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Equipe FEB Racing de Fórmula SAE

RELATÓRIO DE SIMULAÇÃO ESTRUTURAL PRELIMINAR DAS


MANGAS DE EIXO PARA FABRICAÇÃO

Setor: Dinâmica Responsável: Daniel

 Considerações iniciais:

O intuito da fabricação das novas mangas de eixo em 2020 foi a reposição daquelas
usadas em 2018/19, mantendo as mesmas geometrias (exceto de direção) porém evitando
possíveis avarias por conta de fadiga, folgas e sub-dimensionamento.

Para simular a máxima solicitação possível no componente, foram aplicadas as forças


máximas alcançáveis em cada eixo de coordenada, considerando-se as mangas dianteira e
traseira como sendo das rodas externas em uma curva (maior força lateral), com a máxima
transferência de carga. Para as forças longitudinais foram usadas a força máxima de frenagem
para a dianteira e a força trativa máxima no momento da aceleração para a traseira. Foram
também adicionadas as forças de frenagem no encaixe das pinças de freio.

As mangas foram simuladas somente com as respectivas orelhas de fixação de bandeja


superior, excluindo-se os demais componentes do sistema de suspensão, tornando assim mais
conservadora e tendendo ao superdimensionamento do componente. Tais fatores contribuíram
para uma maior segurança, levando-se em conta a falta de experiência com simulações
estruturais com método de elementos finitos da equipe.

 Materiais e características:

Mangas: Alumínio 7075 T6


Tensão de escoamento: entre 476 MPa e 503MPa;
Tensão máxima de cisalhamento: 331 MPa;

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Av. Engenheiro Luís Edmundo Carrijo Coube, quadra 14, n° 01, Vargem Limpa (Oficina Mecânica) | Bauru – SP | CEP: 17033-360
Equipe FEB Racing de Fórmula SAE

Orelhas: Aço AISI 1020


Tensão de escoamento: 350 MPa

 Condições de contorno:

A aplicação das forças foram feitas em um nó localizado na região de contato pneu-solo


e ligadas, por meio de um elemento rígido, à face de um sólido criado para simular o
cubo e o contato dos rolamentos com a face interna no furo das mangas. Também foi
adicionado um anel elástico para simular o esforço nos rasgos.

Nos pontos de ancoragem das mangas inferiores, foram criados elementos Beam de
forma a simular parafusos. Os nós médios destes parafusos foram “travados” com uma
restrição (constraint), permitindo somente a rotação no eixo y. Os nós das extremidades
foram ligados às faces internas dos furos por meio de elementos rígidos.

Nos pontos de ancoragem superiores, primeiro ligaram-se as orelhas às mangas por


meio de elementos rígidos nas faces dos furos e por contato entre as faces. Em seguida,
o mesmo procedimento para simulação de parafuso foi feito nas orelhas.

Nos pontos de fixação da tie-rod dianteira, foram colocadas restrições completamente


fixas nas faces dos furos. Na fixação da tie-rod traseira, o processo foi similar aos
parafusos da bandeja.

Nas fixações das pinças de freios, foram aplicadas forças nas faces internas dos furos.

Figura 1 – Sólido
utilizado para
simular cubo com
rolamentos.

Figura 2 –
Montagem do
conjunto
completo
(traseira).

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Figura 3 – Aplicação das forças


das rodas ao conjunto (traseira à
esquerda e dianteira à direita).

Figura 4 – Aplicação
das fixações aos
parafusos para
ancoragem das
bandejas.

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Figura 5 – Detalhes das fixações das tie-rods dianteira (esquerda) e traseira (direita).

Figura 6 – Detalhes das conexões de contato entre superfícies entre o cubo e a manga

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 Resultados:

 Dianteira:

Figura 7 – Visão geral da manga dianteira após simulação para tensões de Von Mises com gradiente de
resultados de tensão em MPa à direita.

Na região mais solicitada dos furos


da parte superior, o elemento com
maiores tensões apresentou uma
tensão máxima de 64,3 MPa.

Figura 8 – Detalhe dos furos da parte superior da manga dianteira.

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Na região mais solicitada dos furos


da parte inferior, o elemento com
maiores tensões apresentou uma
tensão máxima de 146,5 MPa.

Figura 9 –
Detalhe dos
furos da parte
inferior da
manga dianteira.

Na região mais solicitada dos furos da


fixação do braço de direção, o elemento com
maiores tensões apresentou uma tensão
máxima de 89,7 MPa.

Figura 10 –
Detalhe dos
furos da fixação
do braço de
direção na
manga dianteira.

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Na região mais solicitada dos furos da fixação da


pinça de freio, o elemento com maiores tensões
apresentou uma tensão máxima de 69,9 MPa.

Figura 11 –
Detalhe dos
furos da fixação
da pinça de
freio na manga
dianteira.

Na região mais solicitada dos furos de encaixe


do cubo, o elemento com maiores tensões
apresentou uma tensão máxima de 157,5 MPa.

Figura 12 –
Detalhe dos do
furo de encaixe
do cubo na
manga dianteira.

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 Outras considerações:

1. Não foram encontradas outras regiões mais solicitadas que as demonstradas acima na
manga.

2. A tensão máxima encontrada na orelha de fixação da bandeja superior foi de 267 MPa.

3. A maior tensão do sistema foi encontrada no anel elástico usado para contenção do
rolamento, tendo um valor de 489,3 MPa, porém não conclui-se muito desse valor
uma vez que não foi levada em consideração a real geometria e material do anel
elástico.

 Traseira:

Figura 13 – Visão geral da manga traseira após simulação para tensões de Von Mises com gradiente de
resultados de tensão em MPa à direita.

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Na região mais solicitada dos furos


da parte superior, o elemento com
maiores tensões apresentou uma
tensão máxima de 349,45 MPa.

Na região de contato com a chapa


da orelha de fixação da bandeja, as
tensões máximas foram de 453,2
MPa

No mesmo local, selecionando a


opção “no averaging” nas opções
de descontunuidade dos contornos,
as regiões apresentaram picos de
1025 MPa e 626,5 nas regiões dos
furos e 551,8 MPa na região de
contato com a orelha.

Observa-se também uma


discrepância entre esses picos e os
valores dos outros nós do
elemento, assim como dos
elementos em volta, o que pode
apontar uma deficiência na malha,
Figura 14 – Detalhe da região de fixação da orelha na manga
sendo o valor do pico não traseira com no averaging desativado (superior) e ativado
necessariamente condizente com a (inferior).
realidade.
Vale ressaltar que foi nesse local que a manga de 2019 sofreu uma quebra após impacto
durante um teste no dinamômetro. Porém, a parede que apoiava a cabeça do parafuso na
ocasião era muita menos espessa (2mm).
Além disso, as tensões utilizadas na simulação representam um caso extremo, sendo a força
trativa do pneu (~4000 N) possivelmente inatingíveis em situação real.

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Na região mais solicitada dos furos


da parte inferior, o elemento com
maiores tensões apresentou uma
tensão máxima de 192,17 MPa
(278,8 com no averaging).

Figura 15 – Detalhe
da região de fixação
da bandeja inferior.

Na região mais solicitada do furo de encaixe


do cubo, o elemento com maiores tensões
apresentou uma tensão máxima de 177,4
MPa. (441,9 MPa com no averaging).

Figura 16 – Detalhe
da região de encaixe
do cubo.

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 Outras considerações:

1. Nas demais regiões da manga, não foram encontrados valores mais críticos que os
demonstrados acima, embora a manga traseira esteja bem mais solicitada que a
dianteira.

2. Os furos da pinça de freio tiveram a mesma carga aplicada na manga dianteira, por
isso não foi analisada aqui.

3. A orelha de fixação da bandeja superior e tie-rod traseira demonstra uma tensões


extremamente altas (1256 MPa na região dos furos e 698,5 na região de contato com a
manga – sem no averaging – sendo respectivamente 1907 e 835,2 MPa com no
averaging).

Figura 17 – Detalhe da orelha traseira com no averaging (esquerda) e sem no averaging (direita).

Conclusões:

Para a manga dianteira, todos os resultados obtidos respeitam os limites do material,


ainda que aplicando um coeficiente de segurança de 1,5 para a tensão de escoamento.

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Para a manga traseira, alguns valores ultrapassam o máximo permitido se levarmos em


conta o coeficiente de segurança, porém nenhum valor (sem no averaging) ultrapassa o limite
de 503 MPa.

As altas nas tensões apresentadas quando ativado o recurso no averaging pode se dar
por inconsistências na malha do sólido e talvez não devam ser fatores alarmantes para a
fabricação das mangas.

As orelhas de fixação das bandejas, de modo geral, apresentaram altas tensões,


principalmente na traseira, onde se ultrapassa a tensão de escoamento e tensão máxima de
fratura do material, talvez seja necessário procurar outro material e/ou reforçar o componente.

Levamos em consideração também que as forças aplicadas na roda talvez seja bem mais
altas dos que as que serão exercidas na realidade. Além disso, não foram introduzidos os
demais elementos do conjunto da suspensão. Esses fatores indicam que os componentes
provavelmente estão submetidos a tensões consideravelmente menores que aquelas obtidas
nas simulações aqui mostradas.

As tensões máximas de cisalhamento da manga dianteira respeitaram o coeficiente de


1,5 aplicado à tensão máxima de cisalhamento do 7075 T6.

Na manga traseira, o máximo valor de tensão de cisalhamento encontrado (na região


dos furos de fixação da orelha) era de 254,45 MPa, que ultrapassa o valor com coeficiente de
segurança, porém não ultrapassa o valor máximo de 331 MPa.
Quando ativada a opção no averaging, esse valor passa a ser 533,5 MPa.

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