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‘Resa InvesignSo ar Efermgens (200), P12 Agono 27-34 Supervisio Clinica em Enfermagem ‘eave on Supers, Doce Ese Superior de Sade di Universidide de Aveta ANTONIO FERNANDO DA SILVA GARRIDO" Palayras chave: Enfermagem; Supervisio Clinica Resume: * A supervisio clinica em enfermagem, comega cermerpir em Portugal, asspeiada Formayo profs: ‘Sion, ao 2eompanbamenta de pica, 208 progra- mas de melhoria da qualidade organizcional © as ‘preocupaydes com a qualidade de vida e condigies de exerci esate dos profissionais. [este contexio surge este estado, ilo experimental, ‘ransyersil,comelacional de ipo quantitative, para 0 qual defninos como objectives fundaanentais: co- hover as caraclristieas do processo de supervisio dias prtieas einias dos enfermneirs; ientificar os actors e analsar as earactristicas do processo t= pervisive. (Os dades foram obtidos, através da apicago de um questinsrio aos enfermeirs de um Hospital da Re- 180 Ceniro,ntegrado no Sector Pablice.Adminisra- tivo e pesmitiramenos eonclir que & supervisio dis prities ¢ entedida como um processo de supervi- ‘0 adminisratvo, tendo como supervisor em 80M: dhs situagbes 0 enfermeiro chef. Apesar disso, os ‘supervisandos avaliam muilo positivamente a qua- lidade cla sua superviso, tendo 82.2% referido que ela contribs para a sna eficiciae efciéneia como enferneros, So os mais novos eos enfermeizos dos servis de medina, espevialidades médicas © pe- iar, que esto globakmente mais satisfeitos com a supervisio clinica 2 INTRODUCAO, [A supervisfo clinica em enfermagem & um processo baseado no relasionamento pessoal © profissional, entre ump enfermeino que exerce priticas olinicas de cnfermagem ¢ um supervi- for clinica. E um processo de colaboragao for imal estruturado gue ajuda os profissionais @ de senvolver competéneias pessoais e profissionstis, ‘conhecimento ¢ valores de humanidade durante 6 seu percurso profissional. © acormpanhamento profissional permite ao supervisado desenvolver fina compreenséo mais profunda do que € ser en~ Fermeiro, da responsabilidade quo Ihe é intrinseea fe desenvoiver conhecimente a partir da realidad das préticas clinica. No Reino Unido, norte da Europa, Estados Unidos da América ¢ Canad’, tem-se intensitica~ doo debate sobre a SCF desde inicio da década tds 90 do século XX, Em Portugal, s6 muito #e- ‘ceniemente comegou a emergir Como im) wsSuN- to sigrificativo em efrculos restritos de reflexto, surgindo intimamente associada a0 proceso de rucompanhamento de prétieas, sendo decisive © ‘coniributo de circulos de formagke de enfermet: fos e dos prouramas de melhoria da qualidade orgenizecional, em que 2 supervisio das pritiess ‘linicas € uma ferramente bisien deives progra- nas, que mencionam expressumente # supervisio ‘clinica em alguns eritérios das normas referente aos servigos de eafermagem. Nas dias décadas diversos modelos de 30 perviséo clinics em enfermager, como sejam 0: fhe Practor (1986, 2001), Hawkins Shoet (1989), Page ¢ Wosket (1994), Butterworh e Faugier (1992), No entanto, o modelo orientador que ser ve de referdacia a este cstudo € 0 “supervision lliance model” de Proctor (1986, 2001). E, pro- vavelmente, © mais antigo, conheeido ¢ usado na nica, estendo literatura repleta de Feréncigs e andlises sobre a sua validade © aplies hilidade, As suas ideins estruturantes emergixam dda pratica profissional e as tarefas e responsabi- Hdades do supervisor clinico, que congregam 2s fangdes essenciais da supervisto clinica ~-norme- tiva, Formetiva ¢ restaurativa, constituem 0s com ponentes fundamentais e mais expressivos de um modelo mais extensivo ¢ inclusive. “Assim, enquadrada no Mestrado em Super ‘visto da Universidade de Aveiro ¢ sproveitando diversas sinergias que o mestno nos proporciona, decidimas estudar, o nivel de satisfaglo dos en- fermeitos, reletivamente & supervisto elinica que reechem realizado este estudo, subordinado 20 ‘ema: “A Supervisio Clinica dos Enfermeiros”. ‘Para cfeitos da nossa pesquisa c aiendendo aos contextos em que ela se desenvolveu, ns medida fem que no existe formatizado um processo de supervisfo clinica tal como & descrito nas publi- cagoes em lingua anglo-saxénica, mas existindo processo supervisivo das priticas profissionais ios enfermeiros, @ nossa orientapdo intelectast sera o de considerar a supervisio clinica como processo de supervisiio das pritiess ellnicas dos Enfermeitos, tendo para o efeito definido os se guintes objectives: ‘a) Descrever as caracteristices sécio-profissio- nais da popalagao estudada; ') Conhecer as earacieristicas do proceso de supervisio das praticaselinieas dos enfermeios; c) kdentificar os responséveis pelo processo de supervisio das priticas el i) Analisaras possiveis relagbes entre s super- vistio clinice e as earacleristicas pessoais do su- pervisando e do supervisor inseridas no contexto de stubalho; ) Analisar as caracteristicas do processo de acompanhannento das priticas © gue valor the & stribuide pelos enfermeiros, CO esiudo foi realizado num Hospital da Regio Centro, integradi no Sector Péblieo Administrati- yo uiilizando uma amosire no probabilistica por Convenineia, constituide pelos enfermeiros que crercian funeBes nos divessos servigos da Iosti- twigz0. ‘Os dados foram obtides através da aphicacde de ‘itn coajunto de instrumentos constituido por duas partes distintas: a) caracterizacio sécio demogré- fica ¢ profissional dos enfermeiros; b) Short Ferm Supervision Satisfaction Questionnaire (SFSSQ) questiondrio de avalingao da salisfag#o com a supervise eliniea nos enfermeiros. Seri de roferir que, estando a supervisto clini- ‘caem Portugal nme fase ineipiente, no exis jnstrumenios validados, Assim, analisémos alguns jnsirumentos existentes noutros paises e entende~ mos que o Short Form Supervision Satisfaction Questionnaire (SFSSQ) seria o mais adequado para 0 nosso estudo, Realizimos a sua trade, [dupiagio e validaglo para a populagao portugue- fae perante os dads obsidos, estamos convictos cconstifuir um instnumento ail de tyeliagio e intervenglo especifica na satisfasio com a supervisto clinica sta ete armas 9°12 Ago 2005 A RELAGAO SUPERVISIVA EA QUALIDADF, DAS PRATICAS. Um proceso de gestio da qualidade total rnume organizago de sade passa pela satisfacdo dos clientes, mas nfo s6, o envelvimento, empe- hamento e satisfy dos profissionas so fie- {ores incontomaveis no sucesso dessa estratézia, Como afirman Nunes © Rego (2002: 113), "s6 profissioneis altamente motivados se envolvem tt relagao clinica, subjectiva por exceléncia, de acordo com a sua diferencingio técnico-profisio- nal, mas eom elevado sentido de responsebilide- de”, Pera estes autores, o envolvimento pressupde 6 respeito integral pelas eompeténciasindividuais dos coluboradores e pela implemencagio de con ceitos inovadores como 0 de salério emocional Este eonecito emergente sugere que os estisios profissionais no se resumem a interesses ma feriais c que existem roiltiplos factores que se revelam incentivadores © determinantes para a Gquelidade dos euidndos prestados, Dentro détes factores poderemos considerer as condigGes de trabalho, a digaidade da profisstio,o presigio ea valorizagao do cargo exercido, o reconhecimenta dos eotegas, dos outros profissionais cde em geral Hagler (1991), citado por Cottrell (2002), re- fere como varacteristess fundamontais da super visor, na relagho supervisiva: a empatin, ser posi tivo & paciente entre outros aspectos iguslmente importantes, O supervisor promove & mudanea positiva, educa, monitoriza, reeomenda, desali, sustente pesquisa ‘Nao pademnos esquecer que o enriquecimenta 2 desenvolvimento profissional dos supervismda: iio sto alomdtcos. Como diz Hesbeen (2001) 2 exporiéncia, 56 por siy no gera conhecimen, Timbora ela contibua para a aguisigfo ceria competéncia © de uima certa destreza dos gesios executades, para poder enriquecer 0s co nhecimentos da pessoa, essa experiéneia necessita sor roflectda, discutida e conceptualizads. E eqn 6 supervisor eliico tem uma das suas fimgbeses- senciais a desempena Na esséncia de qualquer modelo reflexive de cngermagem, ‘al como afirma Johns (2001), esta ‘uma visio ot filosoft de pritica, De uma perspec- tiva veflexiva, a visto é uma reflexto des convie- oes dos profissionsis e os valores sobre a nasure~ 7a da sus pritiea, Una filosofia & ume declaragio colectiva de conviegdes comparilhadas e valores aque eorrespondein & excougao das pritices, queda jeado e orienta a pritica quotidianas uma luz para mostrar o caminb. Existe uma maior consciencializagio entre os profissionais de satide e, concretamente, entre os ‘enfermeiros, que & qualidade é cada vez mais um elemenio essencial e explicito 2 ter em conta na prestagio de cuidados de saide. E que, como lem- ‘bra Hesbeen (2001: 10), “a qualidade dos servigos oferecidos & populace depende em primeizo lu- gar do emspenhamento pessoal dos profissionais”. Para 0 mesmo autor, “as condigbes em que estes podem exercer @ sua pritica e revelar 0s seus ta- lertos sio determinantes para esse emponkamen- to” Neste contexto, tem inteire merecimento cabimento 0 investimento ma supervisdo elinica como una mais-valia para s modemizagao e qua lificagao das instituigaes de saide, Todos sabemos que 2 administraggo pode controlar a estrutura prestadora de cuidados mas nfo controls, certa- mente, « pres{acdo efectiva de cuidados. ‘A fungi do supervisor clinica em enfer- ager & ajudar e controlar as difieuldades que certamente este processo de acompanhamento comporia, © possibilitar © desenvolvimento de compelgncias para haver cada vez mais qualidade no ewtidar, O seu papel & de extrem importaneia para 2 promogdo de ums prética com o méximo de ‘qualidade, sendo que a eficdcia © a qualidade do elacionamento supervisivo so factores determni= nantes da sucesso ds supervist. Para Munson (2002), muitos profissionais as- sumer 0 papel de supervisor elinice sem terem antccipad os roquisitos exigidos. Mas, deveriam possuir ou estarem disponiveis para desenvol- vor certas caracteristicas, como sejam: a) gostar de ensinar os outros; b) ter paciéneis quankdo os ‘outros nfo entenderem; ) saber fazer sugestbes indizectas; d) saber planear efectivamente, e) ter uma atitude positive quando esperam respostas a _questées e explicarem as aeydes; I) saber discutir problemas organizacionais de modo consirutivo, {) saber tolerar quando outros cometem exr0s; h) saber criticar ¢aceitar crticas; i) gostar de decidir ¢ lazer; j) poder trabalhar em equipa e gerit efec~ tivamente 0 processo, ‘Numa andlise final de avalingaio destas ércas, dovem ser consideradas, entre outras, a anise da ‘conveniéneia da supervisio clinica. Quem estiver ‘8 considerar tomar-se supervisor clinico deveria ‘analisar bem @ situagio ¢ diseuti-la com outros antes de accitar uma posigdo de supervisio. Mas, como ja referimos existe a necessidade de uma lix 29 ‘gacio formal ¢ estreita entre 08 individuos © as prpanizagSes para que seja assegurnda a qualidade {dos servigns clinicos ¢ a supervisio clinica poder ‘desempenar ai umn papel preponderant Diversos trabelhos de pesquisa de Butterwor- th © Woods (1999), permitem concluir, inequi- vyocamente, que # supervisdo clinica centra 8 sus atengio em agsantos de imporsincia vitel na pres- tagio de cuidadas © numa pratiea responsive. Concluem, ainda, que © contetdo da supervisio clinica ¢, essencialmente, orientado para a org0- nizagdo ¢ assuntos de desenvolvimento organiza~ coal: esiudos de easos clinicos, desenvolvimen- to profissione!, apoio Formative, aumento do niv de confianga das pessoas, problemas pesso interpessoais. Ainda, de acordo com Butterworth ¢ Woods (0999), hi que atender 2 alguns reguisitos pars uma eficaz ¢ correcta implementaga0 e manuten- cio da supervisto elfniea que passa par 3 4) Preparagio correcta e completa dos super es clinicos; 'b) Disponibilizar tempo suficiente para que a supervisto posse acontecer; c) Esiahelecimento de relagdes de confiangs centre supervisores © supervisados. A supervisiio clinica deve fxzer parie de uma cultura de confiar (ga ser uma exigéncia das préticas pBfissionsisy Avaliar regularmente 2 orienlago © © pro- duto da supervisto cl Dai a utildade, necessidude e urpéacie da di- vyulgagdo e implementagao da supervisio eliniex MATERIAL E METODOS ‘Tendo por base o enquadramento te6rico € Of objectivos apresentados, encetdmos um estude ‘do experimental, transversal, comrelacional de tipo quantitativo e qualitativo, endo para 0 efeito cenumciado as seyuintes hipbteses HJ: O nivel de satisfayao dos enfermeizos quanto & supervisio clinica é tanto mator quanto ‘mis elevada for a categoria profissional do super visedo e do supervisor. 2: Os enfermeiros esto mais satisfeitos com ‘a supervisio clinien quando 0 supervisor € do sexo masculino, H3: Os enfermeiros que exercem famgie servigos médicos (medicina, pediatria ¢ es dlades médias) apresentam um nivel de satisfagto ‘com supervisio cliniea maior do que os enfer- 30 aneitos dos servigos eirégicos (einurgia, otope- {Te ebloco opetatério)¢ ousros servigos (consulta externa e géncia). THO nivel de sitisfagdo dos enfesmeiros ano & gupervisto clinica varia ma ordem iver eth aut ida € do tempo de servigo na unidade de cuidados 115: Os enfenmeiros que trabalbam apenas de rmanba upresentam wm nivel de satsfagdo com & Supervisho elinica maior do que os enfermeiros he tabstham em outos tpos de horirio (mantis Frardese marhas, tarde © nites) TG: Os enfermeiros que se encoatram a fre quenter cursos de formagto esto mas satisfetos apna supervisiocliniea do que os qe nfo se en coniran em forego. ‘Como iastrumento de colheite de dados seles- cionimos un questionéio, constituido por duas partes "P Coracteriagh sicio~ Sional dos enfermeiros 5 Short Form Supervision Satisfaction Ques- sionnaive(SFSSQ)~ Questionsio de nvaligo ds ptistusto com a superviso clinica nos enfermel slando a supervisio clinica em Portugal una fase incipient, 10h instruments vel thos, pelo que, houve necessade de recurer aos Ge existam nous paises, nomeadamente, n0 ‘Reino Unido e Estados Unidos, tendo so wiliza- doo SFSSQ (Short Form Supervision Saishuetion Questioanaite), aplicado originalmente por Mune son (20802), ‘Apis anise de alguns instrumentos, penst- nos que 0 SPSSQ~ Short Form Supervision Six fstaction Questionnaire, seria. o mais adegu pelo qu, procedemos& sun tradugio, ndapsagio © Jatidueto para 2 populegao portuguese (avalisgo {os caructeristias psicoméricas do insu). © questionsrio tem sina fens que avaliam a setisfagaa das supervisados Sobre viris aspectos do provesso de supervisdo, As primeias vine © fide pergumtas constituem vetsdo reduids dnilge da slsfagdo com a supervis2o, que derive do instrumento original de andlise — Questionario tie Anise de Supervisto (SAQ) Pra 0 estudo da validade do instrument e, snais espcifcamente, da sus estrutara ints r- atizimos procedimentos de anise factorial ea ouponentes principais. No sentido de msximizat s aaturagio dos liens procedemos & rolagdo ov10- oom pelo méiodo de varitax. ApOS sucessivas Eilsese, de acorda com erties estassiens wografica e profi de interpretabilidede, oplémos por uma estrutura factorial de componentes principsis, segundo s re- _gra de Kaiser (raizes latentes iguais ou superiores Para que a estrutura factorial ficasse harmo- alasa ¢ fiével utilizaram-se, para a eliminagao de itens, os seguintes eritérios: 4) Baixo poder discriminative (lendo-se consi dorado niio aveitivel 2 presenga de uma percenta- gem superior a $0% numa tinica altemtiva); b) Seturagio inferior ou igual a 0,30; ©) CorreleeHio simul:inea com dois factores, sendo que a disténcia entre umbos os valores no disia em mais do que 0,1 De acordo com estes critérios, nenhum das tens foi eliminado tendo resultado urna estruturz de irés factores que explicam 64,46% de varidneia (guadro 10). © factor 1, que intitulémos de “avompanbs mento pessoal © profissionsl (APP)” explica 20,9% de varidncia explicada. O factor 2, desiv- nado como “acompanhamento das priticas TAP)” explica 28,52% ¢ 0 factor 3 denominado de " disionantes do contexto supervisive: (CCS)" ex pliea 08 restantes 6,04% da varidncis explicada, DISCUSSAO DOS RESULTADOS Caracterizagio sécio-proti Jago inquirida © estuse fo realizado através da apicagto de any questionério a 90 enfermeiros aos enfesmei 8 de ura Hospital da Regiao Centzo,integrado 20 Sector Piblico Administrative, 31,1% do sexo masculino © 68.9% do sexo feminina, Apresen- tram uma média de idades de 34,91 anos, si taioritariamente casados (71.1%) ¢ 63,39% t8m flhos. Destes, 52,63% tm dois filhos, 36.84% {a1 un filho e 10,33% t€ra 8s fills Refativamente& formagao profissionl, 83,3% possui o curso superior de enfermager ¢ apenas 16,7% possui uma especializago em enfenn gem. Quanto & estexoria profissional, 544% s20 enfenneitos graduados, 27,8% so enfermeires, 12,2% especialistas e 5,6% enfermeltos chet, Por outro lado, 87,8% esto vinculados in Liuiggo como funciondtios ou agentes, 10% 3 contratados ¢ 2.2% esto em regime de prestagio de servigos. Maioritariamente (65,55%), traba- Thum em hotirios rotativos (maubis, tardes e noites) e, 27,78% em turnos exclusivamente de mani, ional da popu- esta niga om Enfermagon, 12 Ag 2008 Supervisio clinica dos enfemeiros Os valores do nivel de satisiagao com a su- pervisto otidos no estudo permitem-nos concluir que os enfermeiros em mécia apresentam um ele vvado valor de satisfago com a supervisio Verificames, tamém, que a supervisor das pritioas profissionais realizada predominante mente pelos enfermeiros cheles, referenciados em 180% das situagBes, Se, este dado nos permite con cluir que a supervisiie das priticas 6 um processo cminentemente hierérquico e administrativo, por tro Jado, permitiu verificar que nao existem di ferengas estatisticamente significativas ao nivel da satisfaeo com ¢ supervistio de acordo com & categoria profissional do supervisor elinico, seja cle enfermeiro chefe, enfermeiro especialista ou outto, 2 realizar a supervisio das préticas elini= Opivel de satisfue20 com a supervisfo clinics 6, em média, mais alto nos enfermeiros - eatego- sia profissiqnal mais baixa da carreira de enfer- magem, correspondente a0 inicio da actividsde profissional, do que nas outras categorias (com ex- CcepeZo factor condicionantes do contexto supervi- sivo - CCS), Outro dado interessante, corresponde 420 feta ds pontuacio média mais baixa pertencer aos enfermeitos chefes. Isto permite-nos referir que existem diferencas estatisticamente significa- vas ao nivel da sstisfagio com a supervistio con- oante a categoria do enfermeiro supervisionado, E de selientar que as diferengas encontradas tam- bém tam significado estatistico ao nivel do factor Acompanhamento Pessoal e Profissional ~ APP do factor Condicionantes do Contexto Supervis vo-CCS, Quanto wo sexe do responsével pela super visto das praticas elinicas, 77,80% ste do sexo feminino ¢ 22,20% do sexo masculina. A andlise dos resultados apresentados revela que o nivel de satisfago com a supervisao clinica dos enfermei- ros ¢ ein mnédia maior quando o supervisor € do sexo feminine Outros dados relevantes encontrados foraan os seguintes: 4) Os enfermeiros des servigos médicos (me- dicing, especialidades médicas e pediatria), est20 lobalimente mais satisfeitos com a supervisio clinica do que os enfermeiros que trabalham nos restantes servigas, ) Quanto mais novos sio os enfermeiras mais satisfetos esto cam 0 acompanhamento das pra- tices de supervisio, ay ¢) Os enfermeiros com menos tempo de serv ‘ga nas unidades de cuidados esto mais satisfeitos 28 nfo tém significado estatistico, podendo afir- ‘mar-se, que o nivel de satisfagio com a supervisio clinics nio varia na ordem inversa do tempo de igo nem da idade do enfermeiro, ) Nao existem diferengas estatisiicamente significativas ao nivel da satisfac visio, consornte o tipo de horirio praticado pelos enfermeitos supcrvisados. ©) O nivel de sutisfagio com a supervisto elie nica dos enfermeiras & em média maior quando estes no se encentram a realizar um curse mas, as diferengas encontrads nfo 18m significado es tatistico 4) Os enfermeiros apresentam, em média, um valor mais elevado de satisfaro com a supervi- so, do que os enfermeiros com outras categorias profissionais. sao clinica, No entanto, as difesen- (0 com a super Outro dado fundamental « reter deste estudio 60 facto dos supervisindos avaliarem muito f- ‘voravelmente a qualidade da supervisto realizada pelos supervisores das respectivas priticas profis sionais. Os supervisandos auto-avaliam, também, muito favoravelmente 2 sua qualidade profissio nal e, conseguentemente, as suas praticas. Este sentimento ¢ refortado pelo facto de dos inguiridos consideram que @ super- visio contribuiu para @ sua elicigneia efieicia profissional través do quadro J, que congrega as unida- es de repisto obtidas apds recurso 2 andlise de conteride das respostas obtidas e. fdamentados 1g “supervision alliance mode!" de Proctor (1986, 200%), pademos verificar que os supervisandos vvalorizaram preferencialmente como contributos fandamentais os aspectos fosmativos: orientagio profissioml, effexio sobre préticas e orientagio, ‘motivagio para actualizacao profissional. critica constrativa o supervisor cosmo referencia © exempio profissional, conhecimentos cientificos profissionais, Dentro dos axpectos encorajedores! reslautntivos velorizaram os reforgos positives ea para autonomia e seguranga. lise Qusiko 1: Distbuigto das uniddes de regio, quan 20s Conbulos de superviso paraerethoria defi ein fads snperviandes coro profsionns Tae ona conte midds de rexise dese Rflexiosobe pratoas ee tego profs 6 Motiv para actualizasto profissonal 4 Anilise ena consratva 4 Aspectos foomatives! | Coabechnentus cents ceeatvos | prossionsis Supervisor come rfertacia e exemple prfssonal Definigd inividualizada de cetratias 1 Sibwal 5 w ‘Aspwctos | Conti para antonorin © encom: | segurange 2 tivos | Reforgs posives 2 Sioa Tusl Dos 90 enfermeitos inquiridans, 23 nao explici- taram quais os aspecios que consideravam impor antes pe ‘0 elinica, Através do qua ‘dno 2, que congrega as unidades de registo obtidas pds recurso a andlise de eontetido das respostas obtidas e, ainda, fundamentadas no “supervision alliance model” de Proctor (1986, 2001), pode: ns Verificar que os aspectos formativos foram 0s ‘mais valorizados pela nossa amostra contabilizan: do 64 unidades de rogisto, Os aspectos mais vezes dos foram 2 orientagéo profissional, 2 comu: ‘4 motivag2o profissional, a Hideranga © a competéncia profissional Inversamente, os aspectos considerados menos. importantes foram os encorajadores ¢ restaurati- ‘vos, elaramente minoritirios averbando apenas 24 segistos, contrasianda as ideias de Proctor (1986, 2001), que valoriza primordialmente a fungtio restaurative, aquela que di apoio 20 profissional e atcibui prioridade as necessidades emocionais do profissional de enfermagem. Dentro desta unidade \ 4 de contexto, as unidades de registo maigjeitadys foram o selacionamento interpessoalinteruda je isponibilidade para ouvir e a empatia, Unidades de repisto, relacionadas com asp (os normativos, comin a imparcialidade, avaliagao de priticas profissionsis, delinigio de objectives, gestio de conflitos e entrevistas de orientago fa ram eacontrados em 35 registos. Quads 2: Diss das widades de regis, os ovis considers imporentes no proces de supervise Traded te aia ontet “Unidos de est ode ro ‘Grienagio profesional rm Motivagiopefissioral w Aspects | Tider 5 format educativos | Competincis profssonal 1 Espirito de eine 6 efleno sobre prions 3 Aerara ans dees 2 Saba @ TRelcionameniointerpessoia- Aspetos | tej “ resiesiaura: | Disponibidideds para exvir pata 3 Sib al = Tiaparialidade ‘valingb de paticas profs sionals 4 Aspesos romativas | Definigto de objecivos 5 esto de conties 6 nevis de ovieatagto Sha = Toul a Por outro lado, 0s inquiridos referiram que as caracteristicas que mais apreciam nos seus supervisores sto, por ordem decrescente: a dis ponitilidade para estar com os colepas e ouvir, a ‘competéncia profissional, « simpatia, a imparcia- lidade, a compreensio, a capacidade de didogo, ‘ copacidade de lideranga © gestdo de conilites, 8 organizagio, a sinceridude, 0 dinamisma e o esp rito de equipa Por outto lado, no upreciam que os seus su- pervisores sejam demasiado flexive sivos, desorganizados, revelem pouca eapacidade de lideranga e baixo nivel de exiyncia, Menos referides mas, também pouco apreciados pelos supervismdos ¢ x falta de dislogo, a parcialidade 1a avaliago, a incapacidade para gerir conflitos & supervisionar, a incompeténeia técnica ¢ falta de objectividade. CONCLUSAO 0 estudo realizado permitiu verificar que os ‘enfermeicos identificam 2 superviso clinica, com uum processo de supervisdo adiministrativa ¢, fre= quentemente, associado a0 processo ée aveliago die desempenho profissional dos enfermeiros. A insuficient diferenciagio entre supervisio admi- nistrativa e supervisto clinica pads condicionat jnremediavelmente a diseussio sobre a supervisio clinics, comprometendo o seu sucesso © conde- nankdora ao fracasso em muitas organizagdes, pelo que, & sus irmplementagio implica urgentemente: sensibilizaeio, definigao de um modelo, dfinigio do perfil dos supervisores, formagao «, finalmen- 1c, 2 implementagso éa supervisio clinica 2 realizagio deste trabalho permite-nos con- cluir,igualmente, que existem muilas perspee- tivas inleressamtes para naves estudos, dada a incipiomte fase em que se encontra a supervisio i das préticns © « multiplicidade de fectores que a influeneiam, ‘Atendendo & que tendencialmente os ent ieitos chefes apresentaram niveis de satishagao com & suporvisio das priticas mais baixos, dadas as responsabilidades acrescidas que detém no sei da organizagio era imporiante aprofundar as sas destes indises de satisfac mais baixos, {enlado perceber se si factores intrinseces ov condicionantes orgenizaciomais que terdo infiucn- indo estes resultados Outro campo de pesquisa importante prende ‘com @ formagio profssional © a sua influénein no desenvolvimento des pritivas ¢ da supervisto el nics, A andlise dos resultados indicia que o nivel de satisfagdo com a supervisto clinica dos enfer eros é erm média maior quando estes nao se e contra a realizar Cursos ainda que, os resultados 3 btidos nd sejam estatisticamente significatives. vas mudangas nas instituigdes dependem no 6 dos profssionais, da sue formaggo e da trans- Fonmagio de préticas, mas também da organiza a0 de instituiedo, Por i880 2 formagio deve investi ‘nos projectos das insituigdes e nfo ser concebida 4b margem destes, Trabalhar ¢ formar nfo podem fer actividades distintas, pois « formagdo pode © eve ser festa no quotidiano © deve ser um Pro cesso permanente, Dai que convém que scjam os proprios profissionais & determinar as necessiday es de formagae continua com base aos proble- mas € na organizagfio das suas instituigSes. Bste ¢ tamiiém uns importante eampo de pesquise ase se abre, ‘Acreditamos que a superviséo é uma area emergente de intervencZo para os enfermeitos, om um potencial enorme ¢ um campo de ttubae qho a explorar e desenvolver, uma drea pertinente te sensivel e um enorine desafio para 08 profissie sens, para as organizacbes © para os responsaVeis elas politicas de saéde, para que mum esfervo Poncertada de vontades seja possivel implementr tum processo de supervistio clinics de priviess de enfermagem, REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS. Apart, ison 2001s), Kei, foraaso ¢ beth ds er else exoacias santas dos enemiciros, Csi ‘re: Porras 2 Bu, SNORE, ils (20015) Metodafonas do Easing de Especial Fane ae eegager, potas caro dis ess ete SG ES Cen em Enea do esr om Soper cio: Univeniads de Aa nt, ison 202) Saperist Ciinon en ener pe aaa era frmagao e romovers cutie, Revise Siesta, 43 (12, 00. 9-57 _ADREL, Wom (2003). Supervsf,quaiedecensinos sc Scop eagle msde, Cis: Formas. 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