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CNM

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CNM

A CNM e o Movimento 
Municipalista
Lutas, Conquistas e Perspectivas

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Federação Brasileira e Pacto Federativo

O Brasil é constituído da União, dos Estados, do


Distrito Federal e dos Municípios, todos entes
autônomos de acordo com a Constituição
Federal, art. 18.

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Cenário e Conflitos

Conflitos de competência

• A Federação Brasileira possui uma série de conflitos entre o


governo central e governos sub-nacionais.

Regulamentação do art. 23 da CF

• A não regulamentação do art. 23 da CF ocasiona conflitos de


responsabilidades e falta de definição de competências.

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Cenário e Conflitos
Divisão do Bolo Tributário

• Os números mostram que o crescimento das receitas dos


municípios deve-se ao aumento da arrecadação, mas a fatia do
bolo tributário que cabe aos municípios permanece a mesma.
1.000.000 15,9%
15,8%
800.000 15,8%
15,7%
600.000 16,0%
15,8%
400.000
200.000
-
2002 2003 2004 2005 2006 2007

Receita livre Carga tributária Total Distribuição


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Cenário e Conflitos

Divisão do Bolo Tributário

• Se incluirmos na conta as transferências vinculadas, de repasse


fundo a fundo, como FUNDEB, FNDE, FNAS e FNS(SUS), o valor
percentual atinge 19,5%.

Municípios 2002 2003 2004 2005 2006 2007 % total


Arrecadação própria 22.616 28.335 32.855 37.286 40.653 48.225 5,1%
(+) Transferências livres 54.726 60.451 69.339 81.734 91.338 102.467 10,8%
Receita livre 77.342 88.786 102.194 119.020 131.991 150.692 15,9%
(+) Fundeb/FNDE/FNAS/SUS 14.637 16.983 21.372 23.863 27.419 33.717 3,6%
Receita disponível 91.979 105.769 123.566 142.883 159.409 184.409 19,5%
Carga tributária total 490.767 556.151 651.811 755.543 832.836 945.679 100,0%

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Cenário e Conflitos

DISPUTAS FEDERATIVAS

Fundeb

O Fundeb, criado em substituição ao Fundef, trouxe mais impactos


negativos que benefícios. De um lado, ampliou o financiamento para
toda a educação básica, porém deixou muitos municípios com menos
recursos do que tinham antes.

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Perda de Receita com Fundeb

Se o Fundef estivesse em vigência em 2007, 1.875 municípios


“perderiam” receitas.
No 1º ano de vigência do Fundeb, 2.946 municípios receberam
proporcionalmente menos recursos do que receberiam com o Fundef
em relação às suas contribuições.

Quadro Resumo do Impacto Financeiro do Fundeb


Fundef 2007 Fundeb 2007
Municípios que,
Municípios que
Municípios que Municípios que mesmo ganhando,
ganharam no
BRASIL perderiam perderam receberam menos que
Fundeb
receberiam no Fundef
1.875 1.891 1.055 2.616
2.946

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Pesos de ponderação no Fundeb

A creche sempre teve um valor no Fundeb que não corresponde


ao seu custo, que é cerca de 94% maior que o ensino médio.

Pesos de Ponderação no Fundeb


Creche Ensino Fundamental Ensino Médio
0,80 1,00 1,20

O custo/aluno das creches no País fica em torno de R$ 2.752 e o valor


médio repassado no Fundeb/2007 foi de R$ 1.057. Para atender 1,9
milhões de crianças/ano, até 2010, são necessários R$ 3,2 bilhões
adicionais para investir nessa etapa de ensino.

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Transporte Escolar

Os municípios, além de assumir o transporte de seus alunos,


transportam a maioria dos alunos das escolas estaduais, sem
ter os recursos financeiros equivalentes às despesas
assumidas.

Estima-se um débito dos governos estaduais de mais de R$ 1


bilhão e muitos prefeitos têm sido responsabilizados
judicialmente quanto ao transporte escolar, por problemas
causados na prestação do serviço ou por não transportar os
alunos da rede estadual.

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Regulamentação da EC 29

• A EC 29 alterou a divisão federativa do financiamento do SUS

Participação da União, Estados e Municípios no


financiamento do SUS, 2000 e 2005 (Em %)

2000 2005

11,80
15,40
%
72,70
%
%
21,70% 27,00%

49,90%
18,50% 59,80%
23,10%

União Estados Municípios

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Regulamentação da EC 29
A União não cumpre a Emenda

• A União não cumpre a Emenda 29/00 porque inclui despesas que ensejam
questionamentos tais como o Bolsa-Família, diversas ações na área de
saneamento, Farmácia Popular e Saúde Suplementar.

• A União também não gastou conforme a variação nominal do PIB,


considerando a base móvel, acumulando perdas no valor de R$ 2,4
bilhões, segundo o PIB antigo ou de R$ 2,7 bilhões, se considerado o PIB
novo.
Comparativo dos Gastos Federais com Ações e Serviços de Saúde de 2001 a 2006
Diferença
Gastos Valor Mínimo PIB Diferença Valor Mínimo PIB
Ano (R$
(empenhado/liquidado) antigo (R$ milhão) Novo
milhão)
2001 22.474,10 23.014,10 -540 22.539,20 -65,1
2002 24.736,80 25.051,30 -314,4 24.883,00 -146,2
2003 27.179,50 28.129,40 -949,8 28.240,30 -1.060,70
2004 32.701,20 32.521,20 180,1 32.484,90 216,3
2005 36.491,20 37.123,40 -632,2 37.347,90 -856,7
2006 40.746,20 40.716,20 29,9 41.319,20 -573
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Regulamentação da EC 29
Os Estados, em sua maioria, também não cumprem a Emenda
• Com base nos balanços gerais dos estados, a análise realizada
pela equipe do Siops, referente ao exercício de 2005, aponta
grandes divergências entre o que os estados declaram que aplicam
em saúde e o que eles deveriam aplicar.
• Entre os 26 estados que enviaram os dados ao Siops, 20 estados
declararam estar aplicando o mínimo de 12% em ações e serviços
de saúde.
• No entanto, a equipe do Siops verificou que somente 8 estados
cumpriram a aplicação de pelo menos 12% dos gastos em saúde, e
apurou que os estados que não cumpriram a legislação, no
conjunto, deixaram de aplicar R$ 3,4 bilhões em saúde.

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% de gastos dos Estados em “Ações e Serviços Públicos em Saúde”,


empenhado 2005 % Declarado x % Efetivo, segundo análise SIOPS 2007
24%

21,5%

RS: 5% SC: 10,8%


18%
Percentual de gastos em saúde

15,5%

13,7% 13,7%
12,5%
12,0% 12,1% 12,2%
11,7% 11,8%
12% 11,3%
10,6% 10,8% 10,9%
10,2% 10,3%
9,6% 9,7%
9,3%
8,9% 8,9% 8,9%

7,4% 7,6%
6,9% 7,2%

6% 5,0%

0%
RS MG GO MS PB PR RJ MA SE PI CE ES AL PE SC MT AP SP TO PA BA RO AC RR RN DF AM
Estados

% Declarado % SIOPS

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Regulamentação da EC 29

Os municípios, em grande parte, estão conseguindo cumprir a


EC 29

• Segundo os gastos municipais em saúde coletados no Siops,


aproximadamente 98% dos Municípios cumpriram com a EC 29. Os
gastos dos municípios passaram de 65,35% que atingiram o mínimo
constitucional exigido em 2001 para 97,95% em 2006.

• Mesmo tratando-se das unidades federadas que menos arrecadam,


os Municípios investem em saúde, em média, 30% a mais que o
mínimo determinado pela EC29.

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Regulamentação da EC 29

Os municípios, em grande parte, estão conseguindo cumprir a


EC 29

• Em 2006 o mínimo era de R$17,7 bilhões e os municípios


investiram R$23,7 bilhões, ou seja, R$6 bilhões a mais.

• Nos anos de 2005 e 2006 os municípios gastaram R$ 43,7 bilhões,


R$ 10 bilhões a mais que o mínimo constitucional exigido. A
participação dos municípios frente aos programas da União têm
sido determinante na melhoria dos indicadores da saúde no país.
Os Municípios têm ampliado sua participação no financiamento do
SUS, porém, a distribuição da receita fiscal brasileira deixa aos
Municípios a menor parte.

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CNM

Cenário e Conflitos

DISPUTAS FEDERATIVAS

Problemas de representação nos conselhos

• É justo os Conselhos Nacionais de Secretários Municipais serem as


entidades de representação junto ao Governo Federal para
determinar as políticas públicas?

Exemplo:

UNDIME representa os municípios junto ao Ministério da Educação,


CONASEMS representa os municípios no Ministério da Saúde

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Cenário e Conflitos

Programas Federais e Estaduais

• A execução de políticas públicas cada vez mais é


executada através de programas e convênios entre a
União e Estados e os Municípios, mas a relação entre
os entes não é a mais correta, pois geralmente o
financiamento para esta execução é menor que o custo
efetivo e o município acaba arcando com uma série de
despesas que não seriam de sua competência.

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CNM

Cenário e Conflitos

Programas Federais e Estaduais

• Em pesquisa realizada pela CNM em conjunto com a


UFRGS se apurou que as despesas de execução são
em torno de 211% maiores que o financiamento
recebido pelos outros entes, o que acarreta um
desequilíbrio nas contas dos municípios

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CNM

Cenário e Conflitos

Programas Federais e Estaduais

• São mais de 180 programas do Governo Federal a


disposição dos municípios em todas as áreas de
atuação, vão desde programas de apoio a área de
Turismo, a educação, a saúde, ao meio ambiente entre
outras ações.

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CNM

Impacto dos Programas Federais
Piso de Atenção Básica (PAB)
• Criado em 1996, previa o repasse de R$ 10,00 por habitante por
ano.
• Consiste em recursos financeiros destinados a investimentos de
procedimentos e ações de assistência básica.
• Em 2001, valor foi reajustado para R$ 11,00, em 2004 para R$
13,00 e em 2006 para R$ 15,00.
• O reajuste em quase 10 anos foi de 50%, enquanto a inflação
acumulada supera os 114% pelo deflator do PIB.
• A variação dos preços do setor saúde medida pela Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) de 1998 a janeiro de 2007
acumulou 83,53%.

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Impacto dos Programas Federais
• Estratégia Saúde da Família – ESF
• Estimativa de Custo Médio de Despesa Recursos Humanos
1 Médico........................................................................... R$ 7.500,00
1 Enfermeiro..................................................................... R$ 2.200,00
1 Auxiliar........................................................................... R$ 800,00
Encargos........................................................................... R$ 3.675,00
Custos com material ……………………………………….. R$ 3.500,00
Custos com água, energia e telefone…………………….. R$ 1.000,00
Custos com veículo, combustível e motorista….……… R$ 2.800,00
Total.................................................................................. R$ 21.475,00

Repasse do Governo Federal (por equipe)………………. 5.400,00


Custo Município por equipe………………………………… 16.075,00

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Impacto dos Programas Federais

• Número de equipes em 2006.............................................. 26.729


• Custo estimado somente com equipe mínima........ R$ 4,93 bilhões
• Valor repassado para o custeio da estratégia União = R$ 1,69
bilhões
• Valor estimado de repasses pelos Estados = R$ 350 milhões
• Contrapartida Municipal em 2006 com equipe SF= R$ 2,9 bilhões

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Impacto dos Programas Federais

A  Estratégia  Saúde  da  Família  deve  conter  no  mínimo  06  Agentes 
Comunitários de Saúde (ACS) por equipe. 

Estimativa de Custo Médio de Despesa Pessoal
‐ 01 ACS = R$ 420,00 + encargos = R$ 510,00
‐ Número de ACS em 2006 = 219.492
‐ Custo Estimado = R$ 1,46 bilhões
‐ Valor repassado para custeio pela União = R$ 913 milhões

Contrapartida Municipal (2006) com ACS = R$ 547 milhões

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CNM

Cenário e Conflitos

Obrigações e responsabilidades de outros entes assumidas


pelos municípios

– Os municípios brasileiros vem ano a ano assumindo


competências e responsabilidades que não são de sua
alçada, como, por exemplo, a Segurança Pública, que não é
competência do município, mas ele acaba investindo na
área com seus recursos.

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CNM

Cenário e Conflitos

EMENDAS PARLAMENTARES DE 2003-2007

• O Governo Federal desembolsou R$ 24,9 bilhões nos últimos 5


anos para os projetos de caráter estadual ou municipal incluídos nos
Orçamentos da União de 2003 a 2007 por meio de emendas
parlamentares; ou seja, R$ 5 bilhões por ano. O montante
representa, em média, 39,6% do valor total de emendas aprovado
pelo Congresso neste período.

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CNM

Cenário e Conflitos

EMENDAS PARLAMENTARES DE 2003-2007

• Esse índice de execução das emendas cai praticamente pela


metade se considerarmos apenas os projetos exclusivamente
propostos pelos parlamentares, ou seja, que não estavam
originalmente no Orçamento. Nesse caso, o volume de emendas é
de R$ 42,1 bilhões no acumulado de cinco anos e o desembolso,
de R$ 8,9 bilhões, ou 20,3% do total. Isso significa que o governo
prioriza liberação de recursos para as emendas que coincidam com
os projetos originais do Orçamento do Executivo.

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CNM

Neste cenário de inúmeros conflitos


federativos e que se dá a atuação da
CNM na defesa dos municípios
brasileiros.

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CNM

O que é a CNM

• A Confederação Nacional de Municípios (CNM) é uma


entidade constituída a partir da necessidade que os
dirigentes das federações, associações estaduais e
microrregionais sentiram de construir uma entidade
representativa que defendesse os interesses dos
municípios e lutasse pelo seu fortalecimento.

ok

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CNM

A CNM conta atualmente com


mais de 250 colaboradores,
entre empregados e prestadores
de serviço, distribuídos nas
seguintes áreas: Financeira,
Administrativa, Jurídica,
Técnicas, Tecnologia da
Informação, Internacional e
Imprensa

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CNM

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CNM

Atuação da CNM

POLÍTICO-INSTITUCIONAL

• Mobilizações, como é o caso da Marcha a Brasília em Defesa


dos Municípios

• Participação em conselhos e fóruns deliberativos nacionais e


internacionais

• Articulação com órgãos do governo federal e lideranças do


Congresso Nacional

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CNM

A CNM é
composta pela
grande maioria
dos municípios
brasileiros,
filiados através
do processo de
livre adesão.
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CNM

Estrutura do Movimento Municipalista

Estrutura Âmbito

5.563 Municípios Local


178 Associações Microrregionais Regional
28 Federações de Municípios Estadual
1 Confederação Nacional de Municípios Nacional
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CNM

Principais Conquistas Municipalistas dos


Últimos Anos
FIM do FEF
• O Fundo de Estabilização Fiscal, nascido em 1994 como Fundo Social de
Emergência, foi o grande mecanismo de ajuste das contas da União com a
entrada em vigor do Plano Real e o fim da inflação. Além de desvincular
20% das receitas da União até 1999 ele excluía do FPM a alíquota
adicional do imposto de renda que havia sido elevado de 25% para 27,5%
e o IRRF dos servidores da União, ou seja retirava praticamente 10% do
FPM ou o equivalente hoje a cerca de R$ 3,3 bilhões por ano.
Alteração da alíquota da COFINS
• Em 1999, quando foi ampliada a alíquota da COFINS de 2% para 3%, a
atuação da CNM evitou que o aumento fosse compensado no Imposto de
Renda, impedindo, assim, a corrosão da base de cálculo do FPM em cerca
de R$ 900 milhões – em valores nominais da época –, perda que
significaria o equivalente a 70% de um mês de FPM em cada município.

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CNM

Principais Conquistas Municipalistas dos


Últimos Anos
Lei da Mineração
• A Lei 9.827/99, aprovada a pedido da CNM, permite ao município explorar
minerais a serem usados em obras públicas, reduzindo o custo com
materiais como saibro e brita.

Regimes Próprios de Previdência


• A possibilidade de os municípios com menos de mil servidores manterem
regimes próprios de previdência se deu com a alteração da Portaria nº
4.992/99 do Ministério da Previdência, depois de a CNM provar, por meio
de cálculos atuariais em cerca de 400 pequenos municípios, a viabilidade
do regime próprio nos mesmos.

Pregão Eletrônico
• A possibilidade de efetuar compras por pregão eletrônico, aprovada pela
Lei 10.520/2002, gera uma economia média de 30% nas compras
realizadas pelos municípios que adotaram essa forma de licitação.
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CNM

Principais Conquistas Municipalistas dos


Últimos Anos
Iluminação Pública
• Em dezembro de 2002, o movimento municipalista, liderado pela CNM e
com o apoio decisivo das entidades estaduais, obtiveram uma grande
vitória no Congresso Nacional: após mais de uma década de um exaustivo
debate, foi criada uma fonte de custeio para o serviço de iluminação
pública, que, na grande maioria dos municípios, representa uma despesa
de 3% a 5% do orçamento. Atualmente os Municípios arrecadam cerca de
R$ 2,7 bilhões por ano a título dessa contribuição.

Depósitos Judiciais
• A possibilidade de o município sacar até 70% dos depósitos judiciais
decorrentes de tributos foi aprovada através da Lei nº 10.819/2003,
estendendo aos municípios direito do qual Estados e a União já gozavam.

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CNM

Principais Conquistas Municipalistas dos


Últimos Anos
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico
• A Emenda Constitucional Nº 42/2003 destinou aos municípios 7,25% do total
da CIDE, equivalente a 25% da parte destinada aos estados. Esse percentual
representa cerca de R$ 400 milhões anuais para os municípios. Os recursos
da CIDE devem ser destinados à melhoria da infra-estrutura de transporte dos
Municípios.

Imposto sobre Serviços - ISS


• A conquista mais significativa nos últimos anos foi a manutenção da
arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) com os municípios e a
ampliação da lista de serviços tributados. O ISS é o principal gerador de
arrecadação tributária para os cofres municipais. A medida foi consolidada
pela sanção da Lei Complementar Nº 116/2003. A receita de ISS cresceu
129,5% em termos nominais e 62,6% em termos reais entre 2002 e 2007
perfazendo um valor adicional de R$ 12 bilhões.
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CNM

Principais Conquistas Municipalistas dos


Últimos Anos
Transporte Escolar
• A aprovação da Lei nº 10.709/03 estabeleceu que cada ente federado
passe a assumir a responsabilidade pelo transporte de seus alunos, dando
maior poder de barganha para os municípios negociarem com os
governadores o ressarcimento das despesas efetuadas com alunos das
redes estaduais. A aprovação da Lei nº 10.880/2004 instituiu o Programa
Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE), originada pela Medida
Provisória nº 173, assinada pelo Presidente da República na VII Marcha a
Brasília em Defesa dos Municípios, destinando aos Municípios cerca de R$
300 milhões por ano para auxílio no custeio das despesas com transporte
escolar.
O fim da compensação da COFINS no IPI
• As empresas compensavam até R$ 4 bilhões do pagamento da COFINS no
IPI, o que corroia a base de cálculo do FPM. Com o fim desse mecanismo,
a partir de 2004, o FPM teve um aumento anual de R$ 900 milhões.
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CNM

Principais Conquistas Municipalistas dos


Últimos Anos
Repasse direto do Salário Educação
• A aprovação do PL 475/03, em 19/11/03, foi uma das mais importantes
vitórias em 2003. Sancionada em 30/12/03 transformou-se na Lei
10832/03, que garantiu que os recursos do salário-educação
chegassem efetivamente ao município, evitando o passeio do dinheiro
pelos cofres dos Estados. Atualmente essa conquista representa um
repasse anual de cerca de R$ 2,1 bilhões para os Municípios.

Renegociação de Dívidas com o INSS


• Em 2005, conseguimos reabrir o prazo para solicitação de
parcelamento dos débitos com o INSS através da Lei Nº 11.196/2005,
em 240 meses.

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CNM

Principais Conquistas Municipalistas dos


Últimos Anos
Dívida Ativa
• A grande conquista do movimento municipalista em 2006 foi a
aprovação da Resolução Nº 33/2006 do Senado Federal, que permite
aos municípios transferirem para os bancos a cobrança da dívida ativa,
num montante de R$ 74 bilhões.
Consórcios Públicos
• A regulamentação dos consórcios públicos, através da Lei Nº
11.107/2005, permitirá que os municípios busquem soluções
associadas para as demandas comuns de suas comunidades.

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CNM

Principais Conquistas Municipalistas dos


Últimos Anos
Merenda Escolar
• Depois de quase dez anos de reivindicações junto ao Governo Federal, em
2004, o valor aluno/dia transferido pela União aos municípios foi ampliado
de R$ 0,13 para R$ 0,15. Em 2005 o valor já foi elevado para R$ 0,18 e em
2006 para R$ 0,22. Esse aumento representa cerca de R$ 400 milhões a
mais por ano para os Municípios.
Imposto Territorial Rural - ITR
• Transferência de 100% do ITR para os municípios que optarem por
assumir sua cobrança e fiscalização. O texto promulgado da PEC 42/03, da
reforma tributária de 2003, manteve o tributo de competência da União,
mas permitiu que os municípios ampliem sua participação de 50% para
100%. Essa possibilidade foi regulamentada pela Lei Nº 11.250/2005.

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CNM

Principais Conquistas Municipalistas dos


Últimos Anos
PAES
• Em meados de 2005, foi constatado que os recursos arrecadados pela
União com o programa de Parcelamento Especial de Débitos – PAES, não
estavam constando da base de cálculo do FPM. Denúncia ao TCU levou o
tribunal a determinar a regularização da situação, o que foi feito em
dezembro de 2005 e representou um repasse extra de cerca de 25% de um
mês de FPM para os municípios, ou aproximadamente R$ 450 milhões.

Prorrogação de benefícios da Lei Kandir


• Em janeiro de 2007, entraria em vigor um benefício adicional da Lei Kandir
que permitiria às empresas abater do ICMS crédito relativo ao material de
consumo, o que poderia gerar perdas de arrecadação do imposto da ordem
de R$ 17 bilhões por ano, sendo que, desse montante, 25% deixaria de ser
repassado aos municípios. A mobilização das entidades municipalistas
viabilizou a aprovação do PLS Nº 68/2006 que prorrogou a entrada em
vigor desses benefícios para 2011.
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CNM

Principais Conquistas Municipalistas dos


Últimos Anos
Aumento do FPM
• Em setembro de 2007, após quase quatro anos de luta, a CNM conseguiu
aprovar no Congresso Nacional a Emenda Constitucional Nº 55/2007, que
aumenta a incidência do FPM sobre o IPI e o Imposto de Renda de 22,5%
para 23,5%. Esse 1% a mais será repassado anualmente para os
Municípios juntamente com o a parcela normal do FPM do primeiro
decêndio de dezembro. Em 2008, isso representará cerca de R$ 2,3
bilhões a mais para os municípios.

Prorrogação do prazo de entrega dos Planos Diretores


• Devido à falta de apoio financeiro, centenas de municípios deixaram de
elaborar seus planos diretores até outubro de 2006. Graças à mobilização
do movimento municipalista, aprovamos no Senado Federal projeto que
prorrogou o prazo para junho de 2008, evitando que esses prefeitos sejam
processados pelo Ministério Público.
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CNM

Principais Conquistas Municipalistas


dos Últimos Anos
CAF - Criação do Comitê de Articulação Federativa
• O Comitê de Articulação Federativa (CAF) foi constituído a partir da
assinatura de um Protocolo de Cooperação Federativa, firmado
entre Governo Federal e as entidades nacionais de representação
de municípios, durante a VI Marcha a Brasília em Defesa dos
Municípios, em 2003. A proposta foi feita pela CNM com base na
experiência exitosa no modelo que a FAMURS celebrou com o
Governo do Estado do Rio Grande do Sul. O Protocolo definiu uma
agenda de trabalho comum e um instrumento para processar esta
agenda.

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CNM

Conquistas do Movimento

Algumas conquistas do movimento nos últimos anos

Conquistas do Movimento Municipalista


Alteração da alíquota da COFINS (1999-2006)........................................... 10.603.349.404,97
O fim da compensação da COFINS no IPI (2004-2006)........................... 3.409.529.674,34
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (2004-2006)........... 1.150.592.110,05
Imposto sobre Serviços – ISS (2004-2006)............................................... 12.348.153.447,31
PAES – crédito no FPM de dezembro de 2005......................................... 438.567.226,93
Transporte Escolar (2004-2007)................................................................ 794.684.097,15
Repasse direto do Salário Educação (2004-2006).................................... 5.143.519.627,88
Merenda Escolar (2004-2007)................................................................... 1.500.578.822,00
Contribuição para a Iluminação Pública (2002-2007)................................ 13.567.823.677,53
FEX - Fundo de Exportação (2004-2007).................................................. 1.532.121.061,95
1% FPM (2007-2008)................................................................................ 2.293.825.016,47
Conquistas Total 52.782.744.166,59

46
CNM

Conquistas Municipalistas
Município Cafarnaum/BA Cafarnaum/BA

Alteração da alíquota da COFINS 1999-2006 1.809.350,90

O fim da compensação da COFINS no IPI 2004-2006 581.800,65

Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico 2004-2006 115.379,67

Imposto sobre Serviços – ISS 2004-2006 4.874,64

PAES – crédito no FPM de dezembro de 2005 65.274,36

Transporte Escolar 2004-2007 192.147,03

Repasse direto do Salário Educação 2004-2006 429.441,07

Merenda Escolar 2004-2007 293.420,00

Iluminação Pública 0,00

FEX - Fundo de Exportação 43.820,06

1% FPM (dezembro 2007 + dezembro 2008) 433.670,77

Sair Conquistas Total 3.925.359,08

47
CNM

Pauta no Congresso

• PEC 233/2008 – Reforma Tributária - altera o Sistema Tributário


Nacional, unifica a legislação do ICMS, muda a partilha da origem
para o destino, acaba com a guerra fiscal, unifica vários impostos
federais em uma IVA e altera a base de partilha do FPM e do FPE.
Está sob análise de uma Comissão Especial que ainda não
deliberou sobre o relatório do deputado Sandro Mabel. A CNM,
através de vários deputados, protocolou 18 emendas. Entre as
propostas em negociação com o relator, destaca-se a de um teto e
piso para as transferências de ICMS para os Municípios, reduzindo
de 100 para oito vezes no máximo a diferença de receita per capita
entre as prefeituras de uma mesma unidade da federação.

48
CNM

Pauta no Congresso

Reforma e a nova base de cálculo do FPM

• Hoje o FPM é calculado como um porcentual de 22,5% (mais 1% ao


final do ano) sobre as receitas de IR e IPI, sendo que uma
proporção de 20% estará sendo retida para o FUNDEB a partir de
2009.

• Pela proposta do governo, o FPM passaria a ser calculado como


um porcentual sobre um bolo maior de tributos federais: o novo IVA
(PIS, Cofins, CIDE e Salário-educação), o IPI, o IR e a CSLL.

49
CNM

Pauta no Congresso

Reforma e a nova base de cálculo do FPM

• Esse novo bolo de tributos é quase duas vezes maior do que a


soma atual de IR e IPI; por isso, em vez de 22,5% de um bolo
pequeno, os Municípios passariam a ter apenas 11,7% do bolo
maior – este porcentual vai ser fixado pelo Congresso com base na
comparação de receitas de um ano determinado.

• Se o ano escolhido fosse 2006, por exemplo, os Municípios


perderiam R$ 1,5 bilhão. O mais vantajoso para os Municípios é
fazer o cálculo pelos números de 2008, em cujo caso nosso
porcentual superará os 12%.

50
CNM

Como é hoje
23,5%
IPI
IPI ++ IR
IR FPM

49,7%

Como pode ficar

IPI
IPI ++ IR
IR Fatia do 23,5%
bolo FPM
vinculada

CSLL + IVA-F

11,7%
51
CNM

Pauta no Congresso
Royalties em debate no Congresso

Uma série de projetos de lei estão sendo discutidos no Congresso com


o objetivo de alterar os critérios de distribuição dos royalties. Podemos
dividir essas propostas em dois tipos:

1) Aquelas que alteram as linhas geográficas de divisão da


plataforma continental (faixa de mar até 200 milhas de distância da
costa) entre Estados e Municípios;

52
CNM

Pauta no Congresso

Royalties em debate no Congresso

2) Volume de recursos distribuído de forma universal entre todos os


Estados e Municípios por meio do Fundo Especial do Petróleo
(FEP). Esse fundo é distribuído por meio do FPM e do FPE. No
passado, o Fundo ficava com 20% de todos os recursos dos
royalties. Depois essa participação foi reduzida para 10%, e hoje
ela está em torno de apenas 4%, porque uma parte dos royalties
está excluída desse critério de distribuição universal.

Proposta em debate: retomar o porcentual de 20% dos royalties a ser


distribuído entre todos os Estados e Municípios do País pelo
FPM/FPE. O petróleo do pré-sal é de todos os brasileiros!!!

53
CNM

Pauta no Congresso

• PL 3057/2000 - PARCELAMENTO DO SOLO – Modifica o art. 41 da Lei nº


6.766/1979. Foi analisado por uma Comissão Especial que ofereceu um
substitutivo já aprovado. A proposição está pronta para ir a plenário. A
CNM tem uma série de restrições pontuais e constituiu um grupo de
trabalho para apontá-las e tentar mudar o texto através de emendas de
plenário.
• PL 3776/2008 – PISO NACIONAL DO MAGISTÉRIO - Altera a Lei nº
11.738/2008, que regulamenta a alínea "e" do inciso III do caput do art. 60
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o piso
salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da
educação básica. Tramita em regime de urgência constitucional. A CNM
apresentou uma emenda aditiva que foi assinada pelo deputado Celso
Maldaner e foi acatada pelo relator na CCJ, deputado Eduardo Cunha.
Quanto ao projeto original a CNM não faz nenhuma restrição.

54
CNM

Pauta no Congresso

• PEC 53/2007 – TERRENOS DE MARINHA. De autoria do senador


Almeida Lima, está na CCJ com parecer pela aprovação do senador
Flexa Ribeiro. A CNM é a favor da sua aprovação.

• PEC 20/2008 – VEREADORES. Substitutivo ao projeto original foi


aprovado na Câmara e agora está na CCJ nas mãos do senador
Jarbas Vasconcellos para apresentação do parecer. A CNM não faz
restrição às alterações do número de vereadores, porém se
preocupa com os parâmetros relativos aos porcentuais de repasse
às Câmaras Municipais.

55
CNM

Pauta no Congresso

• PLS 98/2002 – Emancipações – Tramita no Senado Federal e tem


parecer pela aprovação do Substitutivo apresentado pelo senador
Tasso Jereissatti na CCJ. A CNM apresentou emendas, e algumas
foram acatadas. Faz restrições pontuais ao substitutivo e entende
haver necessidade de maiores discussões sobre o assunto.
• PLC 128/2008 – Estatuto da microempresa e empresa de
pequeno porte – Originário da Câmara dos Deputados, propõe
alteração na Lei Complementar nº 123/2006, altera as leis nºs
8.212/1991 e 8.213/1991 e dá outras providências. Está na CAE
com o senador Adelmir Santana com prazo para emendas. A CNM
cumpre o prazo e está apresentando três emendas à proposta
através dos senadores Flexa Ribeiro e Renato Casagrande.

56
CNM

Pauta no Congresso

• PLS PLC 32/2007 – Licitação - Originário da Câmara dos Deputados (


Poder Executivo) esta proposta Altera dispositivos da Lei nº 8.666, de 21
de junho de 1993, que regulamenta o inciso XXI do art. 37 da Constituição
Federal; institui normas para licitações e contratos da Administração
Pública; e dá outras providências. Aguarda a inclusão na Ordem do Dia do
plenário do Substitutivo aprovado na CAE, apresentado pelo senador
Eduardo Suplicy na Ordem do dia do Senado desde dezembro de 2007.
Tramita em regime de urgência.

• Precatórios Judiciais - A PEC nº 12/2006 é resultado de um amplo


debate, mediado pelo STF, para a solução do problema do não pagamento
dos precatórios. Pela proposta, os Municípios comprometeriam no máximo
1,5% de sua Despesa Primária Líquida com o pagamento dos mesmos,
além de inverter a ordem de pagamento de forma a dar preferência ao
pagamento dos de menor valor.

57
CNM

Obrigado!

PAULO ZIULKOSKI
Presidente CNM

58
Finanças

59
Finanças

Apresentação da
Área Técnica de Finanças

60
Finanças

Receita Municipal

• Tem  a  função  de  providenciar  e  gerenciar  os  recursos 


financeiros  necessários  para  garantir  que  a  Administração 
Pública  realize  os  seus  objetivos  e  as  necessidades  da 
comunidade.

61
Finanças

Receitas Próprias

ISS
• Impostos ITBI
IPTU
• Contribuição de Melhoria

Serviços Públicos
• Taxas
Licenças

62
Finanças

Receitas de transferências

• 50% do ITR (100% aos municípios que aderirem ao convênio)
• 50% do IPVA
• 25% do ICMS
• 23,5% de IPI e IR (Formam o FPM)
• 29% da CIDE (Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico)
• FUNDEB
• 25% da Lei Kandir
• 25% do FEX
• 2,5% do IPI

63
Finanças

Gestão Fiscal

• As  receitas  municipais,  quer  as  próprias,  quer  as  partilhadas, 


necessitam ser acompanhadas e analisadas em seus aspectos 
sociais, econômicos e financeiros, com ensaios estatísticos. 

• Esse estudo  tem  por  finalidade  ressaltar  falhas,  acertos  e 


principalmente, buscar o incremento das receitas municipais.

64
Finanças

Perfil dos Municípios Brasileiros

Grande ‐ Maior capacidade de arrecadação de ISS e IPTU

Médio ‐ Dependente da transferência do ICMS

Pequeno ‐ Dependente da transferência do FPM

65
Finanças

Fundo de Participação dos Municípios

FPM;
IPI 23,50
%
+
IR

66
Finanças

Alternativas de aumento de Receita no IPTU

• Ajustar  a  legislação  do  IPTU  Progressivo  conforme 


estabelecido no Estatuto da Cidade;
• Revisão da Planta Genérica de Valores;
• Revisão das Metodologias de cálculo do tributo;
• Modernizar os processos de fiscalização;
• Desburocratizar o lançamento do tributo;
• Atualizar o cadastro fiscal imobiliário.

67
Finanças

Equidade Tributária

Valor de mercado R$ 10.000,00 Valor de mercado R$ 100.000,00


• Valor Venal R$ 8.000,00 X alíquota • Valor Venal R$ 50.000,00 X alíquota
IPTU IPTU
• 80% da capacidade contributiva • 50 % da capacidade contributiva

68
Finanças

Experiências de Sucesso

Programa de atualização cadastral Florianópolis/SC

Resultados: 
• Inclusões: 12.979 novas unidades imobiliárias;
• Inclusões por cancelamento: 15.263 unidades imobiliárias;
• Alterações: 45.505 unidades 
• Lançamento de IPTU 2006: R$ 17.121.693,37
• Lançamento de IPTU 2007: R$ 23.776.467,42
• Crescimento: 38,87%

69
Finanças

Taxas

Dados do Diagnóstico de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos


2006, publicado pelo Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento (SNIS), constatou que apenas 40,1% dos municípios
cobram pelos serviços de limpeza.

Valor arrecadado: R$ 31,00 habitante/ano

Despesas: R$ 62,28 habitante/ano

70
Finanças

Alternativas de aumento de Receita no ISS
• Bancos
• Leasing
• Construção Civil
• Cartórios
• Cooperativas Médicas
• Seguradoras
• Reflorestamento
• Declaração Eletrônica de Serviços
• Nota Fiscal Eletrônica

71
Finanças

Caso de sucesso

O  município  de  São  Paulo  instituiu  a  Nota  Fiscal  Eletrônica (NF‐e), 


que permite aos prestadores de serviço emitir de forma on‐line, em 
sistema  disponibilizado  e  mantido  pela  própria  prefeitura,  suas 
notas.

Para incentivar o uso da novidade a prefeitura passou a dar créditos no IPTU 
sobre o valor do ISS recolhido, a cada nota de serviços solicitada:
• Pessoas Físicas (30%)
• Pessoas Jurídicas (10%)
• Condomínios e edifícios residenciais e comerciais (7,5% a 10%)

72
Finanças

Alternativas de aumento de Receita no ITBI

• Instituição da declaração do
valor da transação por meio da
internet;

• Interligar tabelionatos e cartórios;

• Criar banco de dados com


informações relativa ao preço de
mercado dos imóveis.

73
Finanças

Contribuição de melhoria
Tributo pouco explorado e usado de forma inadequada pelos municípios
é uma forma eficaz de realização de obras públicas.

Contribuição de Melhoria

2009 1.500.000,00 2010


2010 1.500.000,00 300.000,00 1.800.000,00 2011
2011 1.500.000,00 300.000,00 360.000,00 2.160.000,00 2012
2012 1.500.000,00 300.000,00 360.000,00 432.000,00 2.592.000,00 2013
2013 1.500.000,00 300.000,00 360.000,00 432.000,00 518.400,00 3.110.400,00
300.000,00 360.000,00 432.000,00 518.400,00 622.080,00
360.000,00 432.000,00 518.400,00 622.080,00
432.000,00 518.400,00 622.080,00
518.400,00 622.080,00
622.080,00
74
Finanças

Dívida Ativa

São créditos tributários ou não, considerados líquidos e certos
pelo Fazenda Pública Municipal.

Pesquisa da  CNM junto  a  2.390  municípios obteve o  seguinte


resultado:
• 87% registram contabilmente os valores de dívida ativa;
• mais de 50% tem dificuldades em efetuar cobrança:
a) falta de pessoal preparado;
b) demora nos processos judiciais.

75
Finanças

Dívida Ativa
Município Divida Ativa IPTU ISSQN
São Paulo/SP 28.218.518.872,00 2.862.007.305,00 4.777.610.802,00
Rio de Janeiro/RJ 18.683.220.911,00 1.086.204.200,00 1.978.303.422,00
Salvador/BA 7.157.650.277,00 141.519.111,80 343.930.519,90
Belo Horizonte/MG 4.719.153.837,00 371.345.584,60 421.776.970,90
Recife/PE 3.044.460.945,00 145.385.713,30 286.035.742,50
Campinas/SP 2.956.366.370,00 234.615.736,00 273.609.574,30
Guarulhos/SP 2.115.134.077,00 168.991.811,10 109.574.437,30
Goiânia/GO 2.008.918.715,00 189.609.772,70 206.007.123,50
Manaus/AM 1.740.882.385,00 60.104.886,56 264.992.647,80
São Bernardo do Campo/SP 1.462.703.900,00 171.048.935,40 159.938.096,90
Porto Alegre/RS 1.047.920.128,00 204.514.861,30 329.619.276,50
Natal/RN 1.022.143.914,00 28.203.358,30 106.461.361,70
Guarujá/SP 882.267.852,40 149.679.710,30 52.368.078,28
Belém/PA 855.655.937,00 33.605.643,00 132.925.419,00
Niterói/RJ 793.220.679,80 130.475.108,80 89.450.246,11
Jaboatão dos Guararapes/PE 791.393.238,20 19.047.756,19 20.304.959,71
São José dos Campos/SP 779.500.585,50 57.655.438,94 124.178.441,70
Fortaleza/CE 770.402.358,50 91.960.752,00 227.945.763,60
Campo Grande/MS 725.832.391,90 70.994.660,72 96.495.152,57

76
Finanças

Alternativas de aumento de receita no IPVA

• Políticas de incentivo para emplacar


veículos no município;

• Criação de lei de incentivo ao emplacamento


com pagamento do Município dos custos de
transferência.

77
Finanças

Alternativas de aumento de Receita no ICMS

• Acompanhamento das  empresas  através  das  declarações 


mensais;

• Acompanhamento das compras;

• Investigação do valor adicionado negativo;

• Controle nas emissões de notas fiscais do produtor rural.

78
Finanças

Experiências de sucesso

Partindo do objetivo de melhorar o VA do município de Esteio os gestores 
municipais elaboraram um programa de incentivo ao comércio local, que 
foi traduzido na Lei Municipal no 3.117/2000, que previa o seguinte:

a) Estimulava  os  moradores  da  cidade  a  fazerem  suas  compras  nas 


empresas  locais  e  não  nos  shoppings  e/ou  supermercados  de  Porto 
Alegre ou Canoas, cidades próximas que possuem um comércio mais 
arrojado.

b) Os  cidadãos  que  apresentassem  notas  do  comércio  local  na 


Tesouraria da prefeitura acumulariam descontos no Imposto Predial e 
Territorial Urbano (IPTU) devido em relação aos seus imóveis.

79
Finanças

Experiências de sucesso
c) O  imposto  era  progressivo  de  acordo  com  o  valor  e  o  volume  de  notas 
fiscais  apresentadas,  mas  tinha  o  teto  máximo  de  30%  sobre  o  imposto 
devido.
d) A  lei  também  previa  o  sorteio  anual  de  prêmios  pelo  número  das  notas 
fiscais do comércio local como forma de divulgar o programa.

Resultado:
• Aumento do Valor Adicionado dobrou o retorno do ICMS para o município 
em três anos;
• Aumento  da  renda  e  da  oferta  de  empregos  no  comércio  local,  o  que 
estimulou a economia e provocou um ciclo virtuoso de crescimento.

80
Finanças

Alternativas de aumento de Receita no 
Simples Nacional

Fiscalização e acompanhamento do Simples Nacional

• ISSQN – Receita Própria

• ICMS – Transferência Estadual 

• IPI e IR – Fundo de Participação dos Municípios

81
Finanças

Regulamentação da LC 123/06

Art. 77. Promulgada esta Lei Complementar, o Comitê Gestor expedirá, 
em  6  (seis)  meses,  as  instruções  que  se  fizerem  necessárias  à sua 
execução.

§ 1o O  Ministério  do  Trabalho  e  Emprego,  a  Secretaria  da  Receita 


Federal,  a  Secretaria  da  Receita  Previdenciária,  os  Estados,  o  Distrito 
Federal e os Municípios deverão editar, em 1 (um) ano, as leis e demais 
atos necessários para assegurar o pronto e imediato tratamento jurídico 
diferenciado, simplificado e favorecido às microempresas e às empresas 
de pequeno porte. (15/12/2006)

82
Finanças

Pesquisa CNM

O  seu  município  já editou  a  Lei  que


regulamentou a Lei Geral da ME e EPP?

Estado TO

Tocantins
Responderam Municípios %
Sim 9 13,4%
Não 58 86,6%
Total 67 100%

83
Finanças

Alternativas de aumento de Receita no ITR

• Firmar convênio para obter 100% da arrecadação do ITR;
• Manter o cadastro de imóveis rurais atualizado;
• Definir o valor da terra nua;
• Fiscalização das áreas de preservação ou interesse florestal.

Importante:
Importante

Para adesão
Para adesãoainda
aindaem
em2009, o prazo
2009, o prazofinal para
final paraopção
opçãodo 
do município
municípiose 
se estende
estende
até
atéo próximo
o próximodia
dia31/11/2008 
31/11/2008 pelo
peloPortal do ITR na
Portal do ITR napágina
páginada
daReceita
ReceitaFederal 
Federal 
do Brasil. 
do Brasil. 
A OPÇÃO SE DARÁ
A OPÇÃO SE DARÁPOR MEIO DE CERTIFICADO DIGITAL
POR MEIO DE CERTIFICADO DIGITAL 84
Finanças

Exemplos de ganhos com o ITR
Município População Cota ITR
Catalão/GO 75.566 5.645.042,44
Três Lagoas/MS 85.376 957.053,47
Corumbá/MS 96.343 821.847,73
Morro Agudo/SP 25.400 809.959,70
Ribas do Rio Pardo/MS 19.101 783.517,84
São Paulo/SP 10.886.520 702.368,42
Água Clara/MS 13.181 645.913,32
Alegrete/RS 78.230 633.648,17
Guarapuava/PR 164.534 631.842,26
Uruguaiana/RS 123.781 629.198,28
Rio Brilhante/MS 26.560 610.305,69
Campinas/SP 1.039.297 597.771,22
São Desidério/BA 25.146 584.077,64
Campo Grande/MS 724.638 570.087,64
Uberaba/MG 287.760 568.307,07
Ponta Porã/MS 72.206 557.968,33
Dom Pedrito/RS 38.126 556.216,05
Rio Verde/GO 149.113 554.539,78
Itaqui/RS 36.191 547.764,17
85
Finanças

Propostas de Ações para o novo Gestor

• Revisar o Código Tributário Municipal
• Implementar Declaração Eletrônica de Serviços
• Capacitar e desenvolver a área tributária
• Desenvolver práticas de Educação Fiscal
• Facilitar o atendimento dos contribuintes
• Implementar análise de indicadores

86
Finanças

Confederação Nacional de Municípios

EUDES SIPPEL
Endereço: SCRS 505, bloco c, lote 1, 
3º andar – Brasília – DF – CEP: 70350‐530

Telefone: (61) 2101‐6000
E‐mail: eudes.sippel@cnm.org.br
Site: www.cnm.org.br

87
Finanças

Porto Nacional Monte Santo do Tocantins

Receita ITR R$ 184.560,98 Receita ITR R$ 104.492,45 

Aquisição: É quatro vezes maior que a 


– 4 Poços artesianos arrecadação do ISS
– 5  agentes comunitário da R$ 23.056,27
saúde no interior

88
Previdência

89
Previdência

SEGURIDADE E
PREVIDÊNCIA SOCIAL

90
Previdência

PREVIDÊNCIA SOCIAL

GESTÃO PREVIDENCIÁRIA MUNICIPAL

AS OBRIGAÇÕES DO GESTOR PERANTE O REGIME


GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL E A
PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES PÚBLICOS

91
Previdência

Regimes de Previdência e a Compensação Previdenciária


Mun.
Estados Municípios RGPS RPPS
Cadastrados
Acre 22 22 0 0
Alagoas 102 49 53 5
Amazonas 62 37 25 5
Amapá 16 11 5 2
Bahia 417 348 69 5
Ceará 184 151 33 21
Distrito Federal 1 0 1 1
Espírito Santo 78 44 34 27
Goiás 246 78 166 85
Maranhão 217 169 48 3
Minas Gerais 853 609 244 90
Mato Grosso do Sul 78 44 34 20
Mato Grosso 141 47 94 40
Pará 143 111 32 7
Paraíba 223 151 72 16
Pernambuco 184 46 138 29
Piauí 224 197 27 8
Paraná 399 229 170 194
Rio de Janeiro 92 20 72 56
Rio Grande do Norte 167 159 8 2
Rondônia 52 31 21 8
Roráima 15 14 1 1
Rio Grande do Sul 496 193 303 288
Santa Catarina 293 224 69 64
Sergipe 75 72 3 1
São Paulo 645 426 219 225
Tocantins 139 130 9 4
Total 5.564 3.612 1.950 1.207
Fonte: Ministério Da Previdência Social / Inss 16/03/2005
92
Previdência

93
Previdência

Avaliação Atuarial

A avaliação atuarial é o elemento de apuração dos


compromissos do plano de benefícios previdenciários.

– O Custo Médio para manutenção do Regime Próprio foi


de 20,24% já considerando o passivo atuarial;

– O Custo Total no RPPS é, em média, de 22% por força


da EC 41/03 e Lei nº 10.887/04;

94
Previdência

O RPPS
Regime de Previdência - Estatutários

Vantagens:
Vantagens
– Aspectos atuariais
– Aspectos econômicos
– Aspectos jurídicos
– Aspectos contábeis

95
Previdência

Comparação entre regimes de previdência


Estudo técnico atuarial

96
Previdência

Evolução do Investimento

EVOLUÇÃO DO INVESTIMENTO DO RPPS DE ARIQUEMES - RO


ANO 2004 2006 2007 2008
Saldo financeiro aplicado* 1.133.177,50 3.862.491,13 6.516.132,12 9.875.795,98

TOTAL DA FOLHA 378.438,78 1.072.236,35 1.214.927,84 2.352.401,81


ALIQUOTAS RPPS 11% 41.628,26 117.945,99 133.642,06 258.764,19
VALOR ANUAL DE
CONTRIBUIÇÕES 541.167,38 1.533.297,87 1.737.346,78 3.363.934,47

ALIQUOTAS RGPS 22% 83.256,53 235.891,99 267.284,12 517.528,39


TOTAL ANUAL DE
CONTRIBUIÇÕES 1.082.334,89 3.066.595,87 3.474.693,56 6.727.869,07

ECONOMIA RPPS ANUAL


50% 541.167,38 1.533.297,87 1.737.346,78 3.363.934,47

97
Previdência

Evolução do Investimento

EVOLUÇÃO DO INVESTIMENTO DO RPPS DE VALE DO SOL - RS


ANO 2004 2006 2007 2008
Saldo financeiro aplicado 2.411.612,03 3.312.666,06 4.341.652,93 5.306.876,42

TOTAL DA FOLHA 121.695,51 145.464,32 165.349,40 202.239,26


ALIQUOTAS RPPS 11% 13.386,50 16.001,07 18.188,43 22.246,31
VALOR ANUAL 174.024,50 208.013,91 236.449,59 289.202,03

ALIQUOTAS RGPS 22% 26.773,01 32.002,15 36.376,86 44.492,63


TOTAL ANUAL 348.049,13 416.027,95 472.889,18 578.404,19

ECONOMIA RPPS ANUAL


50% 174.024,50 208.013,91 236.449,59 289.202,03

98
Previdência

Evolução do Investimento
EVOLUÇÃO DO INVESTIMENTO DO RPPS DE SANTANA - AP
ANO 2004 2006 2007 2008
Saldo financeiro* 399.705,97 1.593.885,66 4.166.283,66 5.362.575,87

TOTAL DA FOLHA 389.168,59 494.391,92 996.424,76 967.014,35


ALIQUOTAS RPPS 11% 42.808,54 54.383,11 109.606,72 106.371,57
VALOR ANUAL 556.511,02 706.980,43 1.424.887,36 1.382.830,41

ALIQUOTAS RGPS 22% 85.617,08 108.766,22 219.213,44 212.743,15


TOTAL ANUAL 1.113.022,04 1.413.960,86 2.849.774,72 2.765.660,95

ECONOMIA RPPS ANUAL


50% 42.808,54 706.980,43 1.424.887,36 1.382.830,41

99
Previdência

Vantagens - Aspecto Econômico


• Pesquisa aponta um custo médio de 20,24%, considerando o passivo
atuarial.
• O custo total no RPPS é, em média, de 22% .

RGPS RPPS
O salário-de-contribuição do servidor Art. 3º da Lei nº 10.887/04
varia de acordo com a sua As alíquotas(11%) dos servidores ativos
remuneração. (R$) dos municípios é igual às dos
Até 911,70 – 8% servidores da União.
de 911,71 até 1.519,50 – 9%
de 1.519,51 até 3.038,99 – 11% Inativos e Pensionistas contribuirão
(art. 20, Lei nº 8.212/91) com a mesma alíquota

A contribuição patronal é de 20% A contribuição do município não poderá


acrescida de 2% (SAT) - Decreto nº ser inferior à contribuição do servidor
6.042, de 12/02/2007 deu novo ativo, nem superior ao dobro desta
enquadramento à administração contribuição. (Art. 2º, Lei nº 9.717/98
pública (Cód. 8411-6/00) com NR dada pela Lei nº 10.887/04).
100
Previdência

Vantagens - Aspectos Contábeis (1)

• Capitaliza o superávit corrente, com economia de até 50%


garantindo o pagamento dos benefícios previdenciários a
médio e longo prazo;
• No RGPS não há garantia de eventuais “sobras”
• O déficit do INSS é de R$ 42 bilhões em 2007,
insuficientes para custear seus benefícios
• As aplicações atendem a Resolução do Conselho
Monetário Nacional (3.506/2007);26

101
Previdência

Vantagens - Aspectos Contábeis (2)

• A contabilização da avaliação atuarial permite a


verificação de déficit atuarial, com valores projetados de
todos os benefícios (atuais e futuros).

• O RPPS contribui para o ajuste fiscal e a viabilidade


administrativa do Município

102
Previdência

Vantagens - Aspectos Jurídicos (1)

Permite a proximidade com o sistema de previdência, e o


acompanhamento da garantia dos direitos;
• Garantia de atualização monetária;
• Não há distinção quanto aos benefícios previdenciários
concedidos pelo RGPS;
Os segurados vinculados ao RPPS não estão sujeitos ao
fator previdenciário previsto na Lei nº 8.213/91.

Tc × a ⎡ (Id + Tc × a ) ⎤
f = × ⎢1 + ⎥
Es ⎣ 100 ⎦
103
Previdência

Vantagens - Aspectos Jurídicos (2)

RGPS RPPS

Número de contribuições mínimas para concessão do benefício

• Auxílio-doença e aposenta- • Não há que se falar em


doria por invalidez: carência para a concessão de
12 contribuições; benefícios no RPPS;

• Aposentadorias por idade, • A legislação não prevê


por tempo de serviço e prazos carenciais para
aposentadoria especial: concessão de auxílio-doença,
15 anos; aposentadoria por invalidez.

104
Previdência

Gestão Previdenciária
A Lei n° 9.717/98 dispõe sobre as regras gerais para a organização dos
regimes próprios de previdência.
O art. 6º faculta a criação de fundos ou autarquias para a gestão
previdenciária.

Fundo Autarquia
Art. 71 a 74 da Lei 4.320/64 Art. 107 a 110 da Lei 4.320/64
Pessoa jurídica de direito
Natureza contábil
público (administração indireta)
Utilização da estrutura da
Estrutura própria
administração direta
Utilização do pessoal da Quadro de pessoal próprio
administração direta
105
Previdência

Fiscalização dos RPPS

Tribunais de Contas Estaduais/Municipais


Ministério da Previdência Social (MPS) que atesta a regularidade do
regime por meio da emissão do Certificado de Regularidade
Previdenciária (CRP).
– O CRP é exigido para:
• Realização de transferências, celebração de acordos,
contratos, convênios ou ajustes;
• Concessão de empréstimos, financiamentos, avais e
subvenções em geral;
• Repasse dos valores devidos em razão da compensação
previdenciária.

106
Previdência

Situação Previdenciária dos


Exercentes de Mandato Eletivo

Até a EC 20/98 Após a Lei 10.997/04


Poderiam estar vinculados ao
Vinculação obrigatória ao RGPS
RPPS

107
Previdência

Compensação Previdenciária

Sistemas
Arrecadação/
Sistemas Procuradoria SIPREV
Financeiros CRP

Sistemas Sistemas
Benefícios/ Gerenciais
Óbitos
COMPREV

CNIS RPPS

INSS MPS
CNM

108
Previdência

Compensação Previdenciária:
economia, em média, de 41% com o
pagamento de inativos
REQ.  REPASSE AO MUNICÍPIO  GASTO MENSAL  ECONOMIA 
UF MUNICÍPIO REPASSE DO INSS
DEF. (FLUXO ACUM. + EST.) APOSENTADORIAS MUNICÍPIO

GO MORRINHOS 46 R$               796.124,63 R$         15.025,80 R$           6.616,70 44%


PB GUARABIRA 28 R$               247.821,17 R$           8.744,06 R$           5.173,80 59%
PB MONTADAS 5 R$                 14.427,08 R$           1.500,00 R$              883,83 59%
PB PEDRAS DE FOGO 30 R$               554.877,46 R$         11.809,66 R$           5.104,90 43%
PE CARUARU 41 R$               370.940,04 R$         14.814,96 R$           4.105,32 28%
PR LAPA 44 R$               808.411,32 R$         27.114,92 R$         18.620,52 69%
PR MUNHOZ DE MELO 19 R$               257.085,60 R$           9.063,72 R$           3.611,09 40%
PR OURIZONA 18 R$               408.461,46 R$         10.142,90 R$           3.145,27 31%
RS CAMPINA DAS MISSÕES 8 R$               133.738,78 R$         10.054,44 R$           1.209,93 12%
RS COLORADO 10 R$               348.917,94 R$           6.439,84 R$           2.923,17 45%
RS DEZESSEIS DE NOVEMBRO 4 R$               114.923,35 R$           3.350,27 R$           1.053,73 31%
RS ENTRE‐IJUÍS 20 R$               712.788,99 R$         16.897,40 R$           5.946,09 35%
RS ILÓPOLIS 1 R$                 94.340,46 R$           2.443,59 R$              871,61 36%
RS MARIANA PIMENTEL 5 R$               108.825,09 R$           3.093,52 R$           1.070,33 35%
RS NOVO MACHADO 2 R$               121.267,91 R$           1.664,28 R$           1.048,80 63%
RS SANTO ANTÔNIO DA PATRULHA 6 R$                 95.399,02 R$           4.875,45 R$              671,16 14%
RS SÃO PEDRO DA SERRA 1 R$                 77.779,70 R$              746,90 R$              566,26 76%
RS SÃO PEDRO DO BUTIÁ 3 R$               129.713,22 R$           4.233,45 R$           1.102,03 26%
RS TAQUARA 2 R$                 50.361,69 R$           1.275,55 R$              555,79 44%
SP BOITUVA 27 R$               841.113,32 R$         18.856,58 R$           7.323,77 39%
109
Previdência

Repasse da Compensação
Previdenciária

• Passivo do Estoque

• Passivo do Fluxo Acumulado

• Fluxo Pró-Rata

110
Previdência

Resultado do auxílio da CNM no


recebimento da Compensação
Previdenciária

111
Previdência

Situação dos Termos de Acordo de


Cooperação Técnica com o MPS
Estado do Tocantins

Estão incluídos tanto


os RPPS quanto os
RPPS em extinção

Brasil

167
112
Previdência

Situação dos requerimentos de


Compensação Previdenciária
Estado do Tocantins

0%
Brasil

113
Previdência

Equipe Previdência - CNM

114
Previdência

Previdência
(61) 2101-6065 / 6059
previdencia@cnm.org.br
www.cnm.org.br

115
116
REVISÃO DA DÍVIDA

117
Dívida Previdenciária fundada
com o Regime Geral

Este é um tema que merece toda atenção dos Gestores Municipais. O


endividamento previdenciário dos Municípios com o Regime Geral é
um traço comum e que onera de forma pesada às finanças municipais.
Não só pelo que representa em termos de valores como muito
especialmente pelo privilégio garantido ao fisco no cumprimento da
obrigação, vez que a forma de pagamento dos parcelamentos se dá
pela retenção direta no FPM, PARC./RET.INSS ou INSS – PARC -
ADM em conjunto com a retenção das obrigações correntes geradas
mensalmente (GFIP), que se identifica pela nomenclatura de INSS –
Empresa.

118
Origem da dívida fundada

A dívida previdenciária fundada tem origem na


consolidação dos débitos previdenciários em
parcelamentos, identificados como:
1. Parc. ESPECIAL da Medida Provisória 2129-8/2001
2. Parc. ESPECIAL da Lei 10.684/2003
3. Parc. ESPECIAL da Lei 11.196/2005
4. Parc. ADMINISTRATIVO da Lei 9.639/199

119
Amostragem de Municípios com
passivo previdenciário

PARANÁ
BASE - CRÉDITO FPM 10 DE OUTUBRO
Município INSS - Empresa Par. Especial Parc. Administ. Juros/Multas
ASTORGA 63.780,38 32.871,51 16.635,89 x
DIAMANTE DO SUL 58.988,92 x 3.964,47 x
FAXINAL 148.606,48 22.875,84 x 58,26
ITAGUAJÉ 10.738,32 x 4.640,53 x
MANGUEIRINHA 191.823,92 8.130,66 19.662,12 83,23
MARINGÁ 576.687,45 106.277,67 x x
MARUMBI 42.060,31 16.100,28 16.098,35 x
PITANGA 59.717,59 14.275,62 3.337,89 x
RONCADOR 27.847,93 10.733,54 x x
SANTA CRUZ DO RIO PARDO x 77.229,53 x x

120
Característica dos Parcelamentos

1. PARC./RET.INSS – é o que identifica o Parcelamento Especial da


Medida Provisória 2129-8 de 2001. Foi firmado em JULHO de
2001 pela grande maioria dos Municípios consolidando toda a
dívida previdenciária até àquela data para pagamento em 240
meses na forma de retenção de um percentual que varia entre 3%
ao limite máximo de 9% sobre o crédito do FPM do mês anterior
se a dívida for somente da administração direta. Este percentual
foi definido em 2001 quando da assinatura do TADF – Termo de
Amortização de Dívida Fiscal, sendo que o saldo devedor é
atualizado pela variação da TJLP;
2. INSS-PARC-ADM – é o como se identifica a o parcelamento
convencional de no máximo 60 vezes. É retido no FPM o valor das
parcelas definidas pela razão da dívida pelo número de parcelas
que são atualizadas mensalmente pela TJLP;
121
Característica dos Parcelamentos

3. INSS-PARC-PROC – é como se identifica o parcelamento especial


da Lei 11.196 de Dezembro de 2005, em que a dívida foi
consolidada para pagamento em 240 meses. Neste caso a regra é
o pagamento das parcelas através de GPS, em regime de caixa. Só
excepcionalmente são retidos no FPM. O valor da parcela nunca é
inferior a 1,5% da RCL. São raros os casos de adesão dos
Municípios a este parcelamento especial de 2005. Mas tem!

122
Da Revisão da Dívida
Entretanto se é verdade que o fisco é muito ágil em editar diariamente
normas e regulamentações, não menos verdade da agilidade e
vigilância dos advogados tributaristas em obter do Judiciário
declarações de inconstitucionalidades modificando entendimentos e
exigências tributárias. Estas mutações é que conduzem ao alerta da
Confederação Nacional de Municípios – CNM para a necessidade de
REVISÃO DA DÍVIDA PREVIDENCIÁRIA FUNDADA DOS
MUNICÍPIOS a ser empreendida pelo Gestor Municipal.

De forma breve, importa destacar pelo menos TRÊS situações


justificadores de uma REVISÃO da dívida que mensalmente é paga
pelo Município. Antes senão sublinhar que pelo princípio da legalidade
o fisco deveria agir de ofício, mas é omisso e inerte, razão pela qual a
iniciativa e a provocação deve partir do Gestor Municipal.

123
03 situações mais comuns de Revisão da Dívida

1. para exclusão de fato gerador das contribuições


patronais agentes eletivo, solidariedade e servidores
efetivos;

2. revisão do percentual de retenção fixado em 2001 e


aplicado de forma retilínea quando deveria ser
decrescente em razão do incremento do FPM x saldo
devedor anual;

3. Aplicação da súmula vinculante oito de 20 de junho de


2008 – prescrição 5 anos

124
1 - Da exclusão de fato geradores

• contribuição patronal dos agentes eletivos contidas na


dívida em razão da declaração inconstitucionalidade da
Lei 9.506/97 = efeito: redução do saldo devedor e
reduçao da parcela mensal;

• contribuições atribuídas por solidariedade – construção


civil/empreitada de obras;

• desqualificação de ofício do regime próprio;

125
2. Redução do percentual de
retenção mensal no FPM

• No Parcelamento Especial da MP 2129-8/2001 o


percentual de retenção foi fixado em 2001 com base na
média do FPM de 2000. Nos sete anos seguintes o
FPM quadruplicou e o saldo devedor foi amortizado.
Porquanto ao invés de suportar uma retenção
engessada, retilínea como procede o fisco a retenção
deve ser decrescente a cada ano, atualizada ao fim de
cada exercício, sob pena de antecipação de receita e
liquidação antecipada do débito sem utilizar os 240
meses previsto em Lei.

126
3. Da Súmula Oito

• A edição pelo STF em 20 de Junho de 2008 da


SÚMULA VINCULANTE OITO finalizou uma guerra dos
advogado tributarista contra o FISCO, iniciada ainda em
1991. Nela o STF definiu a prescrição previdenciária em
5 anos!

• Por efeito fulminou passivos previdenciários exigidos


pelo INSS no período de 10 ANOS, tendo como efeito a
redução do passivo representado nos parcelamentos,
execuções fiscais e impugnações administrativas.

127
Importância da SV Oito

• FABRICIO DA SOLLER – Procurador Adjunto da Fazenda


Nacional, afirmou: Dos 72 BILHÕES de contribuições
cobrados na via administrativa(NFLD’s), 21 BILHÕES
SERÃO PERDIDOS!
• Também serão perdidos 20 BILHÕES DE CONTRIBUIÇÕES
PARCELADAS! E aqui estão a maioria dos Municípios.
• 42 BILHÕES de dívidas inscritas em dívida ativa *(Caso de
Santiago – RS).
• TOTALIZA UM ESTIMATIVA DE 83 BILHÕES DE PERDA.
GRANDE VITÓRIA DOS ADV. TRIBUTARISTAS.

128
Da Ação dos Gestores

• Não deixar de incluir como meta de sua Administração


este ITEM referente a revisão da dívida previdenciária
fundada com o regime geral representada nos
parcelamentos assumidos como forma de reduzir o
saldo devdor para fins dos limites da LRF e do valor
amortizado mensalmente, sob pena de omissão e
apontamento pelo TCE com responsabilização pessoal
de dano ao erário. Aconselha-se a VIA JUDICIAL como
forma mais ágil e segura na aplicação do Direito.

129
1a. Decisão – Lupianópolis
• Por outro lado, no que tange às contribuições previdenciárias relativas a agentes políticos relativas ao
período que medeia a vigência da Lei nº 9.506/97 e sua revogação pela Lei nº 10.887, de 18 de junho
de 2004, não há dúvidas de que a contribuição é indevida, por força da Resolução nº 26, de 21 de junho
de 2005, do Senado Federal, como é reconhecido pela Administração.
• Da mesma forma, quando aos créditos tributários exigidos mais de 5 anos depois da ocorrência dos
fatos geradores, não há dúvida de que os mesmos não podem ser mais exigidos, por força da súmula
vinculante nº 8 do Supremo Tribunal Federal, que tem o seguinte enunciado:
• São inconstitucionais os parágrafo único do artigo 5º do Decreto-lei 1.569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei
8.212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário.
• Essas normas têm efeito vinculante sobre a Administração, que não se pode furtar de cumpri-las,
cabendo, inclusive, quanto à aplicação da súmula vinculante nº 8, reclamação para o Supremo Tribunal
Federal em caso de desobediência (artigo 103-A, § 3º, da Constituição).
• No caso, porém, aparentemente o que temos é um caso de inércia da Administração, que não contraria
frontalmente o estabelecido na súmula vinculante nº 8 ou na Resolução nº 26 do Senado Federal, mas
não toma as providências para rever o parcelamento do autor, indiretamente descumprindo essas
normas.
• Ante o exposto, CONCEDO PARCIALMENTE A ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA para
determinar que a Fazenda Nacional promova a revisão do parcelamento especial detido pelo Município
de Lupionópolis/PR, para:
• a) excluir do parcelamento os créditos tributários relativos a remuneração paga aos agentes políticos
anteriormente à vigência da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004;
• b) excluir do parcelamento os créditos tributários constituídos mais de 5 anos após a ocorrência dos
fatos geradores, com aplicação da súmula vinculante nº 8 do Supremo Tribunal Federal;
• c) deduzir do parcelamento das contribuições sobre a remuneração paga aos agentes políticos
anteriormente à vigência da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, que tenham sido pagas pelo
Município fora do próprio parcelamento, devendo os valores pagos serem atualizados pela SELIC.

130
Decisão Guadalupe – PI
em 02 de Outubro de 2008
• 5. O STF vem de declarar a inconstitucionalidade do art. 45 da Lei n. 8.212/91,
editando, em conseqüência, sua SÚMULA VINCULANTE n. 08:
• “São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do Decreto-Lei n. 1.569/1977 e os
artigos 45 e 46 da Lei n. 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito
tributário.”
• 6. Ainda que superveniente o reconhecimento da inconstitucionalidade da norma, o
fato é que o prazo prescricional aplicável (desde a constituição do crédito) é qüinqüenal.
Pedido de parcelamento não pode interromper prescrição já consumada:
• 7. Ao contrário do afirmado pelo julgador primário, não há necessidade de dilação
probatória para identificar os períodos dos créditos, pois constam dos autos os extratos (f.
111-6) das dívidas do município incluídas no parcelamento, com referência às
competências das declarações (LDC’s).
• 8. Pelo exposto, DOU PROVIMENTO, em parte, ao agravo (art. 557, §1º-A, do CPC)
para, em antecipação de tutela, suspender a exigibilidade da parcela da dívida
consolidada referente aos créditos previdenciários de competências anteriores a cinco
anos de sua declaração.
• 9. Comunique-se.
• 10. Publique-se. Intime-se. Oportunamente, baixem e arquivem-se.
• Brasília, 02 de outubro de 2008.
• LUCIANO TOLENTINO AMARAL
• Relator

131
Recuperação Contribuições Patronais Agentes
eletivos – 21% sobre o subsídios

• Referente as contribuições patronais realizadas pelo


município entre 2001 a setembro de 2004 dos agentes
eletivos.
• Afastar a via administrativa que insiste em aplicar a
prescrição quinquenal.
• A prescrição fulmina o direito de ação dos municípios
em 2010.

132
Recuperação Agentes Eletivos 2001 a 2004

• A JUDICIAL DEFINIU: Conforme a decisão, reconhecendo a


inconstitucionalidade da expressão "observado, quanto ao art. 3º, o
disposto no art. 106, I, da Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966 -
Código Tributário Nacional", contida no art. 4º da Lei Complementar
118/2005, a Corte Especial, fazendo remissão à decisão do STJ no
AI nos Embargos de Divergência em REsp 644.736-PE, DJ de
27/08/2007, entendeu: "Com o advento da LC 118/05, a prescrição,
do ponto de vista prático, deve ser contada da seguinte forma:
relativamente aos pagamentos efetuados a partir da sua vigência
(que ocorreu em 09.06.05), o prazo para a ação de repetição do
indébito é de cinco a contar da data do pagamento; e relativamente
aos pagamentos anteriores, a prescrição obedece ao regime
previsto no sistema anterior, limitada, porém, ao prazo máximo de
cinco anos a contar da vigência da lei nova".
• Argüição de Inconstitucionalidade 2006.35.02.001515-0/GO
133
Confederação Nacional de Municípios

Paulo Roberto Ziulkoski


Presidente
• Endereço: SCRS 505, bloco c, lote 1,
3º andar – Brasília – DF – CEP: 70350-530
• Telefone: (61) 2101-6000
Site: www.cnm.org.br
Responsável pela Apresentação
Sylvio Cademartori Neto – Advogado OAB RS 21.214

134
CNM

135
CNM

Modernização da Gestão

136
CNM

Suporte tecnológico aos Municípios

A CNM provê suporte tecnológico para os


municípios filiados a fim de permitir a melhoria da
gestão municipal.

137
CNM

Focos de Atuação

Racionalização e Simplificação dos Processos;

Redução do custo das compras governamentais;

Inclusão Digital do Município

138
CNM

Aplicativos de Suporte
CidadeCompras- Ferramenta de Compras
Governamentais

Portal Municipal -Publicação e divulgação de


todos os dados na internet

SiamWeb – Sistema de Gestão Municipal pela


internet

e-Município – E-mail do município .


139
CNM

Modernização da Gestão
• CidadeCompras
• Portal Municipal
• Siamweb
• E-Município

140
CNM

CidadeCompras

• Portal da CNM para Municípios Filiados


• Melhor forma de aquisição para bens e serviços
comuns
• Forma fácil e rápida de efetuar as compras por
pregão presencial, eletrônico e cotação
eletrônica.
• Garante economia e transparência no processo
de licitação
• Reduz o tempo de execução dos processo
141
CNM

Exemplos de Economia

142
CNM

Clique no Banner do
Atendimento On-line

143
CNM

Clique no Botão Encerrar


atendimento para finalizar sua
sessão com o atendente on-line

144
CNM

145
CNM

146
CNM

147
CNM

148
CNM

www.cidadecompras.com.br

Navegação no portal

149
CNM

Modernização da Gestão

PORTAL MUNICIPAL
• Maior e mais confiável fonte de dados estatísticos do seu
município, envolvendo diferentes fontes de pesquisa. - IBGE,
PNUD, Governo Federal, Ministérios etc .
• Menus de navegação interativos que permitem buscas e pesquisas
de diferentes cenários sobre a realidade do município.
• Poderoso instrumento de planejamento.

150
CNM

Modernização da Gestão

Por que ter o Portal Municipal?


• Para mostrar à população na página da prefeitura com estão
estruturados todos os dados do município.
• Para inserir as festas locais, eventos atividades etc e fazer com
que isso tenha imediata replicação nas notícias estaduais e
nacionais.
• Para atender à legislação de publicação de contas.

151
CNM

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CNM

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CNM

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CNM

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CNM

www.portalmunicipal.org.br

162
CNM

Modernização da Gestão
E - MUNICÍPIO
• Forma simples e gratuita de inserir o município na Internet.
• Permite a utilização de e-mail gratuito e permanente com os dados
da prefeitura.
• Para evitar que assuntos da prefeitura sejam tratados em e-mails
pessoais e que haja a perda de contato com a troca da equipe.
• Garanta permanentemente o e-mail de seu município como:
prefeito@municipio.uf.gov.br
gabinete@municipio.uf.gov.br
secretaria@municipio.uf.gov.br

163
CNM

Modernização da Gestão
SIAMWEB
• Controla o funcionamento operacional de todos os processos da
prefeitura;
• Garante segurança da informação e a disponibilidade dos dados.
• Controla a contabilidade, patrimônio, Recursos humanos,
financeiro e outros módulos.
• O sistema possui módulo de todos os sistemas básicos com as
rotinas e procedimentos do municípios, inclusive a prestação de
contas.

164
CNM

Modernização da Gestão
SIAMWEB

• Com o SIAMWEB o prefeito consegue ter certeza sobre tudo o que


está acontecendo na prefeitura em tempo real.

165
CNM

Modernização da Gestão
Por que utilizar o SIAMWEB?
• Para organizar os processos da prefeitura.
• Ter certeza da correta aplicação dos recursos, envolvendo desde o
orçamento até a o pagamento das despesas.
• Controlar a vida funcional e dos recursos humanos na prefeitura.
• Facilitar o processo de gestão, decisão e prestação de contas.

166
CNM

Modernização da Gestão

Gestão Gestão
Financeira Patrimonial

Gestão
Administrativa

Gestão Gestão
Tributária Recursos Humanos

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Modernização da Gestão

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CNM

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CNM

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CNM

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CNM

PROGRAMA TESTADO E APROVADO

• O SIAMWEB é um sistema maduro, testado e


aprovado por vários municípios.

• Atualmente em franco desenvolvimento, para


incorporar os avanços solicitados pelas
prefeituras.

• Baixo custo de implantação. Rápida instalação.

176
CNM

Modernização da Gestão
Alguns municípios que utilizam o SIAMWEB
• Currais Novos/RN
• Monte Horebe/PB
• Livramento/PB
• Uiraúna/PB
• Canaã dos Carajás/PA
• Morrinhos/GO
• Santana do Livramento/RS
• Mariana Pimentel/RS
• FECAM (Florianópolis/SC)

177
CNM

Modernização da Gestão
Alguns municípios que utilizam o SIAMWEB
• Águas de Chapecó /SC
• Coronel Freitas / SC
• Nova Erechim / SC
• Quilombo / RH
• Serra Alta / SC
• Sul Brasil / SC

178
CNM

Maiores Informações

• Consulte o Livro 11 da Cartilha dos Novos


Gestores “Tecnologia e Modernização
Administrativa” ou por e-mail em
projetos@cnm.org.br

• www.cnm.org.br

• 61 2101 6000

179
CNM

Obrigado!

180
Educação

SEMINÁRIO NOVOS GESTORES


EDUCAÇÃO
Educação

EDUCAÇÃO
Educação

A importância da educação

Educação é um direito e
dever do Estado e da família

Contribui para o
desenvolvimento Melhora a
social e qualidade de
crescimento vida de todos
econômico
Educação

Organização da educação e responsabilidades

EDUCAÇÃO BÁSICA

Educação Ensino Fundamental


Infantil (duração de 9 anos, a Ensino
(0 a 5 anos) partir dos 6 anos de Médio
idade)

Município Estado
Educação

Evolução das matrículas - BRASIL

Na educação infantil e no ensino fundamental a matrícula vem


crescendo nos municípios e reduzindo nas redes estaduais.

No ensino médio, a matrícula municipal é decrescente, pois há


uma transferência gradativa de alunos para as redes estaduais.

1996 2007
Educação Estado 778.777 23,8% 186.558 3,8%
Infantil Municípios 2.498.842 76,2% 4.778.146 96,2%

Ensino Estado 19.917.002 63,5% 12.601.258 39,3%


Fundamental Municípios 11.447.069 36,5% 19.452.816 60,7%
Estado 4.325.421 93,0% 8.399.689 97,6%
Ensino Médio
Municípios 326.189 7,0% 204.244 2,4%
Educação

Evolução das matrículas


TOCANTINS

1996 2007
Educação Estado 12.419 45,0% 1.104 3,7%
Infantil Municípios 15.149 55,0% 29.075 96,3%
Ensino Estado 221.387 68,7% 153.127 53,3%
Fundamental Municípios 100.788 31,3% 134.406 46,7%
Estado 40.450 98,1% 75.876 99,7%
Ensino Médio
Municípios 780 1,9% 208 0,3%
Educação

Financiamento da educação
O Poder Público é obrigado a aplicar na educação:
• 18% para União e 25% para Estados, DF e Municípios

Os recursos devem ser aplicados em despesas com a


manutenção e desenvolvimento do ensino (arts. 70 e 71 da
LDB).
• É vedado o gasto com merenda escolar, assistência social
ou saúde e no ensino médio

Não contam para o cálculo dos 25%:


• Recursos do salário-educação e de convênios celebrados;
• Recursos recebidos a mais no Fundeb.
Educação

O Fundeb
• Foi instituído em dezembro de 2006 e implantado em 1° de janeiro
de 2007.
• Tem vigência de 14 anos (até 2020) e contempla todos os alunos
matriculados da creche ao ensino médio, inclusive educação
especial e jovens e adultos.
– Ed. infantil e especial de instituições conveniadas.
– Ensino médio dos municípios e educação infantil dos estados não contam
para o cálculo do Fundeb

Receitas 2007 2008 2009 2010


ICMS, FPE, FPM,
16,66% 18,33% 20% 20%
IPI-exp, Lei Kandir
ITR, IPVA e ITCMD 6,66% 13,33% 20% 20%
Complementação da 10% do total
2 bilhões 3 bilhões 4,5 bilhões
União dos recursos
Educação

Preocupações da CNM com o Fundeb


Os pesos de ponderação só aumentaram os conflitos
federativos.
– Prevaleceu a posição dos governadores, pois o peso do
ensino médio é superior ao da creche.
▪ O custo das creches é 94% maior que o ensino médio
– Na XI Marcha, a CNM reivindicou a revisão dos pesos com
prioridade para educação infantil.
– Para 2009, a Comissão Intergovernamental já definiu os
pesos.
• A Comissão é composta por 5 secretários municipais de
educação, indicados pela Undime, 5 secretários estaduais e um
representante do MEC.
Educação

Pesos de Ponderação do Fundeb


Etapas e modalidades Atuais Novos (2009)
Creche parcial pública e conveniada 0,80 0,80
Creche conveniada integral 0,85 0,95
Creche pública integral 1,10 1,10
Pré-escola parcial 0,90 1,00
Pré-escola integral 1,15 1,20
Anos iniciais - ensino fundamental urbano 1,00 1,00
Anos iniciais - ensino fundamental rural 1,05 1,05
Anos finais - ensino fundamental urbano 1,10 1,10
Anos finais - ensino fundamental rural 1,15 1,15
Ensino fundamental integral 1,25 1,25
Ensino médio urbano 1,20 1,20
Ensino médio no campo 1,25 1,25
Ensino médio integral e integrado à Ed. Prof. 1,30 1,30
Educação especial, indígena e quilombola 1,20 1,20
EJA com avaliação no processo 0,70 0,80
EJA integrada à Ed. Profissional-nível médio 0,70 1,00
Educação

Balanço do Fundeb
A CNM apresentou estudos que mostram que a criação
do Fundeb acarretaria problemas para os municípios.
Em 2007, 2.946 municípios receberam proporcional-
mente menos recursos do que receberiam com o
Fundef em relação às suas contribuições.
Quadro Resumo do Impacto Financeiro do Fundeb
Fundef 2007 Fundeb 2007
Municípios que,
Municípios que
Municípios que Municípios que mesmo ganhando,
ganharam no
BRASIL perderiam perderam receberam menos que
Fundeb
receberiam no Fundef
1.875 1.891 1.055 2.616
2.946
Educação Municípios que ganharam no Fundeb,
Perdas com o Municípios que
UF mas receberam menos que receberiam
Fundeb ganharam no Fundeb
no Fundef
AC 1 0 21
AL 0 0 102
AM 3 22 37
AP 1 0 15
BA 12 1 404
CE 0 0 184
DF 0 0 0
ES 9 67 2
GO 158 54 34
MA 0 0 217
MG 458 190 205
MS 30 25 23
MT 56 74 11
PA 1 0 142
PB 46 1 176
PE 4 4 176
PI 5 0 218
PR 217 117 65
RJ 31 53 8
RN 21 27 119
RO 3 0 49
RR 2 1 12
RS 316 156 24
SC 182 61 50
SE 7 0 68
SP 297 191 157
TO 31 11 97
Total 1.891 1.055 2.616
2.946
Educação

Perdas x Ganhos

Município Abreulandia/TOAbreulandia/TO

Fundef Fundeb
Contribuição ( - ) 474.118,89 528.206,51

Retorno ( + ) 773.911,75 820.702,41

Resultado ( = ) 299.792,85 292.495,90

Diferença Perda / Ganho 7.296,95 Perda


Educação

A educação infantil no Brasil


Quanto mais cedo a criança entra na escola, melhor é
seu desenvolvimento intelectual e social.

População Matrícula Meta do PNE Demanda


0 a 3 anos Creches até 2010 potencial
14,6 milhões 1,6 milhões 7,3 milhões 5,7 milhões

O valor da creche no Fundeb/2007 foi de R$ 1.057,10,


bem abaixo do custo que é de R$ 2.752,61.
Para abrir novas vagas são necessários por ano, além
dos recursos do Fundeb, cerca de R$ 3,2 bilhões.
Educação

A educação infantil Tocantins


População Nº alunos Meta do PNE Demanda
0 a 3 anos matriculados até 2010 potencial
118.721 mil 11.229 mil (9,5%) 59.360 mil 48.061 mil

O valor da creche no Fundeb/2007 foi de R$ 1.182,33 e o


custo no Tocantins é de aproximadamente R$ 2.752,61.
Investimento em torno de R$ 25 milhões a mais por ano,
além dos recursos do Fundeb.
Portanto, é importante que:
• a creche tenha um peso maior no Fundeb
• cada município avalie sua capacidade financeira, humana e
material para ampliar a oferta dessa etapa de ensino.
Educação

Custo Aluno da Educação Infantil


Município Xambioá/TO
Xambioá/TO

População 0 a 3 anos 1.156 alunos

Crianças matriculadas na creche (especial e regular, todas as redes) 43 alunos

% de crianças matriculadas 3,7%

Meta PNE (50% da população até 2010) 578 alunos

nº de alunos que falta atender até 2010 535 alunos

Falta atender por ano (até 2010) 178 alunos

Média valor da creche no Fundeb 2007 R$ 1.182,33

Custo Real da Creche (CNM 2008- corrigido pelo IPCA) R$ 2.752,61

Diferença valor da creche Fundeb 2007 e custo da creche CNM R$ 1.570,28

Total do custo/ano da creche R$ 280.033,27


Educação

A realidade do transporte escolar (I)


Estados e municípios têm a obrigação de assumir o transporte
escolar de seus alunos (Lei nº 10.709/03).
São os municípios que realizam o transporte, tanto dos seus
alunos, como dos alunos das escolas estaduais.
O valor repassado dos convênios representa cerca de 30% da
despesa assumida pelos municípios.
– No RS, o custo dos municípios com o transporte escolar em 2008
é de R$180 milhões e o convênio firmado com a SEC em 2008 foi
de R$ 58 milhões.
Essa realidade é enfrentada em outros estados e os
municípios acabam sendo prejudicados.
Educação

A realidade do transporte escolar (II)


Muitos municípios acabam sendo condenados por
problemas causados no transporte escolar de alunos ou
por não transportar os alunos da rede estadual.
Um exemplo é o município de Erechim/RS.
A administração municipal foi condenada a pagar de forma
solidária indenizações às famílias em torno de R$ 3,2
milhões, face ao acidente ocorrido que resultou na morte
de 16 alunos, dentre os quais alunos das escolas
estaduais.
De acordo com a ação, foi negado o pedido de
responsabilização do governo estadual.
Educação

O custo do transporte escolar

Existem 4,5 milhões de alunos da educação básica que


utilizam o transporte escolar.
O Pnate repassa por aluno - entre R$ 81,00 e R$ 116,32 e
financia cerca de 10% do custo total do transporte, que é de
R$ 3,2 bilhões ao ano (média de R$ 716,00 aluno/ano).

Redes estaduais 1,7 milhões de alunos R$ 1,2 bilhão

Redes municipais 2,8 milhões de alunos R$ 2,0 bilhões

Total BR 4,5 milhões de alunos R$ 3,2 bilhões


Educação

As reivindicações dos municípios


para o transporte escolar
Em 2007, a CNM apresentou emenda para a
regulamentação do Fundeb referente ao transporte
escolar.
• A emenda garantia por meio do Fundeb repasse direto dos
recursos aos municípios que transportassem alunos da rede
estadual

No Congresso, a emenda foi rejeitada com a promessa de


solução para o transporte escolar, posição reiterada pelo
ministro da Educação na X Marcha.
Por esta razão, a CNM vem denunciando essa situação,
pois não foi solucionada a questão e os estados
continuam sem repassar aos municípios o que é devido.
Educação

Alimentação Escolar (Merenda)


O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) atende 36
milhões de alunos repassando recursos financeiros a estados e
municípios.
A assistência financeira do MEC não é suficiente e os
municípios têm que arcar com recursos complementares para
assegurar alimentação de qualidade aos alunos.

Valor aluno/dia
Ano/Etapas Creche Pré-escola E. Fundamental Indígena/quilombola
1994 a 2002 - 0,06 0,13 -
2003 0,18 0,06 0,13 -
2004 0,18 0,15 0,15 -
2005 0,18 0,18 0,18 -
2006 a 2008 0,22 0,22 0,22 0,44
Educação

Os desafios - A qualidade da educação


O Brasil conta hoje com um importante indicador da
qualidade da educação, o Ideb (Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica).
Por esta razão foram definidas metas para serem
alcançadas por estados e municípios até 2021.
Redes de 1ª a 4ª série 5ª a 8ª série
Ensino 2005 2007 Meta 2021 2005 2007 Meta 2021
BRASIL 3,8 4,2 6,0 3,5 3,8 5,5
Rede Municipal 3,4 4,0 5,7 3,1 3,4 5,1
Rede Estadual 3,9 4,3 6,1 3,3 3,6 5,3

É importante intensificar as ações de combate à


evasão e repetência, ampliando as condições de
acesso e permanência do aluno na escola.
Educação

A valorização do magistério

Outro desafio é valorização dos profissionais da


educação.
A Constituição prevê a existência de planos de
carreira, com piso salarial profissional.
– Os planos de carreira devem ser elaborados ou
adequados até o final de 2009.
– O valor do piso salarial dos professores tem vigência a
partir de janeiro do ano que vem.
Educação

Piso Salarial – Lei 11.738/08


Piso de R$ 950,00 para professores com formação em
nível médio e jornada de 40hs semanais.
– Em 2009:
– Devem ser pagos 2/3 da diferença entre o valor praticado no
município e o valor do piso de R$ 950,00.
– As vantagens pecuniárias serão computadas no valor do piso
só até dez/2009. Em jan/2010 passam a ser calculadas e
pagas sobre o vencimento inicial.
• A União complementará o piso para os que não tenham
disponibilidade orçamentária (não regulamentado).
• O piso será atualizado anualmente a partir de jan/2009.
Educação

Piso Salarial
A CNM apresentou várias emendas ao PL no
Congresso Nacional, porém, o piso foi aprovado sem
considerar as principais reivindicações dos municípios.

Com a lei aprovada, as preocupações da CNM


referem-se ao impacto financeiro do piso (de ativos e
inativos), a complementação da União e a jornada de
trabalho.
Educação

Principais ações da nova gestão


1) Organizar o sistema de ensino do município, pois passa a
ser responsável por baixar suas próprias normas,
autorizar, credenciar e supervisionar as escolas da sua
rede.
• Quem ainda não organizou o seu próprio sistema depende
do órgão estadual para autorizar o funcionamento de suas
escolas e está sujeito às normas, supervisão e avaliação do
estado.

2) Implantar, até 2010, o ensino fundamental de 9 anos, com


matrícula a partir dos 6 anos de idade (Lei nº 11.274/2006).
Educação

Principais ações da nova gestão


3) Encaminhar ou concluir a elaboração do Plano
Municipal de Educação, com duração de 10
anos, ou, se for o caso, dar continuidade à sua
implementação.
• A falta de planejamento municipal acarreta direcionamento
equivocado dos gastos e das ações, pela ausência de
metas e objetivos a serem atingidos.

4) Elaborar ou adequar, até 31/12/2009, o Plano de


Carreira e Remuneração do Magistério.
• Com análise da situação orçamentária e financeira para
definição da matriz salarial.
Educação

Principais ações da nova gestão


5) Apresentar as prestações de contas dos programas
federais, verificando a situação do município junto ao
FNDE, para não deixar de receber os recursos.
6) Analisar o impacto financeiro do piso salarial por
meio de:
• Análise da carreira definida em lei municipal
• Levantamento cadastral dos professores
• Estudo da capacidade orçamentário-financeira do
município
7) Proceder revisão da jornada de trabalho dos
professores para inclusão do tempo destinado às
horas-atividade.
Educação

Desafios dos novos gestores


• Elevar o padrão de gestão municipal, para melhoria dos
indicadores de qualidade da educação, no combate à
evasão, repetência e analfabetismo.
• Ampliar os recursos/fontes de financiamento da educação
– Municipalizando as matrículas da educação infantil e ensino fundamental
– Estadualizando as matrículas do ensino médio
– Reorganizando a rede escolar municipal
– Melhorando a gestão do transporte escolar
• Participar de forma ativa e pró-ativa do debate nacional sobre
educação, buscando a articulação de parcerias que visem ao
ensino de qualidade.
• Assegurar a sustentabilidade dos programas e projetos
educacionais desenvolvidos no município.
Educação

Propostas municipalistas
• Solução para o problema do transporte escolar.
• Redefinição dos pesos do Fundeb baseados em
critérios claros e objetivos, com prioridade à
educação infantil.
• Envolvimento das entidades nacionais
municipalistas, por meio dos prefeitos, no processo
de formulação das políticas em educação.
• Regulamentação do regime de colaboração entre os
entes, para que se garanta o efetivo compartilha-
mento de responsabilidades e o respeito ao pacto
federativo.
Educação

Confederação Nacional de Municípios

Endereço: SCRS 505, bloco c, lote 1,


3º andar – Brasília – DF – CEP: 70350-530

Telefone: (61) 2101-6000


E-mail: educacao@cnm.org.br
Site: www.cnm.org.br
Saúde

212
Saúde

SAÚDE MUNICIPAL
“Orientações para Qualificação da Gestão”

213
Saúde

20 anos de SUS no Brasil

¾ Constituição de 1988
¾ Lei Orgânica da Saúde (LOS), Lei n. 8080 de 19/09/90
¾ Participação Social – Lei n. 8142 de 28/12/90.

9 Na saúde o Município recebe incumbência específica de prestar serviços


de atendimento a saúde – responsabilização sanitária.

9 Cabe a União e aos estados a cooperação técnica e financeira aos


Municípios.

214
Saúde

Conhecendo o SUS
¾ De quem é a responsabilidade pelo SUS?
9 A Constituição brasileira estabelece que a saúde é um
direito de todos e um dever do Estado (Poder Público),
abrangendo a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios. (Art. 196, CF/88)

¾ Princípios e diretrizes do SUS


9 Descentralização
9 Equidade
9 Controle Social
9 Universalidade
9 Integralidade
215
Saúde

Como o Município participa do SUS?

9 Conhecendo a realidade e planejando


(necessidades locais)

9 Estrutura local (estabelecimentos de saúde)

9 Regionalização (rede hierarquizada)

9 Pactuação

9 Consórcios Municipais (Lei n.º 11.107/2005)


216
Saúde

Análise Situacional da Saúde


¾ É responsabilidade do gestor municipal;
¾ Envolve planejamento, programação e avaliação da saúde;
¾ Instrumentos fundamentais da gestão do SUS:
9 Plano Plurianual;
9 Fundo Municipal de Saúde;
9 Plano Plurianual;
9 Conselho
9
Municipal de Saúde;
Fundo Municipal de Saúde;
Importante:
9 Plano
9
Municipal de Saúde;
Conselho Municipal de Saúde;
9 Plano Municipal de Saúde;
A escolha do gestor municipal
9 Instrumentos de pactuação; e
9 Instrumentos de pactuação; e
9 Relatório de Gestão.€
Secretário Municipal de Saúde
9 Relatório de Gestão.
Conhecimento de Saúde Pública
Conhecimento de Administração Pública
217
Saúde

Três esferas de governo


(Conferências de Saúde)

Estadual Municipal

Ministério da Secretaria Secretaria


Saúde Estadual de Municipal de
Saúde Saúde

Conselho Conselho Conselho


nacional de Estadual de Municipal de
Saúde Saúde Saúde

Comissão Comissão Conselho de Secretários


Municipais de Saúde
Intergestores Intergestores COSEMS
Tripartite Bipartite
Conselho de Secretarias
Municipais de Saúde
CONASEMS
218
Saúde

Emenda Constitucional 29
“objetivo da progressiva redução das disparidades regionais”
(Art. 6º, §3º, II, da EC-29)

Avaliação 2006:

9 Aproximadamente 98% dos Municípios cumpriram com a EC-29;

9 26 Estados apresentaram informações e somente 9 atingiram o limite de 12%.

ª Em 2006 o mínimo era de R$17,7 bilhões e os municípios


investiram R$23,7 bilhões, ou seja, R$6 bilhões a mais.

ª Nos anos de 2005 e 2006 os municípios gastaram R$ 43,7 bilhões,


R$ 10 bilhões a mais que o mínimo constitucional exigido.
219
Saúde

Emenda Constitucional 29
Participação da União, Estados e Municípios no
Financiamento do SUS 2000 e 2005 (em %)

2000 2005
Municípios;
21,70% Municípios;
27,00%

União;
49,90%
União;
Estados; 59,80%
18,50%

Estados;
23,10%

• Os municípios aumentaram em 24,42% a destinação de seus orçamentos para


aplicação em saúde entre 2000 e 2005, enquanto que a União diminui em 16,55%.
220
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
Saúde

Amazonas 22,17

Distrito Federal 20,25

Rio Grande do Norte 17,53

Fonte: SIOPS
Tocantins 14,74

Acre 13,82

Amapá 13,74

Piauí 13,71

Roraima 13,64

Mato Grosso do Sul 13,46

Santa Catarina 13,35

Minas Gerais 13,30

São Paulo 13,07

Pernambuco 12,80

Paraíba 12,72

Bahia 12,63

Pará 12,61

Sergipe 12,44

Goiás 12,30

Ceará 12,14

Rondônia 12,00

Alagoas 12,00
Investimento em Saúde ‐ 2007

Mato Grosso 11,90

Maranhão 11,77

Rio de Janeiro 10,92

Espírito Santo 9,88

Paraná 9,22

Rio Grande do Sul 5,80


221
Saúde

Emenda Constitucional 29
Orçamento da União

¾ O valor global de recursos no Orçamento de 2008 para a área de saúde


é de R$ 48,5 bilhões.

ª Com a regulamentação da Emenda Constitucional 29, os percentuais


de transferência da União para a saúde pública, calculados com base no
orçamento do ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB)
nominal, serão os seguintes: 8,5% em 2008; 9% em 2009; 9,5% em 2010;
10% em 2011.

ª O orçamento para a saúde aumentará de R$ 48,5 bilhões para R$ 71,5


bilhões até 2011. Desses R$ 23 bilhões adicionais, R$ 5 bilhões deveriam
ser investidos ainda em 2008.
222
Saúde

Avaliação do Processo de
descentralização
Recurso da CPMF por Região R$ 1,00
Região 2006 2007
Nacional 1.563.962.845 118.355.813
Norte 725.630.900 982.515.806
Nordeste 3.127.791.686 3.896.305.131
Sudeste 6.313.897.018 7.217.525.732
Sul 1.819.266.078 2.444.503.970
Centro-Oeste 785.276.067 1.113.257.453
Total Geral 14.335.824.594 15.772.463.905

9 Dos recursos da CPMF destinados para os Estados em 2006, São Paulo


que possuía uma população de 37 milhões, recebeu R$ 3,9 bilhões (30,5%
dos recursos), sendo superiores do que os recursos somados das regiões
Norte e Nordeste, que possuem juntas uma população de 60,6 milhões. 223
Saúde

Dados do SUS
Ä Em torno de 80% dos brasileiros se beneficiam exclusivamente do SUS
na atenção à saúde;

Î 100% da população se beneficia das ações coletivas como de vigilância


sanitária e epidemiológica (vacinas e controle de epidemias).

Î Participação decisiva dos municípios no SUS:


Serviços 2006 2007
Internações hospitalares  11,3 milhões 11,7 milhões
Procedimentos ambulatoriais  2,3 bilhões 2,7 bilhões
Consultas médicas  300 milhões 574 milhões
Partos 2 milhões 2,5 milhões
Transplantes de órgãos  11 mil 44,4 mil
Fonte: Datasus/MS
224
Saúde

Recursos Humanos no SUS


Proporção de RH, segundo esfera administrativa do SUS. Brasil, 2006, 2007 e 2008

Fonte: CNES/Datasus/MS
225
Saúde

Indicadores de Saúde
¾ Em dezembro de 2002, a taxa de mortalidade infantil,
nas localidades com PSF, era de 31,3 óbitos por mil
nascidos vivos.
9 2004 - 26,7/1000 NV
9 2006 – 24,9/1000 NV
9 Estimado que em 2012 – 14,4 / 1000 NV.

¾ Para cada 10% de aumento na cobertura


populacional do PSF há uma redução média de 4,6%
na taxa de mortalidade infantil (TMI).

¾ Redução nas internações por Acidente Vascular


Cerebral (AVC) na população de 40 anos ou mais, de
52,30 para 37,7/10.000 habitantes.
226
Saúde

Evolução do Programa Saúde


da Família

Ano 1998 Ano 2008


ESF: 3.062 ESF ESF: 28.699
Cobertura: 6,6% Cobertura: 48,59%
Fonte: DAB/MS
ACS: 61.303 ACS: 223.375
Cobertura: 20,21% Cobertura: 59,12%
227
Saúde

Evolução do Programa Saúde


da Família

228
Saúde

Incentivo do PSF - 2006


¾ PAB Variável: Estratégia Saúde da Família (ESF)

ª Modalidade 1

¾ R$ 8.100,00 por equipe/mês


(Com pop. até 50.000 na Amazônia Legal ou com pop. até 30.000 com
IDH ≤ 0,7).
Verificar - Diferença na composição

ª Modalidade 2

9 R$ 5.400,00 equipe/mês
Ex: Um Município com 20.000 habitantes que possui 04 equipes
SF modalidade 2 recebe um total de R$ 21.600 por mês para
o custeio das quatro equipes.
229
Saúde

Incentivo do PSF - 2006


¾ PAB Variável: Estratégia Saúde da Família (ESF)

¾ Estratégia Agentes Comunitários de Saúde

9 R$ 532,00/Mês por ACS


Ex: Um Município com 20.000 habitantes que possui 28 ACS
recebe R$ 14.644,00 por mês para custeio da estratégia.

¾ Estratégia Saúde Bucal

9 R$ 1.700,00/mês por equipe


Ex: Um município com 20.000 habitantes que possui 04 equipes
SB modalidade 01 recebe R$ 6.800,00 para custeio da
estratégia.
230
Saúde

Custo do PSF - 2006


¾ Núcleo de Apoio à Saúde da Família - NASF
(Médico Acupunturista; Assistente Social; Profissional da Educação Física; Farmacêutico;
Fisioterapeuta; Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista; Médico Homeopata; Nutricionista; Médico
Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; e Terapeuta Ocupacional).

¾ NASF 1

9 R$ 20.000,00/Implantação + manutenção (mês)


o Vinculado: mínimo 8 e máximo 20 ESF
o Região Norte (-100.000 hab.) 5 e 20 ESF.
o Mínimo de 5 profissionais

¾ NASF 2

9 R$ 6.000,00/Implantação + manutenção (mês)


o Mínimo de 3 profissionais, exceto médico.
o Municípios c/ Densidade Demográfica de 10hab./Km2
o Fará jus a apenas 1 NASF2
231
Saúde

Impacto dos Programas 

Federais
Estratégia Saúde da Família – ESF
• Estimativa de Custo Médio de Despesa Recursos Humanos
1 Médico........................................................................... R$ 7.500,00
1 Enfermeiro..................................................................... R$ 2.200,00
1 Auxiliar........................................................................... R$ 800,00
Encargos........................................................................... R$ 3.675,00
Custos com material ……………………………………….. R$ 3.500,00
Custos com água, energia e telefone…………………….. R$ 1.000,00
Custos com veículo, combustível e motorista….……… R$ 2.800,00
Total.................................................................................. R$ 21.475,00

Repasse do Governo Federal (por equipe)………………. 5.400,00


Custo Município por equipe………………………………… 16.075,00
232
Saúde

Impacto do Saúde da Família - 2006


¾ Estimativa de custo médio de despesa Recursos Humanos PSF

Situação 2006 2008


Nº de equipes 26.729 28.699
Custo estimado c/equipe mínima 4,55 bilhões 4,9 bilhões
Valor repassado pela União 1,69 bilhão 1,85 bilhão
Valor estimado de repasse estadual 350 milhões Não disponível
Contrapartida Municipal c/ESF 2,9 bilhões 3,05 bilhões

233
Saúde

Impacto do Saúde da Família - 2006


¾ Estimativa de custo médio de despesa Recursos Humanos PACS
(mínimo de 6 ACS por equipe)

1 ACS = R$ 420,00
Portaria 1.234/2008 = 581,00
C/Encargos = R$ 510,00
C/Encargos = 590,22

Situação 2006 2008


Nº de Agentes Comunitários de Saúde 219.492 223.375
Custo estimado c/equipe mínima 1.46 bilhão 1,76 bilhão
Valor repassado pela União 921 milhões 1,55 bilhão
Contrapartida Municipal c/ESF 539 milhões 200 milhões

OBS: Não estão incluídos os custos com: transporte, vale-refeição, uniformes e material.
234
Saúde

Impacto do Saúde da Família - 2006

¾ Considerando uma Unidade de Saúde da Família para cada equipe

Despesas com Unidade de Saúde da Família 2006
Estimativa de custos mensais com material 3.500,00
Estimativa de Custos mensais com Manutenção Mensal (água,  1.000,00
energia, telefone)
Estimativa de Custos mensais com deslocamento de equipe  e  1.500,00
transporte de paciente (manutenção veículos e combustível)
Total por unidade/mês 6.000,00

235
Saúde

Impacto do Saúde da Família - 2006


¾ Custos estimados para a estratégia Saúde da Família (2006), sem
contar com equipe de saúde bucal

Despesas com  Saúde da Família 2006 2008


Recursos Humanos (SF + ACS) 5,5 bilhões 6,66 bilhões
Manutenção das unidades, veículos e materiais 1,9 bilhão 2,1 bilhões
Repasses da União (SF + ACS) 2,6 bilhões 3,4 bilhões
Contrapartida Municipal (SF + ACS + Unidade) 4,8 bilhões 5,36 bilhões

236
Saúde

Pacto pela Saúde 2006


Mudanças na execução e organização do Sistema

9 Pacto pela Vida


• Áreas estratégicas, indicadores, parâmetros e metas

9 Pacto em Defesa do SUS


• Compromisso dos gestores com a consolidação do SUS

9 Pacto de Gestão
• Regionalização cooperativa e solidária
• Blocos de financiamento
• Planejamento articulado
• Responsabilidade sanitária 237
Saúde

Blocos de financiamento
Portaria n.º 204/GM, 29 de janeiro de 2007

9 Bloco da Atenção Básica

9 Bloco da Vigilância Em Saúde

9 Bloco de Média e Alta Complexidade

9 Bloco da Assistência Farmacêutica

9 Bloco de Gestão do SUS


238
Saúde

Blocos de financiamento
Bloco da Atenção Básica

9 Piso da Atenção Básica – Fixo

o PAB-Fixo = per capita de 15,00 por habitante

Exemplo: Esteio/RS
81.131 hab x 15,00 = 1.216.965,00/ano

12 Parcelas mensais de 101.413,75/mês

239
Saúde

Blocos de financiamento
Bloco da Atenção Básica

9 Piso da Atenção Básica – Variável

• Programa Saúde da Família = n.º ESF x R$ 5.400,00


• Programa de Agente Comunitário de Saúde = n.º ACS x 581,00
• Compensação de especificidades regionais = 5% PAB-Fixo x pop. UF = CIB
• Fator de incentivo de atenção básica aos povos indígenas = FUNASA
• Incentivo para atenção à saúde no Sistema Penitenciário

Atenção: SIAB, SIM, SINAC, SINAN, CNES, SISVAN,


etc.

Os recursos serão suspensos caso ocorra interrupção na


alimentação dos sistemas em 2 meses consecutivos ou 3
240
meses alternados em 1 ano.
Saúde

Pacto pela Saúde 2006


Avaliação

¾ Adesão baixa dos municípios = 33,3%


9 21 Estados brasileiros aderiram (77,7%)

Situação da Adesão dos Municípios


Situação Municípios %
Aguardando Homologação 91 3,3
Aguardando Publicação 804 29,2
Publicado 1.854 67,4
Estado do Tocantins 139 28,1
Estado da Bahia 417 4,8
Fonte: CIT 241
Saúde

Fundo Municipal de Saúde


Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ

¾ Legalidade
9 Ec – 29
9 Lei n.º 8080/90
9 Lei n.º 8142/90
9 IN SRF 748/07 – Art. 11, XI

¾ Implicações operacionais
9 Estrutura administrativa e organizacional
9 Organização contábil
9 RH qualificado
9 Recursos financeiros 242
Saúde

Atuação da CNM

¾Instituir no âmbito das estaduais e micro-regionais,


Câmara Técnica de Saúde, com a finalidade de expandir,
planejar, qualificar e consolidar ações e serviços de saúde,
por meio da metodologia de processo de trabalho em saúde,
discussões sobre os programas da união e protocolos.

¾Promoção da defesa dos municípios, por meio da atuação


no desenvolvimento das políticas públicas de saúde,
debatendo com os setores responsáveis por elaboração de
legislação federal que exerça impacto na gestão municipal.

243
Saúde

Atuação da CNM
¾Discussão das políticas de saúde junto ao Conasems,
Conass e Ministério da Saúde.

¾ Participação da CNM em campanha nacional no âmbito


da saúde.
9 Combate ao Câncer de Mama e de Colo de Útero
9 Mobilização para a doação de órgãos

¾Condição de igualdade dentro de um pacto federativo


em que não exista subordinação e que apresente
planejamento ascendente, na corresponsabilidade e não
na simples descentralização de funções com recursos
financeiros insuficientes.
244
Saúde

Pautas da CNM

¾ Regulamentação e cumprimento integral da


Emenda Constitucional 29 pelos entes federados.

¾ Maior financiamento estadual.

¾ A inconstitucionalidade da Lei 11.350/06 por


ferir a autonomia dos municípios em obrigá-los à
adoção de uma forma de processo seletivo
diferente do concurso público (art. 37, II da CF),
bem como à adoção de um regime jurídico de
contratação estipulado pela União.

245
Saúde

Pautas da CNM
Ä Revisão das formas de financiamento para os pequenos
municípios: PAB fixo diferenciado, respeitando-se as
características regionais.

Ä Atualização anual do valor destinado aos municípios para


o pagamento do Piso da Atenção Básica (PAB) por um índice
específico para o setor, conforme PL 1885/07 de autoria do
Deputado Fernando Coruja.

Ä PAB Variável definido com base em estudos regionais,


levando-se em consideração os custos de cada programa.

Ä Disponibilização e a garantia de recursos financeiros para


investimentos na rede de serviços.
246
Saúde

Área Técnica em Saúde
Coordenação Técnica/CNM
denilson.magalhaes@cnm.org.br
(61) 2101‐6043

247
Saúde

Conferência de Saúde
Lei n.º 8.142/90

Art. 1º - O Sistema Único de Saúde - SUS de que trata a Lei nº 8.080, de 19 de


setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das
funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:

I - a Conferência de Saúde, e
II - o Conselho de Saúde.

§ 1º - A Conferência de Saúde reunir-se-á cada 4 anos com a representação


dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as
diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis
correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente,
por este ou pelo Conselho de Saúde.

248
Saúde

Conferência de Saúde
Lei n.º 8.142/90

Art. 1º - O Sistema Único de Saúde - SUS de que trata a Lei nº 8.080, de 19 de


setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das
funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:

I - ...
II - o Conselho de Saúde.

§ 2º - O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão


colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço,
profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no
controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive
nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo
chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
249
Saúde

Espaços de articulação
NOB-SUS/96
8. DIREÇÃO E ARTICULAÇÃO

O processo de articulação entre os gestores, nos diferentes níveis do Sistema,


ocorre, preferencialmente, em dois colegiados de negociação:

Comissão Intergestores Tripartite (CIT), composta, paritariamente, por


representação do Ministério da Saúde (MS), do Conselho Nacional de
Secretários Estaduais de Saúde (CONASS) e do Conselho Nacional de
Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS).

Comissão Intergestores Bipartite (CIB), composta igualmente de forma


paritária, é integrada por representação da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e
do Conselho Estadual de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS) ou órgão
equivalente. Um dos representantes dos municípios é o Secretário de Saúde da
Capital.
250
Saúde

Conselhos de Secretários
Lei n.º 8.142/90

Art. 1º - O Sistema Único de Saúde – SUS...

§ 3º- O Conselho Nacional de Secretários de Saúde -


CONASS e o Conselho Nacional de Secretários
Municipais de Saúde CONASEMS terão representação
no Conselho Nacional de Saúde.

251
252
TEMAS FUNDAMENTAIS
PARA ADMINISTRAÇÃO
MUNICIPAL

253
Jurídico

TRANSIÇÃO
→ Designação da equipe de transição;

→ Conhecer com profundidade:


• PPA;
• LDO;
• LOA;
• Folha de Pagamento;
• Finanças;
• Tributos;
• Dívidas;
• Condições de Arrecadação da Receita;
• Processos Judiciais em Andamento;
• Convênios;
• Contrato;
• Patrimônio Público.

254
Jurídico

ESCOLHA DOS AUXILIARES

SECRETÁRIOS E DIRETORES:
- Focados nas atribuições de suas pastas;
- Serem da confiança do Prefeito;
- Identificados com o projeto de governo;
- Conhecimento técnico da área de atuação.

ASSESSOR JURÍDICO:
- Conhecer Direito Público;

PREFEITO TER EM MENTE QUE:


Enquanto na iniciativa privada é permitido fazer o que a lei não
veda, na administração pública somente é possível fazer o que a
Lei expressamente autoriza.

255
Jurídico

NEPOTISMO
ATENÇÃO:

SÚMULA VINCULANTE Nº 13
“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo
de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na
administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido
o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.”

256
Jurídico

NEPOTISMO
QUEM NÃO PODE SER NOMEADO?

→ Cônjuge;

→ PARENTES CONSANGUÍNEOS:
Filho (a); Pai e Mãe; Avô e Avó; Neto(a); Irmão e Irmã; Bisavó e Bisavô;
Bisneto(a); Tio(a); Sobrinho(a).

→ PARENTES POR AFINIDADE:


Sogro(a); Padrasto e Madrasta; Genro e Nora; Enteado(a); Cunhado(a).

OBSERVAÇÕES: na linha reta a afinidade não se extingue com a


dissolução do casamento ou da união estável.

257
Jurídico

NEPOTISMO

IMPORTANTE:
RECLAMAÇÃO:6650

O ministro Cezar Peluso ao deferir liminar em reclamação que questionava


criação de secretaria e nomeação de irmão de governador para o cargo, lembrou
que:

“os secretários estaduais são agentes políticos, os quais entretêm com o Estado
vínculo de natureza igualmente política, razão por que escapam à incidência das
vedações impostas pela Súmula Vinculante 13”.

Esse mesmo entendimento vale, por exemplo, para os ministros de Estado.

258
Jurídico

ASSESSORES

VEDAÇÕES PARA CARGOS EM COMISSÃO:


1. Lei municipal → exigências para o cargo;
2. Acúmulo remunerado de cargos públicos;
3. Forma de pagamento → subsídio (secretários).
4. Décimo Terceiro e terço de férias.

Vejamos algumas decisões sobre o tema:

259
Jurídico

POSSE

→ O prefeito tomará posse no dia 1º de janeiro de 2009

O dia da posse é determinado na Constituição Federal, não podendo ocorrer


nem antes e nem depois!!!!

PREFEITO
Não esqueça de apresentar a declaração de bens e valores que compõem o
seu patrimônio privado, para ser arquivado do setor de pessoal!!!

260
Jurídico

ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

ENTES DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA:


- União;
- Estados;
- Distrito Federal e
- Municípios.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS ENTES PÚBLICOS MUNICÍPIOS:


- Autonomia;
- Regência por Lei Orgânica;
- Competências:
→ Comuns: art. 23 CF
→ Privativas: art. 30 CF

261
Jurídico

ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
INSTALADO O MUNICÍPIO, COMPETE-LHE:

• Legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar a legislação federal e


estadual;
• Instituir e arrecadar os tributos de sua competência; aplicar suas rendas.
• Prestar contas e publicar balancetes nos prazos estabelecidos em lei.

→ É ainda competência do Ente Público Município:

• Criação, organização e supressão de distritos, observada a legislação estadual;


• Promoção do adequado ordenamento territorial mediante o planejamento e
controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano.

262
Jurídico

FISCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

OS MUNICÍPIOS SÃO FISCALIZADOS POR:

→ CÂMARA DE VEREADORES;
→ MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL;
→ TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO ou DOS MUNICÍPIOS;
→ MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS;
→ TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO;
→ MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL;
→ CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO;
→ POPULAÇÃO;
→ MÍDIA.

263
Jurídico

FISCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

1. CÂMARA DE VEREADORES

Competem ao Poder Legislativo Municipal, nos termos do art. 31 da


Constituição Federal, às funções de:
→ controle e fiscalização dos atos do Poder Executivo
→ fiscalização contábil, orçamentária, financeira, patrimonial e operacional
→ julgamento das contas do prefeito e de eventuais infrações político-
administrativas.

A função de fiscalização também é exercida através:


→ das Comissões Especiais de Inquérito
→ das Comissões Especiais do Poder Legislativo
→ através de requerimentos e informações aprovados pelo plenário.

264
Jurídico

FISCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

2. MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL

O Ministério Público tem constitucionalmente assegurada sua autonomia


funcional e administrativa e nos Estados pode atuar diretamente no sentido de
zelar pela preservação do patrimônio público, do meio ambiente e todos os
interesses difusos e coletivos. Além disso, cabe-lhe defender os direitos das
populações indígenas, requisitar informações e documentos para instruir
procedimentos.

265
Jurídico

FISCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO - TAC

TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA - TAC

AMEAÇA → AÇÕES CIVIS PÚBLICAS → TAC (título executivo)

REAÇÃO:

1. Verificar a previsão orçamentária e se de fato o município tem competência


para assumir tal obrigação! (verificar PPA, LDO, LOA e competência).

2. Observar o risco de descumprir:

* Lei nº 4.320/64;
* Dec-Lei 201/67;
* Princípio da Legalidade Orçamentária.
* As diretrizes da LC nº 101/00.

266
Jurídico

FISCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO - TAC

Prefeito! Reflita antes de assinar TAC!!!!

→ Não deixe que o representante do MP, sem mandato, governe em seu lugar.

→ Não existe obrigatoriedade legal de assinar TAC !!!

→ Elabore em conjunto com a câmara boas leis e cumpra-as! Ninguém poderá,


apontá-lo por isso!

Vejamos a seguir uma decisão sobre o tema.

267
Jurídico

268
Jurídico

FISCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

3. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO OU DOS MUNICÍPIOS

Competência:
a) apreciar as contas anuais dos gestores municipais, emitindo parecer prévio;
b) julgar as contas dos administradores e responsáveis por bens e dinheiros
públicos;
c) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal dos
entes públicos, bem como das concessões de aposentadoria e pensões;
d) realizar inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial nos poderes municipais;
e) fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados por outro Ente Público
mediante convênio, acordo, ajuste ou similares;
f) aplicar aos responsáveis por despesas ilegais ou contas irregulares, as sanções
previstas em lei;

269
Jurídico

FISCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
TCE ou TCM:
g) estabelecer prazo para as providências necessárias ao cumprimento da lei,
em caso de descumprimento;
h) sustar atos administrativos declarados irregulares;
i) representar junto ao Ministério Público e à Câmara sobre irregularidades ou
abusos apurados nas inspeções ou auditorias.

→ A imputação de débito ou multa, tem eficácia de título executivo.

→ O parecer sobre as contas do Prefeito é encaminhado ao Legislativo com


recomendação pela aprovação ou não e normalmente orienta a decisão do
Poder.

→ Independentemente da decisão do Poder Legislativo, as contas com parecer


pela desaprovação são encaminhadas ao Ministério Público Especial junto ao
Tribunal de Contas.

270
Jurídico

FISCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
4. MINISTÉRIO PÚBLICO ESPECIAL JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS

Funções:

• promover a defesa da ordem jurídica;


• comparecer a todas as sessões do Tribunal de Contas, sob pena de nulidade
das deliberações adotadas;
• opinar em todos os processos relativos à função fiscalizadora do TCE;
• propor a instauração de tomadas de contas especiais e extraordinárias;
• representar a outros órgãos o conhecimento de atos de irregularidade
apurados;
• interpor recursos, apresentar pedidos de revisão de decisões; e
• fazer cumprir as decisões do Tribunal de Contas do Estado.

271
Jurídico

FISCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
5. TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Funções:
• Fiscalização da aplicação de quaisquer recursos repassados pela União
(convênio, acordo, ajuste);
• Aplicação no caso de ilegalidade de multa proporcional ao dano causado ao
erário.
A ATUAÇÃO DO TCU NÃO PODE INVADIR COMPETÊNCIA
DOS TRIBUNAIS DE CONTAS DOS ESTADOS.

Nos últimos 20 anos o TCU condenou 8.314 gestores públicos (prefeitos, vice-
prefeitos e ocupantes de cargos políticos), 38,4% das condenações impostas
pelo TCU.
→ Em 2006 – 881 prefeitos foram condenados;
→ Em 2007 – 735 condenações;
→ Em 2008, até 05 de outubro – 450 condenações
Do total de condenações, 894 foram anuladas no Judiciário.
272
Jurídico

FISCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
6. CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO

• Competência no âmbito da União → assistência direta ao Poder Executivo


Federal;
• Bingos: sorteio de municípios a serem fiscalizados
• Usurpa as competências dos Tribunais de Contas;
• Publica relatórios na internet.

Exemplos de apontamentos:
• Falta de atuação do conselho do FUNDEF no Município;
• Falta de controle no estoque, na destinação dos produtos alimentícios
adquiridos e armazenados inadequadamente;
• Falha no processo licitatório;
• Ausência de aplicação dos recursos no mercado financeiro;
• Pagamento antecipado;
• Bem adquirido e não segurado;
• Impropriedades no processo licitatório.
273
Jurídico

GOVERNO DO MUNICÍPIO

Governabilidade dos Municípios exercida:


- Poder Executivo e,
- Poder Legislativo que:

→ Atuam harmonicamente entre si;


→ Possuem independência sem qualquer subordinação;
→ Devem agir com liberdade e nos limites de suas esferas de atuação.

NO MUNICÍPIO NÃO HÁ PODER JUDICIÁRIO

274
Jurídico

REPASSES PARA A CÂMARA


DUODÉCIMO CONSTITUCIONAL:
O prefeito, por determinação da constituição deverá realizar os repasses para a
Câmara, mensalmente, até o dia 20 e não poderá fazê-lo a menor ou a maior, em
qualquer circunstância. (Art. 29 A, §2º, da CF/88).

O DESCUMPRIMENTO DESTA OBRIGAÇÃO CONSTITUI CRIME


DE RESPONSABILIDADE DO PREFEITO.

Sobre o assunto juntamos a seguinte decisão judicial:

275
Jurídico

GOVERNO DO MUNICÍPIO

OS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

→ PLANEJAMENTO
PLANEJAMENTO É A PALAVRA-CHAVE para que possamos pensar uma
administração moderna e voltada para a eficiência e também para atender ao
que impõem a Lei Complementar nº 101/00.

→ PLANO PLURIANUAL - PPA


O Plano Plurianual é o instrumento destinado ao planejamento das ações
governamentais estratégicas, de caráter político e de concretização a longo
prazo, evidenciando e quantificando o programa de trabalho da gestão e
enfatizando as políticas, as diretrizes e as ações programadas,
correspondentes aos objetivos a serem alcançados.

276
Jurídico

GOVERNO DO MUNICÍPIO

→ LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO

A Lei de Diretrizes Orçamentárias além de orientar a elaboração da Lei


Orçamentária, deverá dispor sobre o equilíbrio entre as receitas e as
despesas, com critérios bem específicos para a limitação de empenho em
caso de frustração da receita estimada para que não haja o risco de
comprometimento das metas de resultado primário e nominal que foram
previstas para o exercício financeiro.

→ ANEXOS DE METAS FISCAIS

277
Jurídico

GOVERNO DO MUNICÍPIO
→ A LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA

A LOA é de iniciativa do Poder Executivo e sendo aprovada pelo Poder


Legislativo e sancionada pelo prefeito, autoriza a Administração
Pública a realizar, no exercício financeiro, despesas destinadas ao
funcionamento dos serviços públicos de acordo com o que possibilitam
as estimativas de arrecadação das receitas.

A LOA É O MAIS IMPORTANTE INSTRUMENTO DO


PLANEJAMENTO DA ADMINISTRAÇÃO, ÃO pois representa o
gerenciamento efetivo possibilitando administrar o equilíbrio entre as
despesas e as receitas públicas.

278
Jurídico

279
Jurídico

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL


REGULAMENTAÇÃO DO ART.163 DA CF - LC.101 DE 04 DE MAIO DE 2000.

→ “Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na


gestão fiscal.”

AÇÃO PLANEJADA E TRANSPARENTE:


• controle do déficit público;
• regras para geração de despesa;
• responsabilização dos gestores pelo descontrole nas finanças dos Entes e
Poderes.

COM A LRF:
a) se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das
contas públicas;
b) mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas;
c) mediante a obediência a limites e condições no que tange a:
I - renúncia de receita,
II - geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras.

280
Jurídico

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL


d) mediante controles e limites para dívida consolidada e mobiliária, operações
de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantias e
inscrição em Restos a Pagar.

BASE: NÃO GASTAR MAIS DO QUE ARRECADA

LRF - NOVO MOMENTO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1. Cria novo parâmetro para controles e receitas: Receita Corrente Líquida (RCL)
→ Sobre a RCL serão calculados todos os limites a serem cumpridos, bem como
todas as possibilidades de comprometimento dos erários públicos.
RCL = somatório das receitas tributárias, de contribuições, patrimoniais,
industriais, agropecuárias, de serviços, transferências correntes e outras receitas
também correntes, deduzidos a contribuição dos servidores para a previdência e
receitas provenientes da compensação financeira (RGPS). (art. 2º, IV, da LC
101/2000)
Acrescida dos valores recebidos em decorrência da Lei Kandir e do FUNDEB
A RCL é apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês de referência e
nos onze anteriores, excluídas as duplicidades.

281
Jurídico

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL


2. Impõe obrigatório planejamento para a gestão.

3. Obriga a compatibilização plena entre os instrumentos de planejamento =


PPA, LDO e LOA

4. Obriga a correta execução do orçamento em consonância com todo o


planejamento.

→ ACABOU O IMPROVISO!
A partir de 1º de janeiro de 2009 – PPA, LDO e LOA realizado pela
administração anterior;
Durante 2009 – Elaboração do PPA, para toda a gestão; LDO e LOA para
o exercício de 2010.

282
Jurídico

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

REGRAS DA LRF

→ Receitas Públicas = normas para previsão, arrecadação e renúncia de receita;

Controles para geração de despesa e principalmente com as despesas


obrigatórias de caráter continuado;
→ Limites para despesas de pessoal, com a seguridade social, transferências
voluntárias e destinação de recursos públicos para o setor privado.

→ Limitadores estabelecidos pelo senado federal para: dívida e endividamento +


regras específicas para operações de crédito e concessão de garantias.

*** PENALIZAÇÃO para inscrição em restos a pagar no último ano do mandato.

→ Regramentos específicos para preservação, aquisição e controle do patrimônio


público.

→ Controles específicos para as disponibilidades de caixa.

283
Jurídico

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

→ A transparência é também premissa básica:


- publicação de demonstrativos da execução dos orçamentos;
- do cumprimento dos limites;
- da estabilização financeira.

→ Obrigatoriedade da realização de audiências públicas na:


na
1- elaboração dos PPA, LDO E LOA;
2- demonstração do cumprimento das metas fiscais estabelecidas;
3- publicidade do relatório bimestral da execução orçamentária;
4- publicidade do relatório quadrimestral ou semestral de gestão fiscal

284
Jurídico

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

PREFEITO:

→ Não corra o risco de entregar a terceiros a realização destes instrumentos de


planejamento e muito menos dos relatórios de execução, pois assim agindo o
senhor está se propondo a NÃO TER O CONTROLE das finanças do seu
município e conseqüentemente a arcar com a responsabilização por quaisquer
descumprimento de limites e eventuais déficits.

QUEM RESPONDE PELO DESCONTROLE DA GESTÃO FISCAL,


É O PREFEITO!!!

285
Jurídico

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL


LEI Nº 1028 DE 19 DE OUTUBRO DE 2000

1. Altera:
- Decreto-Lei nº 2.848 de 7 de dezembro de 1940 → Código Penal Brasileiro;
- Lei nº 1.079 de 10 de abril de 1950 → Define os crimes de responsabilidade e
regula o respectivo processo de julgamento.
- Decreto-Lei nº 201, de 27 de fevereiro de 1967 → Dispõe sobre a
responsabilidade dos prefeitos e vereadores, e dá outras providências.

2. Tipifica como crimes os descumprimentos aos mandamentos da LRF e


estabelece as penalidades para essas práticas.

→ As penalidades podem ser de ordem administrativa, imposição de multas ou


penas privativas da liberdade com reclusão ou detenção de até 4 anos.

→ As infrações administrativas serão processadas e julgadas pelo Tribunal de


Contas do Estado ou dos Municípios e a punição corresponderá a multa
equivalente a trinta por cento (30%) dos vencimentos anuais do agente público
que der causa à infração e esta multa é de responsabilidade pessoal do agente.

286
Jurídico

Reproduzimos a seguir decisão envolvendo a LRF:

287
Jurídico

LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL


A seguir, veja relatório do Tribunal de Contas sobre não atendimento da Lei de
Responsabilidade Fiscal:

“ANÁLISE DA GESTÃO FISCAL.


Não atendimento às normas de gestão fiscal....
Trata o presente feito da Prestação de Contas da Gestão Fiscal do Poder
Executivo Municipal de (...), referente ao exercício financeiro de 2004, de
responsabilidade (...)

1. Ressalva, inicialmente, que o Poder não atendeu o disposto no art. 52 e


no § 2° do art. 55, ambos da LC nº 101/2000, pois não foram informadas as
datas das publicações de Relatórios Resumidos da Execução Orçamentária –
RREO e do Relatório de Gestão Fiscal - RGF, em Jornal local ou Diário Oficial,
bem como as datas das divulgações dos referidos Relatórios na Internet,
conforme entendimento esposado na decisão do Tribunal de Contas, proferida
pela Segunda Câmara, no Processo nº 5017-02.00/03-1.

288
Jurídico

2. o Poder, no que concerne aos Restos a Pagar, não atendeu aos preceitos
inscritos no artigo 42 da Lei Complementar nº. 101/2000, tendo em vista que
não havia suficiente disponibilidade financeira para a quitação das despesas
empenhadas nos dois últimos quadrimestres do mandato, nos recursos
relacionados, e, que não foram pagas dentro do exercício ora sob exame.

3. quanto ao Equilíbrio Financeiro, o Poder infringiu o disposto no § 1° do


artigo 1° da Lei Complementar n° 101/2000, pois apresenta insuficiência
financeira correspondente a 75,87% do total dos Restos a Pagar em 31-12-
2004 e, as obrigações de curto prazo, no exercício em análise, sofreram um
aumento nominal de 5,58%, comparativamente ao início do mandato (de R$
910.952,03 para R$ 961.807,91).

4. Nos termos regimentais, o processo foi encaminhado ao Ministério Público,


que se manifestou sobre a matéria constante nos autos.

Diante do exposto, voto para que esta Colenda Câmara decida nos seguintes
termos:

289
Jurídico

a) por emitir parecer pelo não atendimento da Lei Complementar Federal n°


101/2000, no tocante às Contas de Gestão Fiscal do Poder Executivo Municipal
de (...), referente ao exercício financeiro de 2004, de responsabilidade dos (...),
tendo em vista a situação referida no item relativo aos Restos a Pagar;

b) pela advertência ao atual Administrador, para que adote providências


objetivando a publicação dos Relatórios de Gestão Fiscal em jornal local ou no
Diário Oficial, bem como a divulgação via Internet pois, a inobservância de tais
procedimentos poderá ensejar, em exercícios futuros, além da abertura do
pertinente Processo de Infração Administrativa, o reconhecimento pelo não-
atendimento à Lei de Responsabilidade Fiscal;

c) pela cientificação da presente decisão às referidas autoridades responsáveis,


ao Procurador-Geral de Justiça, bem como ao respectivo Poder Legislativo
Municipal, para os fins preceituados no artigo 59 da Lei Complementar Federal nº
101/2000;

d) pela juntada de cópia desta decisão, acompanhada do referido Parecer, da


instrução técnica e do relatório e voto deste Relator ao Processo de Prestação
de Contas anual da Execução Orçamentária do exercício de 2004;

290
Jurídico

CONTROLE INTERNO
→ Obrigação desde a Constituição Federal de 1967.

→ Constituição Federal de 1988 – art. 31.

“Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo


Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno
do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.
§ 1º - O controle externo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio dos
Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou
Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.
§ 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o
Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois
terços dos membros da Câmara Municipal.
§ 3º - As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à
disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
§ 4º - É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas
Municipais.”

291
Jurídico

CONTROLE INTERNO

→ Ratificada a obrigação – Lei Complementar nº 101/00, art. 54:

“Art. 54. Ao final de cada quadrimestre será emitido pelos titulares dos Poderes
e órgãos referidos no art. 20 Relatório de Gestão Fiscal, assinado pelo:
I - Chefe do Poder Executivo;
II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou órgão decisório
equivalente, conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Legislativo;
Parágrafo único. O relatório também será assinado pelas autoridades
responsáveis pela administração financeira e pelo controle interno, bem como
por outras definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão referido no art. 20.”

292
Jurídico

CONTROLE INTERNO

INDISPENSÁVEL PARA IMPLANTAÇÃO:

→ Vontade política, com um correto entendimento da importância e


necessidade de funcionamento do Sistema;

→ Estrutura organizacional perfeitamente definida na Estrutura Administrativa


do Ente Público;

→ Recursos Humanos plenamente integrados na Estrutura do Ente e


qualificados para o exercício das funções de controle que deverão
desempenhar.

293
Jurídico

CONTROLE INTERNO
RESPONSABILIDADES:

→ Fiscalização Preventiva;
→ Acompanhamento contínuo e permanente dos atos de Poder;
→ Sugestão de ações que visem melhorar os resultados obtidos adotando a
racionalidade, objetividade e eficiência;
→ Alerta ao Gestor.

O CONTROLE INTERNO É RESPONSÁVEL PELA


FISCALIZAÇÃO PREVENTIVA, CONTÍNUA E EXAUSTIVA,
IMPEDINDO ERROS INVOLUNTÁRIOS, DESPERDÍCIOS E
ATOS QUE POSSAM COMPROMETER UMA GESTÃO BEM
INTENCIONADA.

294
Jurídico

CONTROLE INTERNO

OBJETIVOS BÁSICOS DO CONTROLE

→ Promover a eficiência e economia nas operações;


→ Proteger os recursos contra desperdícios ou perdas indevidas;
→ Assegurar a precisão e confiabilidade das informações internas;
→ Atingir o cumprimento das metas e objetivos programados.

BONS MOTIVOS PARA IMPLANTAR SISTEMA DE CONTROLE INTERNO

1. Exigência constitucional
2. Exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/00)
3. Permite ao Gestor Público:
→ acompanhar o desenvolvimento dos serviços públicos
→ correta aplicação dos recursos
→ preservação do patrimônio público
4. Garante a transparência das contas públicas
295
Jurídico

Vejamos um didático parecer sobre o tema:

296
Jurídico

SERVIÇOS PÚBLICOS

CONVÊNIOS

→ Acordos firmados entre entidades públicas de qualquer espécie ou entre


entidades públicas e organizações particulares para a realização de objetivos
de interesse comum dos participantes.

→ A LRF no seu art. 26 estabelece que:

“A DESTINAÇÃO DE RECURSOS PARA, DIRETA OU INDIRETAMENTE,


COBRIR NECESSIDADES DE PESSOAS FÍSICAS OU DÉFICITS DE
PESSOAS JURÍDICAS DEVERÁ SER AUTORIZADA POR LEI ESPECÍFICA,
ATENDER ÀS CONDIÇÕES ESTABELECIDAS NA LEI DE DIRETRIZES
ORÇAMENTÁRIAS E ESTAR PREVISTA NO ORÇAMENTO OU EM SEUS
CRÉDITOS ADICIONAIS”.

297
Jurídico

SERVIÇOS PÚBLICOS

PORTANTO, PREFEITO:

MUITA ATENÇÃO AO REPASSAR RECURSOS PARA A CRECHE


COMUNITÁRIA!!!

PARA A ASSOCIAÇÃO DOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS!!!

PARA A EQUIPE DE FUTEBOL QUE VAI PARTICIPAR DA 2ª DIVISÃO DO


CAMPEONATO ESTADUAL!!!

PERGUNTE ANTES DE DIZER SIM:


ESTÁ PREVISTO NA LDO E NA LOA?
TEM LEI ESPECÍFICA AUTORIZANDO?
QUAL A CONTRAPARTIDA?
QUE BENEFÍCIOS TERÁ A COMUNIDADE?
AS PRESTAÇÕES DE CONTAS DOS REPASSES ANTERIORES ESTÃO
CORRETAS?
298
Jurídico

SERVIÇOS PÚBLICOS
O CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÕES DE OUTROS ENTES

Os Municípios fazem:
→ zeladoria de próprios estaduais;
→ obrigações da Justiça Eleitoral;
→ junta do Serviço Militar;
→ funcionamento da segurança pública;
→ atendimento de média e alta complexidade na área da saúde;
→ transportar alunos da rede estadual de ensino;
→ manter escola de ensino médio.

A LRF estabelece regras para isso. Diz o art. 62 da LRF:

“Os Municípios só contribuirão para o custeio de despesas de competência de


outros entes da Federação se houver:
I – autorização na lei de diretrizes orçamentárias e na lei orçamentária anual;
II – convênio, acordo, ajuste ou congênere, conforme sua legislação”.
299
Jurídico

SERVIÇOS PÚBLICOS

OS PREFEITOS DEVEM ESTAR ATENTOS PARA:


as obrigações que assume ao realizar competências da União ou do Estado;

ELAS VEM MASCARADAS DE PARCERIAS !!!

→ O outro Ente repassa recurso, que exige contrapartida do Município (em


complementação de recursos ou em prestação de serviços).

Ex: Programa Saúde da Família; Programa Bolsa Família; Justiça Eleitoral.

LEMBRAR:
→ É preciso cumprir as etapas que a LRF exige.

300
Jurídico

SERVIÇOS PÚBLICOS
TER PRESENTE QUE:

1 - O Município está cumprindo competência de outro Ente;


2 – Está comprometendo as finanças municipais;
3 – Está aumentando sua despesa com pessoal.

Despesa com pessoal


→ Despesa obrigatória de caráter continuado.
→ Compromete o Município até a aposentadoria.
→ Impõe aumento de encargos sociais.
→ Exige concurso público.

ATENÇÃO: termina o programa e o servidor permanece!!!

301
Jurídico

RECURSOS HUMANOS

Regimes Jurídicos:
→ Estatutário;
→ CLT.
- EC 19/98

Atualmente:
- Liminar ADI nº 2135: suspendeu eficácia do caput do art. 39 da CF → Regime
Jurídico Único.

Admissão de servidores
→ somente por Concurso Público.

Concurso Público para


→ cargo
→ emprego

302
Jurídico

RECURSOS HUMANOS
Prova seletiva pública
→ Agentes Comunitários de Saúde.
→ Agentes de Combate à Endemias

Quadros de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas – CC ou FG:


→ Direção, Chefia ou Assessoramento.

Quadros de Cargos por provimento eletivo:


servidores estatutários → atividades técnicas.

Quadros de Empregos:
servidores regidos pela CLT → atividades técnicas.

→ Reserva de percentual de cargos ou empregos públicos para serem ocupados


por portadores de deficiência.

303
Jurídico

RECURSOS HUMANOS

Teto Salarial - subsídio mensal em espécie dos Ministros do Supremo Tribunal


Federal.
→ No município: teto é o subsídio do Prefeito.
→ Pagar além do teto constitui descumprimento às regras constitucionais.

Revisão da Remuneração → Geral e anual, sempre na mesma data e sem


distinção de índices.

Vedações:
→ Vantagens sobre a remuneração – vantagens sobre vantagens;
→ Acúmulo de cargos públicos remunerados
→ Acúmulo de cargo comissionado com cargo técnico ou científico,
remunerado.

ATENÇÃO:
Insalubridade e periculosidade → mediante Lei que a regulamente!

304
Jurídico

RECURSOS HUMANOS

REMUNERAÇÃO DOS AGENTES POLÍTICOS

- se dará por Subsídio


- parcela única
- lei específica de competência da Câmara Municipal para a fixação e a revisão.

→ Anualmente: publicação obrigatória dos valores dos subsídios e das


remunerações dos cargos e empregos públicos.

305
Jurídico

RECURSOS HUMANOS
DETENTORES DE MANDATO ELETIVO

Para os servidores públicos detentores de mandato eletivo a Constituição


editou norma específica que está descrita no art. 38, e que determina os
seguintes procedimentos:

→ Se investido em mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará


afastado de seu cargo, emprego ou função;

→ Se investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou


função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

→ Se Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens


de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo
eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a mesma regra que
para o prefeito.

→ O tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para
promoção por merecimento.

→ Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores


serão determinados como se no exercício estivesse.
306
Jurídico

RECURSOS HUMANOS - PREFEITOS

PREFEITO

→ Chefe do Poder Executivo Municipal;


→ Dirigente da Prefeitura;
→ Representante máximo do Município;
→ Agente Político investido em mandato por eleição;
→ Não tem submissão a qualquer autoridade, somente à constituição e à
Lei;
→ Exerce suas funções com liberdade plena dentro dos limites de sua
competência;
→ Responsável pela administração do Município, sob o controle da Câmara
de Vereadores.

307
Jurídico

RECURSOS HUMANOS - PREFEITOS


1. COMPETÊNCIAS POLÍTICAS

Atos de Governo:

→ Planejamento do período administrativo:


a) serviços a serem prestados;
b) obras a serem realizadas.

→ Normatização – encaminhamento ao Legislativo.


a) projetos de lei de interesse da Administração;
b) PPA, LDO e LOA – obrigatoriamente;
c) sanção e publicação dos projetos;
d) vetos eventualmente.

→ Expedição de Atos: decretos regulamentares; decretos executivos; portarias;


ordens de serviço; despachos e outros

308
Jurídico

RECURSOS HUMANOS - PREFEITOS


2. COMPETÊNCIA EXCLUSIVA

I. Iniciativa em projetos de lei eu tratem de criação, estruturação e


atribuições dos órgãos da Administração;

II. Iniciativa em projetos de criação de cargos, empregos ou funções


públicas;

III. Fixação ou alteração de vencimentos ou salários;

IV. Regime Jurídico dos Servidores.

→ A seguir juntamos decisões judiciais envolvendo o tema.

309
Jurídico

RECURSOS HUMANOS - PREFEITOS

310
Jurídico

RECURSOS HUMANOS - PREFEITOS


RESPONSABILIDADES DO PREFEITO:

1. Responsabilidade político-administrativa
→ Violação de deveres éticos e funcionais.

Pode ser resultante de:

a) Infrações político-administrativas:
→ definidas na Lei Orgânica ou em lei especial do Município;
→ responde na condição de Prefeito;
Ex: “deixar de apresentar à Câmara, no devido tempo, e em forma regular, a
proposta orçamentária”. Decreto-Lei nº 201, art. 4º, V.
→ responde perante a Câmara de Vereadores.

311
Jurídico

RECURSOS HUMANOS - PREFEITOS

b) Infrações administrativas contra as leis de finanças públicas.


→ definidas na Lei nº10.028/00, art. 5º.
→ responde na condição de Prefeito
Ex: “deixar de divulgar ou de enviar ao Poder Legislativo e ao tribunal de
Contas o Relatório de Gestão Fiscal nos prazos e condições
estabelecidos em Lei”
→ responde perante o Tribunal de Contas.

Obs: multa correspondente a 30% do montante dos subsídios anuais.

312
Jurídico

A seguir juntamos decisão judicial sobre o tema:

313
Jurídico

RECURSOS HUMANOS - PREFEITOS


2. Responsabilidade civil
→ conduta culposa ou dolosa no desempenho do cargo e que cause danos
materiais ou morais ao Município ou a terceiros. (art. 37, §6º da CF)
→ responde na condição de Agente Político;
→ ação de indenização comum.

ATENÇÃO:
→ Responsabilidade civil do Município, independente de culpa;
→ Responsabilidade civil do Prefeito, depende de comprovação de
culpa e gera o dever de reparar o dano.

Vejamos a seguir uma didática decisão sobre o tema.

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Jurídico

315
Jurídico

RECURSOS HUMANOS - PREFEITOS


3. Responsabilidade Penal
→ cometimento de crime ou contravenção.

Pode resultar de:


a) delito relacionado com a função → CRIME FUNCIONAL
b) crime comum;
c) contravenção penal

3.1 Crimes Funcionais


→ definidos no Código Penal – arts. 312 a 326.
→ responde na condição de Agente Público.
Ex: “retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou práticá-lo
contra disposição expressa em lei, para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal”. Crime de prevaricação – art. 39 do Código Penal,
→ responde perante o Tribunal de Justiça.

316
Jurídico

RECURSOS HUMANOS - PREFEITOS


3.2 Crimes de Responsabilidade

→ definidos no Decreto-Lei nº 201 de 27/2/1967.


→ responde na condição de Prefeito.
Ex: “apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-los em proveito
próprio ou alheio” – art. 1º do Decreto-lei nº 201/67.
→ responde perante o Tribunal de Justiça.

Vejamos a seguir uma didática decisão sobre o tema.

317
Jurídico

318
Jurídico

RECURSOS HUMANOS - PREFEITOS

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Lei nº 8.429 de 2 de junho de 1992.

→ destina-se a todos os agentes Públicos de qualquer nível ou hierarquia.

→ define como Agentes Públicos aquele que exerce ainda que transitoriamente
ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou
função na administração direta, indireta ou fundacional de qualquer Poder,
empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou
custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de 50% do patrimônio ou
da receita anual.

→ elenca todos os atos inquinados de improbidade em quinze incisos.

319
Jurídico

RECURSOS HUMANOS - PREFEITOS


→ estabelece o enquadramento em sanções penais, civis e administrativas
previstas na legislação em geral e outros como:
1) perda dos bens ou valores adquiridos ilicitamente;
2) ressarcimento integral do dano;
3) perda da função pública;
4) suspensão dos direitos políticos;
5) proibição de contratar com o Poder Público;
6) pagamento de multa, etc.

320
Jurídico

A seguir juntamos decisões judiciais envolvendo o tema:

321
Jurídico

RECURSOS HUMANOS - PREFEITOS

322
Jurídico

Confederação Nacional de Municípios

Elena Garrido
Área Jurídica

Endereço: SCRS 505, bloco c, lote 1,


3º andar – Brasília – DF – CEP: 70350-530

Telefone: (61) 2101-6000/6010


E-mail:elena.garrido@cnm.org.br
Site: www.cnm.org.br

323
APRESENTAÇÃO DA
CNM INTERNACIONAL
Por que a atuação internacional?
Por que a Atuação Internacional?

Velha Concepção: cidade ilha

A atualidade não aceita mais aquela velha concepção de uma


cidade isolada do resto do mundo a exemplo de impacto nos
municípios brasileiros de políticas implementadas em outros
países.

Internacionalização como Atividade Meio

Internacionalização Passiva e Ativa

Internacionalização Direta e Indireta


Por que a Atuação Internacional?

Internacionalização como Atividade Meio

A internacionalização serve para desenvolver as diferentes


áreas dentro de uma organização. É comum os gestores
locais recusarem a idéia de uma atuação internacional,
imaginando essa como mais uma demanda a ser assumida
em um contexto em que já não há recursos para solucionar os
problemas de modo geral. Todavia, há uma incoerência nesse
raciocínio já que a atuação internacional surge exatamente
como um instrumento para atacar esses problemas
previamente identificados.
Por que a Atuação Internacional?

Internacionalização Ativa e Passiva

Casos em que não há políticas voltadas a competitividade


internacional e na qual a única internacionalização se dá por
indivíduos particulares da localidade temos o que se entende
hoje por internacionalização passiva, ou seja, esta que
acontece de modo fortuito e conjuntural.

A internacionalização ativa trata de casos em que a cidade


elabora um plano estratégico a partir de uma visão global e,
em seguida, implementa políticas de inserção internacional a
fim de ampliar sua competitividade no cenário mundial.
Por que a Atuação Internacional?

Internacionalização Direta ou Indireta


Os custos de compromissos fora do país são vistos em alguns
casos como um obstáculo à inserção internacional. Todavia, é
possível se internacionalizar sem sair do território municipal.
Ao se preocupar com a competitividade de sua cidade e
desenvolver projetos a partir de experiências de outros países
se está internacionalizando a localidade de modo indireto.
Estimula-se, entretanto, que, dentro do possível, haja a
oportunidade para que técnicos locais possam ter vivência no
exterior, já que a experiência obtida de perto não é
diretamente substituível por informações obtidas por outros
canais de interação.
Por que a Atuação Internacional?

Formas de Atuação Internacional - Integrada

Política Internacional
(Políticas Públicas, Foros Internacionais, Irmanamento)

Marketing Internacional
(Marca da Cidade, Eventos Internacionais, Certificados)

Promoção Econômica
(Turismo, Atração de Investimentos e Comércio)

Cooperação Descentralizada
(Cooperação Técnica e Financeira)

Paradiplomacia
Por que a Atuação Internacional?

Benefícios da Atuação Internacional


1. Mobilizar recursos financeiros internacionais;
2. Compartilhar experiências com municípios de realidades similares,
aprimorar as políticas públicas a partir de perspectivas e culturas
distintas;
3. Analisar as tendências e aprender com as inovações da gestão
municipal difundidas em eventos internacionais;
4. Promover a visibilidade mundial da cidade a fim de atrair investimentos
para setores estratégicos;
5. Participar politicamente de organizações e missões internacionais,
ampliando a influência do poder local na conjuntura internacional.
Realidade brasileira
Realidade brasileira

Contar de Município Porte

1500 2500
5001 1a 1a 50001 100001 300001 Mais
Até a 2500 5000 a a a que Total
Possui Área Internacional 5000 15000 0 0 100000 300000 500000 500001 geral

Área Internacional Consolidada 1 6 7 14 28


Responsável pela Área Internacional 16 23 11 11 14 22 5 14 116
Interessados no Tema Internacional 785 1282 554 460 204 102 22 4 3413
Não-interessados no Tema
Internacional 428 712 261 190 82 46 8 1 1728
Não responderam ou não opinaram 37 108 53 47 18 9 2 3 277

Total geral 1266 2125 879 708 319 185 44 36 5562


335
Passo-a-passo da
Internacionalização
Passo-a-passo da Internacionalização

Fases da Internacionalização
Dez Passos para a Internacionalização
Formular a
1. Plano Estratégico de Relações Internacionais
Estratégia
Internacional
2. Lei de Responsabilidade Fiscal
3. Projeto de Lei
Instrumentalizar 4. Estrutura
a Estratégia
Internacional
5. Capacitação dos Técnicos
6. Comunicação e sensibilização
7. Elaboração de Projetos
Implementar a
8. Mobilização de Recursos
Estratégia
Internacional 9. Monitoramento e Avaliação
10.Publicação das Experiências
Passo-a-passo da Internacionalização

Mobilização de Recursos Internacionais


Mais do captar recursos financeiros internacionais, os gestores tem a
oportunidade de mobilizar recursos técnicos e conhecimento por
meio de suas relações internacionais. Entre as principais fontes
internacionais podemos citar:

Agências Bilaterais

Agências Multilaterais

Ongs internacionais

Governos Locais

Empresas Privadas
Passo-a-passo da Internacionalização

Apreendendo a somar...
Quem participa da atuação internacional dos municípios?
Atores da Internacionalização do Local
Categoria de Ator Papel
Governos Municipais Liderar
Associações de Municípios Facilitar
Sociedade Civil Executar
Universidades Fomentar
Iniciativa Privada Patrocinar/ Implementar
Governo Estadual Orientar/ Divulgar
Governo Federal Dialogar/ Legitimar

Agências Internacionais Aglutinar/ Financiar/ Comunicar


Atuação Internacional da CNM
Atuação Internacional da CNM

Representação Política Global

FLACMA
Vice-Presidente da Federação Latino-americana de
Cidades, Municípios e Associação de Governos
Locais
Evento da Flacma promovido pela CNM
CGLU
Assento no Bureau Executivo da Cidades e
Governos Locais Unidos e Vice-Presidente do
Comitê da Sociedade de Informação

Fórum das Federações


Presidente da CNM e Presidente da CGLU
Atuação Internacional da CNM

Convênios & Relações Bilaterais


Europa
Financiamento Municipal Inglaterra – LGA
Ano do Brasil na França - CUF
Programa Municipia - FEMP
Missão a Polônia - APC
Cooperação Brasil&Itália (100 CITTA) - CICU
Missão a Portugal – ANMP
América
Convênio com Associação Francesa Programa Porto Rico – Município de Caguas
El Salvador – COMURES
México – AMMAC & FENAMM
Canadá – FCM
Ásia
100 Anos de Migração Japonesa - CLAIR
Índia – ALGI
África
Moçambique – ANAMM
Convênio com Associação da África do Sul África do Sul – SALGA
Atuação Internacional da CNM

Programa Fronteiras

Relatório Final: I Encontro


dos Municípios de Fronteira

Estatuto do Cidadão de
Fronteira

Cartilha Focem

Projetos Regionais
Atuação Internacional da CNM

Programa Observatório da Cooperação Descentralizada


Cadastro Internacional
Levantamento dos Projetos
Internacionais
Visitas a Instituições
Visita a Cifal Atlanta - EUA
Entrevistas com Secretários
Balanço de Gestão
Central de Projetos Internacionais
Conferencia sobre Cooperação Descentralizada em
Barcelona
Atuação Internacional da CNM

Institucionalização da Cooperação Descentralizada


Articulação com Governo Federal
Mobilização dos Organismos
Internacionais
Participação no III Fórum de Secretários de
Relações Internacionais Fórum de Secretários de Relações
Internacionais
Promoção de Debates e Parcerias
com Centros de Ensino
Fomento e Publicação de Estudos
Debate na Universidade de Brasília
Atuação Internacional da CNM

Projetos Temáticos
Plano Diretor como Mecanismo de
Promoção de Equidade
CIDA
Plano Diretor Bahia
CIDEU
Relatório das Cidades
Aliança das Cidades
Portal Internacional
Banco Mundial
Desenvolvimento de Capacidades
PNUD
Sistema de Meio Ambiente Municipal
UN-Habitat
Atuação Internacional da CNM

Foros Internacionais
FCCR
Foro Consultivo de Municípios, Estados Federados,
Províncias e Departamentos do Mercosul

Encontro em Portugal sobre o Fórum de


FALPLP
Autoridades Locais dos Países de Língua Fórum de Autoridades Locais dos Países de Língua
Portuguesa
Portuguesa

FGL- IBAS
Fórum de Governança Local-IBAS

Fórum de Governança Local em Nova


Dheli, Índia.
Atuação Internacional da CNM

Capacitação e Disseminação de Informação


Novos Gestores
Conferencia Mundial para o
Desenvolvimento das Cidades
Meio Ambiente – CIFAL Atlanta
Capacitação Agenda Digital com Cifal
Bilbao, Espanha Agenda Digital Local – CIFAL
Bilbao
Mobilização de Recursos
Internacionais
Divulgação de Noticias por meio
Capacitação sobre Mobilização de
Recursos Internacionais do Portal
Atuação Internacional da CNM

Eventos e Missões Internacionais


Mobilidade Urbana em Sttutgart

Conselho Mundial da CGLU

Conferencia de Mobilidade Urbana na


Congressos da FLACMA
Alemanha.

Conferencia das Nações Unidas


sobre Descentralização

Missão a Associações de
Missão a Associação Japonesa Municípios
Atuação Internacional da CNM

Campanha pelos ODM


Durante a reunião da Cúpula do Milênio,
realizada em Nova Iorque, em 2000, líderes
de 191 nações oficializaram um pacto para
tornar o mundo mais solidário e mais justo,
até 2015. O sucesso desse grande projeto
humanitário só será possível por meio de
oito iniciativas que ficaram conhecidas
como Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio (ODM). Os ODM estabelecem para o
mundo metas claras e prazos para reduzir a
pobreza em suas múltiplas dimensões que
para serem alcançados no Brasil necessitam
da participação dos prefeitos brasileiros.
351
Atuação Internacional da CNM
Atuação Internacional da CNM

Vantagens da CNM Internacional


1) Reduz custos da inserção internacional.
2) Representa o municipalismo brasileiro frente aos órgãos internacionais.
3) Busca novas formas de recursos junto às agências internacionais.
4) Garantem continuidade independentemente de câmbios políticos.
5) Possibilita a participação internacional dos pequenos municípios.
6) Fomenta uma rede internacional do municipalismo brasileiro.
7) Estimula o desenvolvimento da tecnologia disponibilizada pela entidade.
8) Traz novas tendências de gestão além de difundir as práticas brasileiras.
9) Fortalece o processo da institucionalização da atuação internacional dos
municípios.
10) Produz conhecimento sobre as relações internacionais dos municípios.
Contribuições da CNM
Contribuições da CNM

Como atuar com a CNM?


a) Destinar técnicos as capacitações promovidas pela CNM;
b) Participar dos eventos e missões internacionais realizadas pela CNM;
c) Encaminhar projetos à avaliação da CNM para orientação sobre
mobilização de recursos internacionais;
d) Informar sobre as ações e os projetos para disseminação pela CNM;
e) Buscar parceiros internacionais em qualquer outro país a partir da rede da
CNM;
f) Articular com o movimento nacional frente as demandas ao governo
federal e estadual;
g) Orientar-se a partir dos principais temas da agenda internacional
introduzidas pela CNM.
Contribuições da CNM

Recomendações Finais

a) Envie o nome do responsável do município para a CNM


Internacional para receber informações sobre oportunidades
externas;

b) Preencha o formulário das Nações Unidas como voz


relevante do Desenvolvimento Humano;

c) Contribua e acompanhe as informações do Observatório da


Cooperação Descentralizada do Brasil.
CNM Internacional
Tel.: 61 2101-6009
cnminternacional@cnm.org.br
SEMINÁRIO NOVOS GESTORES
EDUCAÇÃO
Planejamento e
Desenvolvimento Urbano
Território: onde as coisas acontecem

• A característica do revela o tipo pessoas que nele vivem.

• Tudo aquilo que o gestor fizer terá um impacto, positivo


ou negativo, no território e, via de conseqüência, nas
pessoas.
Planejar para quê?

• Entender a importância do planejamento é essencial para o


êxito de uma gestão municipal na execução das políticas
públicas.

• O planejamento deve estar voltado à compreensão da


realidade e não deve ser, em nenhuma hipótese, mais
complexo do ela própria.

• Planejar para quê? Para conhecer a realidade e, a partir dela,


estabelecer prioridades e dimensionar os recursos (humanos,
financeiros, naturais) que serão necessários para resolver os
problemas existentes.
Dificuldades e desafios para a gestão do
planejamento

• As políticas urbanas (saneamento, habitação, trânsito etc.),


estão, exigindo a elaboração de planos específicos, o que
impõe a formação de uma equipe técnica permanente para dar
conta dessas atividades

• Todos os secretários, técnicos e funcionários precisam ter


esclarecidas quais são as metas e objetivos da gestão
municipal e a forma com que as atividades de suas secretarias
se comunicam o projeto geral
Planejamento Urbano e Plano Diretor

• O planejamento urbano pode ser definido como o processo


produção, estruturação, organização e apropriação do espaço
urbano, com o objetivo de promover a melhoria da qualidade de
vida da população.

• No Município o planejamento urbano se concretiza por


intermédio do plano diretor, que deve ser elaborado de acordo
com as diretrizes gerais contidas na Lei nº 10.257/01, mais
conhecida como Estatuto da Cidade.
Plano Diretor Participativo
• Elaboração e Implementação do Plano Diretor Participativo:

– Envolvimento dos gestores municipais na elaboração do


projeto de lei;
– Participação da população na formulação do
planejamento;
– Articulação das secretarias municipais
– Conhecimento da realidade territorial;
– Pactuação de diretrizes e ações para desenvolvimento do
Município;
– Pactuação do Projeto de Lei a ser encaminhado a Câmara
de Vereadores.
– Constituição do Conselho Municipal da Cidade.
Habitação
Habitação

• Lei nº 11.124/05:

– Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social


(SNHIS)
– Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social
(FNHIS)
Habitação

•Aplicações do fundo, poderão ser operados por Estados,


Distrito Federal e Municípios, que cumprirem as seguintes
determinações:

a) constituir fundo, com dotação orçamentária própria,


destinado a implementar política de habitação de Interesse
Social e receber os recursos do FNHIS;
b) constituir conselho que contemple a participação de
entidades públicas e privadas e de segmentos da sociedade
ligados à área de habitação.
Adesão ao FNHIS

• Assinar termo de adesão ao SNHIS

• Constituir fundo de habitação de interesse social

• Constituir conselho de habitação de interesse social

• Apresentar Plano Habitacional de Interesse Social


Prazos
De acordo com a Resolução nº 15 do CGFNHIS:

a) Municípios com população superior a 20 mil habitantes ou


situados em regiões metropolitanas:

- Lei de criação do fundo de habitação e lei de criação do conselho


gestor do fundo: até 31/12/2008;
- Plano Habitacional de Interesse Social: até 31/12/2009.

b) Municípios com população até 20 mil habitantes:

- Lei de criação do fundo de habitação e lei de criação do conselho


gestor do fundo e Plano Habitacional de Interesse Social: até
31/12/2009.
Saneamento Básico
Saneamento Básico
• A Lei nº 11.445/07, instituiu o Novo Marco Regulatório do
Saneamento no Brasil, definindo saneamento básico os sistemas
de abastecimento de água, esgotos sanitários, resíduos sólidos e
drenagem urbana.

• Princípios:

- previsão de universalização dos serviços de saneamento básico;

- formulação da política de saneamento básico, sob


responsabilidade do município;

- conceitos de eficiência e eficácia que devem ser atingidos pelos


Prestadores de Serviços.

Está em fase de julgamento no STF a titularidade dos serviços de


saneamento em municípios pertencentes à Regiões Metropolitanas.
Saneamento Básico

De acordo com o Art. 9º da LNSB, os titulares dos serviços


deverão formular a respectiva política pública de
saneamento básico, sendo que, para tanto se obrigam a:

a) Elaborar os planos de saneamento básico;

b) Prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços


e definir o ente responsável pela sua regulação e fiscalização,
bem como os procedimentos de sua atuação;

c) Adotar parâmetros para a garantia do atendimento


essencial à saúde pública,
Saneamento Básico

d) Fixar os direitos e os deveres dos usuários;

e) Estabelecer mecanismos de controle social, nos termos


do inciso IV do caput do art. 3º da referida Lei;

f) Estabelecer sistema de informações sobre os serviços,


articulado com o Sistema Nacional de Informações em
Saneamento;

g) Intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por


indicação da entidade reguladora, nos casos e condições
previstos em lei e nos documentos contratuais.
Prazos
• Os contratos e convênios firmados até a data de referência 13/02/95 e
com vencimento após 31/12/08 NÃO podem ser PRORROGADOS e
aqueles cujo vencimento esteja compreendido entre 22/02/07 e 31/12/08
PODEM ser PRORROGADOS até 30/06/09.

• Nos casos de inexistência de contratos ou convênios, de instrumentos por


prazo indeterminado ou nulo, bem como com prazo de vigência expirado
antes de 22/02/07 e outras formas de prestação precária a prestação
de serviços na situação atual é permitida até 31/12/10.

• Os contratos de concessão firmados entre 14/02/95 e 06/04/05 e os


contratos de programa assinados a partir de 07/04/05 deverão obedecer
as datas de vencimento estipuladas nos respectivos instrumentos e a
prorrogação da vigência depende do atendimento dos requisitos do Art
11, caput e incisos, da Lei no 11.445/07.
PL nº 3057/01
Lei de Responsabilidade
Territorial
PL nº 3057/01

• Dentre os novos instrumentos propostos figuram a criação da gestão


territorial plena, que conferirá aos municípios, que preencherem os
requisitos estabelecidos na lei, a prerrogativa de conceder a
licença urbanística e ambiental integrada.

• São repassadas para o município diversas competências para a


fiscalização e o controle do parcelamento do solo urbano, bem
como, sobre condomínios urbanísticos.

• O PL 3.057/01 dedica um titulo específico sobre regularização


fundiária, estabelecendo regras que facilitarão as ações
desenvolvidas pelos municípios neste sentido, além de criar a figura
jurídica da responsabilidade territorial, que permitirá punir agentes
públicos e privados que praticarem atos contra a ordem urbanística.
Recomendações CNM
• Estruturar a Secretaria de Planejamento e a Secretaria de Obras
com profissionais com experiência em políticas públicas municipais;
• Estabelecer Consórcios Públicos Intermunicipais ou formação de
uma Rede de Assistência Técnica, com equipe capacitada para
desenvolver as exigências das políticas urbanas;
• Articular as secretarias municipais;
• Envolver os órgãos administrativos e os representantes da
sociedade civil nas atividades de planejamento municipal;
• Acompanhamento ativo do Prefeito nas atividades de
planejamento participativo do território, área rural e urbana.
• Elaborar e Implementar do Plano Diretor Participativo e demais
leis complementares e planos setoriais.
Obrigado!

Jeconias Rosendo da Silva Júnior


jeconias.junior@cnm.org.br
61 2101-6040

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