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Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais


Licenciatura - Metodologia da Educação Musical
Profª Jussara Fernandino

ALGUMAS ATIVIDADES TRABALHADAS NA DISCIPLINA

SUMÁRIO

I. Atividades com movimento (pensamento dalcroziano)


Exercícios respiratórios
Reação aos estímulos sonoros
Bolas
Coral de som-movimento
Blues
II. Atividades no âmbito da pedagogia Orff
Canção: Ô, Miguel (tradicional)
Parlenda do gato (tradicional)
Instrumental Orff
III. Jogos diversos
Nome Diferente
Nome-palma-pulo
Flecha
Pingos
Relógio/máquina sonora
Exploração e estruturação sonora/percussão corporal
IV. Atividades relacionadas ao método Willems
Rip-Rôp
Identificação e reprodução de sons graves e agudos: agogô
Classificação e ordenação
Jogo de audição e memória
V. Atividades relacionadas aos pedagogos da segunda geração
 Histórias sonoras (Schafer)
 Estruturação musical/objetos sonoros
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 Caminhada auditiva (Schafer)


 Jogo dos Códigos
 Criação de partitura com notação gráfica (Self)
 Projeto de criação / parâmetros sonoros (Paynter)
 Fim de Feira (Koellreutter)

EXERCÍCIOS

I. Atividades com movimento (pensamento dalcroziano)

Objetivos: desenvolver o senso rítmico; compreender a necessidade da relação fluente


entre som-corpo-movimento.
Iniciar atividades com propostas de “aquecimento”: espreguiçar/alongar; trabalhar a
respiração etc.

1) Exercícios respiratórios: (Fonte: Oficina Iramar Rodrigues, professor do Instituto


Jaques-Dalcroze/Genebra)

 Em pé, levantar um dos braços pelo centro do corpo até acima da cabeça
juntamente com a inspiração. Expirar (soltando o ar com a vocalização contínua
da letra S), descendo o braço projetado no ar, pela lateral do corpo, e o olhar em
contato com a palma da mão. Entrar em conexão com o corpo e com a
expressividade do gesto. Repetir o processo com o outro braço, e, em seguida,
com os dois braços ao mesmo tempo, sendo que, nesse caso, no momento da
expansão e descida dos braços, o olhar permanece no horizonte;
 Em pé, levar um dos braços até o chão, imaginando colher uma flor ou uma fruta
saborosa. O braço, partindo do estado de repouso, aciona o movimento para trás
e para cima, realizando uma circunferência em diagonal e culminando o
movimento no chão (colhendo a flor), em frente ao pé oposto ao braço utilizado.
Levar a flor até o rosto e inspirar, acionando a sensação prazerosa do aroma.
Expirar expandindo o braço para cima em qualquer direção, como se estivesse
soltando a flor para o ar. Sonorizar essa expiração, acionar todo o corpo nesse
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movimento. Repetir com o outro braço e, em seguida, com os dois braços ao


mesmo tempo. Repetir todo o exercício, desta vez, empregando a imagem de
algo repulsivo em lugar da flor (uma fruta podre, por exemplo). No momento da
inspiração, acionar a sensação do aroma desagradável. No momento da
expiração e expansão do braço para cima, acionar o diafragma com veemência,
na expressão da repulsa, verbalizando o extrato vocal “rá!”, como se estivesse
jogando a fruta fora.

2) Reação aos estímulos sonoros:


 Deslocamento pelo espaço ao som de um pandeiro (ou outro instrumento). Ao se
ouvir um som mais forte o grupo deve parar o movimento imediatamente; idem
para recomeçar a andar. Trabalhar a precisão, o impulso e a prontidão rítmica;
 Alterar o movimento de acordo com os andamentos produzidos no pandeiro
(normal; rápido; lento; acelerando; desacelerando etc)
 Andar para frente (batimentos no pandeiro), andar para trás (shake: balançar as
platinelas): trabalhar a orientação espacial, a percepção cinestésica, a escuta de
timbres diferenciados;
 Andar de acordo com o pulso (relação rítmica entre cada passo e o som ouvido).
Em seguida, sempre andando, realizar algum movimento ao ouvir um som mais
forte (algum apoio corpóreo ou bater uma palma etc) de acordo com os padrões
rítmicos produzidos pelo professor. Como, por exemplo, o compasso quaternário
a partir do qual o grupo irá andar seguindo o pulso, batendo uma palma no
primeiro tempo.

IIII|IIII|IIII|IIII|IIII

Experimentar outros compassos.


 Dividir a turma em grupos. Um grupo para o compasso binário, outro para o
ternário, outro para o quaternário. Cada grupo só deverá se deslocar pelo espaço
ao ouvir o padrão rítmico relativo a seu grupo.
 Outras possibilidades de reação aos sons. Dois grupos: um deles desloca pelo
espaço somente quando ouvir os sons agudos, o outro os sons graves
(metalofone, xilofone ou piano).
 Os alunos criam movimentos para os sons agudos, outros para os sons médios e
outros para os graves.
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 Etc

3) Bolas: (formação: roda)


a) Jogar a bola uns para os outros: sentir o peso, relação força/trajetória, olhar para
quem for jogar a bola;
b) 1ª. parte: quem recebe a bola deve emitir um som vocal curto ao pegar a bola
(precisão: som exatamente no momento em que se pega a bola);
c) 2ª. parte: quem manda a bola deve emitir um som vocal longo juntamente com a
trajetória da bola (precisão: som permanece em toda a trajetória e é interrompido
exatamente quando o colega pega a bola);
d) 3ª. parte: misturar o som na trajetória (longo/ quem joga) com o som curto
(quem pega a bola).
Obs: 1) manter a energia vocal-corporal; 2) nas brincadeiras com crianças menores
não há necessidade de se trabalhar a precisão exata, mas focar mais o jogo de curto e
longo, e, de acordo com o grupo, talvez somente as duas primeiras etapas.

4) Coral de som-movimento (autoria da atividade: Jussara Fernandino)


 Formação: grupo/“coral” e um participante à frente/“regente”;
 1ª. parte: o regente produz sons vocais: o coral reage a esses sons
movimentando-se livremente;
 2ª. parte: o regente produz movimentos: o coral reage vocalizando estes
movimentos (sons livres);
Obs: variações do exercício: a) dois grupos, dois regentes: improvisação/ tentar alcançar
uma interação sonora entre os grupos; b) determinar sonoridades (alturas, acordes etc).

5) Blues
A partir da audição de uma peça musical no gênero Blues, identificar sua estrutura e as
funções harmônicas. Dividir a turma em grupos. Cada grupo deve criar um movimento
específico para cada função harmônica (I, IV, V). Em seguida, ouvindo a música, cada
grupo executa os movimentos criados de acordo com a escuta dos diferentes acordes.

II. Atividades no âmbito da pedagogia Orff


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1) Canção: Ô, Miguel (tradicional): “Ô, Miguel. Ô, Miguel. Dos cabelos cor de mel”.

(Sol) __ __ __ __ __ __ __ __
Ô, Mi- Ô, Mi- Dos ca- cor de
(Mi) ____ ____ __ __ ____
guel. guel. be- los mel.

 Canção: 3ª. menor/ curto-longo/ tempo-dobro


 Solfejo: 2 alturas/gesto manual
 Bater/andar o ritmo; movimentos diferentes (Ex: palmadas nas pernas/curto;
prolongar os braços/longos)
 Brincar com as rimas. Substituir “Miguel” pelo nome dos alunos, criar novas
rimas.

2) Parlenda do gato (tradicional):


1, 2, 3, 4
Quantos pulos deu o gato?
Isso eu não sei, isso eu não sei
Pois eu sei, pois eu sei, foi 46

a) Ritmo da linguagem:
 Executar a parlenda (o mais musicalmente possível, não recitar de forma
mecânica)
 Distribuir as frases em 4 grupos
 Revezar frases faladas e frases só com palmas (ritmo da fala)
 Idem, utilizando instrumentos (estimular timbres diferenciados)
b) Linguagem e movimento corporal
 Criar movimentos rítmicos (utilizar passos, gestos, palma, palmada na perna,
palma no peito, estalos etc) para acompanhar a recitação da parlenda;
 Recitar a parlenda inteira com a movimentação;
 Dividir em grupos/frases rítmicas;
 Revezar frases: frase com fala/movimento e frases só com movimento;
 Executar toda a parlenda só com os movimentos rítmicos criados (sem a fala).
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3) Instrumental Orff: metalofones, xilofones, percussão


 Roda com os instrumentos;
 Tocar as canções trabalhadas na aula (Ô, Miguel; Vai, vento, caxinguelê; etc).
Criar acompanhamentos (bordões, ostinatos rítmico-harmônicos);
 Montar escala pentatônica maior (do, re, mi, sol, la). Criar ostinatos rítmico-
harmônicos (quintas; oitavas; terças; sextas) para acompanhamento (executados
pelo grupo). Improvisos individuais tendo como base harmônica os ostinatos
criados (diminuir intensidade da base para que o improviso possa sobressair).
Ao terminar seu improviso, o aluno volta para a base de ostinatos (grupo) e
outro aluno, ao perceber esse procedimento, inicia seu improviso, e assim por
diante (esse processo deve ser realizado por percepção auditiva, sem comando
verbal).

III. Jogos diversos

1) Nome Diferente: (círculo/ em pé).


 Cada uma apresenta seu próprio nome de uma maneira livre e diferente
(cantando, sussurrando, separando em sílabas, esticando as vogais, variando
dinâmica, o que cada um inventar etc). Em seguida todos imitam este mesmo
nome, com a mesma expressão realizada pelo colega;
 Repetir o exercício apresentando o nome de maneira diferente, acrescentando,
desta vez, uma movimentação. Da mesma forma, todos irão reproduzir o
movimento e a manifestação vocal em sua expressividade.

2) Nome-palma-pulo:
O jogo pode ser executado em diferentes versões.
a) Alunos em roda. O professor, no centro, aponta aleatoriamente para um deles. Na
primeira rodada cada aluno apontado pelo professor deve falar seu próprio nome;
b) Num segundo momento, o aluno apontado pelo professor deve falar seu nome e o
seguinte deve bater uma palma;
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c) E num terceiro momento é acrescido o pulo: o primeiro aluno apontado fala seu
nome, o segundo bate uma palma, o terceiro pula (nome-palma-pulo; nome- palma-pulo
e assim por diante).
O jogo consiste em manter a sequência correta, sem perder a pulsação. Se ocorrer um
erro, o jogo recomeça sempre pelo nome. O exercício deve ser executado com rapidez
(progressiva) para exercitar a prontidão dos alunos.
Obs: ver Livro dos Jogos; material do Projeto Música na Escola; (SEE-MG; 1999), no
arquivo da disciplina.

3) Flecha:
Em roda, cada participante direciona uma palma para um dos colegas. Este, por sua vez,
direciona a palma para outro, e assim por diante. O olhar é fundamental para se
demonstrar para qual pessoa a flecha está sendo direcionada.
Obs: variações do jogo: a) livre (sem determinação rítmica); b) sob a determinação de
um pulso; c) seguindo uma determinada célula rítmica; d) em coordenação com os pés
(ver apostila do grupo Barbatuques/arquivo da disciplina).

4) Pingos:
a) Jogo de atenção: os alunos seguem o comando dado pelo professor reproduzindo seus
gestos. O professor inicia percutindo o dedo indicador sobre a palma da outra mão, em
um determinado pulso (a palma da mão permanece voltada para o grupo para permitir a
visualização). Em seguida, o professor vai alterando o número de dedos na execução
dos batimentos e os alunos devem se manter atentos às mudanças, repetindo o que o
professor indica. Exemplo: um dedo, dois dedos, volta para um dedo, três dedos, volta
para dois dedos, três dedos, quatro dedos, cinco dedos (mão completa/palmas), um dedo
novamente etc.
Obs: além do jogo de atenção, o exercício trabalha sonoridades diferentes de acordo
com a densidade e intensidade sonora que surge a cada variação de movimento. É
possível, também, trabalhar com os alunos efeitos gradativos de crescendo e
descrescendo.
b) Estruturação sonora: em grupo, pedir aos alunos que estruturem uma sonorização de
chuva, utilizando os sons do jogo (um dedo: pingo/goteira; demais possibilidades:
chuva crescente até chegar na chuva plena utilizando palmas). Deve se adequar as
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sonoridades e a ritmicidade da chuva ou tempestade, exigindo acuidade dos alunos de


acordo com a idade.

5) Relógio/máquina sonora
Um aluno cria uma sonoridade e um movimento corporal articulados entre si. Dirige-se
ao centro da roda e realizada seu gesto sonoro. Este servirá de base para que seja
formada uma engrenagem maior, gerada, em improviso, por cada participante do grupo,
que acrescenta novas possibilidades. Os alunos, livremente – mas de preferência um a
cada vez –, irão se integrando e interagindo junto ao movimento sonoro e gestual já
existente, criando a ideia de uma máquina sonora. Ocorre, neste exercício, a relação
entre as diversas sonoridades e movimentos por justaposição, complementação,
intercalação, contraste etc. O jogo necessita já ter se trabalhado, anteriormente, a
familiaridade e uma maior integração entre os participantes. (Ver: Livro dos
Jogos/arquivo da disciplina)

6) Exploração e estruturação sonora/percussão corporal.


a) Cada aluno pesquisa, individualmente, sons variados que podem ser produzidos
somente com as mãos. O mesmo para diferentes sons que podem ser realizados com a
boca e, em seguida, sons produzidos com a conjugação de mãos e boca (ver apostila do
grupo Barbatuques/arquivo da disciplina);
b) Em grupo, criar uma estruturação sonora (com princípio, meio e fim determinados)
selecionando e empregando as sonoridades exploradas na etapa anterior.

IV. Atividades relacionadas ao método Willems

1) Rip-Rôp
(Círculo / Sentados / Um par de clavas para cada participante). Ao comando Rip!, bater
as clavas imediatamente no chão (como baquetas em um tambor). Ao comando Rôp,
interromper imediatamente os batimentos (não poderá “sobrar” nenhum som). Como na
brincadeira “Morto-Vivo”, testar a atenção e o reflexo dos participantes variando os
comandos. Passar o comando para os alunos incentivando a energia necessária ao
impulso rítmico, tanto no sentido vocal (comando a ser dado), quanto na reação
corpórea ao comando.
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2) Identificação e reprodução de sons graves e agudos: agogô


 O professor executa padrões rítmicos no agogô, utilizando as duas alturas. Os
alunos reproduzem vocalmente as sequências ouvidas;
 Repetir o exercício, repassando o agogô aos alunos, que improvisam suas
estruturas para que os colegas as reproduzam;
 O mesmo pode ser realizado com os participantes portando agogôs (dupla ou
grupo): a) um improvisa e o(s) outro(s) repetem. b) estabelecer “conversas”ou
diálogos improvisativos.

3) Classificação e ordenação:
 Ordenar os sons, como, por exemplo, do mais forte para o mais suave, do grave
para o agudo. Utilizamos em classe: sinos, forminhas de empadas, colheres de
vários tamanhos;
 A partir da exposição de vários instrumentos diferentes, solicitar aos alunos que
descubram e organizem diferentes modos de classificar os instrumentos (pelo
timbre, pelo material, pelo tipo de emissão sonora). Adequar as informações
posteriores à idade e ao nível de musicalização do aluno. Crianças menores:
realizar a atividade como uma brincadeira, ênfase na sensorialidade. Outras
faixas etárias: ir adequando novas exigências, perguntas, informações sobre os
timbres, sobre as formas de produção sonora, classificações formais dos
instrumentos;
 A partir desse tipo de exercício é possível levantar quais outros instrumentos os
alunos conhecem; levantar quais são os instrumentos da orquestra, os
instrumentos de um grupo de samba, de chorinho, da banda de rock etc. Levar
exemplos musicais para ouvir e reconhecer os instrumentos; levar livros e fotos
para identificar; colorir desenhos relacionando-os aos sons ouvidos; levar
instrumentistas para tocar ao vivo etc.

4) Jogo de audição e memória:


De olhos fechados reconhecer sequências sonoras realizadas a partir de diferentes
instrumentos. Por exemplo: sino, chocalho, tambor. O aluno ouve e reproduz a
sequência, tocando e experimentando se os sons produzidos foram os mesmos que o
professor executou.
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 Crianças menores: timbres muito diferentes entre si.


 Dificuldades gradativas de acuidade e memória: timbres aproximados (caxixi,
chocalho, ganzá); posteriormente aumentar quantidade de informações repetindo
algum elemento. Ex: caxixi, chocalho, caxixi, ganzá.
 Em outro momento: cada aluno monta sequências para os demais identificarem.

V. Atividades relacionadas aos pedagogos da segunda geração

1) Histórias narradas apenas com sons (Schafer): cada grupo emprega alguma história
tradicional (3 porquinhos, Bela Adormecida, Patinho Feio etc) ou cria uma situação do
cotidiano. Não há emprego de gestos ou encenação, somente sons (vocais, corporais,
instrumentos, objetos). Os demais participantes devem identificar qual história está
sendo “contada” por meio dos sons que foram estruturados por cada grupo. Dependendo
do contexto de ensino, o grupo deve aperfeiçoar sua história sonora (observar quais
elementos da linguagem musical devem ser acionados ou reestruturados) até que os
colegas identifiquem a situação narrada.

2) Estruturação musical/objetos sonoros:


a) Explorar os sons dos objetos presentes na sala;
b) Cada aluno escolhe uma sonoridade que considerou interessante para que todos
possam ouvir, reproduzir e levantar suas características, como este som se
manifesta (é possível introduzir os parâmetros sonoros com os alunos a partir
desse levantamento. Por exemplo: se alguém indica um som como “fino e
metálico”, se está falando de altura e timbre, e assim por diante);
c) Em grupos, selecionar alguns sons e criar uma estruturação sonora com
princípio, meio e fim definidos, utilizando os objetos como instrumentos
musicais. A criação poderá ser uma organização sonora convencional, dentro de
algum estilo musical reconhecível, ou de caráter abstrato, relacionando os sons
entre si.
d) Outra possibilidade de criação com objetos trata-se da proposta de Schafer de se
explorar sons muitos sutis, provenientes de objetos mínimos (pequenas
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miçangas, argolinhas, sementes minúsculas etc), criando, assim, uma estrutura


sonora em intensidades pianíssimo; pianissíssimo.

3) Caminhada auditiva (SCHAFER, Murray. Educacão Sonora: 100 exercícios de


escuta e criação de sons. São Paulo: Melhoramentos, 2010). Os alunos andam pelos
diversos ambientes da escola atentos aos sons. Ao regressarem à sala de aula uma série
de perguntas são feitas, cujas respostas devem ser comentadas, gerando reflexões e
ponderações sobre a paisagem sonora. Exemplos: relação entre as sonoridades e a nossa
percepção individual; nível de presença/predominância dos sons da natureza (pássaros,
vento, insetos, chuva, etc); sons humanos (vozes, passos, respiração, canto, etc) e sons
de objetos e máquinas (ar condicionado, impressora, telefone, porta etc). Algumas
perguntas (adaptação):
a) Qual o som mais forte que você escutou, e o mais suave?
b) Um som suave destruído por um som forte
c) O som mais agudo que você escutou
d) Sons que passaram a seu lado
e) Sons que se moveram junto com você
f) Som que mudou de direção
g) Um som que respondia a outro
h) O som mais feio e o mais bonito que você escutou
i) Um som que você escutou somente duas vezes
j) Um som produzido por algo que se abria
k) O som mais notável da caminhada
l) Um som com ritmo característico
m) O som que você gostaria de eliminar desta paisagem sonora
n) O som que faltou, e você gostaria de ter ouvido.

4) Jogo dos Códigos (FONSECA, Maria Betânia P.; SANTIAGO, Patrícia F. Piano-
Brincando: atividades de apoio ao professor. Belo Horizonte, MG: 1993).
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 Estabelecer a sequência de jogadores (quem joga primeiro, segundo etc). O


primeiro jogador executa um dos códigos. O próximo deve reconhecer qual
código foi utilizado e realizar o próximo código de acordo com as possibilidades
indicadas pelas setas. Há códigos que permitem mais de uma alternativa de
“saída”, então os jogadores devem ficar atentos ao elemento sonoro realizado,
para dar continuidade ao jogo.
 Observar a densidade sonora que ocorre nos desenhos. Ex: trecho com muitos
pontos, trecho com pontos mais esparsos entre si.
 O jogo original foi criado para o ensino de técnicas pianísticas, mas pode ser
utilizado na aula de musicalização por meio de outros instrumentos e voz.

5) Criação de partitura com notação gráfica (grade baseada em George Self).


Possibilidades e variações do exercício que podem ser trabalhadas:
 O professor seleciona e mostra os sons/gráficos a serem trabalhados e os alunos
montam a grade distribuindo os sons/gráficos de maneira livre. Como no
exemplo a seguir: grade preenchida por um grupo de 4 alunos, utilizando pontos
(sons curtos), linhas (sons longos) e pausas (espaço vazio);
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1 * * * _______ * * * * * * _______
* * * * * * * * *
2 * * * * * * _______ * * * _______
* * * * * * * * *
3 _______ * * * * * * _______ _______
* * * * * *
4 _______ * * * * * * _______ _______
* * * * * *

 Os alunos criam suas próprias sonoridades e os gráficos que irão representá-las,


montando a grade em seguida;
 Cada aluno preenche sua parte isoladamente e, em seguida, todos executam sua
linha de sons simultaneamente, observando os efeitos que surgiram de maneira
aleatória;
 Acrescentar elementos e dificuldades gradativas posteriormente. Trabalhar
intensidades, densidades, efeitos elaborados, desta vez, de maneira intencional
etc;
 Execução vocal ou instrumental;
 Utilizar este tipo de proposta com notação tradicional (figuras musicais
convencionais).
 Mostrar ou executar com os alunos a peça Campanas, de George Self:

Fonte: FONTERRADA, Marisa T. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação.


SP: Ed. UNESP, 2005.
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6) Projeto de criação / parâmetros sonoros (PAYNTER, John. Sound and silence: classroom
projects in creative music. Cambridge: Cambridge University Press, 1970): trecho do projeto nº
12.
• Instrumentos variados. Explorar a produção de sons longos e curtos
• Quais instrumentos capazes de produzir o som mais longo?
• Qual técnica será empregada para produzir um som mais curto?
• Concentre-se nas relações entre sons e silêncios de diferentes durações
• Crie uma peça com esses materiais
• Registre no papel: traços, pontos, espaço em branco (altura a critério do
intérprete)
• Faça outra peça indicando alturas: grave, médio, agudo
• Em seguida indique a nota exata dentro de cada plano de altura
• As quatro características do som são: timbre, duração, altura e dinâmica. Crie
uma peça acrescentando a dinâmica. Quais instrumentos mais adequados?
• Cronometragem da duração em segundos

7) Improvisação/estruturação cênico-sonora, baseado no jogo Fim de Feira (BRITO,


Teca A. Koellreutter Educador. SP: Peirópolis, 2001).
 Explorar/improvisar a partir de pregões de camelôs, feirantes, vendedores
ambulantes;
 Estruturar musicalmente o material levantado, organizando e interagindo suas
possibilidades rítmico-sonoras.
 Criar uma situação cênica, estruturada musicalmente na forma A-B-A, sendo:
Parte A (ambiente da feira/camelôs); Parte B (algum acontecimento inusitado
que altera esse ambiente); Parte A (volta ao primeiro ambiente).

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