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Impressão gerada em 24/11/2010

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Publicado em nosso site em 09/06/2009

PIS/PASEP e COFINS - Áreas de Livre Comércio - Roteiro de Procedimentos


Roteiro - Federal - 2009/4328

Sumário

Introdução
I - Áreas de Livre Comércio
A) - Incidência das Contribuições Sobre Produtos Industrializados na ALC
I - Vendas dentro da Área de Livre Comércio
II - Alíquotas Especiais na Sistemática da "Não-Cumulatividade" para as Vendas Realizadas por Empresas Estabelecidas na
Área de Livre Comércio
II.1 - Comprovantes Exigidos
II.2 - Transferência para Estabelecimento Situado fora da Área de Livre Comércio
III - Créditos Relativos ao Regime de Incidência Não-cumulativa
IV - Produtos Sujeitos à Substituição Tributária
IV.1 - Base de Cálculo da Substituição Tributária
IV.2 - Alíquotas da Substituição Tributária
IV.3 - Alíquotas das Contribuições do Fabricante
B - Vendas para a Área de Livre Comércio
I - Redução a 0 (Zero)
II - Desconto de Créditos pelo Adquirente Estabelecido na Área de Livre Comércio
C) Operações com Produtos Sujeitos à Tributação Diferenciada - Redução a (0) Zero e Substituição Tributária
I - Produtos Abrangidos pela Redução a 0 (zero) nos Negócios com as Áreas de Livre Comércio
II - Substituição Tributária na Revenda dos Produtos Adquiridos com Alíquota 0 (zero)
II.1 - Base de Cálculo da Substituição Tributária
II.2 - Alíquotas
III - Utilização como Insumo ou Ativação dos Produtos Adquiridos com Substituição Tributária - Crédito
IV - Não-cumulatividade

Introdução

Por meio da Medida Provisória nº 451, de 15.12.2008, convertida na Lei nº 11.945, de 04.06.2009, o governo federal
estendeu às Áreas de Livre Comércio diversos benefícios aplicáveis à Zona Franca de Manaus. Neste Roteiro são detalhados
quais são esses benefícios, bem como as Áreas abrangidas. É importante observar que a Lei nº 11.945 trouxe novidades em
relação ao previsto na Medida Provisória nº 451. Essas novidades são analisadas a seguir.

Nota:
Os atos normativos que regulam a Zona Franca de Manaus não foram atualizados em face das Áreas de Livre Comércio. Todavia, devido à

semelhança dos incentivos, acreditados que os mesmos serão aplicados às Áreas de Livre Comércio.

I - Áreas de Livre Comércio

Como mencionado, os benefícios aplicáveis à Zona Franca de Manaus - ZFM foram estendidos às Áreas de Livre Comércio

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- ALC. Essas áreas estão dispostas na própria Medida Provisória nº 451, e são a seguir especificadas:
a) Área de Livre Comércio de Tabatinga - ALCT, no Estado do Amazonas - Lei nº 7.965, de 22.12.1989;
b) Área de Livre Comércio de Guajará-Mirim - ALCGM, no Estado de Rondônia - Lei nº 8.210, de 19.07.1991;
c) Áreas de Livre Comércio de Boa Vista - ALCBV e Bonfim - ALCB, no Estado de Roraima - Lei nº 8.256, de 25.11.1991;
d) Área de Livre Comércio de Macapá e Santana - ALCMS, no Estado do Amapá - Lei nº 8.387, de 30.12.1991;
e) Áreas de Livre Comércio de Brasiléia - ALCB e de Cruzeiro do Sul - ALCCS, no Estado do Acre - Lei nº 8.857, de
08.03.1994.
As regras relativas à demarcação e extensão dessas Áreas de Livre Comércio constam das respectivas Leis que as criaram.
A administração das ALC está a cargo da própria Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA.

A) - Incidência das Contribuições Sobre Produtos Industrializados na ALC

I - Vendas dentro da Área de Livre Comércio

O artigo 5º-A da Lei nº 10.637/2002 prevê que estão reduzidas a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da
COFINS incidentes sobre as receitas decorrentes da comercialização de matérias-primas, produtos intermediários e
materiais de embalagem, produzidos na Zona Franca de Manaus, para emprego em processo de industrialização por
estabelecimentos industriais ali instalados e consoante projetos aprovados pelo Conselho de Administração da
Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).
Esse benefício, aplicável à Zona Franca de Manaus, não foi, todavia, estendido às Áreas de Livre Comércio. Nas vendas
internas, somente o benefício previsto no artigo 2º, § 4º, I, da Lei nº 10.637/2002 e no artigo 2º, § 5º, I, da Lei nº
10.833/2003, foi estendido às Áreas de Livre Comércio.
Mencionado benefício prevê uma redução das contribuições incidente sobre a receita bruta auferida por pessoa jurídica
industrial ou comercial, estabelecida em Áreas de Livre Comércio, decorrente da venda de produção própria, consoante
projeto aprovado pela SUFRAMA, à outra pessoa jurídica também estabelecida na ALC.

Nota:
1. A exigência relativa ao projeto aprovado pela SUFRAMA não se aplica às pessoas jurídicas comerciais.

2. A MP 451 previa que o benefício aplica-se somente à pessoa jurídica industrial. A extensão do benefício à pessoa jurídica comercial foi

feita por meio da Lei nº 11.945.

A receita bruta advinda dessas operações estará sujeita a aplicação das alíquotas de 0,65%, para o PIS/PASEP, e de 3%,
para a COFINS, independentemente do regime tributário aplicável ao contribuinte.
Este benefício terá impacto apenas em relação aos contribuintes que apuram suas contribuições pelo regime não-cumulativo,
pois no regime cumulativo, as alíquotas normais já estão fixadas em 0,65% para o PIS/PASEP e 3% para a COFINS.
Fundamentação: Art. 2º, § 4º, I, "a", 5º e 6º, da Lei nº 10.637/2002; art. 2º, § 5º, I, "a", 6º e 7º, da Lei nº 10.833/2003.

II - Alíquotas Especiais na Sistemática da "Não-Cumulatividade" para as Vendas Realizadas por Empresas


Estabelecidas na ALC

A pessoa jurídica industrial estabelecida em Área de Livre Comércio, que apure o imposto de renda com base no lucro real,
no caso de venda de produção própria, consoante projeto aprovado pelo Conselho de Administração da SUFRAMA, deve
calcular a Contribuição para o PIS/PASEP e a COFINS, incidentes sobre a receita bruta auferida com a venda dos produtos
industrializados mediante a aplicação das seguintes alíquotas:
DESTINATÁRIO ALÍQUOTAS
PIS COFINS
a) Venda efetuada a pessoa jurídica
0,65% 3%
estabelecida na Área de Livre Comércio

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b) Venda efetuada a pessoa jurídica


estabelecida fora da Área de Livre
Comércio, que apure a Contribuição para 0,65% 3%
o PIS/PASEP e a COFINS no regime de
não-cumulatividade
c) Venda efetuada a pessoa jurídica
estabelecida fora da Área de Livre
1,3% 6%
Comércio, que apure o imposto de renda
com base no lucro presumido
d) Venda efetuada a pessoa jurídica
estabelecida fora da Área de Livre
Comércio, que apure o imposto de renda
com base no lucro real e que tenha sua 1,3% 6%
receita, total ou parcialmente, excluída do
regime de incidência não-cumulativa da
Contribuição para o PIS/PASEP
e) Venda efetuada a pessoa jurídica
estabelecida fora da Área de Livre
Comércio e que seja optante pelo Sistema 1,3% 6%
Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições - SIMPLES
f) Venda efetuada para órgãos da
administração federal, estadual, distrital e 1,3% 6%
municipal
g) Venda efetuada a pessoa física 1,65% 7,6%

Nota:
1. O termo "fora da Área de Livre Comércio" refere-se à localização do estabelecimento da pessoa jurídica destinatária da mercadoria. A

legislação que trata deste benefício não foi adaptada ao Simples Nacional, prevendo a aplicação de alíquotas diferenciadas somente para

empresas optantes pelo antigo regime simplificado (regido pela Lei 9.317/1996).

2. A exigência relativa ao projeto aprovado pela SUFRAMA não se aplica às pessoas jurídicas comerciais.

3. A MP 451 previa que o benefíco aplica-se somente à pessoa jurídica industrial. A extensão do benefício à pessoa jurídica comercial foi feita

por meio da Lei nº 11.945.

As alíquotas especiais não se aplicam às vendas de:


a) gasolinas e suas correntes, exceto gasolina de aviação, óleo diesel e suas correntes, gás liquefeito de petróleo - GLP e gás
natural;
b) produtos farmacêuticos, de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal relacionados no inciso I do art. 1º da Lei nº
10.147, de 21 de dezembro de 2000, e alterações posteriores;
c) máquinas e veículos classificados nos códigos 84.29, 8432.40.00, 84.32.80.00, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5,
87.01, 87.02, 87.03, 87.04, 87.05 e 87.06, da TIPI;
d) autopeças relacionadas nos Anexos I e II da Lei nº 10.485/2002, para comerciante atacadista ou varejista ou para
consumidores;
e) produtos classificados nas posições 40.11 (pneus novos de borracha) e 40.13 (câmaras-de-ar de borracha), da TIPI;
f) querosene de aviação;
g) embalagens destinadas ao envasamento de água, refrigerante e cerveja classificados nos códigos 22.01, 22.02 e 22.03,
todos da TIPI;
h) concentrados para elaboração de refrigerantes (2106.90.10 Ex 02); águas minerais, naturais ou artificiais, com ou sem gás
e gelo (22.01); refrescos (exceto os de fruta e de produtos hortículas) e outras bebidas à base de águas aromatizadas ou

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adoçadas, inclusive: cerveja sem álcool e bebidas para praticantes de atividades físicas (Isotônicos e energéticos), exceto
bebidas à base de soja, leite ou cacau e néctares de frutas (22.02); cervejas e chope (22.03).
i) álcool, inclusive para fins carburantes;
j) papel imune a impostos, destinado à impressão de periódicos.
Nestes casos serão aplicadas as alíquotas específicas devidas de acordo com a sistemática de apuração a que se sujeitam os
referidos produtos.

Nota:
Além dos citados produtos, também não estão sujeitos às mencionadas alíquotas aqueles beneficiados por redução a zero. Para saber quais

são os produtos sujeitos a alíquota zero, consulte a tabela "Contribuição para o PIS/PASEP e COFINS - Produtos e Serviços Sujeitos à

Alíquota Zero".

Não houve mudança em relação às alíquotas aplicáveis pelos contribuintes que apuram a Contribuição para PIS/PASEP e a
COFINS no regime cumulativo, que permanecem fixadas em 0,65% e 3%, mesmo em relação às operações praticadas por
contribuintes estabelecidos nas Áreas de Livre Comércio.
Fundamentação: Art. 2º, §§ 4º e 5º da Lei nº 10.637/2002; art. 2º §§ 5º e 6º, da Lei nº 10.833/2003; art. 2º da Instrução
Normativa SRF nº 546/2005.
II.1 - Comprovantes Exigidos

Para fruição das alíquotas especiais tratadas no tópico anterior, em relação à ZFM, é previsto que a pessoa jurídica
adquirente, localizada fora da ZFM, deverá preencher e fornecer à pessoa jurídica estabelecida na ZFM a Declaração:
a) do Anexo I da Instrução Normativa SRF nº 546/2005, no caso de vendas sujeitas à incidência das contribuições com as
alíquotas de 0,65% e 3% (letras "a" e "b" da tabela do tópico II acima);
b) do Anexo II da Instrução Normativa SRF nº 546/2005, no caso de vendas sujeitas à incidência das contribuições com as
alíquotas de 1,3% e 6% no caso das letras "c" e "d" da tabela do tópico II acima; ou
c) do Anexo III da Instrução Normativa SRF nº 546/2005, no caso de vendas à pessoa jurídica estabelecida fora da Zona
Franca de Manaus e que seja optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições - SIMPLES (letra
"e" da tabela).

Nota:
Até o presente momento não foi disponibilizado anexo atualizado para empresas optantes pelo Simples Nacional.

A Instrução Normativa nº 546/2005, que trouxe esses formulários, não foi atualizada em relação às Áreas de Livre
Comércio. Entendemos, todavia, que deva ser aplicada a mesma regra, sendo necessária a adaptação dos formulários às
Áreas de Livres de Comércio.

Nota:
A pessoa jurídica industrial deverá manter a Declaração em boa guarda, à disposição da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), pelo

prazo de 10 (dez) anos, contado da data de ocorrência do fato gerador.

Fundamentação: Art. 3º da Instrução Normativa SRF nº 546/2005.


II.2 - Transferência para Estabelecimento Situado fora da Área de Livre Comércio

Na hipótese de a pessoa jurídica situada em Área de Livre Comércio apenas transferir os produtos para outro
estabelecimento da mesma pessoa jurídica localizada fora da Área de Livre Comércio, não se aplicam as alíquotas especiais
tratadas no tópico II, quando o estabelecimento adquirente for vende-las.
Ou seja, uma filial, localizada em São Paulo, que recebe mercadoria de sua matriz, localizada em uma Área de Livre
Comércio, que posteriormente vender as mercadorias recebidas, não fará jus às alíquotas diferenciadas tratadas
anteriormente, pois tais percentuais aplicam-se, tão somente, nos casos de vendas efetuadas por estabelecimentos situados
na ALC.
Fundamentação: Art. 4º da Instrução Normativa SRF nº 546/2005.

III - Créditos Relativos ao Regime de Incidência Não-cumulativa

O desconto de créditos em relação às mercadorias adquiridas das Áreas de Livre Comércio segue disciplina específica.
Conforme é previsto, na aquisição de produtos industrializados em Áreas de Livre Comércio, consoante projeto aprovado

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pela SUFRAMA, a pessoa jurídica sujeita à incidência não-cumulativa do PIS/PASEP e da COFINS poderá descontar
créditos calculados mediante a aplicação, sobre o valor de aquisição dos referidos produtos, das alíquotas de 1% e de 4,6%,
respectivamente.
Essa regra não se aplica, entretanto, aos casos envolvendo produtos tributados a alíquotas diferenciadas (combustíveis,
autopeças, bebidas, medicamentos, dentre outros), previstos nos §§ 1º a 2º do art. 2º das Leis nºs 10.637 de 2002 e Lei
10.833 de 2003.

Nota:
É oportuno lembrar que a aquisição de produtos beneficiados por alíquota zero impede o desconto de créditos (Art. 3º, § 2º, II, das Leis nº

10.637/2002 e 10.833/2003).

Todavia, quando se tratar de pessoa jurídica estabelecida fora da Área de Livre Comércio, que apure o imposto de renda
com base no Lucro Real e que tenha sua receita, total ou parcialmente excluída do regime de incidência não-cumulativa das
contribuições, os créditos serão determinados mediante aplicação dos percentuais de 1,65% e 7,6%.
Já no caso de aquisição de mercadoria revendida por pessoa jurídica comercial estabelecida nas Áreas de Livre Comércio, o
crédito será determinado mediante a aplicação das alíquotas de 0,65% e 3%. Esta regra não contava da MP 451, tendo sido
implementada pela Lei nº 11.945.
Fundamentação: Art. 5º da Instrução Normativa SRF nº 546/2005; art. 3º, §§ 12, 15 e 16, da Lei nº 10.637/2002; art. 3º, §
17, 23 e 24, da Lei nº 10.833/2003.

IV - Produtos Sujeitos à Substituição Tributária

A pessoa jurídica estabelecida em Área de Livre Comércio, fabricante das máquinas e veículos, classificados nos códigos da
TIPI 8432.30 (semeadores, plantadores e transplantadores) e 87.11 (motocicletas), é responsável, na condição de substituta,
pelo recolhimento da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS devida pelo comerciante varejista, inclusive nas
operações efetuadas por meio de faturamento direto para o consumidor (Convênio ICMS nº 51, de 15 de setembro de 2000).
A substituição não exime o fabricante do pagamento das contribuições na condição de contribuinte, apuradas no regime de
incidência cumulativa (Ver tópico IV.3).
A substituição não se aplica, entretanto, às vendas efetuadas:
a) a comerciante atacadista, hipótese em que as contribuições são devidas em cada uma das sucessivas operações de venda
do produto; e
b) a consumidor final.

Nota:
Nestas hipóteses (venda a atacadista e a consumidor final), a Contribuição para o PIS/PASEP e a COFINS incidem no regime de

não-cumulatividade, se este for o regime aplicável ao contribuinte.

Fundamentação: Art. 6º da Instrução Normativa SRF nº 546/2005; art. 43 da Medida Provisória nº 2.158-35/2001.
IV.1 - Base de Cálculo da Substituição Tributária

A base de cálculo da substituição tributária corresponde ao preço de venda do fabricante, acrescido do IPI incidente na
operação.
Poderá ser excluído na determinação da base de cálculo o valor referente ao cancelamento de vendas ou devolução de
produtos que tenham sido objeto da presente substituição tributária.

Nota:
Os valores das contribuições objeto de substituição não integram a receita bruta do fabricante.

Fundamentação: Art. 7º da Instrução Normativa SRF nº 546/2005.


IV.2 - Alíquotas da Substituição Tributária

A Contribuição para o PIS/PASEP e a COFINS devidas pela pessoa jurídica estabelecida em Área de Livre Comércio, na
condição de substituta do comerciante varejista, serão calculadas mediante a aplicação das alíquotas de 0,65% e 3%,
respectivamente.
Fundamentação: Art. 8º da Instrução Normativa SRF nº 546/2005.
IV.3 - Alíquotas das Contribuições do Fabricante

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A Contribuição para o PIS/PASEP e a COFINS incidentes sobre a receita bruta auferida pela pessoa jurídica fabricante, com
a venda das máquinas e veículos abrangidos pela substituição tributária também serão calculadas mediante a aplicação das
alíquotas de 0,65% e de 3%, respectivamente, no caso de venda para comerciante varejista.

Nota:
As vendas desses produtos, quando não incluídas na substituição tributária, seguem as regras próprias aplicáveis às vendas de produtos

industrializados na ALC.

A pessoa jurídica estabelecida em Área de Livre Comércio, portanto, em relação à venda de máquinas e veículos abrangidos
pela substituição tributária, recolherá duas vezes as contribuições. Uma, na condição de contribuinte, e outra, na condição de
substituta.
Fundamentação: Art. 9º da Instrução Normativa SRF nº 546/2005.

B - Vendas para a Área de Livre Comércio

I - Redução a 0 (Zero)

Por força da Medida Provisória nº 451, convertida na Lei nº 11.945, foram reduzidas a zero as alíquotas do PIS/PASEP e da
COFINS incidentes sobre as receitas de vendas de mercadorias destinadas ao consumo ou à industrialização em Área de
Livre Comércio, por pessoa jurídica estabelecida fora dela.
Destaca-se que se entendem como "vendas de mercadorias de consumo em Área de Livre Comércio" as que tenham como
destinatárias pessoas jurídicas que as venham utilizar diretamente ou para comercialização por atacado ou a varejo. Dessa
forma, a venda de uma mercadoria para um atacadista localizado em Área de Livre Comércio, que posteriormente irá
revender essa mercadoria para ser consumida por um adquirente também ali estabelecido, estará igualmente amparada pela
alíquota zero.
Fundamentação: Art. 2º, "caput" e §§ 1º e 3º, da Lei nº 10.996/2004.

II - Desconto de Créditos pelo Adquirente Estabelecido na Área de Livre Comércio

A pessoa jurídica estabelecida em ALC, enquadrada no regime não-cumulativo, não poderá descontar créditos relativos às
aquisições beneficiadas com alíquota zero, na forma tratada no tópico anterior.
Fundamentação: Art. 2º, §2º, da Lei nº 10.996/2004.

C - Operações com Produtos Sujeitos à Tributação Diferenciada - Redução a (0) Zero e Substituição
Tributária

Por disposição dos art. 64 e 65 da Lei nº 11.196/2005, as alíquotas da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS
incidentes sobre vendas efetuadas por produtor, fabricante ou importador estabelecido fora das Áreas de Livre Comércio, de
produtos sujeitos à tributação diferenciada estão reduzidas a 0 (zero). Referida Lei também instituiu a substituição tributária
na revenda de tais produtos dentro da ZFM.

I - Produtos Abrangidos pela Redução a 0 (zero) nos Negócios com as Áreas de Livre Comércio

Nas vendas efetuadas por produtor, fabricante ou importador estabelecido fora das Áreas de Livre Comércio dos seguintes
produtos, destinados ao consumo ou industrialização nas ALC, as alíquotas do PIS/PASEP e da COFINS ficam reduzidas a
0 (zero):
a) gasolinas e suas correntes, exceto gasolina de aviação, óleo diesel e suas correntes, gás liquefeito de petróleo - GLP e gás
natural;
b) produtos farmacêuticos, de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal relacionados no inciso I do art. 1º da Lei nº
10.147, de 21 de dezembro de 2000, e alterações posteriores;
c) máquinas e veículos classificados nos códigos 84.29, 8432.40.00, 84.32.80.00, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5,

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87.01, 87.02, 87.03, 87.04, 87.05 e 87.06, da TIPI;
d) autopeças relacionadas nos Anexos I e II da Lei nº 10.485/2002, para comerciante atacadista ou varejista ou para
consumidores;
e) produtos classificados nas posições 40.11 (pneus novos de borracha) e 40.13 (câmaras-de-ar de borracha), da TIPI;
f) querosene de aviação;
g) embalagens destinadas ao envasamento de água, refrigerante e cerveja classificados nos códigos 22.01, 22.02 e 22.03,
todos da TIPI;
h) concentrados para elaboração de refrigerantes (2106.90.10 Ex 02); águas minerais, naturais ou artificiais, com ou sem gás
e gelo (22.01); refrescos (exceto os de fruta e de produtos hortículas) e outras bebidas à base de águas aromatizadas ou
adoçadas, inclusive: cerveja sem álcool e bebidas para praticantes de atividades físicas (Isotônicos e energéticos), exceto
bebidas à base de soja, leite ou cacau e néctares de frutas (22.02); cervejas e chope (22.03).
i) álcool, inclusive para fins carburantes;
j) biodiesel.
Entendem-se como destinadas ao consumo em Área de Livre Comércio as mercadorias que tenham como destinatárias
pessoas jurídicas que as venham utilizar diretamente, ou comercializá-las por atacado ou a varejo, dentro da ALC.
Fundamentação: Art. 64, "caput", e 65, "caput", da Lei nº 11.196/2005.

II - Substituição Tributária na Revenda dos Produtos Adquiridos com Alíquota 0 (zero)

Nas revendas efetuadas pela pessoa jurídica adquirente dos produtos relacionados, a responsabilidade pela cobrança e
recolhimento das contribuições devidas na operação fica atribuída ao produtor, fabricante, importador ou distribuidor (no
caso do álcool, inclusive para fins carburante) dos produtos, na condição de contribuinte substituto do revendedor
estabelecido na ALC, exceto no caso de venda de autopeças e de pneus e câmara de ar para montadoras de veículos.
A substituição tributária também não se aplica aos produtos farmacêuticos classificados nas posições 30.01, 30.03, 30.04,
nos itens 3002.10.1, 3002.10.2, 3002.10.3, 3002.20.1, 3002.20.2, 3006.30.1 e 3006.30.2 e nos códigos 3002.90.20,
3002.90.92, 3002.90.99, 3005.10.10, 3006.60.00, todos da Tipi.
Fundamentação: Arts. 64, § 2º, e 65, §§ 2º, 3º e 6º, da Lei nº 11.196/2005; art. 3º da Instrução Normativa SRF nº 594/2005.
II.1 - Base de Cálculo da Substituição Tributária

A base de cálculo do recolhimento por substituição tributária será:


a) o valor-base de que trata o art. 58-L da Lei nº 10.833/2003 (fixado pelo Poder Executivo) no caso de bebidas frias (água,
refrigerante, cerveja etc), desde que feita a opção pelo regime especial previsto no art. 58-J da mesma Lei;
b) a quantidade de unidades de produtos vendidos pelo produtor, fabricante ou importador, no caso dos combustíveis e
embalagens;
c) o preço de venda do produtor, fabricante ou importador, nos demais casos, que estarão sujeitos a alíquotas "ad valorem".
Fundamentação: Arts. 64, § 3º, e 65, § 4º, da Lei nº 11.196/2005.
II.2 - Alíquotas

As alíquotas que deverão ser aplicadas aos fabricantes substitutos são as relacionadas nos artigos 64 (para álcool, inclusive
para fins carburantes) e 65 da Lei 11.196/2005.
Na prática, as alíquotas tratadas nestes dispositivos são as mesmas aplicáveis no regime de tributação concentrada
(monofásico), normalmente incidentes sobre a receita bruta do produtor, fabricante, importador ou distribuidor (este último,
no caso de comercialização de álcool).
Alguns produtos submetidos a esta sistemática de tributação sujeitam-se tanto a alíquotas "ad valorem" (em %), quanto
alíquotas específicas (valor em R$ por quantidade ou volume de produtos).
Deve ser observado, todavia, que para o recolhimento das contribuições no regime de substituição tributária tratado neste
subtópico, deverão ser utilizadas somente as alíquotas específicas, com exceção das bebidas frias (água, refrigerante, cerveja
etc), que dependerão de opção por regime especial.

Nota:
Para saber mais sobre a tributação dos produtos sujeitos à incidência concentrada, consulte os Roteiros específicos para cada produto

disponível em nossa página na internet.

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Fundamentação: Arts. 64, § 1º, e 65, § 1º, da Lei nº 11.195/2005.

III - Utilização como Insumo ou Ativação dos Produtos Adquiridos com Substituição Tributária - Crédito

A pessoa jurídica domiciliada em ALC que utilizar como insumo ou incorporar ao seu ativo permanente produtos
adquiridos com substituição tributária poderá abater da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre seu
faturamento o valor dessas contribuições recolhidas pelo substituto tributário.
Essa regra é importante, pois a substituição tributária é aplicada em vista da revenda dos mencionados produtos. Tendo em
vista a destinação diversa (utilização como insumo ou incorporação ao ativo), a possibilidade de desconto de créditos anula
a cobrança por substituição.
Fundamentação: Art. 64, § 4º, e 65, § 5º, da Lei nº 11.196/2005; art. 28 da Instrução Normativa SRF nº 594/2005.

IV - Não-cumulatividade

As receitas sujeitas à substituição tributária estão excluídas da não-cumulatividade das contribuições (Art. 8º, VII, "b", da
Lei nº 10.637 e art. 10, VII, "b", da Lei nº 10.833). Essa regra, todavia, não se aplica à presente substituição tributária.
Dessa forma, é possível ao contribuinte substituto descontar créditos relacionados às receitas decorrentes da venda de
produtos sujeitos à tributação diferenciada, destinados às ALC, observados os demais requisitos da legislação que rege a
matéria.
Fundamentação: Art. 64, § 5º, e 65, §7º, da Lei nº 11.196/2005.

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