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ALUMÍNIO E SUAS LIGAS
INTRODUÇÃO
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TIPOS DE LIGAS
Cobre (Cu);
Magnésio (Mg);
Silício (Si);
Manganês (Mn) e
Zinco (Zn).
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PRODUÇÃO DO ALUMÍNIO:
Redução:
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ataca o carbono, e forma CO e CO2. O alumínio fundido é periodicamente
liberado pelas células e tratado no estado fundido, o que promove a remoção
do excesso de óxido e de outros gases. A célula de liberação do alumínio
geralmente contém 99,5 a 99,9% de alumínio, tendo, como impurezas,
principalmente, ferro e silício.
A Figura abaixo mostra a célula eletrolítica usada para a produção de
alumínio.
TRATAMENTO TÉRMICO
Homogeneização;
Solubilização/Envelhecimento;
Recozimento Pleno;
Recozimento Parcial;
Estabilização.
HOMOGENEIZAÇÃO
É realizado em temperaturas ao redor de 500ºC – dependendo da liga – e
tem a função de remover ou reduzir as segregações, produzir estruturas
estáveis e controlar certas características metalúrgicas, como propriedades
mecânicas, tamanho de grão, estampabilidade, entre outras. Na laminação a
quente, este tratamento pode ser executado concomitantemente ao
aquecimento das placas.
A Figura abaixo mostra esquematicamente o efeito da homogeneização
na microestrutura de uma liga de alumínio com precipitados de uma fase nos
contornos de grão.
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SOLUBILIZAÇÃO / ENVELHECIMENTO
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posterior para corrigir distorções não previstas que possam ocorrer durante o
resfriamento. Porém, preferencialmente, a conformação deve ser feita
imediatamente após o tratamento de solução, antes do envelhecimento.
Quando esta conciliação for difícil, é possível retardar o envelhecimento
mantendo os componentes resfriados. Essa técnica é freqüentemente aplicada
em rebites para a indústria de aviação.
CURVAS DE ENVELHECIMENTO
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SUPERENVELHECIMENTO
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(coalescimento) e tornam-se incoerentes, diminuindo a resistência mecânica.
Isto está mostrado esquematicamente na Figura abaixo.
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RECOZIMENTO PLENO
O recozimento pleno é um tratamento térmico em que se obtém as condições
de plasticidade máxima do metal (têmpera O), correspondendo a uma
recristalização total do material. O processo é o seguinte:
O metal deformado a frio é aquecido, geralmente na faixa de
350°C, suficientemente para permitir o seu rearranjo numa nova
configuração cristalina não deformada;
RECOZIMENTO PARCIAL
Este tipo de tratamento térmico corresponde a uma recristalização parcial
do material, permitindo a obtenção de têmperas com alongamentos maiores.
Esse processo favorece, em alguns casos, o processo de estampagem,
conferindo ao produto final uma maior resistência mecânica. Pode ser realizado
entre as temperaturas de 200°C a 280°C, dependendo da porcentagem de
redução aplicada na laminação a frio.
ESTABILIZAÇÃO
Nas ligas Al-Mg (série 5XXX), após alguns dias à temperatura ambiente,
ocorre uma perda de propriedades mecânicas do material deformado a frio.
Trata-se de um processo de recuperação. Para contornar esse inconveniente,
aquece-se o material em temperaturas ao redor de 150ºC para acelerar a
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recuperação (têmperas H3X). Este tratamento alivia a tensão residual dos
materiais encruados e aumenta a resistência à corrosão das ligas de AlMg.
NOMENCLATURA
As ligas de alumínio, segundo a Aluminum Association (AA), são
divididas nas nove classes a seguir:
6xxx: Ligas de Al-Mg-Si, tendo como resultado a fase Mg2Si o que tornará
possível o tratamento térmico de solubilização e envelhecimento. Não são tão
resistentes quanto as das classes 2xxx e 7xxx, porém são utilizadas na
fabricação de bicicletas, pois podem ser soldadas.
7xxx: Ligas de Al-Zn. Dos tratamentos térmicos, resultam os mais altos índices
de resistência mecânica e tenacidade. Ampla aplicação no setor aeronáutico.
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possuem significado numérico, apenas identificam diferentes ligas do mesmo
grupo (número seqüencial) O segundo dígito indica modificações no limite de
impurezas ou a adição de elementos de liga.
Ligas experimentais também utilizam este sistema de classificação,
porém, são indicadas pelo prefixo X.
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o T6 – produtos solubilizados e envelhecidos artificialmente.
o T7 - produtos solubilizados e superenvelhecidos ou estabilizados.
o T8 – produtos solubilizados, encruados e envelhecidos
artificialmente.
o T9 – produtos solubilizados, envelhecidos artificialmente e
encruados.
o T10 – produtos resfriados a partir da temperatura de conformação
mecânica a quente, encruados e artificialmente.
SÉRIE 1XXX
Alumínio comercialmente puro, não ligado, com pureza igual ou superior à 99%
de Al. Fe e Si são as principais impurezas. As ligas da série 1000 são
caracterizadas pela excelente resistência à corrosão, alta condutibilidade
térmica e elétrica, baixa resistência mecânica e elevada ductilidade.
Um aumento moderado na resistência mecânica pode ser obtido por meio de
encruamento.
Aplicações:
SÉRIE 2XXX
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Aplicações:
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ENDURECIMENTO POR PRECIPITAÇÃO DA LIGA ALUMÍNIO-COBRE
TRATADA TERMICAMANTE.
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3. Envelhecida artificialmente entre as temperatura de 130 à 1900C (em estufa).
EVOLUÇÃO DA MICROESTRUTURA
-tempo de envelhecimento
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As ligas alumínio-cobre trabalháveis mais importantes, em uso atualmente, são
as ligas 2025, 2219 e 2011.
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A liga 2219, introduzida em 1954, contém 6,3% Cu, 0,3% Mn, 0,25% Zr,
0,1% V e 0,06% Ti. Esta liga tem um grande alcance de resistência (25 a 69
ksi), boa soldabilidade, boa resistência a corrosão sob tensão e excelentes
propriedades a elevadas temperaturas para uma liga de alumínio. A estrutura
da liga 2219 nas condições de endurecimento por envelhecimento é mostrada
na figura abaixo e consiste essencialmente de precipitados.
LIGAS DE ALUMÍNIO-COBRE-MAGNÉSIO:
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composições químicas e aplicações típicas para as mais importantes ligas de
Al-Cu-Mg.
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As propriedades mecânicas das ligas Al-Cu-Mg trabalhadas mais
comuns são listadas na tabela seguinte.
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As propriedades das ligas Al-Cu-Mg trabalhadas e tratadas
termicamente são grandemente afetadas pela temperatura de solubilização,
como ilustrado pelas propriedades de resistência de endurecimento por
precipitação da liga 2014 no tratamento T4 e T6, conforme figura abaixo.
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o tratamento térmico normalmente praticado a nível comercial é solubilização a
uma temperatura 5°C mais baixo que o menor ponto de fusão eutético.
A taxa e quantidade de endurecimento por precipitação podem ser
significantemente acrescidas em algumas ligas pelo trabalho a frio depois de
resfriado, ao passo que, em algumas outras ligas pouco ou nenhum
endurecimento é notado.O efeito do trabalho a frio entre resfriamento e
envelhecimento das propriedades de resistência sob tensão da liga 2024 é
mostrado abaixo. A liga 2024-T6 tem tensão de escoamento de 57 ksi, mas
com 6% de trabalho a frio introduzido entre resfriamento e envelhecimento a
tensão de escoamento será elevada a 71 ksi.
SÉRIE 3XXX
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Aplicações:
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A adição de 1,2% Mn no alumínio comercial puro (0,6% Fe e 0,2% Si)
produz uma moderada resistência a liga de alumínio não tratada termicamente.
A adição de manganês aumenta a resistência da liga por solução sólida e pela
fina dispersão de precipitados. Esta resistência pode ser aumentada pela
adição de aproximadamente 1% de magnésio. Estas ligas são geralmente
utilizadas quando moderada resistência e boa trabalhabilidade são
necessárias. A Tabela a seguir lista a composição química e aplicações para
as ligas de alumínio-manganês-magnésio.
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A resistência da liga 3003 é de aproximadamente 3 a 4 Ksi maior que da
liga 1100 (isto é, 3003-O tem um limite de resistência a tração de 16 Ksi
comparado a 13 Ksi do 1100-O). A liga 3004 é reforçada pelo efeito do
magnésio no endurecimento por solução sólida, então, este, na condição
recozida, tem um limite de resistência a tração de 26 Ksi.
SÉRIE 4XXX
Aplicações:
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SÉRIE 5XXX
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Ligas desta série possuem boas características de soldagem e resistência à
corrosão em atmosfera marinha.
Aplicações:
Abaixo segue o diagrama de fases Al-Mg, seguido de uma tabela com fases e
composições:
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O magnésio produz substancial solubilidade no alumínio e uma grande
diminuição da solubilidade do sólido (14,9% em peso a 451oC) com a
diminuição da temperatura, as ligas de alumínio-magnésio não apresentam
sensível endurecimento por precipitação com concentrações abaixo de 7% Mg.
Entretanto, uma substancial resistência do alumínio ocorre por endurecimento
por solução sólida e causando encruamento.
A tabela abaixo lista composição química e aplicações das ligas de
alumínio-magnésio.
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magnésio contém um pouco de manganês (0,1 a 1,0%) e/ou cromo (0,1 a 0,2%).
Exemplos de ligas Al-Mg com adição de cromo são 5052 e 5154. Enquanto que
a liga 5056 é um exemplo que contém manganês e cromo.
Muitas ligas de alumínio-magnésio têm sido desenvolvidas para
acabamentos e decorações. Na redução da quantidade de ferro, silício e outras
impurezas, uma série de ligas decorativas foram criadas. Como exemplos
temos 5053 e 5252 e as ligas 5x57 como 5357, 5457 e 5657.
As ligas alumínio-magnésio têm uma ampla faixa de resistência, boa
plasticidade e
soldabilidade e alta resistência a corrosão. Uma propriedade proeminente das
ligas de alumínio-magnésio é a boa soldabilidade quando, no processo, o arco
de solda é protegido por uma atmosfera de argônio, formando uma liga de alta
resistência.
O magnésio, na maioria das ligas alumínio-magnésio está presente em
solução sólida. Entretanto, quando a concentração de magnésio nas ligas de
Al-Mg excede, aproximadamente, 3,5%, Mg2Al3 pode precipitar a temperaturas
baixas no tratamento térmico ou no resfriamento lento a partir de elevadas
temperaturas. Como exemplo, temos a liga 5086, que contém 4% de Mg e é
trabalhada a frio e aquecida em torno de 120 a 1800C. Nesta liga uma contínua
rede de Mg2Al3 pode precipitar nos contornos de grão (Figura abaixo).
Esta estrutura é indesejável uma vez que pode tornar a liga susceptível
à trinca por corrosão sob tensão em condições adversas. É então mais
desejado neste tipo de liga, um alívio de tensões em altas temperaturas
(2450C) e com processo cuidadoso origina uma dispersão de precipitados finos
de Mg2Al3 na matriz da liga, como mostrado na figura abaixo.
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Partículas de Mg2Si podem também estar presentes nas ligas Al-Mg
comerciais proporcional à quantidade de silício na liga, devido a baixa
solubilidade do Mg2Si na presença de excesso de magnésio. No caso das ligas
de Al-Mg contendo cromo e manganês, outras fases também são presentes,
devido ao alto teor de ferro presente em todas as ligas comerciais de alumínio
puro.
As propriedades mecânicas das ligas de alumínio-magnésio trabalhadas
e não tratáveis termicamente estão listadas na tabela a seguir.
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5056 e 5456), é maior que a retida em solução-sólida na temperatura ambiente.
Como resultado, se estas ligas são severamente encruadas e mantidas por um
longo tempo a temperatura ambiente, ocorrerá a precipitação de Mg2Al3 ao
longo de bandas de deslizamento. Também, se estas ligas são expostas a
altas temperaturas em condições de recozimento, a precipitação ocorrerá ao
longo de contornos de grãos. Esta precipitação torna essas ligas susceptíveis a
corrosão intergranular em ambiente corrosivo. Por esta razão, o tratamento
H3xx tem sido desenvolvido para eliminar ou minimizar esta instabilidade,
então essas ligas possuem alta resistência.
SÉRIE 6XXX
Aplicações:
Uso em arquitetura e decoração;
Quadros de bicicletas;
Estruturas soldadas.
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A primeira liga de Al com constituintes de Mg2Si balanceados, foi a 6053,
a qual foi desenvolvida na década de 30 e contém 2% Mg2Si e 0,25% Cr. Esta
liga foi seguida pela 6061 a qual é também uma liga com conteúdo balanceado
de 1,5% Mg2Si e 0,25% de Cr, e 0,27% de Cu. A liga 6061 é uma liga estrutural
com resistência intermediária. Usada em grande parte hoje, é uma das mais
importantes ligas de alumínio. As ligas de Al-Mg-Si de alta resistência tal como
a 6066 e a 6070 com mais alto conteúdo de Si foram introduzidas em 1960.
Para facilitar a extrudabilidade de vários formatos, a liga 6066 com mais
baixa resistência, foi desenvolvida, a qual contém em torno de 1% de Mg2Si.
Esta liga pode ser resfriada durante ou depois da operação de extrusão,
evitando assim, a expansão do tratamento de solubilização. As variações da
liga 6063 tal como 6463 tem sido desenvolvidas para melhores características
de acabamento. Na liga 6463 o nível de Fe é mantido tão baixo que o brilho do
Al será melhorado após a anodização.
O sistema de endurecimento por precipitação na liga de Al-Mg-Si é
possível pelo decréscimo na solubilidade sólida dos compostos intermetálicos
Mg2Si conforme a temperatura diminui. A figura abaixo mostra uma seção
vertical binária do sistema ternário Al-Mg-Si na composição Mg2Si.
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Como visto na figura acima, uma liga ternária pseudobinária eutética é
formada entre a solução sólida de Al e Mg2Si. A solubilidade de Mg2Si no Al
decresce de 1,85% a temperatura eutética para, aproximadamente, 0,1% a
temperatura ambiente. As ligas que contém aproximadamente 0,6% ou mais de
Mg2Si mostram um acentuado endurecimento por precipitação.
Se uma liga de Al-Mg-Si contendo 1,3% em peso de Mg2Si é solubilizada a
565°C, resfriada em água, envelhecido a 160°C, formam as zona GP que
possuem formato acicular que são orientadas nas direções <001> da matriz.
Quando o máximo de resistência é alcançado durante o envelhecimento a
160°C por 24 horas, uma alta densidade de precipitado ß’ é formado, com
algumas agulhas curtas sendo observada na figura abaixo.
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A seqüência geral de precipitação no sistema Al-Mg-Si é representada
por:
Uma vez que uma coerência na deformação não é observada nas zonas
GP ou nos estágios de precipitação da transição ß’, têm sido constatado que o
acréscimo na resistência da liga Al-Mg-Si é atribuída ao aumento da energia
requerida para as discordâncias quebrarem as ligações Si-Mg quando elas
passam através dos precipitados.
As propriedades mecânicas das selecionadas ligas Al-Mg-Si tratadas
termicamente estão listadas na tabela.
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As ligas Al-Mg-Si são somente de resistência intermediária (45 a 57 ksi
no tratamento T6) uma vez que somente pequenas quantidades de Mg2Si (1 a
2% em peso) podem estar inclusas na liga por endurecimento por precipitação.
As ligas de mais alta resistência dessa classe são a 6066 e a 6070, no qual
tem um excesso de Si próximo do necessário para formar de 1 a 2% de Mg2Si.
A liga 6061 tem uma resistência sob tensão de 45 ksi no tratamento T6 e
contém 1,6% de Mg2Si. Pela redução da quantidade de Mg2Si para 1,1%, a
resistência da liga 6063 é reduzida para 35 ksi no tratamento T6. A resistência
mais baixa da liga 6063 é necessária para uma fácil extrudabilidade.
As ligas de Al-Mg-Si são usualmente solubilizadas em torno de 520°C.
Uma vez que esta temperatura está bem abaixo da temperatura eutética de
fusão destas ligas, existe uma pequena chance de fusão pelo leve
superaquecimento. A liga 6061 pode ser solubilizada a temperaturas mais altas
que 520°C com algum acréscimo na resistência sendo obtido, uma vez que,
nem todo o Mg2Si presente é solúvel nesta temperatura. Como no caso das
ligas Al-Cu-Mg, um resfriamento rápido é requerido para obter resistência
máxima. As características no envelhecimento artificial da liga 6061 são
mostradas na figura seguinte. Deve ser notado que as mais altas resistências
são obtidas nas temperaturas mais baixas por longos períodos (135°C por 500
horas). Industrialmente com propósitos econômicos esta liga é envelhecida de
16 a 20 horas a 160°C.
SÉRIE 7XXX
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Aplicações:
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Combinações de 4 a 8% de Zn e 1 a 3% de Mg no alumínio são usados
para produzir a série 7xxx das ligas alumínio-cobre trabalhadas tratáveis
termicamente. Algumas dessas ligas desenvolvem propriedades de mais alta
resistência que qualquer liga a base de alumínio comercial.
Zinco e magnésio têm alta solubilidade no alumínio e desenvolve, não
usualmente, características de precipitação de dureza. Adição de cobre de 1 a
2% aumenta as propriedades de resistência da liga Al-Zn-Mg dando alta
resistência à liga de alumínio para aeronaves.
Depois de extensivas pesquisas, ligas 7075 foram introduzidas em 1943.
O sucesso do desenvolvimento do membro proeminente da série 7xxx era
possivelmente feito através do benefício do efeito do cromo, ele acrescentou
grande melhora na resistência a corrosão sob tensão da lâmina feita dessa
liga. Liga 7075 contém 5,6% Zn, 2,5% Mg, 1,6% Cu e 0,30% Cr. A modificação
da mais alta resistência da 7075 foi desenvolvida a liga 7178 em 1951 e
contém mais altos níveis de Zn, Mg e Cu. A mais alta resistência da liga na
produção comercial, 7001, era introduzida em 1960 e contém 7,4% Zn, 3,0%
Mg e 2,1% Cu.
Ligas Alumínio-zinco-magnésio, sem cobre (menos que 0,1%), têm sido
desenvolvidas com resistência intermediária e são soldáveis. Ligas como 7004
e 7005 são usados em estruturas de caminhões, carro reboque, pontes
portáteis e carros ferroviários. A tabela abaixo lista as composições químicas e
aplicações típicas das ligas Al-Zn-Mg e Al-Zn-Mg-Cu.
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LIGAS Al-Zn-Mg. Ligas Al-Zn-Mg trabalhadas são reforçadas por reações de
precipitação durante o envelhecimento depois do tratamento térmico e
resfriamento. A seqüência de precipitação no envelhecimento da solução sólida
supersaturada é geralmente reconhecido por ser:
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LIGAS Al-Zn-Mg-Cu. A adição acima de 2% de Cu para as ligas Al-Zn-Mg não
parecem mudar seus mecanismos de precipitação. Durante a formação da
zona, o cobre nas ligas Al-Zn-Mg-Cuaparecem uniformemente distribuídos.
Cobre na zona GP, entretanto, aumenta sua estabilidade, assim como fazendo
com que estas zonas existam a altas temperaturas quando comparadas a liga
Al-Zn-Mg. O cobre reforça a liga Al-Zn-Mg primariamente por solução sólida,
mas também fazendo algumas contribuições no reforço por precipitação.
Microestruturas das ligas 7075 (uma das mais importantes da série 7xxx)
completamente endurecidas e em condições de superenvelhecimento são
mostrados na figura seguinte. Nas condições de completo endurecimento por
envelhecimento (T651), as zonas GP são menores ou iguais a 75 Å com alguns
η’ (~150 Å) também presentes (Fig. (a)). As partículas mais escuras são
precipitados ricos em cromo que são encontrados em muitas ligas Al-Zn-Mg-
Cu. Depois do superenvelhecimento do material T651 a 1700C por 9 h para
produzir o T7351, a microestrutura consiste em η’ (100 a 300 Å) e η (400 a 800
Å) (Fig. (b)).
Como no caso da liga Al-Zn-Mg, superenvelhecimento e precipitados
grosseiros resultam em mais baixa resistência. Por exemplo, o material 7075-
T651 tem tensão de resistência resultando a 76,7 ksi e escoamento (0,2%) de
66,4 ksi, enquanto o 7075-T7351 possui precipitados η + η’ resulta em tensão
de 63,7 ksi e uma resistência ao escoamento 54,3 ksi.
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As propriedades mecânicas das ligas Al-Zn-Mg e Al-Zn-Mg-Cu
trabalhadas tratadas termicamente são listadas na tabela a seguir.
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A maior resistência à temperatura ambiente de todas as ligas de
alumínio são desenvolvidas nas ligas Al-Zn-Cu-Mg.
Liga 7001, com 7,4% Zn, 3,0% Mg e 2,1% Cu, resulta em uma
resistência sob tensão de 98 ksi com uma elongação de 9% quando é tratado
termicamente para o T651. Esta é uma liga da série 7xxx de alta resistência.
Liga 7075, como é uma das mais comumente usadas na série 7xxx, tem mais
baixos níveis de zinco, magnésio e cobre (5,6% Zn, 2,5% Mg e 1,6% Cu) e tem
tensão de resistência máxima de 83 ksi com 11% de elongação quando tratado
termicamente para o T651.
Essas altas resistências são atribuídas a altas densidades da zona GP e
precipitados η’ que podem ser desenvolvidos nestas ligas por tratamentos de
envelhecimento duplex.
As características de envelhecimento artificial das lâminas de 7075 são
mostradas na figura abaixo.
41
SÉRIE 8XXX
42
Conforme pode ser observado na tabela, os três processamentos a partir
dos quais são obtidas as peças fundidas são: fundição em areia, em molde
permanente (coquilha) e sob-pressão (injeção).
As ligas são classificadas de acordo com o sistema numérico da
Aluminion Association, sendo os elementos principais da liga fundida, o que
determinam o primeiro algarismo.
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Ligas de alumínio-silício o para fundição:
As ligas de alumínio para fundição que tem como elemento de liga mais
importante o silício, tem uma grande aplicação industrial devido às superiores
características de fundição. Estas ligas apresentam, comparativamente, alta
fluidez no estado líquido, excelente molhamento durante a solidificação, boa
resistência a fragilização à quente e, conseqüentemente, boa resistência à
formação de trincas a quente. O silício também tem a vantagem de não reduzir
a boa resistência à corrosão apresentada pelo alumínio, aumentando inclusive
a resistência à corrosão em ambientes mediamente ácidos.
As ligas de Al-Si não são consideradas como tratáveis termicamente
devido à baixa quantidade de silício que é solúvel em alumínio (no máximo
1,65% em peso) e, uma vez que o silício vai reprecipitar a partir da solução
sólida causando pequena dureza.
No diagrama de fases da liga Al-Si, apresentado na figura abaixo, pode-se
observar que a composição eutética forma-se com 12,6% Si.
44
foi produzida por fundição em coquilha, com mais rápido resfriamento, e
obteve-se um menor tamanho da célula dendrítica. Utilizando-se a mesma liga
e taxa de resfriamento ainda maior, em fundição sob-pressão, observa-se um
ainda menor tamanho da célula dendrítica como mostrado na figura (c).
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A adição de 0,025% de sódio também promove na liga o aumento da
resistência a tração, formando irregularidades nas fibras de silício eutético,
conforme pode ser observado na figura abaixo.
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artificialmente em condições fundidas não mudam a microestrutura óptica, mas
produzem dispersões finas de precipitados metaestáveis que endurecem a liga.
Se a liga 356 é modificada pela adição de 0,025% Na no metal fundido,
a estrutura eutética fundida em areia é refinada e as partículas de silício no
eutético são menores e com ângulos menores. Este refinamento melhora as
propriedades mecânicas e solidificam vagarosamente a liga fundida em areia,
mas o principal benefício está em melhorar as características de molhabilidade
nos moldes em areia e permanentes. Estas pequenas partículas de silício
produzem baixa interferência no fluxo do metal líquido durante a solidificação.
Como resultado, a liga modificada por sódio produz um acabamento superior e
menos contração microestrutural entre as dendritas quando comparado aos
metais não modificados.
A figura (b) mostra a estrutura da liga 356 fundida em areia depois da
modificação. Quando a estrutura modificada é tratada termicamente, resfriada
e superenvelhecida no tratamento T7, partículas de silício aglomeram
produzindo maiores partículas esferoidizadas (figura (c)).
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Ligas alumínio-cobre para fundição:
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A resistência a tensão das ligas fundidas Al usualmente estão em torno
de 18 a 48 Ksi. Ligas de Al fundidas em areia, por causa de seu grande
tamanho relativo de célula dendrítica no que implica em taxas de solidificação
mais lenta, tem resistência a tensão mais baixa do que ligas de Al fundida em
molde permanente ou injeção sob pressão. Resistências maiores são obtidas
nos dois últimos métodos por uma taxa de solidificação alta e menor
porosidade de gás por utilizar moldes de metal. Na injeção sob pressão a
porosidade de gás é reduzida pela ação da pressão. Como exemplo a liga 356
tem uma tensão de resistência mínima de 30 Ksi. Quando fundido em areia e
envelhecido para o pico de resistência (tratamento T6), mas quando é fundido
em molde permanente, tem-se um pico de resistência de 33 Ksi.
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Maior resistência mecânica é obtida nas ligas que respondem ao
tratamento térmico de solubilização/envelhecimento. Primeiramente o metal é
aquecido uniformemente até cerca de 500 0C, sendo que a temperatura exata
depende da liga em particular. Isto ocasiona a dissolução dos elementos de liga na
solução (tratamento de solução). Então, segue-se um resfriamento rápido,
geralmente em água, que previne temporariamente que estes constituintes
precipitem. Esta condição é instável e, gradualmente, os constituintes
precipitam-se de maneira extremamente fina (somente visível através de
potentes microscópicos), alcançando, assim, o máximo efeito de
endurecimento (envelhecimento). Em algumas ligas isto ocorre,
espontaneamente, depois de alguns dias (envelhecimento natural), enquanto
que em outras ocorre através de reaquecimento por algumas horas a cerca de
175 0C (tratamento de precipitação).
Tomaremos como exemplo, o resfriamento lento de uma liga do sistema
Al-Cu contendo 4,5% de Cu 0u 94,5% de Al.
Solubilização:
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Envelhecimento:
51
uma determinada temperatura existe um tempo “ótimo” em que a dispersão de
precipitados é, na maior parte, coerente provocando o endurecimento máximo
da liga.
Curvas de Envelhecimento:
52
53
Superenvelhecimento:
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Solubilização/Envelhecimento e a Conformação Mecânica:
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No caso da laminação a quente este tratamento pode ser executado
concomitantemente ao aquecimento das placas.
Recozimento Pleno:
Recozimento Parcial:
Estabilização:
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Conclusão:
Referências Bibliográficas:
http://demec.ufpr.br/pesquisas/superficie/material%20didatico/Al_e_suas_ligas.pdf
www.cia-brasileira-aluminio.com.br/pt/glossario.php
www.abal.org.br/servicos/normas_publicadas.asp
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