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REPÚBLICA DE ANGOLA

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE PORTO AMBOIM


(Aprovado por Decreto Presidencial nº168/2012, Diário da República nº 141-1ª Série, de 24 de Julho)
Telefone nº 943097652

ANTEPROJECTO PARA ELABORAÇÃO DO TRABALHO DO FIM DE CURSO


PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADA EM DIREITO

A PROTECÇÃO DO DIREITO DE PROPRIEDADE SEGUNDO O DIREITO


PENAL ANGOLANO. ESTUDO DE CAMPO NO MUMICÍPIO DO SUMBE,
PROVÍNCIA DO CUANZA SUL

REALIZADO POR: CLÉLIA DE FÁTIMA FERNANDO ANTÓNIO


ORIENTADOR: LIC. DOMINGOS MONTEIRO LUBANGE
CURSO: DIREITO

PORTO AMBOIM, AGOSTO DE 2020

Registado sob o nº._____________


CLÉLIA DE FÁTIMA FERNANDO ANTÓNIO

A PROTECÇÃO DO DIREITO DE PROPRIEDADE SEGUNDO O DIREITO


PENAL ANGOLANO. ESTUDO DE CAMPO NO MUMICÍPIO DO SUMBE,
PROVÍNCIA DO CUANZA SUL

ANTEPROJECTO DO TRABALHO DE FIM DO CURSO PARA OBTENÇÃO


DO GRAU DE LICENCIADA EM DIREITO

ORIENTADOR: LIC. DOMINGOS MONTEIRO LUBANGE

PORTO AMBOIM, AGOSTO DE 2020

CLÉLIA DE FÁTIMA FERNANDO ANTÓNIO


TÍTULO DO TRABALHO: A PROTECÇÃO DO DIREITO DE PROPRIEDADE
SEGUNDO O DIREITO PENAL ANGOLANO. ESTUDO DE CAMPO NO
MUMICÍPIO DO SUMBE, PROVÍNCIA DO CUANZA SUL

Trabalho de Fim de Curso submetido ao Júri examinador designado pelo Núcleo de


Licenciatura em Direito do Instituto Superior Politécnico de Porto Amboim, ISUP, como pré-
requisito para a obtenção de título de Licenciada em Direito.

Aprovado em ___ de ___________ de 20____

Por:
_______________________________
Orientador: Lic. Domingos Monteiro Lubange

_________________________________
Professor Lic.Walter Sebastião, Coordenador do Núcleo de Licenciatura
CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1. FUNDAMENTAÇÃO DO PROBLEMA

O presente trabalho tem como tema A PROTECÇÃO DO DIREITO DE


PROPRIEDADE SEGUNDO O DIREITO PENAL ANGOLANO.

No desenvolvimento da sua vida o homem serviu-se das coias, utilizando-as para


satisfazer as suas necessidades e para conseguir atingir os seus fins. O homem tem
necessidade óbvia de se servir das coisas como condição pela da sua sobrevivência e pelo seu
progresso. A detenção, o uso e a disposição das coisas permitem ao homem satisfazer
necessidades fundamentais ou secundarias, potencia a sua possibilidade real de se propor à
determinadas finalidades e escolher entre várias vias para a realização dos seus fins. Assim o
domínio e o uso das coisas permitem ao homem talhar para si um espaço, maior ou menor de
liberdade. Construindo através da utilização dos meios materiais ou não que fomentam a sua
propriedade vantagens acessos, outros direitos em fim, de graus para alcançar os seus
objectivos.

O Direito de Propriedade a luz da constituição da República de Angola enquadra-se


como um bem jurídico fundamental por esta razão é digno de tutela penal.

Inicialmente apresenta-se a Génese do termo propriedade, fazendo a lusão da sua aplicação


em vários idiomas como o Inglês, Francês, Espanhol e Latim, de seguida é apresentada as
várias Acepções da expressão Propriedade com maior realce a sua aplicação relacionada com
as várias áreas do saber como a história, a filosofia e economia. A Concepção Constitucional
da Propriedade compreende um sentido mais lacto do que o sentido técnico do Direito de
Propriedade no direito civil, de uma forma geral, pode dizer-se que, no sentido constitucional
do termo, entende-se por Propriedade a titularidade de um Direito Patrimonial.

A essência do direito de propriedade é disputada por duas teorias, nomeadamente: a Teoria de


Pertença de cariz qualitativo, e a Teoria do Senhorio ou do Domínio, que apresenta feição
quantitativa, A Teoria de Pertença determina que o Direito de propriedade se verifica numa
situação de pertença de certa coisa a uma pessoa, criando-se assim uma relação de
subordinação da coisa ao titular do direito. Esta teoria foi criticada por criar uma identificação
entre as noções de titularidade e de propriedade. Na Teoria do Domínio diz-se quantitativa,
porquanto ela identifica o direito de propriedade como o mais vasto direito sobre uma coisa,
que assim fica sujeita internamente ao titular do direito. Esta Teoria foi a mais seguida pelos
diversos doutrinários.

Uma perspectiva antropológica moderna sustenta que o homem é um ser naturalmente inacabado, uma
criatura de gestão incompleta que nasce prematuramente, carece de um equipamento instintivo que o
oriente e permita encontrar um rumo de acção no meio em que se integra. Vide- Santo Justo –
Introdução Ao Estudo de Direito. Pg 17.

O Conceito do Direito de Propriedade aqui trazido é de Menezes Cordeiro que o


definiu em sentido amplo como sendo, “o conjunto dos direitos patrimoniais privados”, e em
sentido restrito pode ser definido “como a permissão normativa plena e exclusiva de
aproveitamento de uma coisa corpórea”. O Código Civil Angolano, não define o Direito de
propriedade, mas trás o objecto de propriedade no corpo do seu artigo 1302º podem ser
objecto de Direito de Propriedade, as coisas corpóreas, móveis e imóveis, e trás o seu
conteúdo nos termos do artigo 1305º considera-se “o proprietário goza de modo pleno e
exclusivo dos direitos de uso, fruição e disposição das coisas que pertencem, dentro dos
limites da lei e com observância das restrições por ela impostas”.

Em seguida apresentamos o conceito e objecto do Direito Penal, bem como a


importância que este Ramo do Direito releva para intervenção nos crimes contra a
Propriedade.

O Direito Penal aparece-nos já como um sistema de normas jurídicas que definem os


actos que constituem infracção criminal, determina as situações de perigosidade criminal e
estabelece as penas e as medidas de segurança correspondentes, ou seja, um conjunto de
normas jurídicas que fixam os pressupostos da aplicação das penas e das medidas de
segurança. Tem como objecto o estudo do crime, das penas, das situações ou estados de
perigosidade e das medidas de segurança.

O Direito Penal como o direito do último ratio só é aplicável em situações em que


outros ramos do direito não conseguem dar resposta. Apesar do Direito de Propriedade ser
abordado com maior amplitude no Direito Civil, não seria conveniente prescindir a
intervenção do Direito Penal, pois o Bem Jurídico (Propriedade) não pode ser defendido
eficazmente apenas pelas normas do direito civil, e em função disso o escopo da investigação
prevê mostrar de que forma o Direito Penal tutela o Direito de Propriedade.

Ademais e entrando para o ponto essencial da nossa investigação, a questão fulcral


colocada é exactamente como o Direito Penal protege o Direito de Propriedade? A forma
mais rápida de responder a questão supradita consiste em apresentar de acordo com a
descriminação no Código Penal a sistematização dos crimes contra a propriedade dos quais
destacam-se o crime de roubo, o crime de furto, o crime de burla e o crime de abuso de
confiança.

Visto que para sancionar ou penalizar o infractor, criminosos ou qualquer agente que
assume um comportamento inadequado ou comete um crime, tem que se obedecer a
determinados procedimentos, pelo que se busca no Terceiro Capítulo deste trabalho elucidar o
procedimento criminal nos crimes contra propriedade, recorrendo às normas do Decreto-lei nº
35007 de 13 de Outubro de 1945, que regula o princípio da Oficialidade.

Vale dizer que a instrução do processo é a actividade que tem por fim verificar a
existência das infracções, determinar os seus agentes e averiguar a sua responsabilidade,
incumbindo-se ao Ministério Público como se pode conferir no artigo 12º e 14º ambos do
Decreto-lei nº 35 007, de 13 de Outubro de 1945, segundo o qual a iniciativa ou o impulso
processual é da competência de um órgão oficial do Estado neste caso pretende-se que seja o
Ministério Público.

O actual Código Penal, quanto à questão do procedimento nos crimes contra a


propriedade é omisso, facto que levou a levantar e mostrar o conteúdo do Anteprojecto do
Novo Código Penal Angolano.

Abordagem do tema em questão mostra os resultados da pesquisa, que consistiu na


apresentação das respostas dos inquiridos e análise e discussão dos resultados.

1.2. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Neste contexto dos estudos empíricos realizados a fim de se inverter a situação


procuramos analisá-lo junto da Procuradoria-Geral da República nos Serviços de Investigação
Criminal do Comando Provincial da Polícia Nacional do Cuanza-Sul mais concretamente no
Município do Sumbe. Escolhemos este Órgão de investigação, em virtude de ser um Campo
com competência para interrogar os delinquentes que sejam indiciados nos crimes contra a
Propriedade também por se tratar de um Órgão do Estado com competência para fiscalizar a
Lei e garantir a protecção dos direitos dos cidadãos, dada as exigência da sociedade actual, e
que necessita efectivamente de aplicar as normas do Direito penal nos crimes desta natureza e
não só.

Com a actual situação financeira que o país tem enfrentado como a criminalidade,
onde todos correm o risco, inclusive os próprios bens tem aumentado cada vez mais; apesar
do reduzido número no quadro de Magistrados Juntos das Divisões da Polícia Nacional, estes
têm feito todo possível para garantir a aplicação da Lei definindo as penas e medidas de
seguranças necessárias a Cautelar os crimes. Pois carece de uma imprescindível e profunda
investigação com provas contra o acusado, onde a informação deve ser credível.

São vários os problemas que se levantam em torno dos crimes contra propriedade.
Assim procuramos saber que medidas devem ser tomar para diminuir a prática de actos que
lesem a propriedade?

1.3. OBJECTO DE ESTUDO

Neste âmbito o objecto de investigação do trabalho refere-se na Protecção do Direito


de Propriedade em sede do Direito Penal Angolano.

1.4. CAMPO DE ACÇÃO

Como campo de acção temos o processo de responsabilização criminal por violação do


Direito de Propriedade, com apoio no Direito Penal e Direito Processual Penal.

1.5. OBJECTIVO GERAL

Desta feita o objectivo geral do presente trabalho é Analisar a Protecção do Direito de


Propriedade em sede do Direito penal Angolano.

1.6. PERGUNTA CIENTÍFICA

Para alcançar o objectivo principal elaborou-se a seguinte pergunta científica:

 Como o Direito Penal Protege o Direito de Propriedade a luz do ordenamento


jurídico Angolano?
1.7. TAREFAS CIÊNTÍFICAS

Para a presente investigação, formulamos duas Tarefas científicas como resposta à questão
fundamental:

1 – Identificar as causas de violação ao Direito de Propriedade no Município do


Sumbe, Província do Cuanza Sul.

2 – Enumerar os principais crimes contra a Propriedade.

3- Propor medidas para combater a violação ao Direito de Propriedade no Município


do Sumbe, Província do Cuanza Sul.

1.8. MÉTODOS E TÉCNICAS POR UTILIZAR

Relativamente ao modo de investigação, o estudo obedeceu ao modo de investigação


descritivo, tendo em conta que, visa demonstrar o problema na sua forma minuciosa para
chegar a uma real descrição profunda do mesmo, dando assim, uma hipótese do caso em
concreto. O tema em estudo obedeceu a uma pesquisa exploratória visto que o objectivo é o
de proporcionar maior familiaridade com o problema em análise, com vista a torná-la mais
explícito, considerando que a pesquisa envolve elementos bibliográficos.

No entanto, serão utilizados os seguintes métodos:

O analítico-sintético que permita perceber a essência do problema de investigação que


confronta o diagnóstico do estado atual ao nível da segurança através da recolha de dados. O
uso do método sintético facilita a interpretação e redução dos dados para traçar as
generalizações e novos pontos de vista.

O indutivo-dedutivo possibilita estabelecer as generalizações, raciocínios para explicar e


solucionar problemas expostos às visitas, complementando-se mutuamente no processo de
desenvolvimento do conhecimento científico.

O método histórico - lógico permite a análise da trajetória evolutiva da fundamentação


teórica da investigação.

ESTRUTURA DO TRABALHO

A Introdução,como ponto de partida da pesquisa, trazendo o tema e sua abordagem, bem


como a metodologia utilizada;
O trabalho está organizado em três capítulos:

O primeiro capítulo está dedicado ao enquadramento teórico da temática, pelo que


apresenta-se a Génese do termo propriedade, o conceito de Propriedade, as características da
propriedade, frisa-se a essência da propriedade, a noção e objecto do Direito Penal, o
princípio da subsidiariedade bem como a Propriedade como Bem Jurídico de tutela Penal:

1. – Génesi do termo Propriedade

1.1 - As várias Acepções do termo propriedade


1.2 - A concepção constitucional da propriedade
1.3 - A concepção Jus Civilista de Propriedade
1.4 - Essência do Direito de Propriedade
1.5 - Conceito da Propriedade
1.6 - Conteúdo do Direito de Propriedade
1.7 - Características da Propriedade
1.8 - Objecto do Direito Penal
1.7 - Noção de Direito Penal
1.9 - A Propriedade como Bem Jurídico de Tutela Penal.
1.10 - Princípio da Subsidiariedade

O segundo capítulo refere-se à metodologia utilizada para elaboração e conclusão do


presente trabalho.

O terceiro capítulo apresenta os resultados da pesquisa, que consistirá na apresentação


das respostas dos inquiridos e análise e discussão dos resultados, a aplicação prática do tema
bem como, os resultados de pesquiza que constitui na apresentação das respostas dos
inqueridos e análise e discussão dos resultados. Outrossim apresenta as análises conclusivas
tendo em conta os dados bibliográficos e os resultados dos instrumentos utilizados, seguida de
sugestões para eventuais trabalhos futuros e de recomendações.
BIBLIOGRAFIA A UTILIZAR

Angola. Constituição, 2010. Constituição da República de Angola.

Código Civil Angolano – Edição Académica e 1ª Edição.

Código penal Angolano – Edição Académica e 1ª Edição.

Cruz Rui - Manual de Direito Romano.

Dias de Figueiredo Jorge – Comentário Conimbricense do Código Penal; Coimbra Editora.

Dias de Figueiredo Jorge – Direito Penal; Parte Geral; 2ª Edição, Coimbra Editora.

Fernandes Carvalho, A Luís, Lições de Direitos Reais.

Justo Santo. A, Introdução ao Estudo de Direito.

Marques Vicente António – Código de Processo Penal Angolano. Polis Editores.

Prata Ana, Dicionário Jurídico; 4ª Edição.

Ramos Grandão A. Vasco – Direito Processual Penal; Noções Fundamentais, Edição Ler e
Escrever.

Rodrigue O. (2003) – Apontamentos de Direito Penal; Luanda.

Silva, C. (2004). Teoria Geral do Direito Civil; Edição da Faculdade de Direito da UAN
2004.

Site: www.FDuni/Docentesdocs/ma/CFA.
Vieira Alberto José, Direitos Reais.

Vieira Alberto José, Manual de Direitos Reais de Angola; Editora Coimbra.

www. Wikipédia, a enciclopédia livre

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