Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Vetores
∎
Definição: Dois segmentos orientados ̅̅̅̅
𝐴𝐵 e ̅̅̅̅
𝐶𝐷 são coincidentes se possuem os mesmos pontos
inicial e final. ̅̅̅̅
𝐴𝐵 e ̅̅̅̅
𝐶𝐷 são opostos se ̅̅̅̅
𝐴𝐵 = ̅̅̅̅
𝐷𝐶 . O segmento orientado ̅̅̅̅
𝐴𝐵 é dito nulo se
𝐴 = 𝐵.
̅̅̅̅ = 𝐶𝐷
Exemplo 3: Se 𝐴 = (−2, 4, 8), 𝐵 = (1, 0, −3), 𝐶 = (−2, 4, 8) e 𝐷 = (1, 0, −3) então 𝐴𝐵 ̅̅̅̅
̅̅̅̅ e 𝐶𝐷
Definição: Dois segmentos orientados 𝐴𝐵 ̅̅̅̅, não nulos, tem a mesma direção se estão
situados sobre retas suportes paralelas ou coincidentes. Nesse caso podemos comparar seus
sentidos.
Exemplo 6: Observe as figuras a seguir. Na primeira delas temos segmentos orientados com
mesma direção, mas sentidos opostos, pois estão sobre retas suportes paralelas e apontam para
lados diferentes. Na segunda os segmentos estão sobre retas concorrentes, o que nos permite
afirmar que não possuem mesma direção e nos impossibilita de comparar seus sentidos.
∎
Exemplo 7: Os segmentos que encontramos na imagem têm mesma direção e sentido. Veja que
ambos estão sobre a mesma reta suporte e apontam para o mesmo lado.
Exemplo 8: Os segmentos orientados vistos nas figuras são todos equipolentes entre si, pois
todos possuem mesma direção, sentido e comprimento.
∎
Observação: Consideramos todos os segmentos nulos equipolentes.
Propriedades da Equipolência
1. Reflexiva: ̅̅̅̅ ̅̅̅̅
𝐴𝐵 ~𝐴𝐵
2. Simétrica: Se ̅̅̅̅
𝐴𝐵~𝐶𝐷̅̅̅̅ então ̅̅̅̅
𝐶𝐷~𝐴𝐵̅̅̅̅.
3. Transitiva: Se ̅̅̅̅
𝐴𝐵~𝐶𝐷̅̅̅̅ e ̅̅̅̅
𝐶𝐷~𝑃𝑄̅̅̅̅, então ̅̅̅̅ ̅̅̅̅.
𝐴𝐵 ~𝑃𝑄
4. Se ̅̅̅̅
𝐴𝐵~𝐶𝐷̅̅̅̅ então ̅̅̅̅
𝐵𝐴~𝐷𝐶̅̅̅̅ .
5. Se ̅̅̅̅
𝐴𝐵~𝐶𝐷̅̅̅̅ então ̅̅̅̅ ̅̅̅̅ (Paralelogramo)
𝐴𝐶 ~𝐵𝐷
6. Dado um segmento orientado ̅̅̅̅
𝐴𝐵 e um ponto qualquer 𝐶, existe um único ponto 𝐷 tal que
̅̅̅̅
𝐴𝐵~𝐶𝐷̅̅̅̅.
Propriedade 4 Propriedade 5
Propriedade 6
Definição: Toda relação que satisfaz as três propriedades reflexiva, simétrica e transitiva é
chamada relação de equivalência.
Definição: Chama-se vetor determinado por um segmento orientado ̅̅̅̅
𝐴𝐵 ao conjunto de todos
̅̅̅̅. Denotamos por 𝐴𝐵
os segmentos equipolentes a 𝐴𝐵 ⃗⃗⃗⃗⃗ .
Exemplo 9: Abaixo estão representados os vetores 〈−2, 3〉 e 〈1, 3, 4〉. Ambos têm ponto inicial
na origem e extremidade no ponto cujas coordenadas são as componentes dos vetores.
Exemplo 11: Veja o segmento orientado abaixo. Se considerarmos que ele representa o vetor 𝑎
então para sabermos suas componentes devemos considerar um representante deste vetor que
tenha ponto inicial na origem do sistema. Assim, as componentes de 𝑎 são 〈3, 1〉.
∎
Definição: O comprimento de um vetor bidimensional 𝑎 = 〈𝑎1 , 𝑎2 〉 é
‖𝑎 ‖ = √𝑎12 + 𝑎22
Aqui apresentamos alguns casos de somas de vetores onde o ponto inicial do segundo
coincide com o ponto final do primeiro.
Direções distintas
Em seguida temos ilustrações de como é feita a soma de vetores com direções distintas
usando os dois representantes com o mesmo ponto inicial.
∎
Definição: Se 𝑐 é um escalar e 𝑎 é um vetor então a multiplicação por escalar 𝑐𝑎 é o vetor cujo
comprimento é |𝑐| vezes o comprimento de 𝑎 e cuja direção e sentido são os mesmos de 𝑎 se
𝑐 > 0 e mesma direção e sentido contrário a 𝑎 se 𝑐 < 0. Se 𝑐 = 0 ou 𝑎 = ⃗0, então 𝑐𝑎 = ⃗0.
Exemplo 14: Considere o vetor 𝑎 = 〈3, −4〉. Calculando seu comprimento vemos que
‖𝑎‖ = √32 + (−4)2 = √9 + 16 = √25 = 5.
Ao multiplicamos 𝑎 por 2 encontramos um vetor com mesma direção, sentido e com
comprimento igual a duas vezes o comprimento de 𝑎. A multiplicação pelo escalar −1 provoca
uma mudança no sentido do vetor 𝑎, mas mantém a direção e o comprimento, uma vez que
|−1| = 1 > 0.
⃗⃗⃗⃗⃗
Recordemos que se 𝐴 = (𝑥1 , 𝑦1 , 𝑧1 ) e 𝐵 = (𝑥2 , 𝑦2 , 𝑧2 ) então um representante de 𝐴𝐵
tem componentes 〈𝑥2 − 𝑥1 , 𝑦2 − 𝑦1 , 𝑧2 − 𝑧1 〉. Agora observe que um representante do vetor
oposto a ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐴𝐵 terá componentes
〈𝑥1 − 𝑥2 , 𝑦1 − 𝑦2 , 𝑧1 − 𝑧2 〉 = 〈−(𝑥2 − 𝑥1 ), −(𝑦2 − 𝑦1 ), −( 𝑧2 − 𝑧1 )〉
= −〈𝑥2 − 𝑥1 , 𝑦2 − 𝑦1 , 𝑧2 − 𝑧1 〉.
Ou seja, o vetor oposto a ⃗⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗⃗⃗⃗ . Usando esta notação definimos a
𝐴𝐵 pode ser escrito como −𝐴𝐵
subtração de vetores como
𝑎 − 𝑏⃗ = 𝑎 + (−𝑏⃗).
3. 𝑎 + ⃗0 = 𝑎
4. 𝑎 + (−𝑎) = ⃗0
5. 𝑚(𝑎 + 𝑏⃗) = 𝑚𝑎 + 𝑚𝑏⃗
6. (𝑚 + 𝑛)𝑎 = 𝑚𝑎 + 𝑛𝑎
7. (𝑚𝑛)𝑎 = 𝑚(𝑛𝑎)
Essa importância vem do fato de que qualquer vetor desse espaço pode ser facilmente
escrito como uma combinação (linear) desses vetores.
𝑎 = 〈𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 〉 = 𝑎1 〈1, 0, 0〉 + 𝑎2 〈0, 1, 0〉 + 𝑎3 〈0, 0, 1〉 = 𝑎1 𝑖 + 𝑎2 𝑗 + 𝑎3 𝑘⃗.
Por vezes é favorável lidarmos com vetores cujo módulo (comprimento) é 1. A eles
⃗ conseguimos um versor com mesma direção e
damos o nome de versor. Em geral, se 𝑎 ≠ 0
sentido tomando
𝑎
𝑢
⃗ = .
‖𝑎‖
1
De fato, como 𝑐 = ‖𝑎⃗ ‖
> 0 sabemos que ‖𝑢
⃗ ‖ será igual a 𝑐 multiplicado por ‖𝑎‖. Logo,
1
‖𝑢
⃗ ‖ = 𝑐‖𝑎 ‖ = ∙ ‖𝑎‖ = 1.
‖𝑎‖
Texto baseado em
STEWART, J., Cálculo, V.2. Ed. Thomson Pioneira, 2010.
DUARTE FILHO, J. C.; FAVARETTO, M. S., Cálculo Vetorial e Geometria Analítica. Departamento de Matemática-
UFPB. (Apostila)