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UTILIZAÇÃO DA NEURÓBICA NO
DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS:
UM ESTUDO NAS EMPRESAS DE LOGÍSTICA
ITAJAÍ (SC)
2009
1
Monografia
UTILIZAÇÃO DA NEURÓBICA NO
DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS:
UM ESTUDO NAS EMPRESAS DE LOGÍSTICA
AGRADECIMENTOS
Aos professores que contribuíram para o meu saber acadêmico, aos amigos que conquistei
durante o curso e aos amigos que estiveram ao meu lado e que contribuíram para que eu
alcançasse sucesso em mais uma etapa de Minha vida.
3
DEDICATÓRIA
A Lorene Leonir Tagliari e a Valmor Pedro Tagliari pela compreensão e pela dedicação que
tiveram com esse projeto, sem os quais não teria sido realizado. À Equipe CEST pelo apoio
especialmente à Sandra Tomio e à Professora Justina da Costa Rodrigues que acreditaram
neste projeto e trabalharam para que fosse realizado.
EPÍGRAFE
4
“Ser moderno é viver uma vida de paradoxos e contradições. É sentir-se fortalecido pelas
imensas organizações burocráticas que detêm o poder de controlar e frequentemente destruir
comunidades, valores, vidas; e ainda sentir-se compelido a enfrentar essas forças, a lutar para
mudar o ‘seu’ mundo, transformando-o em ‘nosso’ mundo. É ser ao mesmo tempo
revolucionário e conservador: aberto a novas possibilidades de experiência e aventura.
Aterrorizado pelo abismo niilista ao qual tantas aventuras modernas conduzem na experiência
de criar e conservar algo real, ainda quando tudo em volta se desfaz.”
Marchal Berman
5
EQUIPE TÉCNICA
a) Nome do Aluno:
Eleandra Corrêa da Silva
b) Área da Monografia:
Treinamento de Recursos Humanos
c) Orientador de estágio
Justina da Costa Rodrigues
DECLARAÇÃO DE ISENÇÃO
__________________________________
Eleandra Corrêa da Silva
7
RESUMO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................... 11
1.1 Formulações de hipótese............................................................................................ 13
1.2 Objetivos..................................................................................................................... 14
1.2.1 Objetivo Geral.......................................................................................................... 14
1.2.2 Objetivos específicos............................................................................................... 15
1.3 Justificativa.................................................................................................................. 15
2 LOGÍSTICA.................................................................................................................... 18
3 TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO....................................................................21
3.1 A Importância do desenvolvimento e do treinamento.................................................24
3.2 Neurociência............................................................................................................... 27
3.2.1 Plasticidade Cerebral............................................................................................... 32
3.3 Neuróbica nas empresas............................................................................................ 34
3.4 Relações entre a Logística e a Neuróbica..................................................................35
3.5 Neurociências e as empresas que apostam na Neuróbica.........................................37
3.6 A visão dos cientistas sobre o treino mental nas empresas.......................................38
4 METODOLOGIA............................................................................................................ 40
4.1 Caracterizações da Pesquisa..................................................................................... 40
4.2 Delimitações da Pesquisa........................................................................................... 41
4.3 Coletas de dados........................................................................................................ 42
4.4 Procedimentos Técnicos............................................................................................. 44
5 RESULTADOS DA PESQUISA..................................................................................... 45
5.1 Caracterização da Empresa........................................................................................ 45
5.2 Empresas que prestam serviços de treinamento pautado em neurociência...............47
5.3 Treinamentos nas empresas....................................................................................... 45
5.4 Percepção dos treinandos em relação aos benefícios da neuróbica..........................60
5.4.1 A percepção dos benefícios no curso LayOpen......................................................64
5.5 Limitações à pesquisa................................................................................................. 70
5.6 Possibilidades e limitações da aplicação de treinamentos com base na
neurociência............................................................................................................... 71
5.6.1 Limitações à aplicação de treinamentos com base na neurociência.......................71
5.6.2 Possibilidades quanto à viabilidade.........................................................................73
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................... 75
7 REFERÊNCIAS............................................................................................................. 79
7.1 Dicionário.................................................................................................................... 81
7.2 Periódicos................................................................................................................... 82
7.3 Sites – e-mails eletrônicos.......................................................................................... 82
APÊNDICES..................................................................................................................... 83
ANEXOS........................................................................................................................... 86
11
1 INTRODUÇÃO
Uma pesquisa científica tem como ponto de partida problemas que envolvem
variáveis que podem ser testadas para que tenham como desfecho a comprovação
ou refutação, como observa Roesch (2007) que um problema pode ser definido a
partir de observações, de teorias ou ainda de um método que se pretende testar, ou
14
1.2 Objetivos
1.3 Justificativa
2 LOGÍSTICA
3 TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
Processamento
seletivo de Hábitos
RESISTÊNCIA
RESISTÊNCIA
INDIVIDUAL
INDIVIDUAL
Medo do Segurança
desconhecido Fatores
econômicos
Ameaça às alocações
de recursos estabelecidas Foco limitado
de mudança
Inércia RESISTÊNCIA
RESISTÊNCIA Inércia
de grupo ORGANIZACIONAL
ORGANIZACIONAL estrutural
3.2 Neurociência
Hipócrates (460-379 AC) acreditava que o cérebro era a sede da mente. Como
ressalta Cosenza (2001), que diz que Hipócrates ensinava que o cérebro é a fonte
do nosso prazer, alegria, riso e diversão, assim como nosso pesar, dor, ansiedade e
lágrimas, e nenhum outro que não o cérebro.
O mesmo autor completa que é especificamente o órgão que nos habilita a
pensar, ver e ouvir, a distinguir o feio do belo, o mau do bom, o prazer do desprazer.
É o cérebro também que é a sede da loucura e do delírio, dos medos e sustos que
nos tomam, muitas vezes à noite, mas ás vezes também de dia; é onde jaz a causa
da insônia e do sonambulismo, dos pensamentos que não ocorrerão, deveres
esquecidos e excentricidades.
Os séculos passaram e os estudos tornaram-se mais sofisticados e a
Neurociência aumenta cada vez mais seu rol de descobertas a cerca do
comportamento do cérebro, isso porque os avanços tecnológicos exigem cada dia
mais atividade cerebral do homem. A neurociência abrange três áreas fundamentais:
neurofisiologia, neuroanatomia e a neuropsicologia. Estuda os processos de
informações no sistema nervoso em suas funções microscópicas e macroscópicas e
seu comportamento cognitivo.
Como ressalta Punset (2006, p. 63) em seus artigos sobre o aprendizado
focado em neurociência, que o cérebro é uma máquina de aprender e mesmo que o
indivíduo esteja formado e especialista em uma área, aquele que diz que ‘não
precisa aprender mais nada’, está a um passo da morte, pelo menos da morte
cerebral. As pessoas que se ocupam de aprender cada vez mais, de aprofundar e
aumentar o seu círculo de interesses tem uma interessante proteção contra a
demência.
O mesmo autor defende ainda que o baixo nível de educação formal é um dos
fatores de risco para o declínio da atividade cerebral na velhice. Quando nos
mantemos aprendendo e desafiando, o cérebro continua crescendo, ativando
ligações antes inexistentes. Isso fará com que a sua memória funcione melhor, não
importa a idade.
O ser humano tem a função social de autoprogramar-se e de programar os
outros à medida que a Neurociência vai conhecendo a mente humana, mais se
compreende a necessidade de se investir em treinamentos e Neuróbica. A
combinação de Ciência do comportamento e Neurociências vem ganhando campo e
a psiconeurofisiologia estuda o comportamento do cérebro e como, o homem pode
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4 METODOLOGIA
5 RESULTADOS DA PESQUISA
A empresa CEST
Investimento em conhecimento
A - “Sim, mas para quem está na linha de frente do comando das
1 – A empresa investe no equipes.”
conhecimento? B “Sim, mas admite-se que poderia se investir mais.”
Empresas C, D e E dizem que sim, dentro das possibilidades.
Fonte: Dados Primários
os funcionários ocupam.
lubrificante bem fluido que permite que as engrenagens funcionem com maior
harmonia e com atritos reduzidos e com rapidez, assim como pode ser grosseira e
de engrenagens menos ‘Lubrificadas’ e com maiores resistências às mudanças e
acreditam na idéia de que o mercado de trabalho está repleto de profissionais que
entrariam até por uma menor remuneração e muitas vezes com melhor preparo, é
mais ‘vantajoso’ e fácil buscar o profissional fora que investir naquele que está no
seu quadro de funcionários.
A empresa pode enfrentar alguns empecilhos quando quer criar condições
favoráveis à gestão do conhecimento, podendo haver reações dos colaboradores, a
introdução da mudança afeta as pessoas e por essa razão os aspectos humanos
devem ser levados em conta quando da implantação de mudanças.
O Quadro 16 apresenta a postura das empresas em relação às resistências
dos funcionários quando se trata de treinamento e quais são suas decisões quando
há a contrariedade do funcionário.
investem em seus quadros, que atuam com pessoas com maior capacitação
poderão estar mais fortalecidas para atuar no mercado cada dia mais exigente
Esteves et al (2000) quando escreveu sobre “Estratégias competitivas de alta
cooperação”, defendeu que no cotidiano de algumas empresas, a lógica do
aprendizado ainda não é perfeitamente compreendida e os movimentos não são tão
voluntários e racionais. Ainda são movidos pela busca de novas oportunidades, de
novas fontes de agregação de valores ao cliente, de novas formas de especialização
e focalização de atividades.
A Neuróbica surge como uma opção de treinamento diferenciado de Recursos
Humanos, em uma sociedade fundamentada no conhecimento e que exige cada vez
mais habilidades do cérebro. A Neurociência fornece dados precisos para comprovar
que os exercícios neuróbicos são realmente capazes de mudar os padrões das
conexões e, portanto, melhor a capacidade do treinando de uso da Métis no
ambiente de trabalho, oferecendo vantagens às organizações, diminuindo a
dificuldade de retenção do pessoal treinado.
Quando escreveram “Inteligências empresarial e o papel das redes”, Os
autores citados ressaltaram que as arquiteturas organizacionais com maiores
condições de prosperar nesta era da informação são aquelas capazes de atrair as
melhores pessoas, as quais, motivadas pelo que a empresa representa e faz,
estejam profundamente envolvidas com seu desenvolvimento contínuo.
Os estudos de Restak (2006) apontam que os benefícios da Neuróbica não
estão só no âmbito do trabalho, mas também na qualidade de vida do treinado, uma
vez que melhoram suas funções cerebrais em geral, conferindo-lhe maior
flexibilidade mental por consistirem na quebra da rotina e mobilização dos sentidos e
podem ser adaptados à singularidade da empresa.
Cury (2008) em seus estudos afirma que 80% da vida do ser humano são
feitos de rotina, as quais o cérebro executa sem esforço e que os exercícios de
neuróbica, os Neurofitness visam colocar ao cérebro perante situações menos
correntes. O autor ressalta que quanto mais se usa o cérebro (independente da
idade), mais alta se torna desempenho cerebral que se torna mais denso devido aos
desafios e novas experiências.
O mesmo autor completa que as conexões formadas durante os exercícios,
ou seja, os caminhos neuronais podem ser permanentes ao contrário dos
treinamentos de motivação que tem duração menor. Ressalta ainda que os
exercícios também oferecem aprendizado de coisas novas e levam a mudanças
efetivas.
As idéias dos cientistas sobre a importância dos exercícios são congruentes e
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procrastinaram a entrevista, sendo que algumas delas tiveram que ser canceladas.
Uma última limitação que se constatou durante a execução da pesquisa é que
devido à facilidade de disseminação de informações concedida pela Internet, há
inúmeras empresas que anunciam oferecer cursos voltados para a neuróbica em
empresas. Na realidade estas empresas apenas fazem uso do termo por se tratar de
um neologismo, um modismo e oferecem apenas treinamentos triviais como
palestras e cursos rápidos de motivação.
Viabilidades de aplicação
A - “Sim, desde que levados em conta a questão anterior”.
B - “Por enquanto não, estamos nos equilibrando e nos
adaptando à crise, futuramente sim, pois é uma coisa
5 – Existe viabilidade financeira de contraditória, temos que investir no conhecimento para
se contratar uma prestadora de conseguirmos sobreviver e mesmo que isso indique perder
serviços para treinamentos funcionários para a concorrência.”
diferenciados? C - “Sim, desde que os custos do investimento sejam
tangíveis.”
As empresas D e E acreditam que futuramente sim, e que
agora o cenário mundial recomenda contenção de gastos.
Fonte: Dados primários
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
pesquisadores.
O estudo teve o propósito de contribuir para que futuros pesquisadores
possam planejar e desenvolver suas pesquisas na área de treinamentos e
desenvolvimentos. Para tal utilizou-se do rigor necessário à produção de
conhecimentos confiáveis para que possa oferecer auxílio àqueles que desenvolvem
trabalhos acadêmicos na área de treinamento e desenvolvimento.
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7 REFERÊNCIAS
BÍBLIA SAGRADA. Novo testamento. Gênesis 41. São Paulo Ed Paulinas, 1998
ESTEVES, Sérgio A. at al. O Dragão e a Borboleta. São Paulo: Axis Mundi, 2000.
GEDMAN, Corinne. Deixe seu Cérebro em Forma. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.
84
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas,
2004.
HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos: O breve século XX - 1914-1991. São Paulo:
Companhia das Letras, 1995.
HOUZEL, Suzana Herculano. Fique de bem com seu Cérebro. Rio de Janeiro:
Sextante, 2007.
HUXLEY, Aldous. Admirável Mundo Novo. São Paulo: Ed. Globo, 2005.
KANT, Emanuel. A Paz Perpétua e Outros opúsculos. Lisboa PT: edições 70,
2003.
KATZ, Lawrence C. Mantenha o seu cérebro vivo. Rio de Janeiro. Sextante, 2006.
LAKATOS, Eva M.. Sociologia da Administração. São Paulo: Atlas, 1997.
RESTAK, Richard. Seu Cérebro Nunca Envelhece. São Paulo: Editora Gente,
2006.
TAYLOR, Jill Botle. A Cientista que Curou Seu Próprio Cérebro. São Paulo:
Ediouro, 2008.
7.1 Dicionário
7.2 Periódicos
ORTEGA, Francisco. Sujeito Cerebral. Viver Mente e Cérebro ano XIII n˚162. São
Paulo: Duetto setembro de 2005.
APÊNDICE A
1 – Qual a postura da empresa diante das resistências às mudanças por parte dos
funcionários?
2 – Qual o grau de importância que a empresa dá ao investimento em Capital?
3 – A capacitação do RH está na estratégia da empresa?
4 – Existe a possibilidade de abrir as portas para uma aula experimental de
treinamento voltado para a Neuróbica?
5 – Existe viabilidade financeira de se contratar uma prestadora de serviços para
treinamentos diferenciados?
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APÊNDICE B
ANEXO A
Exercícios de Neuróbica
Exercícios que fujam da rotina adiam problemas cerebrais – Método Supera para
praticar no dia-a-dia.
1- Pratique o Stopping, quando estiver cansado feche os olhos por um minuto, isto
leva a o cérebro a descansar, quando repetidos de dez a quinze vezes por dia
ajudam na concentração e regeneram o cérebro cansado;
2- Diversifique suas leituras, lendo sobre temas diferentes a mente viaja por
outros ambientes e lugares;
3- Use mapas mentais para facilitar certas aprendizagens;
04 – Resolva um problema de várias formas diferentes, com novas perspectivas que
ninguém tenha tentado ou publicado;
05 – Tente trocar o mouse de lado;
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06– Decore uma palavra nova por dia em português ou outra língua e introduza-a
em seu cotidiano;
07– Adjetivos colorem a cor da linguagem, escolha uma figura que agrade e
escreva 25 adjetivos;
08 – Ao entrar em uma sala com pessoas, determinar quantas pessoas estão de
cada lado da sala;
09 – Ao se alimentar, tente identificar os sabores de cada tempero;
10 – Selecione uma frase de um livro e forme outra com as mesmas palavras;
11 – Tente jogar alguma coisa que nunca tenha jogado antes;
12 – Cronometre atividades e repita-as para ver o progresso;
13 – Ouça notícias pela manhã e durante o dia tente relembrar os pontos
importantes;
14 – Ao ler uma palavra pense em outras cinco que comecem com a mesma letra;
15 – Treine sua visão observando detalhes de pinturas.
A rotina é um veneno para o cérebro. Assim como o sedentarismo torna o corpo indolente, o excesso de
previsibilidade subutiliza o poder do córtex cerebral de formar novas associações. Tudo o que é inusitado
estimula a comunicação entre os neurônios. Essa é a base da Neuróbica, criada pelos cientistas Lawrence
Katz e Manning Rubin.
Despertar diferente
Mude a estação de rádio que o acorda todas as manhãs. Tome banho de olhos fechados. Escove os
dentes com a outra mão. Circuitos sensoriais e motores normalmente pouco utilizados serão
ativados.
Sexo temperado
Pode apelar para óleos perfumados, bebidas geladas, músicas. Parece bom demais para
ser verdade, mas sexo prazeroso e surpreendente mantém o cérebro vivo.
De volta ao passado
Desperte lembranças do colégio com a ajuda de fotos e cadernos. Use a imaginação e entre na escola, sinta o
cheiro da cantina. Com a mente livre, uma lembrança ''puxa'' a outra. Você se surpreenderá recordando fatos
que julgava esquecidos.
Seja sociável
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Compre jornal em uma banca diferente, abasteça o carro em outro posto de gasolina, acene
para crianças. Quando parecer seguro, puxe conversa com desconhecidos. Vá ao teatro, ao
cinema e relembre as cenas e as emoções que elas lhe trouxeram. Discuta o filme ou a peça
com os amigos. Procure sair freqüentemente com os colegas apenas para bater-papo. A mente
precisa de uma vida cheia de estímulos.
Leitura eficiente
Quando o texto que você precisa ler na escola ou no trabalho parece desinteressante, algumas estratégias
podem ajudar. Faça uma lista de perguntas cujas respostas quer encontrar no texto. Preste muita atenção às
frases que resumem a idéia central de cada parágrafo. Descubra a coerência dos argumentos. Por último,
tente desenhar um mapa mental com as idéias principais do texto. Isso ajuda a organizar o raciocínio.
Quebrando rotinas
Resista a seguir o mesmo caminho todos os dias. Invente rotas alternativas para
chegar ao trabalho. Quando possível, entregue a direção do carro a alguém de
confiança e siga no banco traseiro. A perspectiva da viagem é totalmente diferente.
Rosto familiar
Quem tem dificuldade de lembrar nomes e fisionomias pode tentar o seguinte exercício com a ajuda de um
amigo. No mínimo, serve de passatempo em um dia chuvoso na praia. Cada um deve recortar dez fotos de
rostos desconhecidos de jornais ou revistas e escrever o nome atrás da imagem. Troque as imagens com o
colega e estude uma a uma antes de ler os nomes. Depois associe as primeiras impressões que a fisionomia
lhe traz a seus respectivos nomes. Coloque as fotos de lado e, depois de 15 minutos, um amigo testa o outro
para ver de quantos nomes se lembraram.
Férias neuróbicas
Viaje para lugares desconhecidos e evite grupos de excursão. Ande de ônibus, experimente a
comida e as diversões locais, saia de carro sem um plano definido. A novidade é a essência das
boas férias e do vigor cerebral.
Imagens distorcidas
Você pode treinar a memória na hora de montar a lista de compras. Imagine uma maçã com todos os detalhes
- cores, defeitos, tamanho. Agora modifique sua maçã com alguns exageros - torne-a gigantesca, por exemplo.
Faça isso com cinco itens no começo e com toda a lista no futuro.
Freqüente a feira livre com alma de explorador. Invente refeições com produtos cujo aspecto lhe pareça
agradável. Visite mercados étnicos e prove novos cheiros e sabores. Eles acrescentam acordes na sinfonia de
sua atividade cerebral.
Reconstituindo o dia
Antes de dormir, procure relembrar tudo o que aconteceu durante seu dia, reconstituindo cenas e diálogos com
detalhes e na ordem em que ocorreram. Com o tempo, os detalhes vêm à mente com mais facilidade
Novidades à mesa
Uma vez por mês, experimente pratos que sejam uma total novidade para você. Acompanhe a refeição com a
música do país correspondente para acrescentar uma dimensão auditiva às sensações do paladar.
Nutrientes vitais
Comer bem é fundamental para garantir o bom funcionamento das células que atuam
na aquisição da memória. Consuma muita água, sódio, cálcio e magnésio, presentes
nos alimentos. Cápsulas de fósforo, diferentemente da crença popular, não melhoram
a memória.
Sono restaurador
Para a memória, uma soneca de 50 minutos pode ter o efeito de uma noite bem dormida. É durante a fase dos
sonhos que as informações adquiridas se instalam no cérebro, ''liberando espaço'' para novos aprendizados. O
ideal, para quem estuda muito, é intercalar duas horas de estudo com uma soneca de uma hora. Mais valem
dez minutos de estudo a cada dia do que cem minutos em um único dia.
Revirando a mesa
Troque objetos e mude-os de lugar em sua mesa de trabalho. Incorpore um pouco de
''desordem'' a sua rotina. Quando possível, altere o horário de reuniões e da realização das
tarefas.
Praticar sempre
O cérebro pode ser comparado a um músculo que, se não for usado, atrofia. Vale tudo: desde as tradicionais
palavras cruzadas até criar o hábito de anotar os sonhos logo ao acordar, com todos os detalhes possíveis.
Aos poucos, a história escrita vai ficar cada vez mais completa.
Fonte: Katz (2006)