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Trabalho elaborado:
Susana Pinto
Funchal, 2009
ÍDICE
Págs.:
0. ITRODUÇÃO .............................................................................................. 6
1. OBJECTIVOS DO PROJECTO ................................................................ 10
2. RELATORIO DAS ESTRATEGIAS E ACTIVIDADES
DESEVOLVIDAS ..................................................................................... 12
3. REFLEXÃO CRITICA DAS ACTIVIDADES DESEVOLVIDAS ...... 13
3.1 Reflexão Critica das Actividades Desenvolvidas na Consulta de
Enfermagem................................................................................................. 14
4. AUTO-AVALIAÇÃO FACE Á IMPLEMETAÇÃO DO PROJECTO
DE AUTO-FORMAÇÃO ............................................................................ 23
5. BIBLIOGRAFIA .......................................................................................... 24
6. AEXOS ....................................................................................................... 26
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0. ITRODUÇÃO
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No entanto os mesmos autores referenciam que o desenvolvimento ao contrário do
crescimento pode ser difícil de medir, mas o importante é que este aconteça de uma forma
multidimensional, integral e contínua, com padrões únicos de interacção.
No entanto há uma série de factores que estão correlacionados com as experiências
adversas da vida, ligados à família, ao meio ambiente e à sociedade que podem condicionar
a plenitude do desenvolvimento da criança fazendo com que esta apresente alterações no
seu desenvolvimento ou na aquisição de competências nomeadamente a nível Visual,
Auditivo, Fala Linguagem, Autonomia e Cognitivo, pois como nos refere, Bellman, M. et
al (2003), se estes défices ou alterações não forem atendidos em tempo oportuno, podem
deixar sequelas graves ou discapacitar a criança definitivamente.
Muitos casos não se detectam e outros não chegam a ser sinalizados impedindo,
assim, a possibilidade da criança de adquirir competências para se desenvolver
harmoniosamente.
Uma intervenção apropriada ás necessidades da família e da criança constitui uma
estratégia preventiva de cuidados de saúde á criança.
Neste âmbito, ao realizar o meu projecto de autoformação identifiquei como
problema: Desconhecimento dos pais e a pouca abordagem por parte do enfermeiro,
faz com que a criança apresente alterações a nível do seu desenvolvimento.
Desenvolver este projecto, foi para mim um desafio quando me apercebo da
importância que este pode ter a nível da promoção das competências da criança a nível do
seu desenvolvimento, bem como na prevenção dos seus défices como parte integrante do
sucesso da saúde infantil, nomeadamente na idade de 3 e 5 anos.
Pois como nos refere Bellman, M. et al (2003) a promoção da saúde, a avaliação e o
rastreio de possíveis alterações no desenvolvimento infantil não são realidades isoladas e
deverão constituir o foco preferencial a nível da saúde infantil de todos os profissionais,
com intervenções direccionadas á família para que esta possa ficar dotada de competências
para interagir com a que a criança a fim de desenvolver todo o seu potencial.
Papalia, Olds e Feldman (2001), mencionam que na sociedade actual a família é a
célula vital que fortalece o processo de crescimento e desenvolvimento físico, psico,
afectivo e social dos seus membros, sendo nos primeiros anos de vida que esta tem
influência fundamental no desenvolvimento da criança.
Complementando Marques (2000), refere que as estratégias de intervenção devem
começar pelos pais, porque estes são os principais agentes de ensino dos seus filhos, pois
há uma forte evidência que as abordagens educativas adequadas e prolongadas por toda a
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vida, o apoio ás famílias com permanência de serviços adequados podem melhorar o
desenvolvimento e despertar competências na criança.
Assim como futura Enfermeira Especialista em Saúde Infantil e Pediatria e tendo
presente que esta por ser detentora de uma posição privilegiada a nível dos cuidados á
criança/família, considero de grande importância saber intervir precocemente junto da
criança/família, bem como saber identificar os vários factores de risco que poderão afectar
o seu desenvolvimento para que possa accionar acções que visem dotar os pais de
competências para que estes interajam com os seus filhos, de modo a que eles alcancem as \
Esta visão é compartilhada por Coutinho (2004), ao afirmar que os pais mostram
um elevado nível de satisfação com os programas de formação parental, pois proporciona-
lhes a aquisição de conhecimentos levando a que estes alterem as suas crenças,
expectativas e atitudes de praticas parentais que se reflectirão nas experiências, interacções
e competências que a criança alcançará ao longo da vida.
Compartilhando esta opinião Sanders, L. Buckner, E.(2003), referem que as
intervenções de enfermagem, aumenta o conhecimento das mães para que compreendam
melhor os seus filhos e incentiva a aprendizagem sobre o desenvolvimento infantil e são
eficazes pois reforçam o conhecimento e o incentivo das mães na promoção do
desenvolvimento infantil.
Os mesmos autores referem ainda que enfermeiros por se encontrarem numa
posição privilegiada em relação ao atendimento da criança, devem centrar-se em
estratégias pertinentes para trabalhar as famílias, para que estas possam promover cuidados
adequados ás suas crianças, devem de abordar a importância do papel parental na
promoção de competências e da saúde da criança, realizar consultas aos pais, para que
estes compreendam os sinais comportamentais dos filhos para poderem orienta-los.
Desta forma realizar este projecto leva-me a reflectir sobre a importância de
melhorar os meus conhecimentos teórico práticos para intervir junto dos pais, a fim de
minimizar a falta de conhecimento dos pais em relação ás medidas promotoras do
Desenvolvimento Infantil e tentar colmatar algumas alterações a nível do desenvolvimento
esperada para á idade dos três e cinco anos.
Apesar do significado normal do desenvolvimento ser amplo e não ser idêntico para
todas as crianças, quando esta não o obtém em relação a um item do desenvolvimento
considerado para a idade, há que investir e intervir precocemente, porque a intervenção
precoce inclui todas as actividades dirigidas á criança e ao seu ambiente com o objectivo
de criar condições favoráveis ao seu desenvolvimento, (Moor et al 1994).
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Assim todos os Enfermeiros, essencialmente o Enfermeiro Especialista em Saúde
Infantil e Pediatria, enquanto profissionais de saúde e de educação devem ser dotados de
formação científica e técnicas adequadas e actualizadas, aliadas a elevados valores
humanos, para que possam estar ao nível das expectativas de quem em nós confia, pois
actualmente somos confrontados com atempadamente uma situação de problema, pois a
interacção com os pais de forma adequada fomenta as relações parentais eficazes dentro da
realidade que os envolve proporcionado uma melhor compreensão das pais/cuidadores
cada vez mais exigentes sobre o crescimento e desenvolvimento dos filhos e que valorizam
quando são desenvolvidos esforços no sentido de identificar necessidades dos seus filhos
de forma a conduzi-los ao máximo do seu potencial.
Dwarkin, (2001), define vigilância do desenvolvimento como sendo “Um processo
contínuo e flexível através do qual os profissionais, executam uma série de observações
nas crianças durante a consulta. As componentes do processo de vigilância do
desenvolvimento incluem suscitar e prestar atenção às preocupações dos pais, obter uma
história relevante do desenvolvimento, realizar observações informais e precisas das
crianças e partilhar as opiniões e problemas com outros profissionais relevantes neste
contexto”.
A vigilância de saúde da criança e do seu desenvolvimento é um empreendimento
ambicioso que implica grande exigência de recursos, conhecimento e capacidade ajustada
por parte dos enfermeiros para comunicarem com os pais, porque o desenvolvimento da
comunicação entre o enfermeiro e os pais é crucial para o sucesso de qualquer programa de
vigilância de saúde.
O Enfermeiro é um dos profissionais de saúde que está mais em contacto com as
crianças durante os primeiros anos de vida, em que os pais vêem nele um conhecedor não
apenas das doenças das crianças, mas também do seu desenvolvimento e têm presente que
a identificação precoce de crianças com atrasos ou incapacidades de desenvolvimento pode
conduzir a uma rápida intervenção e tratamento, minimizando o seu impacto sobre o
funcionamento da criança e da família, mesmo que os factores de risco na criança e/ou no
seu ambiente possam conduzir a este atraso evitando o isolamento das famílias e
consequente desintegração na comunidade.
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1. OBJECTIVOS DO PROJECTO
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desenvolvimento dos filhos e medidas promotoras do
desenvolvimento adequado á idade;
• Identificar os factores de risco que condicionam a aquisição de
competências/desenvolvimento da criança para poder delinear uma
actuação preventiva;
• Avaliar o desenvolvimento da criança através do Teste de
Desenvolvimento Growing Skill e validar com os pais o
desenvolvimento do seu filho em relação ao que é esperado para a
idade;
• Orientar os pais sobre medidas promotoras do Desenvolvimento
Infantil nas crianças de 3 e 5 anos;
• Realizar intervenções apropriadas ás necessidades da família e da
criança, com estratégias próprias que visem a prevenção de défices a
nível da saúde e desenvolvimento da criança;
• Detectar precocemente os possíveis desvios a nível da saúde da
criança bem como do desenvolvimento que é esperado para a idade;
• Promover atempadamente medidas terapêuticas ou educativas
essenciais para a plena recuperação de possíveis alterações;
• Disponibilizar informação aos pais sobre o desenvolvimento infantil
nas idades de 3 e 5 anos e como o podem promover;
• Realizar formação as equipas de enfermagem, afim de as sensibilizar
sobre a importância da realização das consultas de enfermagem ás
crianças de 3 e 5 anos afim de avaliar e promover o desenvolvimento
infantil e a saúde da criança.
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2. RELATORIO DAS ESTRATEGIAS E ACTIVIDADES DESEVOLVIDAS
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- Elevada multiculturaiedade.
Cada aluno é responsável pelo seu processo de formação e dirigente da sua própria
aprendizagem e toda a formação visa o desenvolvimento de competências nos vários
domínios do conhecimento o que pressupõe que façamos uma reflexão sobre as nossas
acções, pois ao meditarmos iremos compreender a razão da nossa aprendizagem.
Neste contexto, irei descrever e reflectir sobre o modo de como realizava as
consultas de enfermagem, tendo por base a avaliação de quais os possíveis factores de risco
que poderiam estar a influenciar a saúde e o desenvolvimento da criança e quais as
estratégias utilizadas para potencializar esse mesmo Desenvolvimento.
A reflexão sobre o meu desempenho diário permitiu-me consolidar conhecimentos
sobre as competências da criança, bem como estimular a necessidade de pesquisa
atendendo á grandiosidade e à complexidade que é o Desenvolvimento Infantil e no papel
que os pais assumem em relação á sua promoção.
Na tabela seguinte referencio os objectivos específicos e as estratégias
implementadas para os concretizar, bem como exponho uma reflexão critica sobre o
alcance dos mesmos.
Adquirir e aprofundar
conhecimentos/competências Realizar consultas de enfermagem em parceria com a
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na aplicação do Teste de sentido de autoformação.
Growing Skill.
OBJECTIVO ESTRATÉGIA
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desenvolvimento da criança
- Orientar os pais sobre medidas promotoras da saúde e
do desenvolvimento infantil para que estes possam
interagir de forma adequado.
-Disponibilizar informação através da elaboração de um
panfleto aos pais sobre o desenvolvimento esperado para
a idade dos 3 e 5 anos
- Mostrar disponibilidade para esclarecer duvidas e apoio
aos pais.
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forma a influenciar positivamente toda a sua aprendizagem, pois como nos refere Papalia et
al (2001), “Os pais constituem uma importante influencia porque são eles que fornecem á
criança o primeiro ambiente de aprendizagem”.
Comungando da mesma opinião Brazelton & Sparrow (2008), refere que a primeira
e mais importante tarefa de um pai é compreender a criança e observar cada mudança no
seu desenvolvimento.
OBJECTIVO ESTRATÉGIA
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objectivo de se criar condições favoráveis ao seu desenvolvimento, estas actividades
abarcam a estimulação do desenvolvimento, as praticas educacionais e a colaboração de
serviços de apoio á estimulação e correcção de défices do desenvolvimento.
Assim ao realizar as consultas de enfermagem ás crianças de 3 e 5 anos apliquei o
Teste de Desenvolvimento de Growing Skill com o objectivo de avaliar o desenvolvimento
da criança, visto este ser um instrumento fiável e validado e que se encontra integrado no
programa de vigilância de saúde das crianças até aos cinco anos de idade, a aplicação deste
permite identificar o nível de desenvolvimento das crianças em nove áreas de
competências, designadas por:
• Controlo Postural Passivo;
• Controlo Postural Activo;
• Locomotoras;
• Manipulativas;
• Visuais;
• Audição e Linguagem;
• Fala e Linguagem;
• Interacção Social;
• Autonomia Pessoal;
• Cognitivas.
Sendo que nas idades de 3 e 5 anos não se avalia o Controlo Postural Passivo nem o
Controlo Postural Activo.
A aplicação do Teste de Desenvolvimento de Growing Skill, permite uma síntese
gráfica da apreciação do desenvolvimento, que nos proporciona informação sobre se a
criança apresenta um padrão de desenvolvimento normal/adequado e ou necessita de ser
referenciada para avaliação mais detalhada ou para um programa individualizado de
intervenção.
Desta forma aquando a aplicação do teste, fazia uma avaliação das diferentes áreas
do desenvolvimento, tendo sempre em consideração a existência de possíveis factores de
risco que poderiam estar a influenciar a nível do desenvolvimento da criança,
Das consultas de enfermagem que realizei e dos testes de desenvolvimento
aplicados, pude constatar que algumas crianças apresentavam atrasos ou desvios da
normalidade a nível de algumas áreas de competência, em que a evolução variável do
desenvolvimento destas crianças se encontrava relacionado com alguns dos factores citados
anteriormente, nomeadamente:
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- Factores patológicos (patologias auditivas e freio da língua)
- Factores familiares (subestimulação, aspectos culturais, pouca interacção social,
práticas de vocabulário incorrecto).
Assim, em relação ás crianças de 5 anos, pude constatar que algumas apresentavam
alterações a nível do desenvolvimento, sendo as áreas de competências alteradas:
• A aptidão da Fala e Linguagem e consequentemente a sub-área linguagem
expressiva e compressão;
• A aptidão da Manipulação;
• A aptidão da Visão.
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Desta forma pude constatar que alguns pais apresentavam este comportamento, pois
manifestavam alguma ansiedade relativamente ao desenvolvimento do seu filho,
principalmente quando constatavam que ele não realizava alguma aptidão esperada para a
idade, no entanto mostravam-se muito disponíveis e receptivos às orientações/estratégias
sobre como promover o desenvolvimento infantil adequado por mim preconizadas,
verificando-se que o início antecipado da ansiedade é contrabalançado com o inicio de um
processo de apoio e aconselhamento.
Tendo presente que uma moeda tem sempre um reverso pude constatar e revelar aos
pais, após ter aplicado o teste que algumas crianças apresentavam parâmetros de crescimento e
desenvolvimento adequados em relação ao que é esperado para a idade, no entanto este facto
não abdicou que orientasse e esclarece-se os pais sobre medidas promotoras do
desenvolvimento infantil.
Todas as orientações e todo o envolvimento que realizamos com os pais é crucial,
pois dai depende todo o sucesso das intervenções, porque não nos podemos esquecer que são
os pais que estão na grande maior parte do tempo com a criança e são eles que garantem todos
os cuidados que a criança precisa, pois são eles que lidam com os seus filhos.
Assim todos os profissionais de saúde, mas essencialmente os enfermeiros devem
mobilizar esforços no sentido de ultrapassar as barreiras que se constroem entre os pais e
dedicar muita da sua atenção a ouvi-los e a orienta-los, não esquecendo de atribuir
importância aos seus conhecimentos e experiencia, porque ao adoptarmos uma postura
adequada iremos estar a contribuir para o enriquecimento dos seus conhecimentos e para o
sucesso da saúde e do desenvolvimento infantil.
Após realizar a consulta de enfermagem e aplicação do Teste de Growing Skill, era
com grande satisfação que constatava que os pais mostravam grande interesse e avidez de
orientações, bem como disponibilidade para seguirem as orientações e os respectivos
encaminhamentos e que não demonstravam vontade em terminar a consulta, havendo por
vezes consultas que demoravam mais do que 1h30’.
OBJECTIVO ESTRATÉGIA
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idades.
OBJECTIVO ESTRATÉGIA
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pertinente ou necessária formação sobre como realizar a consulta de enfermagem e
aplicação do Teste de Desenvolvimento de Growing Skill ás crianças de 3 e 5 anos.
Das respostas obtidas, tive uma confirmação de 100%, em todos os elementos
referiam alguma dificuldade na realização da consulta e dificuldade acentuada na aplicação
do Teste de Growing Skill, visto não o aplicarem nas consultas que realizavam.
Para que pudesse realizar a formação, duas colegas prontificaram-se a alterar a data
das suas formações, uma vez que o plano de formação já estava elaborado e não havia dia
disponível no período em que se iria realizar o meu estágio, por acharem uma mais valia a
possível aquisição de conhecimentos com a realização da minha formação.
Também a minha enfermeira orientadora, a outra enfermeira especialista de saúde
infantil e pediatria, a enfermeira especialista de saúde comunitária e a enfermeira
especialista de saúde mental acharam de grande pertinência a realização destas formações,
porque a avaliação, o rastreio ou o acompanhamento do desenvolvimento infantil não são
factos isolados, muito pelo o contrario fazem parte do processo de gestão e promoção da
saúde da criança, do qual esta inserido a prevenção de possíveis problemas, a identificação
precoce de problemas e o acompanhamento da criança/família.
Após estar referido a necessidade destas formações, preparei-as e validei os
conhecimentos com a enfermeira orientadora.
Primeiramente foi dado prioridade a formação do Desenvolvimento Infantil da
criança de 5 anos, visto nestas idades haver uma maior adesão dos pais á consulta de
enfermagem, pois nesta idade está preconizado a actualização de vacinação.
Assim, no dia 10/02/2009, realizei a formação das 13h30 ás 14h40,estiveram
presentes todos os elementos de enfermagem com excepção da chefe do serviço que apenas
esteve presente no início da formação, pelo facto de ter agendado uma reunião.
A exposição dos conteúdos foi acompanhada por uma participação activa do grupo
e com o seguimento da aplicação do Teste de Growing Skills em suporte de papel que tinha
sido distribuído inicialmente, não posso deixar de referir que alguns elementos aprestavam
duvidas em relação á aplicação do teste nomeadamente em relação ás áreas que deveriam
ser avaliadas, bem como faziam questões pertinentes em relação ás orientações que
deveriam ser dadas aos pais.
Em relação á formação sobre a Consulta de Enfermagem e o Desenvolvimento
Infantil aos 3 anos, não foi possível realiza-la pelo facto de no mesmo centro de saúde se
encontrar outra colega que tal como eu também tinha como objectivo do seu projecto
realizar formação á equipa de enfermagem.
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Outra das condicionantes á não realização da formação foi ter sido agendado greve
dos enfermeiros e o período de estagio coincidir com o encerramento do centro de saúde no
dia de Carnaval e com a tolerância dada no dia seguinte.
Como forma de ultrapassar esta necessidade sentida pela equipa, disponibilizei-me
para o esclarecimento de dúvidas em relação á consulta e aplicação do teste de
desenvolvimento á criança de 3 anos, bem como foi-me solicitado pela a enfermeira
orientadora e chefe do serviço que deixasse o conteúdo das formações em suporte
informático e em suporte de papel para consulta da equipa de enfermagem.
Desta forma penso que de uma maneira geral consegui atingir o objectivo, visto
antes de terminar o estágio pude constatar que duas colegas com apoio da enfermeira
especialista em saúde infantil e pediatria aplicaram o Teste de Desenvolvimento Growing
Skills a uma criança de 5 anos.
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4. AUTO-AVALIAÇÃO FACE Á IMPLEMETAÇÃO DO PROJECTO DE
AUTOFORMAÇÃO
Por tudo o que expus ao realizar este relatório, considero que apesar da prática
clínica ter sido apenas de quatro semanas, foi com grande satisfação, que constatei que foi
possível implementar o projecto de auto formação sobre as “Competências dos pais para
Promover o Desenvolvimento Infantil adequado nas Crianças dos 3 e 5 anos.”
Faz parte das competências do enfermeiro, mas essencialmente do enfermeiro
especialista de saúde infantil e pediatria, investir na promoção da saúde infantil e da
família, fazendo com que o seu desenvolvimento seja o foco de maior relevância para os
pais, visto ser aquele em que há uma maior interacção para que se transforme em
habilidades e competências tudo o que a criança já traz de forma a lhe proporcionar sucesso
e felicidade no futuro.
Não podemos pensar em prevenir, sem antes estar-mos conscientes que para
prevenir é preciso intervir, porque é através do fornecimento de conhecimentos adequados
que estaremos a promover medidas antecipatórias que visam a mudança/melhoria da saúde
das populações.
Lopes et al (1999), refere que a realização de um projecto permite desenvolver uma
cultura de autonomia, pesquisa e reflexão, o que implica um compromisso de
aprendizagem e permite a operacionalização de competências favorecendo o
desenvolvimento profissional/pessoal de cada enfermeiro.
A execução deste projecto, bem como a sua implementação para mim foi benéfica
no sentido de sendo a família a célula base da sociedade, as intervenções de enfermagem
dentro das estratégias que visam a promoção do desenvolvimento infantil é permeada pela
construção de uma pratica que promove o envolvimento dos pais no cuidar dos seus filhos
e que os assiste a nível das competências e sensibilização para que estes estejam despertos
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sobre a importância de um bom desenvolvimento adequado ás suas idades, pois como nos
referência, Gomes Pedro (2005) “Há uma parte de nós que nos chega através da evolução, e
que é transmitida pelo Genoma e há uma outra que é transmitida pelo aculturamento que é
resultado da acção dos pais, da escola e da sociedade que está inserida numa cultura
especifica”.
5. BIBLIOGRAFIA
24
Coutinho, M. (2004). Apoio à família e formação parental. [10/07/08]
URLhttp://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?pid=S087082312004000100006&script=s
ci_arttext.
25
Enfermagem, Lisboa, (2ª série) nº 9
6. AEXOS
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