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ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS: ESTUDO DE CASO NO

DEPARTAMENTO DE CONTROLE ESTOQUE EM UMA INDÚSTRIA


DE MÓVEIS PLANEJADOS EM AMPÉRE NO SUDOESTE DO PARANÁ
Jackson Rafael Veloso dos Santos1
Luiz Alves Feitosa Filho2
Keitilanger Grisa Hahn3

Resumo: O presente artigo ressalta sobre a proposta de melhoria sobre a


administração de materiais em uma Indústria de Móveis Planejados na ci-
dade de Ampére no Sudoeste do Paraná, tendo como objetivo realizar um
estudo de caso sobre organização de almoxarifado por meio de ferramen-
tas específicas de gestão de estoque. Os estoques de matérias e suprimentos
que a empresa mantem é extremamente necessária para seu funcionamento.
Assim, uma boa organização de estoque reflete em bons resultados para a
empresa em todos os aspectos. Frente a essa problemática a pesquisa procu-
ra evidenciar formas de organização, armazenamento, mudanças de layout,
sistemas de localização de estoque e classificação e codificação dos materiais.
Em relação a metodologia será usada, método indutivo, pesquisa aplicada,
quantitativa, qualitativa. exploratória, bibliográfica e secundárias e primá-
rios. Frente a essa análise, o desperdício de tempo foi um dos principais pon-
tos que a analise pode mostrar devido ao mau formato de layout do setor que
é um dos grandes fatores que contribuem para gerar os erros de falta e troca
dos acessórios onde os colaboradores têm de refazer os pedidos de clientes,
pelo motivo da troca e falta dos itens nos pedidos dos mesmos e também foi
acrescentada a pesquisa umas das ferramentas utilizadas em organizações
em questões de qualidade que é o Diagrama de Pareto que contribuiu para
quantificar esses erros para uma melhor visualização, analises e tomadas de
decisões. Resultado, houve aplicação de codificação dos materiais no setor, e
propostas de melhorais referentes a mudanças do layout e sistema de locali-
zação dos itens, para a diminuição das trocas e falta dos produtos.
Palavras-chave: Administração de materiais; Almoxarifado; Layout; Siste-
mas de localização; Diagrama de Pareto.

1 Acadêmico da FAMPER - jackson.veloso@hotmail.com


2 Professor da FAMPER – profeitosa55@hotmail.com
3 Professora da FAMPER – keitigh@hotmail.com

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INTRODUÇÃO

O mercado se comporta em relação às políticas de estoques com gastos ra-


cionalizados, faz com que as organizações busquem fortes mudanças e va-
riações para implantar métodos para trabalharem com estoque mínimo, ou
seja, buscam sempre seu limite.
Os conceitos de estoques de matérias prima que se tinha era um galpão
enorme e desorganizado, com uma alta quantidade de materiais suficientes
para atender a demanda da produção por um longo tempo. Esse conceito de
estoques, no entanto, mudou.
As empresas estão cada vez mais se aprofundando em técnicas apuradas
e melhorando sua maneira de gerenciar estoques. Para Dias (2005) sem esto-
que é impossível uma empresa trabalhar, pois ele funciona como amortece-
dor entre a produção e a entrega do produto.
Esta maneira encontrada pelas empresas de controlar seus estoques é ne-
cessária, o controle eficiente pode resultar na redução de custos e no aperfei-
çoamento do desempenho da organização, quando é adequadamente enten-
dida e executada.
Para a realização deste artigo buscaram-se informações sobre a adminis-
tração de matérias, dentre estas seus conceitos, incluindo estoques, almo-
xarifado, ferramentas de gestão de estoques, layout e localização da área de
materiais, sistemas de localização e classificação e codificação de materiais.
Também foi necessário buscar conhecimento de ferramentas da qualidade
como o Gráfico de Pareto.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/ REVISÃO DE LITERATURA

A administração dos materiais é a atividade que tem como função principal o


gerenciamento do fluxo de materiais nas organizações, desde a saída do forne-
cedor até o consumidor final, de forma em garantir que atividade da empresa
“produção e venda” nos quais possam atingir seus objetivos estratégicos propos-
tos pela organização.
Qualquer atividade industrial requer materiais e suprimentos
com os quais possa trabalhar. Antes que uma simples engrena-
gem possa começar a girar, no processo da manufatura, os ma-
teriais devem estar disponíveis e deve haver a certeza de que o
suprimento será continuo, para satisfazer as necessidades e o
programa de produção. A qualidade dos materiais deve ser ade-
quada ao propósito a que se destinam e apropriada ao processo e
equipamento que se está empregando. A deficiência em qualquer
um destes pontos poderá provocar demorar onerosas (com o

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custo frequentemente excedendo, por larga margem, o valor dos
próprios materiais), produção ineficiente, produtos inferiores, o
não cumprimento de promessas de entregas e clientes insatisfei-
tos. (HEINRITZ, 1988. p. 15).
Entretanto, a administração de materiais envolve as atividades de controle de
produção, compras, controle de estoques, movimentação dos materiais, tráfego,
recebimento, embarque e armazenamento. Apesar da importância desta ativi-
dade são poucas as empresas que praticam e utilizam de uma forma estruturada
a empresa.
Administração de materiais é uma função coordenadora respon-
sável pelo planejamento e controle do fluxo de materiais. Seus
objetivos são: maximizar a utilização dos recursos da empre-
sa; fornecer o nível requerido de serviços ao consumidor (AR-
NOLD, 2008, p.26).
A finalidade da administração de materiais é assegurar o abastecimento
continuo necessário e capaz de atender as necessidades da empresa.
Reduzir custos contribui diretamente para o lucro. Aumentos
em vendas fazem crescer os custos diretos de mão-de-obra e de
material, de modo que o lucro não pode crescer diretamente. A
administração de materiais pode reduzir custos pela certeza de
que os materiais certos estão no local certo, no tempo certo, e
que os recursos da empresa são utilizados corretamente (AR-
NOLD, 2008, p.28).
A administração de materiais é ainda apresentada por Arnold (1999) como
o objetivo da maximização do uso dos recursos organizacionais e o forneci-
mento de um nível da demanda de serviços ao comprador.
É desnecessário repetir a sua importância, pois já e do conheci-
mento de qualquer gerente de materiais. Mas realmente, o que
é importante não é o estoque segurança em si, mas quanto de
estoque de segurança e necessário para cobrir alguns atrasos por
parte do fornecedor para a empresa continuar operando. Estoque
bem os casulos no ponto de pedido, os cálculos do lote de compra
e use o seu poder de compra. Assim divulga. (DIAS, 2005. p. 310).
O objetivo principal das empresas é, sem dúvida, maximizar o lucro sobre
o capital, seja em fabricas, equipamentos, financiamento de vendas, reservas
de caixa ou estoque (VIANA, 2000).
Esse fator é muito fundamental para todos ganharem e começarem uma
boa negociação que vai complementar com seus conhecimentos na área para
fazer uma avaliação de mercado em busca de melhoria para sua organização.
A função da administração de estoques é maximizar o efeito lu-
brificante no feedback de vendas e o ajuste do planejamento da

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produção. Simultaneamente, a administração de estoques deve
minimizar o capital total investido em estoques, pois ele é caro
e aumenta continuamente, uma vez que o custo financeiro au-
menta. Sem estoque é impossível uma empresa trabalhar, pois ele
funciona como amortecedor entre os vários estágios da produ-
ção até a venda final do produto. Quanto maior o investimento
nos vários tipos de estoque (supondo que este estoque seja o es-
tritamente necessário), tanto maior é a capacidade e a responsa-
bilidade de cada departamento. (DIAS, 1995, p. 19).
Por sua vez, a administração de materiais, é responsável pelo controle e pla-
nejamento do fluxo de materiais que chegam à empresa por meio de seus forne-
cedores ou saem dela para seus clientes.
As necessidades dos clientes, tanto internos como externos, de-
vem ser analisadas para que a empresa avalie se poderá atendê-
-las a partir dos estoques existentes ou se terá de iniciar um pro-
cesso de reposição de material por meio de compra, em se tratan-
do de produtos fornecidos por terceiros, ou de produção, no caso
de produtos fabricados internamente pela empresa. (MARTINS,
2005. p. 262).
Os estoques são referenciados nas empresas como toda a reserva física da
organização, o armazenamento de todos os insumos que serão utilizados no
processo produtivo ou dos produtos acabados. Isto significa que o estoque é
um dos elementos mais importantes da eficácia operacional. Portanto;
Os estoques são materiais e suprimentos que uma empresa ou
instituição mantém, para vender ou para fornecer insumos ou
suprimentos para o processo de produção. Todas as empresas e
instituições precisam manter estoques. Frequentemente, os es-
toques constituem uma parte substancial dos ativos totais (AR-
NOLD, 2008, p.265).
Para complementar, segundo Baily (2000, p. 144) diz “O estoque é ainda
um elemento importante da eficácia operacional e, frequentemente, aparece
no balanço como item mais expressivo do ativo circulante, representando
muito dinheiro”.
Para Slack (2009, p. 381) “[...] estoque é definido como a acumulação arma-
zenada de recursos materiais em um sistema de transformação”, [...] além de
destacar sobre os estoques como “qualquer recurso armazenado”.
Segundo Moreira (1993, p. 463) [...] os estoques são quaisquer
quantidades de bens físicos que sejam conservados, de forma im-
produtiva, por algum intervalo de tempo; constituem estoques
tanto os produtos acabados que aguardam venda ou despacho,
como matérias-primas e aguardam utilização na produção.

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Cada empresa tem sua própria maneira de organização e conhece cada
vantagem e desvantagem de manter seus estoques, porém é comum a todas
elas a definição que os estoques custam caro e representam um investimento
de capital alto, e por isso devem cuidadosamente zelados por seus adminis-
tradores.
[...] no momento atual as mercadorias, as matérias-primas, os
materiais, os equipamentos etc. em estoque numa empresa in-
dustrial, comercial ou em outros ramos de atividade humana,
valem tanto ou mais do que dinheiro depositado em estabeleci-
mentos de crédito [...] (ARAÚJO, 1973, p. 186).
Os estoques podem ser encarados como válvulas nas empresas, pois são as
que regulam os abastecimentos dos setores, sendo a sua principal função de
controlar, policiar e manter o necessário entre as necessidades para o consu-
mo e a aquisição dos materiais.
A saúde e a vida de uma empresa, ou seja, a sua estabilidade fi-
nanceira e os lucros necessários ao seu desenvolvimento, estão
intimamente relacionados e dependentes de um bom trabalho de
controle dos seus estoques. (ARAÚJO, 1973. P. 187).
Os estoques podem ser classificados de várias maneiras. Um exemplo, em
uma organização os materiais passam por ela e dela saem para satisfazer as
necessidades dos clientes.
O almoxarifado pode ser definido como o local destinado a guardar e
conservar os materiais, em um local coberto e adequado, para garantir a pre-
servação dos produtos e aguardando seu uso (VIANA, 2002);
Impedir divergências de inventário e perdas de qualquer nature-
za é objetivo primordial de qualquer almoxarifado, o qual deve
possuir condições para assegurar que o material adequado, na
quantidade devida, estará no local certo, quando necessário, por
meio da armazenagem de materiais, de acordo com normal ade-
quada, objetivando resguardar, além da preservação qualidade,
as exatas quantidades. (VIANA, 2002, p. 272).
Para complementar, segundo Dias (1995, p. 15). “O almoxarifado é o
responsável pela guarda física dos materiais em estoque, com exceção dos
produtos em processo. É o local onde ficam armazenados os produtos, para
atender a produção e os materiais entregues pelos fornecedores”.
O almoxarifado tem objetivo a serem almejados, para Lopes et. AL (2006,
p. 149), podem ser citados, como;
- Impedir divergências de inventários, seja devido ao processo de
deterioração, danos físicos, perdas ou roubos. Para tanto deve-se
possuir condições (instalações adequadas, sistema de localização

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eficiente, mecanismos de movimentação compatíveis) para asse-
gurar que o material adequado, na quantidade correta, esteja no
local certo, quando necessário;
- Otimização na utilização de recursos (instalações, equipamen-
tos de armazenagem, equipamentos de movimentação, pessoas,
entre outros).
Dessa forma, a eficiência nessa área proporcionará a empresa ganhos re-
lativos a tempos de trabalho, sendo que a distribuição interna deve ser ágil,
no que implicará no tempo de reposição dos materiais. Para Viana (2009, p.
117) defini que “a gestão é um conjunto de atividades que visa, por meio das
respectivas políticas de estoque, o pleno atendimento das necessidades da
empresa, com máxima eficiência e ao menos custo, através do maior giro
possível para o capital investido em materiais”.
Conforme DIAS (1995), a localização da área de materiais deve ser bem
especifica e clara no layout organizacional, tendo perfeita identificação da
alocação de cada elemento.
“[...] um bom layout é aquele que facilita o trabalho, diminui os
custos, racionaliza o espaço e possibilita rápida identificação dos
materiais, bom armazenamento, facilidade de retirada do esto-
que e gestão focalizada, isto é, boa visualização do almoxarifado
[...]”. (MARTINS, 2005, p. 270).
Um layout da área de matérias bem estruturado poderá favorecer na fle-
xibilidade do processo, principalmente a partir de uma administração dos
fluxos da mercadoria, como sendo um importante maximizado de valor no
processo como mostra a Figura 3 abaixo. Portanto;
Os princípios para um bom layout são o dimensionamento ade-
quado dos corredores e das outras áreas, considerando o fluxo
e o volume de materiais e lugar apropriado para extintores de
incêndio e outros equipamentos de segurança. Devem ser verifi-
cados os condicionantes do arranjo físico como altura do estoque
e colunas, entre outros. [...]. (MARTINS, 2005, p. 270).
Quanto ao objetivo da localização de estoque é registrar o local dos itens
no almoxarifado, que tem por finalidade de identificar, pois esses materiais
representam o capital da empresa.
Complementando, “um esquema de localização tem por finalidade estabe-
lecer os meios necessários e proporcionar facilidades em identificar imedia-
tamente o endereço da guarda do material no almoxarifado, de acordo com
Viana (2006, p. 352)”.

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Figura 3 - Exemplo de layout de almoxarifado

Fonte: (MARTINS, 2005. p. 176).

A maneira pela qual as matérias são localizadas e estocados tem grande


influência sobre como serão efetivamente utilizados os espaços necessários
para a guarda dos mesmos. Desta maneira,
As prateleiras devem ser identificadas por letras, cuja sequência
deve ser iniciada em A no sentido baixo para cima da estante e
o escaninho por números no sentido corredor principal para a
parede lateral. (DIAS. 2009, p. 177).
Normalmente as indústrias usam um tipo de localização, que seria a lo-
calização fixa, onde os produtos sempre são estocados no mesmo local. Caso
não tenha produto, seu espaço permanecera vazio, até o mesmo ser reposto
em estoque. Para Dias,
[...] neste sistema é determinado um número de áreas de estocagem
para um tipo de material, definindo-se, assim, que somente mate-
rial deste tipo poderá ser estocado nos locais demarcados. Com
esse sistema, corre-se o risco muito grande de desperdício de áreas
de armazenagem; em virtude do fluxo intenso de entrada e saída
de materiais [...]. (DIAS, 2009. p. 178).
O resultado de uma boa localização resulta na organização no setor de
estoques da empresa, criando uma padronização do controle do estoque.
Para Dias (2009, p. 177), “As estantes deverão ser identificadas por letras,
conforme a Figura 4, cuja sequência deverá ser da esquerda para a direita em
relação à entrada principal [...]”.
Além das vantagens de um sistema de localização, existem métodos de
classificação, onde é possível fazer um controle eficiente dos produtos arma-
zenados, e ter uma operacionalização do almoxarifado de maneira correta.

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Figura 2 - Exemplo de sistema de Localização

Fonte: (MARTINS, 2005. p. 177).

Para DIAS, (2009), “O objetivo da classificação de matérias é definir uma


catalogação, simplificação, especificação, normalização, padronização e co-
dificação de todos os materiais componentes do estoque da empresa. [...]” (p.
178).
Um sistema de estoque deve ter uma locação ou endereçamento próprio
para cada estocagem, mais para isso deve-se ter uma boa classificação em
seus produtos, para que os mesmos não sejam confundidos com outros.
Classificar um material, então é agrupá-lo segundo sua forma,
dimensão, peso, tipo, uso etc. A classificação não deve gerar con-
fusão, ou seja, um produto não poderá ser classificado de modo
que seja confundido com outro, mesmo sendo este semelhante. A
classificação, ainda deve ser feita de maneira que cada gênero de
material ocupe seu respectivo local. Por exemplo: produtos quí-
micos poderão estragar produtos alimentícios se estiverem pró-
ximos entre si. Classificar material, em outras palavras, significa
ordená-lo segundo critérios adotados, agrupando-o de acordo
com a semelhança, sem, contudo, causar confusão ou dispersão
no espaço e alteração na qualidade. (DIAS. 2009. p. 179).
A codificação é responsável por ter todas as informações necessárias por
meio de números ou letras. Os mais comuns são por meio alfabético, alfanu-
mérico ou numérico. O sistema numérico conforme Martins (2005) tem a
seguinte estrutura, conforme a Figura 3 abaixo:
Complementando, para Martins [...] ele pode ser subdividido em subgru-
pos e subclasses de acordo com a necessidade da empresa e do volume de in-
formação que se deseja obter de um sistema de codificação. [...] (MARTINS,
2005, p. 181).

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Figura 3 - Exemplo de sistema numérico

XX – XX – XXXXXX – X

Dígito de controle
Código de identificação
Classe
Grupo

Fonte: Adaptado MARTINS (2005. p. 181).

A qualidade tornou-se simplesmente o fator mais significativo, conduzin-


do empresas nos mercados nacional e internacional ao êxito organizacional
e ao crescimento. Sendo assim;
Esse aspecto se torna tão importante que já em 1980 os fabricantes
de veículos japoneses, antes vistos com pouco caso pelos fabrican-
tes americanos, se tornam extremamente competitivos no mer-
cado, criando dificuldades de venda para os veículos dos demais
fabricantes mundiais. (MARTINS, 2005, p. 498.).
Os conceitos da qualidade mudaram consideravelmente ao longo do tem-
po. De simples operações em processos de manufatura, direcionadas para
produzir pequenas melhorias localizadas, a qualidade passou a ser conside-
rado um dos elementos fundamentais da gestão das organizações.
O conceito de que é a qualidade é importante, surge em 1970,
com o renascimento da indústria japonesa que, seguindo os pre-
ceitos do consultor americano W. E. Deming faz da qualidade
uma arma para a vantagem competitiva. (MARTINS, 2005, p.
498.)
Manter e aperfeiçoar a qualidade dos produtos e serviços é de extrema
importância para as organizações. Qualidade é muitas vezes empregada com
o significado de excelência de um produto ou serviço.
Segundo Rebello (2005), há muitas ferramentas que podem ser utilizadas
na implantação e consolidação da Qualidade Total no processo de gestão da
qualidade e produtividade de uma instituição, tais como: Metodologia do
Programa 5S, Método PDCA, Diagrama de Pareto, Fluxograma, Diagrama
de Ishikawa (Espinha de peixe), Histograma, Formulário de Dados, etc.

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De acordo com Carpinetti (2010) as ferramentas de qualidade têm por
objetivo principal auxiliar o processo de melhoria continua, ou seja, identi-
ficar os problemas, identificar suas causas, e analisar as possíveis melhorias
visando a eliminação ou minimização dessas causas, implementando e veri-
ficando os resultados.
Segundo Vasconcelos (2009) o Diagrama de Pareto é uma das ferramentas
mais utilizados no controle da qualidade, é também conhecida como a regra
do 80/20, onde os 80% dos problemas são geralmente causados por 20% dos
fatores.
Para Carpinetti (2010) o Principio de Pareto afirma também que entre
todas as causas de um problema, algumas poucas são as grandes responsáveis
pelos efeitos indesejáveis do problema, ou seja, logo se forem identificadas no
inicio, será possível de eliminar quase todas as perdas por meios de um pe-
queno numero de ações. De acordo com Vasconcelos (2009) essa ferramenta
é útil para identificar e priorizar os problemas mais graves nas organiza-
ções. Ele é formado por um gráfico de barras que ordena as frequências das
ocorrências da maior para a menor, priorizando os problemas mais graves.
Conforme a Figura 4 abaixo;
Figura 4 - Diagrama de Pareto

Fonte: Adaptado Vasconcelos (2009).

METODOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia descreve a forma que esta pesquisa foi elaborada, apresen-


tando a definição do tipo de pesquisa descrita e os métodos de pesquisa, sendo

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especificado cada um deles, os quais proporcionaram a obtenção dos resulta-
dos propostos pela pesquisa.
No conceito de Gil (2009, p. 17):
A pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos conheci-
mentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técni-
cas e outros procedimentos científicos. Na realidade, a pesquisa
desenvolve-se ao longo de um processo que envolve inúmeras fa-
ses, desde a adequada formulação do problema até a satisfatória
apresentação dos resultados.
Para avaliar as necessidades que o setor de almoxarifado da Indústria de
Móveis Planejados estudada, foi utilizados métodos de pesquisa, os quais
fornecem estrutura para o desenvolvimento da pesquisa, nos quais foram
utilizados os seguintes.
O método cientifico adotado para a pesquisa foi o método indutivo, que de
acordo com o FAMPER (2007, p. 12) é o método indutivo que parte de dados
particulares, suficientemente constatados, inferindo uma verdade universal,
não contida nas partes examinadas. Seu objetivo é levar as conclusões cujo
conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se baseavam.
Do ponto de vista da natureza da pesquisa, foi consultando o manual da
FAMPER (2007, p. 6) e esta pesquisa foi identificado por abordar pesquisa
aplicada, “objetiva gerar conhecimentos que tenha aplicação prática volta-
da à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais”
Quanto à forma de abordagem do problema, a pesquisa é quantitativa e tam-
bém qualitativa.
Segundo o Manual da FAMPER (2007, p. 06), “avaliar tudo que pode ser
quantificável, ou seja, traduzem em números opiniões e informações para
posteriormente classifica-las e analisa-las. É necessário o uso de recursos e
técnicas estatísticas”. Já a interpretação dos fenômenos e a atribuição de sig-
nificados são fontes básicas no processo de pesquisa qualitativa. “O ambiente
natural pode ser considerado como a fonte direta para a coleta de dados e o
pesquisador é o intrometo-chave”, (SILVA; MENEZES, 2001, p. 21).
A pesquisa utilizada foi a de característica exploratória, a qual segundo o
manual da FAMPER (2007, p. 06), “tem como objetivo proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vistas a torna-lo mais explicito ou a
construir hipóteses. Portanto, visa um aprimoramento das ideias e possuem
um planejamento bastante flexível. Envolvem: levantamento bibliográfico,
entrevistas com pessoas envolvidas com o problema da pesquisa, bem como
análises de exemplos que estimulem a compreensão”.

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A pesquisa exploratória tem como objetivo principal o aprimoramento de
ideias ou a descoberta de intuições. Para Gil (2009);
Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que
possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos
ao fato estudado. Na maioria dos casos, essas pesquisas envol-
vem: (a) levantamento bibliográfico; (b) entrevistas com pessoas
que tiveram experiências praticas com o problema pesquisado;
(c) análise de exemplos que “estimulem a compreensão” (p. 41).
A pesquisa do ponto de vista dos procedimentos técnicos foi à bibliográfi-
ca, citando ideias de autores, e através de dados da empresa em estudo.
Segundo manual da FAMPER (2007, p. 07), “em quase todas as pesquisas é
necessários trabalhos de ordens bibliográficas, mas existem algumas que são
realizadas somente a partir de fontes bibliográficas”.
O desenvolvimento deste trabalho foi realizado com base em pesquisas
secundárias, pois houve recurso ao acervo bibliográfico existente sobre a in-
dústria moveleira através do estudo de como envolvimento das pessoas nas
empresas.
A pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hi-
pótese) por meio de referenciais teóricos publicados, analisando
e discutindo as várias contribuições científicas. Esse tipo de pes-
quisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pes-
quisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado
o assunto apresentado na literatura científica. Para tanto, é de
suma importância que o pesquisador realize um planejamento
sistemático do processo de pesquisa, compreendendo desde a de-
finição temática, passando pela construção lógica do trabalho até
a decisão da sua forma de comunicação e divulgação (BOCCA-
TO apud PIZANNI; BELLO; SILVA. 2006 p. 266).
Segundo Gil (2002) a pesquisa bibliográfica é feita através de material já
constituído, como livros e artigos científicos. de diversas posições sobre o
problema da pesquisa a ser realizada. 
A pesquisa exploratória pode a ser explorada dentro da empresa, obser-
vando como eram os métodos de elaboração das atividades práticas, até al-
gumas delas serem executadas para um melhor conhecimento das mesmas.
O objetivo de uma pesquisa exploratória é familiarizar-se com
um assunto ainda pouco conhecido, pouco explorado. Ao final
de uma pesquisa exploratória, você conhecerá mais sobre aquele
assunto, e estará apto a construir hipóteses. Como qualquer ex-
ploração, a pesquisa exploratória depende da intuição do explo-
rador (neste caso, da intuição do pesquisador). Por ser um tipo de
pesquisa muito específica, quase sempre ela assume a forma de
um estudo de caso (SANTOS, 2008, p.01).

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A pesquisa descritiva veio contar com a colaboração da gerencia e tam-
bém dos colaboradores de como são exercidas as atividades na empresa dia-
riamente, de como a qualidade é desenvolvida e com essas informações re-
passadas se deu o desenvolvimento do trabalho.
[...]. Ao final de uma pesquisa descritiva, você terá reunido e ana-
lisado muitas informações sobre o assunto pesquisado. A dife-
rença em relação à pesquisa exploratória é que o assunto pesquisa
já é conhecido. A grande contribuição das pesquisas descritivas
é proporcionar novas visões sobre uma realidade já conhecida
(SANTOS, 2008, p. 03).
Pode-se definir como uma característica dessa pesquisa tende a lidar com
amostras de porte pequenas e semelhantes, ela também procura fornecer
uma descrição completa dos fenômenos. (FERNANDES; GOMES, 2003).
 A realização da pesquisa se dará pela leitura e seleção de diversificadas
obras e autores que fundamentarão a temática podendo ser consultadas em
arquivos da empresa, documentos e relatórios e sites da instituição.A obser-
vação também é uma técnica propicia em estudos e coletas de dados para as
pesquisas em estudo de campo como no caso deste trabalho.
Para este trabalho a observação e transcrição desta ocorreram de forma
assistemática, ou seja, uma técnica de observação não estruturada, informal,
simples e livre, onde observador recolhe e registra os fatos da realidade, sem
a utilização de meios técnicos especiais (LAKATOS, 2010).

INTERPRETAÇÃO DE DADOS

O setor de almoxarifado tem como responsabilidade de controlar o estoque


da empresa. A parte de acessórios é dividida em três partes, 1º parte – aces-
sórios para dormitórios e cozinhas (componentes maiores exemplos: dobra-
diças, corrediças, etc.), 2º parte - acessórios dormitórios e cozinhas (compo-
nentes menores exemplos: parafusos, cavilhas, etc.), 3º parte – arramados.
O estoque é controlado pela demanda da produção, onde é repassada dia-
riamente para o setor de compras a quantidade em estoque. É responsável
também pelo abastecimento da produção de matéria prima (fitas de bordas
cola para as coladeiras, etc.).
O setor de almoxarifado da empresa estudada. pode-se considerar uns dos
setores mais importantes da empresa, onde o mesmo tem como responsabi-
lidade de montar toda a linha de ferragens e acessórios para os móveis. No
setor é feita a separação dos itens por meio de etiquetas, que são entregues
pelo setor de PCP, como mostra a Figura 5 abaixo;

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Figura 5 - Etiquetas que contém pedidos dos clientes, para a separação dos aces-
sórios no setor de almoxarifado.

As etiquetas contém a carga que esta sendo produzida na produção e o


número do pedido, que simboliza o cliente, de acordo com a Figura 6 abaixo;
Figura 6 - Itens que compõem as etiquetas

Cada etiqueta que representa um pedido de cliente e irá conter todos os


acessórios do móvel que o mesmo comprou da empresa. Os colaboradores do
almoxarifado têm como função de fazer a separação destes itens, por meio
dessas etiquetas, conforme mostra a Figura 7;
Figura 7 - Etiqueta para a separação dos itens

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Uma grande perda de tempo no setor é devido à separação dos planos,
em média os colaborados demoram 44min27s. Onde para se analisar melhor
esse desperdício de tempo, foram cronometradas 5 (cinco) amostras de tem-
po em 5 (cinco) planos diferentes como mostra a Tabela 1;
Tabela 1 - Amostra de cronometragem de separação dos planos – 2016.

PLANOS CRONOMETRADOS
AMOSTRAS TEMPOS
1° 00:40:26
2° 00:55:08
3° 00:38:18
4° 00:45:22
5° 00:43:03
Média 00:44:27

Após esta separação dos planos e da separação dos acessórios os itens são
embalados em caixas de papelão, onde as são encaminhadas ao setor da ex-
pedição para ser carregada ao caminhão com destino ao cliente, conforme a
Figura 11 abaixo;
Figura 7 - Caixa de acessórios.

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O grande problema do setor de almoxarifado da é o retrabalho. Esse re-
trabalho acontece pelo motivo das assistências que ocorrem todo mês, devi-
do à falta e troca dos itens, que são enviados aos clientes.
Como mostra o Gráfico 1, pode-se perceber o grande número mensal-
mente de erros no setor.
Gráfico 1 - Almoxarifado – falta e troca de mercadorias.

Durante os meses de janeiro a outubro, nem um dos meses alcançou a


meta de 5 erros estipulada pelo setor de qualidade, todos os meses ficaram
acima do esperado, resultando um total de 191 erros durante o ano.
Para visualizar melhor a quantitativamente de quais os produtos com
maiores ocorrências de erros por falta e troca, foi utilizado o Gráfico de
Pareto. Para montar os gráficos foi necessário à utilização de relatórios de
assistências do setor de almoxarifado do mês de janeiro a outubro 2016, for-
necido pelo gestor de qualidade da empresa.
Primeiramente foram analisados graficamente os itens da Tabela 2 abaixo
os erros de falta de mercadorias, em um total de 154 (cento e cinquenta e
quatro) erros.

Mundo Contemporâneo em Revista | Número 05 – Volume 01 – 2016 99


Tabela 2 - Tabela De Falta De Mercadorias – 2016.

ACESSÓRIOS ANÁLISADOS TOTAL %acumulada %


DOBRADIÇAS 45 29% 29%
CORREDIÇAS 34 51% 22%
PUXADORES 19 64% 12%
KIT C/2 SUPORTES P/CABIDEIRO ALUM
11 71% 7%
ANOD
CALCO P/DOBR 9 77% 6%
SAPATA C/REGULAGEM BRANCA 7 81% 5%
KIT PUSH CURTO 13 mm 7 86% 5%
PISTOES A GÁS 6 90% 4%
DISPOSITIVO SLOW ALFA P/DOBR 5 93% 3%
KIT PUSH LONGO 36 mm 4 95% 3%
PE PLASTICO BRANCO C/6 UNIDADES 3 97% 2%
LUMINARIA CIRCULAR 2 99% 1%
KIT C/20 TAPA FURO ADESIVO 2 100% 1%
TOTAL 154

Gráfico 2 - Falta de mercadorias.

De acordo com o Gráfico 2 acima, as dobradiças, corrediças e puxadores so-


mam um total de 64% acumulado dos erros ocorridos, pois, os mesmo vêm em
grandes quantidades nos pedidos de clientes, podendo acontecer dos colabo-

100 Mundo Contemporâneo em Revista | Número 05 – Volume 01 – 2016


radores por distração ou algum outro fator, erarem na contagem dos mesmos,
ocorrendo o erro.
Outra análise a ser feita é em relação às trocas dos acessórios mostrados
da Tabela 03 abaixo, e representada no Gráfico de Pareto, que representam
no total 37 (trinta e sete) erros durante os meses de janeiro a outubro, como
mostra a Tabela 3 abaixo;
Tabela 3 - Tabela De Troca De Mercadorias – 2016.
%acumu-
ACESSÓRIOS TOTAL %
lada
DOBRADIÇAS 12 32% 32%
CORREDIÇAS 9 57% 24%
PUXADORES 7 76% 19%
CALCO P/DOBR 5 89% 14%
PISTÕES A GÁS 3 97% 8%
KIT C/20 TAPA FURO ADESIVO 1 100% 3%
TOTAL 37

Gráfico 3 - Troca de mercadorias.

Como mostra o Gráfico 3 de Pareto acima, o índice de 76% acumulado de


erros de troca de produtos ocorre com as dobradiças, corrediças e puxado-

Mundo Contemporâneo em Revista | Número 05 – Volume 01 – 2016 101


res. Devido a grande quantidade de diferentes tipos desses itens, os colabora-
dores podem ocasionalmente pegarem errado, ocasionando o erro de troca.
Todos os erros que acontecem no setor influenciam na insatisfação do
cliente, como mostra o exemplo a seguir na figura 10 onde o mesmo reclama
via e-mail, com o setor de qualidade, como mostra a Figura 8 abaixo;
Figura 8 - Exemplo de e-mail de reclamação de cliente ao setor de qualidade.

No e-mail o cliente reclama da falta e ainda de troca de itens, e pede com


a máxima urgência, para ser resolvido o problema. E isso gera para a empre-
sa, grandes perdas, além da insatisfação de seu cliente, o retrabalho e custos
dessas assistências, além de contribuir para o aumento de erros na produção
em geral, e na perda mensal de meta da empresa.

CONCLUSÃO

Conclui-se, para o melhoramento da produção e resolver o grande proble-


ma que é o objetivo principal da pesquisa, para eliminar os erros de troca e
falta de mercadorias.
Para solucionar a questão de codificação dos itens, foram criadas pla-
quinhas, com os códigos das matérias à descrição do produto e o código de
fornecedor, para melhor identificação dos produtos para evitar a troca de
produtos, onde os colaboradores podem confirmar os códigos dos itens de
suas etiquetas com as plaquinhas implantadas, gerando assim cerca de 60%
de confiabilidade de mandar para o cliente o item corretamente, conforme
mostra a Figura 9 a seguir, a proposta foi repassada aos gestores da empresa
onde aderiram à ideia;
Também foram implantadas as novas etiquetas nas mesas de produção.
Contribuindo aos funcionários a rápida localização dos materiais, contri-
buindo na porcentagem mencionada no texto acima, de confiabilidade de
mandar o item correto para o cliente, como mostra a Figura 10 em seguida:

102 Mundo Contemporâneo em Revista | Número 05 – Volume 01 – 2016


Figura 9 - Novas plaquinhas no setor de almoxarifado da empresa

Figura 10 - Novas etiquetas nas mesas de produção do setor de almoxarifado.

A partir disso, a ideia principal para possível redução dos erros no setor,
será de antes dos colaboradores começarem a fazer as cargas que vem do
setor de PCP, um colaborador seria responsável de fazer uma pré-separação
dos acessórios. Essa pré-separação seria dos itens com maiores frequências
de erros como inicio.
Para se aprofundar mais se seria possível gerar um relatório com os itens
que saíram nas cargas e suas respectivas quantidades, foi conversado com
o gestor do sistema da empresa, se seria possível emitir esses relatórios, o
gestor afirmou que seria possível, que o Sistema de Gestão ERP da empresa
possui um campo onde é possível adicionar a localização dos itens, podendo
gerar esse tipo de relatório de todos os acessórios que irão sair na carga.
Para isso ser possível, o primeiro passo a ser feito é a localização dos itens,
que logo após será adicionado ao sistema da empresa, cada item deve conter

Mundo Contemporâneo em Revista | Número 05 – Volume 01 – 2016 103


a identificação da rua e o numero da prateleira, contendo também os códigos
e descrição dos mesmos, como mostra a Figura 26 abaixo;
Figura 11 - Exemplo de localização dos itens.

Portanto, assim cada vez que o setor de PCP trouxe-se as cargas ao setor
de almoxarifado mostrado na Figura 6, tragaria também esse relatório como
mostra de exemplo a Tabela 5 abaixo;
Tabela 5 - Exemplo De Tabela De Pré-Separação Dos Acessórios – 2016.

CARGA: xxxx        
N
CÓD ITEM DESCRIÇÃO DO PRODUTO QTDE NECES RUA
PRAT.
XXXXXX CORREDIÇA X 5
F 4
XXXXXX DOBRADIÇA X 54
F 9
XXXXXX PUXADOR X 23
B 12
XXXXXX ACESSORIOS DIVERSOS 8
H 18
Conforme a Tabela 5 acima, o relatório contaria com a carga a ser feita,
o código do item, a descrição do produto a quantidade necessária que iria
ocupar na carga e a localização dos itens contendo a rua e o numero da pra-
teleira, para facilitar a busca dos itens no estoque, com rapidez e sem erros
para trocar de item.

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Dessa forma, o colaborador responsável de fazer essa separação teria o
tempo da separação dos planos mostrado na Tabela 1, para fazer a seleção
dos itens, onde o mesmo traria esses acessórios em cima das mesas como
mostra a Figura 12 abaixo;
Figura 12 - Exemplo de pré-separaçao.

Desta maneira, quando os colaboradores começassem a fazer o plano, mon-


tando os kits de ferragens, todos os acessórios necessários estariam em cima
das mesas, no qual favorecia na perda do tempo em ir buscar nas prateleiras
e também seria possível eliminar o grande problema do setor, que da troca
de materiais e falta.
Pois, o colaborador responsável por trazer os acessórios até as mesas, te-
ria que colocar a quantidade certa, por exemplo, caso um pedido de cliente
viesse pedindo 45 corrediças x, e o colaborador por algum motivo coloca-se
35 dentro da caixa, no final do plano essa corrediça tende a sobrar em cima
da mesa, no que se trataria de um possível erro.
Para se analisar melhor se o erro aconteceu mesmo, foi novamente con-
sultado o gestor de sistema da empresa, onde foi pedido se era possível gerar
um novo relatório, se seria possível saber sobre algum acessório do interesse
em quais pedidos ele saiu na carga. Com base no exemplo da corrediça, foi
emitido um relatório da corrediça x e de quais pedidos ela saiu na carga e da
quantidade por pedido, como mostra a Figura 13

Mundo Contemporâneo em Revista | Número 05 – Volume 01 – 2016 105


Figura 13 - Exemplo de relatório de quais pedidos saiu o acessório e de sua quan-
tidade.

Desta maneira, para concluir o exemplo da corrediça na acima, com esse


relatório os colaboradores podem pegar as caixas de acessórios dos respec-
tivos pedidos e ver qual pedido foi mandado corrediça com quantidade a
menos.
Esse tipo de método pode ser utilizado também no caso se houver troca
dos produtos, pois no final do plano algum acessório tende a sobrar em cima
da mesa, no caso seria um aviso de algo está errado, gerando assim mais 40%
de confiabilidade de acerto em mandar o item correto ao cliente, totalizando
100% de eficácia no setor.
Enfim, os colaboradores poderão achar o erro e não enviar ao cliente, eli-
minando os erros de troca e falta de acessórios do setor. Assim respondendo
a problemática da pesquisa.

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