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1. ABORDAGEM
b) Ato de aproximar-se de uma pessoa que esteja em situação suspeita com o intuito de
investigar, orientar, advertir, prender e assistir, podendo ser realizado com ou sem o
respectivo mandado judicial. Conforme o Código de Processo Penal (Art. 244) –“A busca
pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita.
Código de Processo Penal (Art.249) - A busca em mulher será feita por outra mulher, se não
importar retardamento ou prejuízo da diligência.
2.REVISTAS
Revista, termo que tem por significado: uma nova inspeção; a realização de um exame
minucioso; ato de examinar ou buscar algo. Para efeito do presente trabalho definimos como
sendo um dos filtros aplicados em um processo com a finalidade de busca e apreensão de
objetos ou instrumento inibidor para o descumprimento de uma norma relacionada ao porte ou
transporte irregular.
Em muitos casos tem sido empregado como filtro único e normalmente ao final do processo,
neste caso sendo transferida a esta etapa a total e única responsabilidade para o sucesso de
seus objetivos.
O recurso da realização de revistas tem como principais objetivos: inibir e/ou obter prova real
da infração, como a prática de desvios ou furtos de bens; impedir o ingresso de armas,
bebidas ou outro produto que contrarie a uma norma vigente local; buscar a recuperação de
bens, quando do momento da constatação da perda; dentre outros. A aplicação pode ocorrer:
no controle de acessos (quando do ingresso e/ou saída de um ambiente) ou como instrumento
de verificação intermediária, em região predeterminada (estratégica).
a)Modalidades
1 Revista Visual:
2 Corporal:
É caracterizada pela busca corporal, por pessoa do mesmo sexo, na presença de pelo menos
uma testemunha, sendo preferencialmente realizada em local apropriado, aonde a pessoa sob
investigação venha estar isolada do público.
Consiste no deslizamento das mãos sobre o corpo do revistado, tendo como regra a
seqüência dos movimentos: peito e costas; braços e axilas; linha e contorno da cintura; das
coxas até o tornozelo; por fim a região da virilha. Existem estados brasileiros, onde a revista
corporal foi regulamentada em Lei.
3 Veículos
Nota: No caso de ausência do usuário / dono, decorrente de: morte; fuga; abandono do
serviço ou motivos similares; a abertura de móveis ou malas deverá ocorrer na presença do
cônjuge ou parente credenciado do ausente, especialmente convidado e, sempre sob o
testemunho de duas ou mais pessoas, além do encarregado da revista.
Em sendo obtidas evidências na arrecadação de provas, deve-se ter cuidado para que os
indícios não sejam descaracterizados. Como exemplo citamos os cuidados com impressões
digitais. O objeto encontrado na revista deverá ser imediatamente apreendido, isolado,
registrando-se termo circunstanciado sobre a ocorrência; firmado por duas testemunhas. A
política de segurança da empresa definirá os rumos do encaminhamento do flagrante delito.
3. USO DE ALGEMAS
Com efeito, a Lei de Execução Penal (Lei 7.210/84), em seu artigo 199, estabelece que “o
emprego de algemas será disciplinado por decreto federal.” Este decreto federal, no entanto,
nunca foi editado. Então, na falta de norma federal específica, devemos observar o que consta
hoje em nosso ordenamento jurídico a respeito da matéria.
Dispõe o artigo 284 do Código de Processo Penal que “não será permitido o emprego de
força, salvo a indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga do preso”. Este
dispositivo vem complementado pelo artigo 292, que tem a seguinte redação: “Se houver,
ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em flagrante ou determinada por
autoridade competente, o executor e as pessoas que o auxiliarem poderão usar dos meios
necessários para defender-se ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto ou
termo circunstanciado subscrito por duas testemunhas”.
Ainda em nosso ordenamento jurídico, podemos utilizar o disposto no artigo 234, parágrafo 1º
do Código de Processo Penal Militar: “O emprego de força só é permitido quando
indispensável, no caso de desobediência, resistência ou tentativa de fuga. Se houver
resistência da parte de terceiros, poderão ser usados os meios necessários para vencê-la ou
para defesa do executor e auxiliares seus, inclusive a prisão do ofensor. De tudo se lavrará
auto subscrito(Boletim de Ocorrências resumido, Termo Circunstanciado...) pelo executor e
por duas testemunhas. § 1º. - O emprego de algemas deve ser evitado, desde que não haja
perigo de fuga ou de agressão da parte do preso, e de modo algum será permitido, nos presos
a que se refere o artigo 242.”
Vê-se, assim, que a utilização de algemas deve se restringir a casos excepcionais, quando
haja, efetivamente, perigo de fuga ou resistência por parte do preso. Fora daí, o uso
desnecessário deste instrumento fere a dignidade da pessoa humana, representando uma
ilegítima (e desautorizada) restrição a direito fundamental.
Atente-se que a já referida Lei de Execução Penal impõe a todas as autoridades o respeito à
integridade física e moral dos condenados e dos presos provisórios (art. 40).
4. TÉCNICAS DE ALGEMAÇÃO
a)Um preso: se estiver com o suspeito em posição de revista contra a parede para algemá-lo
proceda assim.
Algeme primeiramente a mão direita do suspeito, com um movimento de rotação traga esta
mão para trás do corpo do suspeito e firme esta mão junto ao corpo do suspeito.
com a sua mão esquerda segure os dedos da mão esquerda do suspeita e traga até a
algema, finalizando.
b) dois presos com dois pares de algemas: algeme-os com os braços nas costas, sendo que o
braço direito de um ficará cruzado com o do outro, as palmas das mãos são sempre para fora
ficando dorso com dorso.
c) três presos com dois pares de algemas:
algeme a mão esquerda do que está no meio com a mão direita do que está à direita dele.
algeme a mão direita do que está no meio com a mão esquerda do que está à esquerda dele.
Policiais já experientes não têm duvidas a respeito que o uso correta das algemas poderá
facilitar o seu serviço, sabem que o seu uso é mais um fator de segurança que se pode contar
e consideram as algemas um outro companheiro.
Hoje é comum conduzir algemados, presos de alta periculosidade ou outros colocados à
disposição da justiça, quando de sua remoção de uma para outra dependência. Evita-se
assim, qualquer tentativa de fuga, com segurança máxima para todos.
Se decidir usar algemas, faça-o de modo correto, procurando obter todas as vantagens desta
técnica, mas cuidado para não ferir alguém desnecessariamente e lembre-se só o treinamento
poderá conduzi-lo à perfeição.
5. CONDUÇÃO DO DETIDO
a)Condução a pé: o agente deverá passar o braço contrário do qual usa sua arma pegando o
pulso ou a corrente da algema e colocando o seu cotovelo de encontro ao cotovelo do detido,
puxando para o seu lado e empurrando para frente, fazendo desta forma uma alavanca.
o agente passa o braço contrário do qual ele usa a sua arma, encaixando o seu ombro sob a
axila do detido e pressionando para baixo.
b)Condução em viatura sem caixa ou descaracterizada:
- o detido jamais deverá ir sentado atrás do banco do motorista e deverá sempre ser
acompanhado por outro agente;
em caso de conduzir dois detidos algemados, deve o agente sentar-se atrás do motorista e os
detidos do seu lado direito algemados com os braços para trás e cruzados, certificando-se de
que as portas encontram-se devidamente travadas.
c)Condução de detido em viatura com caixa / compartimento apropriado: sempre que for
conduzir detido em viatura com ou sem caixa a algemação deve ser feita com as mãos do
detido para trás.
Antes de colocar o detido na caixa verificar se a mesma encontra-se em perfeitas condições
de segurança , se não foi deixado anteriormente por outro detido qualquer objeto que possa
ser usado para empreender fuga ou ataque ao detido que o está conduzindo.
quando chegar ao local de destino, após retirá-lo da caixa, novamente examinar a mesma
para averiguar se o detido não dispensou qualquer objeto pessoal ou que possa ser usado
como prova de crime , tais como : giletes , canivetes, facas, drogas , munição etc...
c) Condução dentro da delegacia:
Quando da movimentação de detido no interior da Delegacia, para que seja ouvido em
cartório, deve ser sempre feito com toda a segurança, usando no mínimo dois agentes. Se o
infrator estiver na cela, nunca deve ser retirado dela sem antes ser algemado com as mãos
para trás. Antes de abrir as grades peça para que o preso aproxime-se e vire com as mãos
nas costas, proceda a algemação e só então abra as grades.
Antes ainda de abrir as agrades o agente deve ordenar que os demais presos posicionem-se
no fundo da cela.
O agente que for algemar o preso não deve estar portando a chave da cela, e sim o agente
que estiver lhe dando apoio.
6. PROGRESSÃO POLICIAL
As escadas são locais considerados como críticos para a progressão do policial, pois nos
deparamos constantemente com curvas e ângulos mortos onde, geralmente, o domínio é do
oponente, que estará acima de nós.
As janelas, segundo estatísticas, são locais onde muito policiais morreram ou foram feridos
por não saberem como progredir. É imprescindível que se evite exposições do corpo frente a
uma janela, mesmo que esta esteja coberta por cortinas, onde a silhueta ficará marcada pela
luz.
Conhecidas como "funil fatal", as portas devem ser transpostas com o máximo de cuidado,
utilizando-se, sempre que possível, espelhos ou técnicas de tomada de ângulo ("Quick Peek" -
ver em Combate em ambientes fechados(CQB). O policial deve lembrar-se sempre de
empurrar a porta até seu limite, evitando desagradáveis surpresas que possam estar por trás.
A transposição de quaisquer obstáculos, como muros e paredes, deve ser rápida e nunca na
posição totalmente em pé, pois é importantíssima a presença de cobertura no momento.
O policial não deve passar por armários, cortinas, camas, biombos ou outros móveis que
possam abrigar uma pessoa, sem antes revistá-los como possíveis esconderijos, o que
possibilitaria um oponente às suas costas.
O primeiro agente público ao chegar ao local deve isolar e preservar o local do crime, para
que os indícios não se deteriorem ou percam-se, por ações de pessoas estranhas aos
acontecimentos delituosos.
Preservar o local de crime é manter o ambiente o mais inalterado possível, ou seja, não mover
ou subtrair objetos de suas posições originais, para que o trabalho do perito seja realizado
com maior segurança, e que o resultado seja positivo na elucidação do fato criminoso, para
melhor instruir o inquérito policial e dar maior credibilidade na respectiva ação penal a ser
instaurada pelo Ministério Público.
Local de Crime
Conceitos básicos referentes a local de crime, embora comuns na linguagem policial, são aqui
retomados para fortalecimento do estudo analítico da preservação.
O entendimento de local de crime é “toda área onde tenha ocorrido um fato que assuma a
configuração de um delito que, portanto, exija as providências da Polícia”.
Como podemos perceber com clareza, a sucessão de locais, com todos os seus vestígios
característicos devem ser preservados com cuidado, pois um simples detalhe poderá levar à
elucidação do crime, que poderá levar todos os envolvidos a serem presos e julgados pelos
seus atos praticados. Preservar é providenciar a sua “interdição rigorosa”, sendo que o exame
do local é tarefa do perito e cabe aos policiais que ali comparecem por primeiro adotar as
providências necessárias para que nada seja alterada até a chegada dos peritos. Embora
existe alteração intencional no local de crime, com a finalidade específica de dificultar a ação
da polícia e do perito, a principal causa da destruição de elementos materiais ainda é a
pessoa que descobriu o fato, os familiares da vítima e os policiais que adotam as primeiras
providências. Cabe, portanto, academias de polícia a tarefa de conscientizá-los quanto a
preservação adequada e completa.
A experiência comprova que os esclarecimentos de um delito estão proporcionalmente
relacionados ao nível de preservação a que foi submetido o local. As alterações que ali
ocorrem muitas vezes, não visam diretamente prejudicar os exames, nem são causados pelo
autor, ou pessoas interessadas em protegê-lo. Isso ocorre, freqüentemente, pela falta de
entrosamento entre os diversos escalões do aparelho oficial. É um guarda de trânsito, um
médico ou um popular querendo ajudar e, inadvertidamente, prejudicando o exame do local. A
responsabilidade pela não alteração do estado das coisas, pela legislação vigente, pertence à
autoridade policial, que deverá tomar as providências necessárias no intuito de preservar o
local do fato, nas mesmas condições em que foi encontrado.
Os exames no local do crime devem ser realizados por peritos, que devem registrar em seus
Laudos as alterações do estado das coisas e discutirão no relatório, as conseqüências destas
alterações na dinâmica do evento. Não esquecendo que o local do evento é o ponto inicial do
que constituirá um dos suportes do inquérito policial, que é a peça administrativa que dará
início a respectiva ação penal.
Um dos maiores problemas encontrados nas perícias em locais onde ocorrem crimes, é a
quase inexistente preocupação das autoridades de isolar e preservar adequadamente o local
da infração penal, de modo a garantir as condições de se realizar um exame pericial da
melhor forma possível. Não existe entre nós, uma cultura e nem uma preocupação sistemática
com esse fator, que é o correto isolamento do local do crime e respectiva preservação dos
vestígios naquele ambiente.
Esses locais de crimes são de interesses puramente teóricos, porém quanto à situação tem
por finalidade determinar a dinâmica do fato ocorrido.
Os locais de crimes são classificados ainda, conforme a sua preservação em:
Preservados, Idôneos ou Não violados: são aqueles em que os locais de crime são mantidos
nas condições originais que foram deixados pelo seu autor envolvido, sem alteração do estado
das coisas, após a prática da infração penal, até a chegada dos peritos.
Não Preservados, Inidôneos ou Violados: são aqueles em que após a prática de uma infração
penal e antes da chegada e assunção dos peritos no local, eles apresentam-se alterados, quer
nas posições originais dos vestígios, quer na subtração ou acréscimos destes, modificado de
qualquer forma o estado das coisas.
Em algumas situações, faz-se necessário à ação da autoridade policial e/ou dos seus agentes
no local de crime o que, em tese, poderia constituir numa não preservação do estado das
coisas como foram encontradas.
Essas situações obrigam a entrada da autoridade policial e seus agentes no local, com vistas
a:
1. Para fazer cessar o fato;
2. Para prestar socorro a vítima;
3. Para fazer a evacuação do local;
4. Para conhecer o fato;
5. Para evitar mal maior.