGUA PORTUGUESA
- Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, É a sequência formada por uma semivogal, uma vo-
bola. gal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba.
Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tri-
- Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, tongo nasal.
bola.
3) Hiato
Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
- Abertas: pé, lata, pó É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que
- Fechadas: mês, luta, amor pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais
- Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das pa- de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia
lavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”). (po-e-si-a).
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vo-
Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma gal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal.
só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas Existem basicamente dois tipos:
são chamados de semivogais. A diferença fundamental en- 1-) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r”
tre vogais e semivogais está no fato de que estas não de- e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no,
sempenham o papel de núcleo silábico. a-tle-ta, cri-se.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: 2-) os que resultam do contato de duas consoantes
pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta.
é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão Há ainda grupos consonantais que surgem no início
forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo,
história, série. psi-có-lo-go.
3) Consoantes Dígrafos
Para a produção das consoantes, a corrente de ar expi- De maneira geral, cada fonema é representado, na es-
rada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela ca- crita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e
vidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verda- quatro letras.
deiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos.
Seu nome provém justamente desse fato, pois, em portu- Há, no entanto, fonemas que são representados, na es-
guês, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: crita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco
/b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. letras.
2
LEGISLAÇÃO
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil – 1988. (Artigos 5º, 6º; 205 a 214)...................................................... 01
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança do Adolescente – ECA (Artigos 1º a 6º; 15 a
18; 60 a 69).................................................................................................................................................................................................................. 05
LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB.................... 07
RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, DE 17 DE JUNHO DE 2004. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (anexo o Parecer CNE/CP nº
3/2004).......................................................................................................................................................................................................................... 24
RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 4, DE 13 DE JULHO DE 2010. Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação
Básica (anexo o Parecer CNE/CEB nº 7/2010)............................................................................................................................................... 25
RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, DE 30 DE MAIO DE 2012. Estabelece Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Hu-
manos (anexo o Parecer CNE/CP nº 8/2012)................................................................................................................................................. 36
Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília,
MEC/SEESP, 2008...................................................................................................................................................................................................... 38
LEGISLAÇÃO
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LEGISLAÇÃO
2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
PEB I Professor Educação Básica – EMEI/Creche
ANTUNES, Celso. As inteligências múltiplas e seus estímulos. Campinas, Ed. Papirus,2005. .................................................... 01
BRASIL. Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Ministério da Educação e do
Desporto, Secretaria da Educação Fundamental – Brasília: MEC/SEF 1998. .................................................................................... 08
Ministério da Educação. Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças.
Brasília: MEC/SEB, 2009. ........................................................................................................................................................................................ 29
Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais paraeducaçãoinfantil.Brasília:-
MEC/SEB,2010............................................................................................................................................................................................................ 35
Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução CNE/CEB n.º 5 de 17
de dezembro de 2009 – Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. .................................................... 39
HOFFMANN. Jussara. Avaliação e educação infantil: um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Porto Alegre: Media-
ção, 2014 ..................................................................................................................................................................................................................... 41
KRAMER, S. As crianças de 0 a 6 anos nas políticas educacionais no Brasil: educação infantil e/ou fundamental. Educação
& Sociedade, Campinas, v.27, n.96, 2006. ...................................................................................................................................................... 43
WAJSKOP, G. Brincar na Pré-escola. 6ª ed. São Paulo: Cortez, 2005. .................................................................................................. 50
BARBOSA, M.C.S. Práticas cotidianas na educação infantil – bases para reflexão sobre as orientações curriculares. Brasí-
lia: MEC, 2009. ........................................................................................................................................................................................................... 54
KISHIMOTO, T. M. Brinquedos e Brincadeiras na Educação Infantil. In: SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVI-
MENTO – PERSPECTIVAS ATUAIS, I. Belo Horizonte, nov.2010. Anais...,2010.................................................................................... 83
ARCE, Alessandra e MARTINS, Lígia. Ensinando aos pequenos de zero a três anos. Campinas, SP: Editora Alínea,
2009......................................................................................................................................................................................................................93
BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Projetos Pedagógicos na educação infantil. Porto Alegre: Grupo A, 2008. ................. 96
OLIVEIRA, Zilma Ramos de e outros. O trabalho do professor na educação infantil. São Paulo: Biruta, 2015. Educação
Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002. .................................................................................................................102
SMOLE, Kátia Cristina Stocco. A matemática na educação infantil: a teoria das inteligências múltiplas na prática escolar.
Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. ................................................................................................................................................................105
ZABALZA, Miguel A. Qualidade em educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 1998. .............................................................. 1007
PARO, Vitor Henrique. Qualidade do ensino: a contribuição dos pais. São Paulo: Xamã, 2000. ............................................111
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2011............................................................................................113
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
PEB I Professor Educação Básica – EMEI/Creche
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
PEB I Professor Educação Básica – EMEI/Creche
Ainda que possam existir debates acadêmicos sobre Não existe uma única abordagem pedagógica para
a quantidade de inteligências que o ser humano possui, a o trabalho com as inteligências múltiplas em sala de aula
classificação mais aceita é a de Howard Gardner que descreve e, portanto, não existem “receitas” definitivas sobre como
em cada pessoa a existência de oito ou nove inteligências estimulá-las.
(Howard Gardner fala-nos em oito inteligências efetivamente
comprovadas e uma nona (inteligência existencial) que ainda Concluindo algumas das evidências destacadas por
depende de maior aprofundamento e revisão para se acrescentar Gardner, seria lícito reafirmar que trabalhar com inteligências
as oito conhecidas) claramente diferenciadas. múltiplas não se afigura como um método de ensino cujo
emprego supõe uma mudança radical na forma como antes
O potencial humano quanto as inteligências é extremamente se trabalhava. Ao contrário, estimular com atividades, jogos
diversificado e essa diversidade deve-se a conjunção de fatores e estratégias as diferentes inteligências de nossos alunos é
genéticos e estímulos ambientais desenvolvidos dentro e fora possível, não é complicado, não envolve custos ou despesas
da escola. Uma pessoa sem distúrbios ou disfunções cerebrais é materiais significativas e pode ser desenvolvido para qualquer
portador de todas as inteligências ainda que seja diversificado o faixa etária e nível de escolaridade e em qualquer disciplina
potencial desta ou daquela; do currículo escolar.
A ocorrência de disfunções cerebrais adquiridas ou não,
pode afetar uma ou mais inteligências, sem que isso implique em Mitos e Fantasias
um comprometimento integral. Em outras palavras, é possível
neste ou naquele indivíduo a existência de um dificuldade ou A teoria das Inteligências Múltiplas alcançou larga
distúrbio de aprendizagem que afete uma ou mais inteligências, popularidade em quase todo mundo e, dessa forma, as idéias
sem que isso impeça o desenvolvimento potencial das demais. que enfatizavam seu emprego em sala de aula assumiram
Cada uma das inteligências pode ser identificada através inevitáveis desvios. Em uma obra recente Gardner faz uma
de diferentes manifestações e estas, apenas para efeitos análise desses mitos, entre os quais destacamos alguns:
didáticos, poderiam ser consideradas sub-inteligências. Desta Uma variedade de testes necessitam ser desenvolvidos
forma a inteligência linguística por exemplo pode se manifestar para que possamos avaliar o potencial de cada uma das oito
através da escrita, da oralidade ou da sensibilidade e emoções ou nove inteligências humanas.
despertadas pela intensidade com que se capta mensagens É um erro supor que possa se avaliar inteligências por
verbais ou escritas; testes, quantificando esse potencial. Uma avaliação coerente
O valor maior ou menor que a sociedade empresta a da inteligência espacial, por exemplo, deve permitir que o
esta ou àquela inteligência subordina-se à cultura inerente e ao aluno explore uma área e perceba se consegue se orientar de
tempo e local em que se vive. Em alguns espaços geográficos, maneira confiável, transferindo essa aprendizagem para áreas
por exemplo, a capacidade musical se sobrepõe à linguística e desconhecidas. Os estímulos, dessa forma, devem conduzir
em outros atribui-se valor maior a capacidade matemática que a a um progressivo aperfeiçoamento que um criterioso
administração de situações emocionais próprias ou em terceiros; diagnóstico, acompanhado de relatórios da ação do aluno (e
Ainda que qualquer faixa etária mostre-se sensível ao não testes padronizados) revelará.
estímulo das inteligências, existem idades em que as mesmas Uma inteligência é mais ou menos como uma disciplina
respondem mais favoravelmente aos incentivos. Para a maior escolar e, dessa forma, a Língua Portuguesa por exemplo
parte das inteligências a fase da vida mais sensível ao progresso deveria explorar competências linguísticas, a Matemática
estende-se dos dois aos quinze anos de idade. O cérebro exploraria competências lógico-matemáticas e assim por
humano é órgão que se compromete pelo desuso e portanto diante.
as diferentes inteligências necessitam de estímulos diversificados Nada mais errado que acreditar nesse mito. A inteligência
desde a vida pré-natal até idades bastante avançadas; é uma nova forma de construção de habilidades, baseada em
capacidade e potenciais biológicos e psicológicos e não pode
Ao se pesquisar a inteligência humana e a evolução desse ser confundida com disciplinas escolares, que são organizações
conceito, desde quando a neurologia pode beneficiar-se de de saberes aglutinados por pessoas. Em qualquer disciplina é
estudos do cérebro em pessoas vivas, alguns poucos críticos possível trabalhar-se uma ou várias inteligências.
enfatizaram que falar-se em Inteligências Múltiplas seria
simplesmente “fragmentar-se a idéia de Inteligência”, criando-se Uma inteligência é a mesma coisa que um estilo de
um modismo. Nada mais errado que supor que a identificação aprendizagem ou um método de ensino.
de inteligências diferentes “fragmenta” ou apenas classifica
aspectos particularizados de um todo. A localização cerebral Um estilo de aprendizagem é uma abordagem que
de áreas específicas para operar saberes específicos - como a se aplica da mesma maneira em diferentes conteúdos; um
área de Broca e de Wernicke para a linguagem - mostra que não método de ensino é uma sequência de operações com vistas
existe uma inteligência global que se busca dividir, mas núcleos a determinados resultados e, dessa forma, o trabalho com
cerebrais distintos que operam competências específicas, ainda estímulos às inteligências permite adaptar-se a diferentes
que o cérebro humano funcione mais ou menos como uma estilos de aprendizagem e sua aplicação não constitui método
orquestra e áreas diferentes se envolvem para a apresentação de ensino que para ser implantado pressupõe a substituição
de um resultado aparentemente único. O fato de se ouvir, por do método utilizado. Gardner enfatiza que não existe “receita”
exemplo, o destaque do piano em uma melodia não significa pedagógica única e forma universal de trabalhar-se as
que reconhecê-lo implica em “fragmentar” a orquestra. múltiplas inteligências.