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COMO LIDAR COM OS FERIMENTOS MAIS

COMUNS

Uma das medidas a tomar no socorro ao ferido é identificar que tipo de lesão a
pessoa sofreu e o quanto é intensa a gravidade do caso. Podemos dividir as lesões em
superficiais (escoriações e algumas contusões sem hematomas) e profundas (todas as
demais). É importante considerar as complicações das lesões que também necessitam
providências, tais como o grau de contaminação e intensidade do sangramento.

Contusão

Lesão não penetrante, de profundidade variável, criada devido a um impacto,


podendo ou não causar lesões subcutâneas. Quanto mais intenso for o impacto mais
profunda será a lesão. Não há contaminação proveniente do meio externo nem
sangramento inicial visível.

É muito raro esse tipo de lesão necessitar de tratamento médico, exceto se


houver suspeita de fratura, ou ocorrer perda de movimento da área contundida. Mesmo
nesses casos simples a área afetada deve ter sua mobilidade parcialmente restringida,
ficando em repouso e elevada nas primeiras 12-24 horas, com a finalidade de diminuir
o edema (inchaço).

O tratamento deve iniciar logo após a ocorrência do trauma, com a aplicação de


frio local (bolsa de gelo), mantido nas primeiras 24 horas, com a finalidade de diminuir
o inchaço e também a formação de hematomas, diminuindo dessa forma a dor.

Após essas 24 horas deve ser iniciada a aplicação de temperaturas alternadas,


começando com calor úmido (compressas ou banhos locais), por três minutos e meio.
Logo depois alternar com frio (não muito intenso), pode ser de temperatura ambiente,
apenas para fazer contraste térmico, por meio minuto. Esse contraste deve ser repetido
quatro vezes, totalizando dezesseis minutos. Os banhos objetivam estimular a
circulação linfática, diminuir a dor e o inchaço, e devem ser repetidos de 3 a 6 vezes ao
longo do dia. Supondo-se que não haja fraturas ou perda de movimentos do local
atingido, também podem ser utilizados antiinflamatórios por via oral.
Caso se formem hematomas, o paciente deve ser encaminhado para drenagem
pelo médico. No caso específico de hematomas sob a unha, pode ser realizada a
perfuração cuidadosa da unha com eficiência comprovada.

A coloração da pele pode ser usada como guia para avaliar a evolução do caso, a
lesão começa com um tom vermelho arroxeado, seguido por um tom esverdeado, a
seguir amarelado, e, finalmente, termina com a volta da cor normal da pele.

Escoriação

É o conjunto de arranhões superficiais, produzidos por atrito violento de


uma superfície irregular e áspera, que não ultrapassam as primeiras camadas da pele,
podendo ser muito dolorosos se atingirem o nível cutâneo das terminações nervosas.
Quase sempre apresentam grandes quantidades de sujeira que precisam ser removidas
para evitar infecção.

O sangramento, se ocorre, é pequeno, sendo possível estanca-lo com compressão


local. O estancamento deve ser realizado logo após a limpeza.

O tratamento consiste em cuidadosa limpeza manual da área afetada, usando


água e sabão. Após a limpeza mecânica, faz-se uso de soluções antissépticas, com o
objetivo de inibir ao máximo a proliferação de bactérias no local. Depois da limpeza
deve ser aplicado curativo para proteger a lesão da sujeira e poeira.

Deve-se evitar:

- Talcos ou pós antissépticos, pois ressecam a crosta, tornando mais difícil sua
remoção

-Água oxigenada, pode ser usada no máximo até o quinto dia após a lesão, a
partir de então só atrasa a cicatrização.

Lesão Perfurante

É produzida por objetos pontiagudos, longos, e geralmente finos


(estilete, pregos, agulhas).
Havendo pouca lesão, também se produz pouco sangramento, exceto se ocorrer
perfuração de um vaso. Mesmo com perfurações vasculares estas são geralmente
controladas apenas com compressão local.

Devido à contaminação na profundidade, são freqüentes as infecções e diversos


casos de tétano, por isso é necessário especial cuidado na limpeza dessas lesões.
Recomenda-se que o socorrista proceda apenas a hemostasia e logo após encaminhe o
paciente para avaliação médica.

O paciente precisa receber vacina contra o tétano, que deve ser repetida a cada
dez anos. Se já foi vacinado nesse período e o caso é realmente simples, sem lesões
profundas ou internas, deve-se fazer a limpeza mecânica detalhada do local, com água e
sabão e uso de analgésicos leves. Nestes casos é importante a reavaliação freqüente do
caso.

Também nesses tipos de lesões devemos evitar o que evitamos nas lesões do
tipo escoriações.

Em caso de perfuração de tórax, deve-se realizar a limpeza rápida e oclusão


imediata da perfuração com esparadrapo. Qualquer perfuração torácica e abdominal
deve ser encarada como emergência médica grave, efetuando-se o encaminhamento
imediato para o hospital. Nas lesões de tórax ou abdome, não deve ser dada nenhuma
medicação, nem alimentos ou água, já que o paciente estará sujeito a procedimento
cirúrgico. O curativo deve ser o mais compressivo possível, para evitar sangramento.

Lesão Cortante ou Incisa

Possui bordas nítidas, geralmente regulares. O comprimento da lesão é


maior que a profundidade, e em geral, o centro é mais profundo que as extremidades.

A contaminação costuma ser facilmente removível pois o sangramento lava a


ferida de dentro para fora. Se necessário, a lesão pode ser aberta para retirada de
fragmentos estranhos.
O socorrista deve realizar a limpeza inicial e a hemostasia, geralmente só com
compressão local, mas em sangramentos mais abundantes pode ser feita compressão à
distância. O tratamento consiste na reconstituição cirúrgica das estruturas lesadas.

Para que a sutura ocorra de modo mais seguro, deve ser efetuada até seis horas
após momento do corte. Após esse período, não se efetuam reconstituições, devido à
chance de infecção local. Outra opção quando não é possível realizar a sutura, é fazer o
ponto falso ou curativo em grade (utilizando esparadrapos colocado em tiras paralelas,
perpendiculares às linhas de tensão da ferida para aproximar as bordas).

Com sutura ou não, deve ser feito o curativo compressivo, mantido por vinte e
quatro horas, para evitar hematomas ao redor da lesão.

Lesão Perfurocortante

Necessita maior cuidado, pois ocorre por mecanismo misto, penetrando com a
ponta e cortando com o gume. São mais graves, apresentando maior contaminação e
sangramento.

A atuação do socorrista deve ser voltada muito mais a hemostasia e transporte


urgente do paciente ao atendimento médico. Não devemos esquecer o risco associado
de tétano. O paciente não deve ser alimentado nem medicado, pois é quase certo que
será submetido a cirurgia para exploração do ferimento e reparação das lesões internas.

Lesão Perfurocontudente

Causada por arma de fogo. O orifício depende da direção de penetração do


projétil. Dependendo da distância que ocorre o disparo, associa-se queimadura de
pólvora na pele.

A contaminação geralmente é pequena, devido ao calor do projétil. Como o


sangramento é variável e potencialmente grave, deve ser feito proteção compressiva.
Impõe-se rápido encaminhamento do paciente ao hospital após hemostasia. Deve-se
sempre fazer ocorrência policial.
Lesão Cortocontudente

Causada por instrumento de gume afiado, com ação contundente devido ao seu
próprio peso, ou pela força de quem o maneja (facão, foice, machado, enxada).
Geralmente apresenta grande contaminação e sangramento variável. Não se deve
administrar medicamentos ou alimentos à vítima.

Não devemos realizar torniquete, a não ser em caso de perda de membro ou


risco iminente de vida. O tratamento consta em limpeza superficial e curativo o mais
compressivo possível.

Corpos Estranhos

As substâncias estranhas devem ser removidas desde que:

-Estejam se projetando através da pele ou sob a mesma ;

-Causem sintoma ;

- Atrasem ou impossibilitem a cicatrização da ferida .

Tipos de substâncias estranhas:

-Terra: deve ser removida através de escovação, e deve ser usada água em
abundância.

-Madeira ou metal: podem ser puxadas com pinça.

-Tecido: deve ser totalmente removido, muitas vezes é necessário a exploração


profunda da ferida.

-Vidro: também através de pinças, mas em alguns casos é necessário


monitoração radiográfica.

-Anzóis: quando o anzol entrar completamente sob a pele, o modo mais fácil é
empurra-lo e exterioriza-lo por uma segunda ferida, cortando-lhe a extremidade e
puxando de volta pela ferida de entrada.

Mordeduras
- Humanas: devem ser tratadas com limpeza mecânica intensiva, usando-se bastante
água, removendo-se todo tecido desvitalizado e evitando-se o fechamento da ferida por
causa da grande chance de infecção.

- De animais: além da contaminação devemos nos preocupar com o risco de


transmissão da raiva. Por isso o animal causador deve ser mantido vivo, isolado e
alimentado por 10-14 dias. O tratamento é o mesmo realizado no caso de mordeduras
humanas e a vacinação pode se feita com calma.

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