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Ludwig Wittgenstein (1998-1951) é considerado a figura dominante do neo-empirismo

(Abbagnano, 1977, p. 146).

O Tratado, por um lado, e as Investigações, por outro, constituem as duas principais fontes de
inspiração das duas correntes fundamentais do neo-empirismo: o Tratado foi a base do
neopositivismo, e as Investigações da filosofia analítica (Abbagnano, 1977, p. 146).

Estas duas obras equivalem a duas fases distintas do pensamento de Wittgenstein, apesar de
ambas se focarem na linguagem – e na procura de uma teoria da linguagem.

Como refere Abbagnano, existem dois termos fundamentais na obra de Wittgenstein: o


mundo, como totalidade de factos, e a linguagem, como totalidade de proposições que
significam tais factos (Abbagnano, 1977, p. 146). As proposições (enquanto palavras, signos,
sons, etc) são por sua vez também factos; são no entanto diferentes, uma vez que as
proposições significam – significam precisamente factos.

No Tratado, a relação entre os factos do mundo e os da linguagem é expressa pela tese


segundo a qual a linguagem é a figuração lógica do mundo (Abbagnano, 1977, p. 146). Não
existe para Wittgenstein nenhum intermediário ou mediador – seja na esfera do pensamento
ou do conhecimento – entre o mundo e a linguagem.

Existe em Wittgenstein uma identificação do pensamento com a linguagem (são o mesmo?),


tornando extensiva ao pensamento a mesma limitação da linguagem: “não é pensável nem
exprimível aquilo que não for um facto do mundo” (Abbagnano, 1977, p. 147).

Quando Wittgenstein se refere ao mundo como a totalidade dos factos, está a referir-se à
totalidade dos factos atómicos (Sachverhalt = estados das coisas), então, dos factos que
ocorrem independentemente uns dos outros (Abbagnano, 1977, p. 147).

Todo o facto complexo é composto por factos atómicos. Por sua vez um facto atómico é
composto por objectos simples ou coisas (Wittgenstein, 2008, p. 30), isto é, indecomponíveis,
que constituem a “substância do mundo”.

Chama-se forma dos objectos ao conjunto dos modos determinados em que eles se podem
combinar nos factos atómicos. É por isso que a forma dos objectos é também a estrutura do
facto atómico, sendo o espaço, o tempo e a cor considerados como forma dos objectos
(Abbagnano, 1977, p. 147).

A proposição é a figuração (Bild) de um facto: não no sentido de uma imagem ou cópia, mas de
uma figuração formal ou lógica do facto – então, da representação de uma determinada
configuração possível [forma] dos objectos que constituem o facto.

Toda a figuração deve ter qualquer coisa em comum com a realidade figurada (Abbagnano,
1977, p. 147).

A proposição tem em comum com o facto atómico a forma [uma determinada possibilidade de
combinação] dos objectos [entre si] (Abbagnano, 1977, p. 147).

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