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4º ANO
DRENAGEM E SANEAMENTO
DISCENTE: DOCENTE:
Lista de Conteúdos
1 Antecedentes da investigação........................................................................................................ 10
2 Introdução ..................................................................................................................................... 13
3.5.1 Declividade.................................................................................................................... 19
4 Metodologia .................................................................................................................................. 24
VUMA, Shezmim Agostinho 3
SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAL
Lista de Figuras
Figura 1 - Delimitação geográfica da área de estudo. ........................................................................... 15
Figure 2 - Representação da secção transversal da sarjeta. ................................................................... 21
Figure 3 - Representação de um sumidouro de lancil ........................................................................... 22
Figure 4 - Representação de uma boca colectora. ................................................................................. 23
Lista de Tabelas
Tabela 1 - Caudais de contribuição em cada sub-bacia......................................................................... 18
Tabela 2 - Dimensões das sarjetas e verificação de velocidade e classificação de regime de
escoamento. ........................................................................................................................................... 20
Tabela 3 - Dimensões da boca colectora de cada sumidouro. ............................................................... 22
Tabela 4 - Determinação dos diâmetros das galerias e os parâmetros de verificação. .......................... 23
Tabela 5 - Cronograma de actividades .................................................................................................. 27
Tabela 6 - Planeamento financeiro das actividades............................................................................... 28
Lista de Símbolos
Resumo
Abstract
This storm drainage project aims to equip the streets Chingodzi neighborhood, specifically in
block 2 of devices capable of collecting and properly conduct the waters that concern them. In
this case, the rainwater drainage network will be scaled in order to eliminate flooding locally
and as well as the superficial erosions furrow, avoiding-interference between the floods and
the traffic of pedestrians and vehicles, and damage the properties of the residents.
1 Antecedentes da investigação
1.1 Introdução
Nos últimos 150 anos, assistiu-se no entanto, um enorme progresso no sector, motivado, em
grande parte, pelos problemas e desafios criados pelo grande aumento populacional
verificado, pelo crescimento industrial, pela concentração das populações nas zonas litorais e
pelo agravamento geral das condições ambientais, em especial da qualidade das águas dos
meios receptores.
Ao longo dos tempos, e até a Idade Moderna, as obras de drenagem não foram consideradas,
em regra, como infra-estruturas necessárias e condicionantes ao desenvolvimento e
ordenamento dos núcleos urbanos.
Maner (1966) refere a actividade da Civilização Mesopotâmica nos anos 2.500 a.C., que
planearam e construíram, designadamente nas cidades de Ur e Babilónia, infra-estruturas de
drenagem e saneamento, incluindo uma espécie de sarjetas e sumidouros que serão
dimensionamento neste projecto, para a recolha de águas pluviais e encaminhamento para os
colectores, posteriormente designados por galerias. Os materiais de construção então
utilizados foram, tipicamente, o tijolo e o asfalto.
No final do século XIX, o uso do betão em colectores de secção circular, com autolimpeza e
sem juntas transversais, constitui também marco relevante. Mas em meados do século XIX, os
engenheiros já tinham consciência da importância da autolimpeza e do declive, para assegurar
menores encargos e problemas com manutenção das redes públicas.
Ente os desafios mais significativos e marcantes para o saneamento da cidade do século XXI
incluem-se os seguintes (Matos et ali, 2001):
Para enfrentar os desafios come êxito, e de forma sustentada, crê-se que se torna
especialmente importante não só investir em novos sistemas e na beneficiação e reabilitação
de sistemas de saneamento existentes, recorrendo a tecnologias e soluções adequadas, mas
investir sobretudo ao nível do conhecimento detalhado e da gestão integrada dos mesmos, por
forma a tirar o máximo partido das respectivas potencialidades e dos recursos investidos.
1.4 Motivação
A iniciativa para se ter escolhido a presente área de estudo, reside no facto de ser um bairro
que não esteja em expansão, donde a maior parte da população senão toda, goza de um
sistema de tratamento de esgoto residual (fossa séptica) em suas próprias residências.
2 Introdução
Será aproveitada tal oportunidade para dar espaço e não interferir tanto nos traçados dos
arruamentos, tendo em consideração aos condicionantes locais (como abastecimento de água,
fornecimento de energia eléctrica, linhas telefónicas, entre outros serviços relacionados).
Apresenta-se neste projecto a solução base duma e única hipótese, dum sistema de drenagem
pluvial, não estando prevista neste projecto o sistema de drenagem residual, isso porque parte-
se do pressuposto de que os moradores do bairro Chingodzi, já dispõem de sistema de
evacuação e tratamento de esgoto residual (por fossas sépticas).
De modo geral a rede será constituída de sarjetas de secção trapezoidal; sumidouros, devendo
estes serem responsáveis por conduzir a água pluvial até as galerias colectoras através de
colectores projectados; caixa de ramal de ligação a rede pluvial enterrada, caixas de ramais
simples (serão o ponto de convergência de apenas dois colectores projectados) e caixas de
ramais com queda guiada de ligação pluvial (deverão ser implantadas em pontos onde se
encontram a junção de três colectores projectados).
2.1 Objectivos
O objectivo geral deste trabalho é propor um sistema de drenagem para evacuar águas da
chuva no quarteirão nº 2, no bairro Chingodzi tendo em conta aspectos técnicos e económicos.
A presente área de estudo foi escolhida porque não dispõe de um sistema de drenagem, além
disso, é um bairro que apresenta quase sempre fenómenos erosão laminar ou por sulcos em
seus arruamentos devido aos eventos da precipitação, tornando tais vias de acesso
intransitáveis, nalgumas situações colocando em causa o saneamento básico do meio. Não
obstaste, encontra-se uma oportunidade impar de sugerir um sistema de drenagem pluvial
capaz de satisfazer a tais inconvenientes, permitindo que haja um mecanismo de evacuação
das águas que se instalam ao redor de lixeiras e acessos marginais.
3 Revisão Bibliográfica
3.1 Introdução
Considerando a curva IDF extrapolada para cidade de Tete, cujos parâmetros são: 𝑎 =
797,38 e 𝑏 = −0,582, os caudais de dimensionamento para a precipitação obtém-se pelo
método racional, por se tratar de pequenas bacias, tendo em conta o coeficiente de
escoamento que é função da ocupação do solo, como zonas com edifícios e de zonas
ajardinadas anexas.
O traçado dos colectores proposto será implantado de modo geral próximo do eixo das vias
sempre se as infra-estruturas existentes permitirem. Ficarão situados no plano interior ao das
condutas de água potável, de modo a evitar possíveis contaminações e sempre que possível
em alguns troços considerar-se-ão ramais pluviais longitudinais duplos laterais pelas bermas
devido a condicionantes técnicas.
As condições de assentamento dos colectores são função das características do terreno, nível
freático, altura do recobrimento, entre outros factores técnicos. Cada situação implica a
adopção de uma solução técnica especifica conforme se indica no desenho tipo; as larguras
das valas de assentamento variam de acordo com a altura media ah soleira do colector.
Este projecto irá dispor de um conjunto de sarjetas ao longo de cada via de acesso, permitindo
deste modo que as águas desagúem em uma galeria na via principal. As sarjetas serão de
secção trapezoidal, donde irão dispor também de bocas colectoras espaçadas uniformemente
ao longo de sua base.
VUMA, Shezmim Agostinho 16
SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAL
O caudal que chegara a cada sarjeta será determinado separadamente para cada sub-bacia
drenante devido a suas especificidades pela seguinte expressão do método racional:
𝑄 = 𝐶𝐼𝐴
Onde:
𝐶 – é o coeficiente de escoamento;
𝐼 – é a intensidade da precipitação; e
o Tempo de concentração;
o Intensidade da precipitação (estima-se através das curvas IDF, extrapoladas da cidade
de Maputo); e
o Coeficiente de escoamento.
0,385
𝐿3
𝑡𝑐 = 57 � �
∆𝐻
Onde:
𝑉𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑑𝑜
𝐶=
𝑉𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑡𝑎𝑑𝑜
Neste projecto, adopta-se 0,85 do coeficiente de escoamento para cada bacia drenante.
Trata-se da medida quantitativa de chuva precipitada sobre uma determinada área num certo
período de tempo. E para o presente caso, de acordo com o Regulamento dos Sistemas
Públicos de Distribuição de Água e Drenagem de Moçambique é na dada por:
𝐼 = 𝑎𝑡 𝑏
Onde:
Nº Sub- I Coef. De
Bacia Tc [min] [mm/h] A [m2] J [m/m] Escoamento Q [m3/s]
1 3.54 382.18 6365.7 0.02308 85% 0.574
2 3.17 407.63 6343.2 0.03077 85% 0.611
3 3.69 372.74 8660 0.03529 85% 0.762
As sarjetas deverão escoar com segurança os caudais previstos em cada sub-bacia drenante, e
encaminha-lo para a respectiva galeria através das bocas colectoras. A sarjeta será em secção
trapezoidal e devera ter uma inclinação mínima entre 0,003𝑚/𝑚 e 0,024𝑚/𝑚 de modo a
garantir um sentido de escoamento das águas e as devidas condições de auto limpeza das
valetas.
Para a determinação das dimensões das sarjetas são necessárias os seguintes parâmetros:
o Declividade; e
o Dimensões do canal.
3.5.1 Declividade
∆𝐻𝑖
𝐽𝑖 =
𝐿𝑖
Onde:
𝑄 = 𝐾𝑠 𝑆𝑅 2/3 𝐽1/2
𝑄
𝑉𝑒𝑠𝑐 =
𝑆
Onde:
𝑉𝑒𝑠𝑐
𝐹𝑟 =
�𝑔𝐻𝑢
Onde:
𝑚
𝑔 – é a aceleração de gravidade (𝑠2 ); e
E segundo Froude, os escoamentos com superfície livre classificam-se das seguintes forma:
Nº Sub- Fr
Bacia Q [L/s] B [m] Hu [m] V [m/s] [adimensional] Classificação
1 574.4 0.3 0.25 3.4 2.17 Regime rápido
2 610.5 0.3 0.25 3.62 2.31 Regime rápido
3 762.1 0.3 0.26 4.25 2.66 Regime rápido
O canal anteriormente calculado comportara uma boca colectora em seu interior, responsável
por descarregar as águas para as galerias. Essas bocas colectoras serão rectangulares e
deverão descarregar sobre a forma de orifícios na base do canal.
Sendo que esta devera escoar o caudal que entra em todas sarjetas, esta secção devera ser
deduzida da equação dos caudais seguinte:
𝑄 = 𝐶𝐴0 �2𝑔𝐸
Onde:
Por sua vez, a equação de energia nos permite achar o caudal que se escoa nos sumidouros,
dada na seguinte forma:
𝑈2
𝐸 = 𝐻𝑢 +
2𝑔
As galerias de águas pluviais deverão garantir um escoamento contínuo das águas das chuvas
durante a ocorrência da cheia de projecto em condições de segurança sem sofrer desgastes
nem ruptura.
Deverão escoar a 85& do diâmetro total, de modo a que esse seja eficiente e garanta um
espaço dos gases na tubulação cerca de 15%.
3
∑𝑛𝑖=1 𝑄 8 𝜃1/4
𝐷 = 3,0844 � � ( )
𝐾𝑠 �𝐽 (𝜃 − sin 𝜃)5/8
Onde:
∑Q D Hu S U Fr
Trecho J [m/m] [m3/s] [mm] [m] [m2] [m/s] [adimensional] Regime
CP-1 0.02342 0.574 500 0.390 0.164 3.496 1.79 rápido
CP-2 0.03089 0.611 500 0.365 0.154 3.972 2.10 rápido
CP-3 0.02960 0.762 600 0.368 0.182 4.190 2.20 rápido
CP-4 0.01573 0.574 600 0.374 0.185 3.100 1.62 rápido
CP-5 0.03202 1.185 700 0.430 0.248 4.786 2.33 rápido
CP-6 0.02711 1.947 800 0.572 0.384 5.064 2.14 rápido
4 Metodologia
Terceiro, com auxilio a equação geral de descarregar por orifícios, calculou-se as dimensões
do sumidouro, sendo este, responsável em receber águas da sarjeta para o colector projectado.
Quinto, com recurso a um editor de texto e com base nos conceitos teóricos adquirido ao
longo das aulas foi possível compilar o trabalho.
5 Resultados Esperados
a) Redução de custos com relação a eventuais obras de manutenção das vias de acesso
após eventos de chuva;
b) Valorização das propriedades existentes na presente área de estudo;
c) Escoamento rápido das águas superficiais, facilitando o transito de pessoas e veículos
por ocasião das precipitações;
d) Eliminação da presença de águas estagnadas;
e) Rebaixamento do lençol freático caso existir;
f) Recuperação das áreas alagadas ou alagáveis;
g) Segurança e conforto aos moradores ou transeunte pela área de projecto.
Em termos genéricos, esta proposta de um sistema de drenagem pluvial faz-se necessária para
criar condições razoáveis de circulação de veículos e pedestres numa área semiurbana, por
ocasião de ocorrência de chuvas, sendo conveniente verificar-se o comportamento do sistema
para chuvas mais intensas, considerando-se os possíveis danos as propriedades.
Uma vez que a bacia do quarteirão nº 2 é constituinte como sub-bacia em toda bacia do bairro
Chingodzi, será necessário adoptar dispositivos de controlo do sistema pluvial. Pois nele se
insere boa parte de contribuição das demais sub-bacias subadjacentes.
7 Cronograma de Actividades
Semanas
Identificação Descrição da actividade 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
A Montagem de estaleiro
B Analise a implementação do projecto
C Movimentos de terra
D Implantação de colectores
E Instalação de caixas de ligação
F Pavimentação das vias de acesso
G Desmontagem de estaleiro
8 Plano Orçamental
Este plano orçamental foi elaborado tendo em conta algumas simplificações no âmbito das
disposições construtivas, onde a fonte de investimento será dada pela iniciativa dos moradores
no quarteirão 2.
9 Referências Bibliográficas