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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

UNIDADE ORGÂNICA DE CHIMOIO


CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

O Fraco Reembolso do Fundo De Desenvolvimento Distrital por Parte dos Beneficiários ao


Nível do Distrito de Gondola no Período de 2014 á 2017

Chimoio, Marco de 2020


I
II
INSTITUTO SUPERIOR MUTASA
UNIDADE ORGÂNICA DE CHIMOIO
CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

O Fraco Reembolso do Fundo De Desenvolvimento Distrital por Parte dos Beneficiários ao


Nível do Distrito de Gondola no Período de 2014 á 2017

Monografia para Obtenção do Grau de


Licenciatura em Administração Publica, apresentado
a coordenação de Administração Publica

Supervisor: Ortega Lourenço Mabasso

__________________________________

Estudante: Lúcia Conforme Dzaculimalima

Chimoio, Marco de 2020

III
DECLARAÇÃO DE HONRA

Eu, João Afonso, declaro por minha honra que o presente trabalho é da minha autoria e nele
observei os requisitos e recomendações do Instituto Superior Mutasa, concernentes à elaboração
de trabalhos de investigação científica.

Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obter
qualquer grau académico.

Chimoio, 16 de Dezembro de 2019

_______________________________________
Afonso João

IV
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pois sem ele nada disso seria possível em minha vida.

Agradeço a minha esposa Anita Boza, meus filhos Arminda, Juliana, Nelito, Anabela, Lariça,
Cotilde, Rafael, Xavier e Erca, pela determinação e luta na minha formação, por sempre me
apoiar, nunca me deixar desanimar e dar o máximo de si para que eu pudesse concluir essa
formação. Isso aqui é por vocês são para vocês, serei eternamente grata.

Aos amigos e companheiros da turma, pela amizade, compreensão, paciência e perseverança.


Vocês são demais!

Ao meu supervisor Ortega Mabasso, pela orientação e incentivo que tornaram possível a conclusão
desta monografia.

A todos os docentes do Instituto Superior Mutasa- Delegação de Chimoio, especialmente aos do


curso de Administração Pública, que tudo fizeram para que o processo de formação tivesse os
resultados desejados.

Obrigado por tudo!

V
Índice

LISTA DE TABELAS
Páginas

Tabela 1 Frequência e Percentagem das variáveis: sexo, Idade e escolaridade..........................................16

VI
LISTA DE GRÁFICOS
Páginas

Gráfico 1 :Ano do Financiamento de FDD....................................................................................31


Gráfico 2: Valores Financiados.....................................................................................................32
Gráfico 3 - Área de Aplicação dos Valores...................................................................................33
Gráfico 4- Nível de Reembolsos de FDD......................................................................................34

VII
SIGLAS DESIGNAÇÕES
FDD Fundo Distrital de Desenvolvimento.
CCD Conselho Consultivo Distrital
CCL Conselho Consultivo de Localidade
CCPA Conselho Consultivo de Posto Administrativo
CCLs Conselho Consultivo Locais
SPD Secretario Permanente Distrital
SD Secretaria Distrital
RPDL Repartição de Planificação e Desenvolvimento Local
ETD Equipe Técnica Distrital
ISMU Instituto Superior Mutasa
INE Instituto Nacional de Estatística
OIIL Orçamento de investimento de iniciativa local

RESUMO

VIII
O presente trabalho, intitulado o fraco reembolso do FDD por parte dos beneficiários ao nível do distrito de
Gondola tendo como caso de estudo o Distrito de Gondola no período compreendido entre 2014 a 2017,enquadra-se
no cumprimento dos requisitos para obtenção do grau de licenciatura em Administração Pública pelo Instituto
Superior Mutasa -Unidade Orgânica de Chimoio. É objectivo da presente pesquisa analisar o fraco reembolso do
Fundo Distrital de Desenvolvimento ao nível do Distrito de Gondola onde vamos fazer uma comparação desde as
fases da concepção dos fundo e da aplicação do mesmo por parte dos beneficiários, tomando como base a teoria
funcionalista. Com efeito, o Fundo de desenvolvimento Distrital (FDD) surge no contexto do aprofundamento do
quadro de descentralização de instrumentos de planificação e orçamentação vigentes no país. Em 2006, o Governo
de Moçambique definiu que os distritos são o pólo de desenvolvimento e como base de planificação
institucionalizou-se o orçamento de investimento de iniciativa local (OIIL) que mais tarde passou a designar-se
Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD) isto em 2009, como sendo instrumento ou mecanismo de
desenvolvimento das comunidades locais mediante a concessão de empréstimos reembolsáveis. Todavia o estudo
constatou que o FDD melhorou os níveis de emprego e renda das comunidades do distrito, os beneficiários deste
fundo conseguirão criar postos de emprego assim como dinamizarem a sua renda família. Com tudo ainda prevaleça
a questão do fraco reembolso.

Palavras-chave: Desenvolvimento, pobreza, descentralizacao, comunidade

IX
Indice
DECLARAÇÃO DE HONRA........................................................................................................II

AGRADECIMENTOS..................................................................................................................III

LISTA DE TABELAS..................................................................................................................IV

LISTA DE GRÁFICOS..................................................................................................................V

RESUMO.....................................................................................................................................VII

CAPITUOLO I – INTRODUÇÃO...............................................................................................1

1.1. Contextualização......................................................................................................................1

1.1.1. Pergunta de Pesquisa.....................................................................................................3

1.1.2. Problematização............................................................................................................3

1.1.3. Hipóteses.......................................................................................................................5

1.1.3.1. Primária..................................................................................................................5

1.1.3.2. Secundária..............................................................................................................5

1.1.4. Objectivos do Estudo.....................................................................................................5

1.1.4.1. Objectivo Geral......................................................................................................5

1.1.4.2. Objectivos Específicos...........................................................................................5

1.1.5. Justificativa....................................................................................................................5

CAPITUOLO II – REVISÃO DA LITERATURA.........................................................................8

2.1. Referência teórica.............................................................................................................8

CAPITULO III - METODOLOGIA..............................................................................................12

3.1. Tipo de pesquisa.................................................................................................................12

3.2. Método de abordagem.....................................................................................................12

3.2.1. Método de procedimento..............................................................................................13

3.3. Técnicas de recolha de dados..............................................................................................13

3.4. Tipo de Estudo....................................................................................................................14

X
3.4.2.Quanto à abordagem......................................................................................................14

3.4.3.Quanto aos objectivos...................................................................................................15

3.4.4.Quanto aos procedimentos técnicos..............................................................................15

3.4.7.Técnicas de análise de dados.........................................................................................15

3.4.8.Instrumentos de recolha de dados.................................................................................16

3.4.9. População e Amostra....................................................................................................16

3.4.9.1.Calculo do tamanho da Amostras......................................................................................17

3.5. Formas usadas para a criação de cada instrumento de recolha de dados...............................17

3.6. Garantia de validade de cada instrumento de recolha de dados.............................................18

4.3. Análise dos resultados obtidos...............................................................................................22

4.4. Factores que proporcionam o fraco Reembolso de FDD.......................................................26

CAPITULO V – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.........................................................28

5.1. Conclusão...............................................................................................................................28

5.2. Recomendações......................................................................................................................29

5. REFERÊNCIAS BIOGRÁFICAS.........................................................................................30

ANEXO.........................................................................................................................................32

APÊNDICES.................................................................................................................................32

XI
CAPITUOLO I – INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização
Durante a última década, cresceu a ideia de que em Moçambique podia-se fazer muito mais do
que se faz em torno do combate à pobreza que afecta mais de metade da população
moçambicana. Por um lado, ouvem-se razões que defendem que há um grande estrago de
recursos financeiros como resultado de fraquezas institucionais, incluindo capacidades em
recursos humanos, dos agentes envolvidos na governação, em particular, o Governo. Por outro
lado, há a ideia de que esse esbanjamento de recursos financeiros resulta de acções deliberadas
de agentes que lideram o processo decisivo, de alocação de recursos e de implementação de
políticas e programas governamentais nos vários níveis da máquina estatal.

A iniciativa apontava divulgar a experiência de descentralização dos programas dirigentes e


concretizar a implementação da Lei dos órgãos Locais de Estado (LOLE) e o respectivo
regulamento (RELOLE), em 2003 e 2005 respectivamente. Estes documentos legais definem o
distrito como a unidade territorial base para planificação e orçamentação ("pólo" de
desenvolvimento). Em 2006, o Governo de Moçambique começou a implementar o programa
dos "7 Milhões" a distrito às administrações distritais sob a chefia dos Conselhos Consultivos
Distritais, abreviadamente (CCD). Tendo se definido o Fundo Distrital de Desenvolvimento
(FDD) como uma dotação orçamental de âmbito distrital destinada a apoiar prioritariamente
pessoas pobres, economicamente activas, sem possibilidade de acesso ao crédito no sistema
financeiro formal. A nível do distrito a figura máxima do FDD é o Presidente do Conselho
Consultivo Distrital que é também o Administrador do distrito. É avaliado por meio de relatórios
mensais, trimestrais, semestrais e anuais. O FDD destina-se a captação e gestão de recursos
financeiros visando impulsionar o desenvolvimento de iniciativas locais na satisfação das
necessidades básicas das comunidades, mediante a autorização de empréstimos, mas depois de
produzir, dar retorno os fundos em forma de reembolso.
No âmbito dos FDD são financiáveis as actividades que concorrem para a criação de emprego
permanente ou sazonal, produção de comida e geração de rendimento. Os projectos elegíveis
devem estar estreitamente ligados ao desenvolvimento económico local com o impacto no
quadro do combate à pobreza e devem ser propostos por indivíduos, associações, grupos sociais
organizados e outras formas sociais de base comunitária reconhecidos pelo Governo do Distrito

1
em estreita colaboração com as autoridades comunitárias locais. O Conselho Consultivo Distrital
é o órgão que aprecia, aprova os pedidos de empréstimos submetidos e faz o seu
acompanhamento permanente (Centro de Integridade Pública [CIP], 2012).

Entendemos nós que as pessoas não só devem saber da existência deste fundo mas acima de tudo
é preciso saber o que rege legalmente, o funcionamento deste fundo, as modalidades de
reembolso, daí que damos aqui o Decreto 90/2009 de 15 de Dezembro que cria o Fundo de
Desenvolvimento Distrital como instituição pública dotada de carácter jurídica, independência
administrativa e financeira, abreviadamente designado por FDD. Este exercício é levado a cabo
maioritariamente por políticas de combate a pobreza, visto que a falta de emprego está associada
a pobreza, dado que em termos gerais uma pessoa sem emprego e ao mesmo tempo sem
quaisquer dos rendimentos, torna-lhe difícil custear necessidades básicas como alimentação,
vestuário, habitação, saúde, transporte e educação.

E, com este Decreto, Para operacionalização e aplicação efectiva do FDD foi produzido o tal
Manual de Procedimentos com os seguintes objectivos:

 Fornecer às entidades gestoras e aos beneficiários do FDD um guião de gestão do Fundo


e de todas as actividades relacionadas;

 Garantir a observância das regras de economia em termos de eficácia e eficiência na


utilização dos recursos públicos; e

 Estabelecer o alinhamento dos projectos com os instrumentos de planificação táctica a


nível dos distritos.

Neste contexto, a presente pesquisa é constituída pelos seguintes capítulos: I. Introdução, que
aborda essencialmente a formulação do problema, os objectivos gerais e específico, delimitação
de abordagem, as justificações e as hipóteses. O capítulo II apresenta a revisão da literatura, que
se ocupa da definição de conceitos básicos e noções, que discute os assuntos relevantes para o
tema em estudo. O capítulo III apresenta os aspectos metodológicos e debruça-se sobre a
caracterização da população e da amostra e os instrumentos de recolha de dados de pesquisa. O
capítulo IV apresenta e discute os resultados da recolha e processamento dos dados da pesquisa;

2
enquanto o capítulo V trata das principais conclusões do estudo e das recomendações pertinentes
para melhorar a prática.

1.1.1. Pergunta de Pesquisa

Entretanto, desde da implementação do processo, a questão que preocupa as autoridades


governamentais, os fazedores da política, é o baixo nível de reembolso deste fundo. É neste
sentido que surge a pergunta abaixo:

O que levou com que o nível de reembolso do FDD por parte dos beneficiários ao nível do
Distrito de Gondola no período de 2014 a 2017 seja fraco?

1.1.2. Problematização

A iniciativa do FDD é escrita pelas autoridades públicas como um dos instrumentos


fundamentais de concretização dos planos quinquenais do governo, dos planos de combate a
pobreza, de Desenvolvimento Rural, da Revolução Verde, do Plano de Acção de produção de
alimentos, incidindo a preocupação do governo pela participação dos cidadãos, redistribuição e
divisão de recursos e poder entre o governo central e local, etc. (Guebuza, 2009; Vala, 2010).

A prevalência da pobreza em Moçambique reduziu acentuadamente no primeiro período de


1997-2003 (de 69% para 54%), mas manteve-se praticamente na mesma no período de 2003 a
2009, mesmo com um ligeiro aumento de 54,1% para 54,7% ”. (Boom, 2011, pp. 5-6). E de
acordo com MdM (2015, p. 1) “as estimativas mostram que a pobreza humana, medida pelo
índice de Pobreza Humana (IPH), afectava em 2015 cerca de 44.1% da população moçambicana.
A pobreza humana é mais profunda nas províncias das regiões Centro e Norte. Com a excepção
das províncias de Manica e Sofala, as restantes províncias das regiões Centro e Norte apresentam
Índices de privação acima da média nacional. Em termos de posicionamento, as províncias mais
bem posicionadas em termos do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), são Maputo Cidade
e Província. Em contrapartida, as províncias da Zambézia e Cabo Delgado partilham entre si o
pior posicionamento (11ª) no IPH e IDH respectivamente.” Segundo (Viera, 2005, p.3). “em1989
o Governo moçambicano criou o (PRE) Programa de Reabilitação Económica”. Pese embora o
Governo moçambicano, em 1999/2000 tenha criado o Plano de Acção para a Redução da
Pobreza Absoluta (PARPA), previsto a cobrir o período 2000‐2004, mas que acabou por vigorar

3
apenas em 2000 (CM 1999; Diogo & Maleiane 2000; IMF 2000; MPF 2000), com o objectivo de
reduzir a pobreza absoluta em Moçambique, este tem-se revelado não sortir efeitos desejados.
Este aspecto, associado ao facto de que Moçambique continua sendo um dos países mais pobres
do mundo, uma vez que de todos os países lusófonos analisados o Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) em Moçambique é de 0,41 por cento apesar de ter registado uma franca melhoria
desde as últimas duas décadas. Moçambique está na posição 180 num conjunto de 188 países
analisados.

Associado a questão da introdução do FDD/OIIL, está o facto de que a nível dos Distritos rurais
a capacidade de acesso aos créditos é quase que inexistente. Pois, segundo a Estratégia Nacional
de Inclusão Financeira, foram conduzidos diagnósticos sobre os principais obstáculos de acesso a
créditos financeiros em Moçambique, sendo o principal a limitada extensão da rede de pontos
acesso aos serviços financeiros, que por seu turno deve-se a indisponibilidade de algumas infra-
estruturas básicas, principalmente nas áreas rurais, o fraco potencial económico e os custos de
transacção, não só como também pelo facto de que os bancos pouco investem na agricultura. Em
geral, os bancos têm investido em produtos especializados para clientes de renda alta, incluindo
serviços de gestão de investimentos e empréstimos à empresas públicas e privadas e não a
projectos ligados a agricultura. (GdM, 2016, p. 5).

Segundo o inquérito FinScope 2014 “no global cerca de 20% da população adulta tem acesso aos
produtos e serviços financeiros bancários em Moçambique, sendo 40% na área urbana e 10% na
área rural”. (ENIF, 2016, P. 5). No entanto, observa-se um baixo nível de oferta de pontos de
acesso físico aos serviços financeiros bancários nesta área, daí um grande enfoque que o
Governo atribui às finanças rurais. (GdM, 2016, p. 7). Adicionalmente, existem diversas
iniciativas para desenvolvimento das finanças rurais cuja combinação de esforços poderá
contribuir para a melhoria do acesso a créditos financeiros nas áreas rurais. Dentre a mais
iniciativa destaca-se a institucionalização do Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD) (GdM,
2016, p. 7

4
1.1.3. Hipóteses

Para se dar resposta à questão exposta no problema toma-se as seguintes hipóteses:

1.1.3.1. Primária

 Os beneficiários do FDD tenham conhecimento de que o empréstimo é reembolsável


para que aos outros interessantes possam beneficiar se do mesmo;

1.1.3.2. Secundária

 Com conhecimento que o FDD é reembolsável, alguns beneficiários pode não cumprem
com reembolso destes fundos conforme rege o regulamento.

1.1.4. Objectivos do Estudo

1.1.4.1. Objectivo Geral

 Analisar as causas que levam ao baixo reembolso do FDD por parte dos beneficiários no
período de 2014 a 2017 no distrito de Gondola.

1.1.4.2. Objectivos Específicos

 Analisar o impacto sobre o fraco reembolso do FDD ao nível do distrito;

 Descrever os critérios adoptados pelo Governo na cobrança do fundo alocado aos


beneficiários;

 Apresentar sugestões para o melhoramento de mecanismos que garantam a amortização


do crédito por parte dos beneficiários da política do FDD/OIIL, sobre tudo.

1.1.5. Justificativa

O Fundo de Desenvolvimento Distrital faz parte do processo de transferências


intergovernamentais que levanta um debate ideólogo e tem sido favorecido por vários autores,
agências nacionais e internacionais de desenvolvimento. É um orçamento pelo qual

5
moçambicanos de diferentes regiões distritais do país podem ter acesso, criando deste modo
momento para a criação de projectos de desenvolvimento local, aumento da receita familiar e
redução significativa da pobreza no seio das comunidades.

O interesse pelo tema surge pelo facto de que a política de orçamentação, tomando distrito como
base de planificação, ter sido desenhada no reconhecimento de que este constitui um instrumento
seguro para a concretização do processo de desenvolvimento associado ao combate a pobreza.
Entretanto, torna se necessário compreender o processo de operacionalização do FDD ao nível
dos distritos tomando em conta o seu desenho, tendo como base a capacidade e os procedimentos
adoptados pelos distritos na continuidade dos seus objectivos. Mas quando não fazem devolução
dos empréstimos, acabará por prejudicar aos outros que também têm projectos que podem ser
úteis para criação de postos de empregos às comunidades, reduzindo assim o nível carregado de
desemprego nas zonas rurais, com objectivos de abrir pequenos postos de empregos para a
comunidade.

Este estudo é importante do ponto de vista social e científico. Na parte social procura perceber os
grandes problemas a nível da gestão do FDD, problemas que têm sido reportados ao nível da
comunicação social a partir da máquina administrativa do próprio distrito até ao nível central.

Do ponto de vista científico e académico constituiria um avanço ou contribuição para a


compreensão da questão da descentralização, principalmente na parte dos fundos que têm sido
alocados ao nível central até a base para o seu desenvolvimento, se o seu reembolso fosse bom,
porque permitiria ao governo reprogramar os fundos até aumentar os valores alocados aos
beneficiários. Ainda, escolheu este tema para descobrir as causas que tem levado ao baixo nível
de reembolso do FDD por parte dos beneficiários no período compreendido de 2014 até 2017 ao
nível do Distrito de Gondola. Foi escolhido o Distrito de Gondola no universo de tantos que a
província possui, devido sua aproximação a residência do pesquisador na qual permitiu a
poupança dos recursos financeiros, ainda por ser distrito de origem, deve-se também pelas
potencialidades que o mesmo apresenta, principalmente em termos económicos e geográficos,
que facilitaria melhor pesquisa do tema em destaque. Neste caso escolheu o tema em estudo para
discutir concretamente sobre o baixo pagamento do Fundo Distrital de Desenvolvimento pelos
beneficiários, porque trata-se de fonte para o desenvolvimento local, por ser fonte para criação de
pequenos projectos nas zonas rurais. Que é um fundo muito polémico, visto na alocação deste

6
tipo de fundo, não falta o nepotismo na aprovação dos projectos, além de que os fundos são
essencialmente destinado a camada desfavorecida para conseguir auto empregar-se além de
sustento familiar, tem sido contrário, passando a beneficiar aos funcionários públicos, e são eles
que não se preocupam em reembolsar os valores financiados.

Com este trabalho pretende-se discutir e encontrar linhas orientadoras para a solução deste tipo
de problema.

7
CAPITUOLO II – REVISÃO DA LITERATURA

Este capítulo é destinado a apresentação de toda referência teórico, crucial para a discussão,
fundamentação e posições de alguns autores no que diz respeito a este tema.

Para Silva e Minezes (2001, p.30) nesta fase, o pesquisador procura responder as seguintes
questões, quem já escreveu e o que já foi publicado, sobre o assunto. Que aspectos já foram
abordados, as lacunas existentes na literatura. É desta forma que a presente revisão irá consistir
na teoria, para discutir essencialmente questões teóricas acerca do assunto em estudo. Portanto, a
revisão da literatura vai ajudar a descobrir alternativas de acção acerca do estudo, bem como, a
verificação da metodologia usada pelos diversos autores das diferentes obras.

2.1. Referência teórica

De acordo com os objectivos deste estudo, torna - se indispensável a definição dos seguintes
conceitos de acordo com diferentes autores: FDD, Emprego, crédito, Descentralização,
Desenvolvimento, pobreza. Concelho Consultivo Distrital e Desenvolvimento Sustentável.

A este respeito para Valá (2009:15), o Fundo de Desenvolvimento Distrital é um factor


importante de atenuação e de capacidade de resposta numa perspectiva desenvolvimentista, com
ênfase para o meio rural.

O Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD) é uma dotação orçamental de âmbito distrital


destinada a apoiar prioritariamente as pessoas pobres, economicamente activas, sem
possibilidade de acesso ao crédito no sistema financeiro formal. (CIP, 2011).

O FDD é um fundo doado pelo Governo central a base, a fim de apoiar principalmente as
pessoas com falta de financiamento, que as mesmas pessoas não tenham acesso aos créditos
bancários.

O FDD, foi instituído em 2006 com a designação de FIIL (Fundo de Investimento de Iniciativas
Locais), quando o Governo decidiu alocar aos distritos uma verba de 7 milhões de meticais para
o investimento em iniciativas locais. Os distritos receberam assim, pela primeira vez, em 2006, a
coberto da Lei 12/2005 de 23 de Dezembro, um orçamento de 7 milhões de meticais que se veio
a tornar um símbolo não só da crescente autonomia distrital mas, uma prova do empenho do
Governo, não apenas com a descentralização e desconcentração, mas também na luta contra a

8
pobreza e o desemprego. Os distritos passaram assim a ser vistos como os principais veículos do
combate contra a pobreza, onde as estruturas locais, entre elas, os Conselhos Consultivos
Distritais, deviam assumir uma posição chave no que se refere à selecção dos projectos a serem
financiados pelo FDD. O Fundo Distrital de Desenvolvimento é uma Instituição Pública, dotada
de personalidade jurídica, autonomia administrativa e financeira, que funciona em cada distrito
moçambicano, destinada à captação e gestão de recursos financeiros visando impulsionar o
desenvolvimento e o empreendedorismo, na satisfação das necessidades básicas das
comunidades locais, mediante a concessão de empréstimos reembolsáveis. (Decreto no 90/2009,
de 15 de Dezembro)

De acordo com o Decreto n˚ 90/2009, de 15 de Dezembro, o FDD tem o objectivo de financiar:

 Acções que visam estimular o empreendedorismo a nível local, beneficiando pessoas


pobres, mas economicamente activas e que não tem acesso ao crédito bancário;

 Actividades de produção e comercialização de alimentos, criação de postos de trabalhos


permanentes ou sazonais, assegurando a geração de rendimento, e

Outras acções que visem melhorarem as condições de vida, relacionadas com as actividades
económicas e produtivas das comunidades.

Segundo Santos (2003, citado pelo Pinto e Martins, 2006, p. 2) “o crédito inclui duas ideias
fundamentais: confiança expressa na promessa de pagamento, e tempo, o qual se refere ao
período fixado entre a obtenção e liquidação da dívida.”

 Para ter crédito, primeiro é ter confiança em como fará o reembolso deste mesmo crédito
conforme tempo estabelecido desde a recepção do valor até o pagamento da referida
divida.

O emprego na compreensão actual, reflecte a relação entre o indivíduo e a organização onde


uma tarefa produtiva é realizada, pela qual aquele recebe rendimentos, e cujos bens ou serviços
são passíveis de comércio no mercado (Souza, 1986:26).

O emprego, trata se uma relação entre a organização e o empregado, cuja organização ganha os
bens e serviços e o empregado ganha salário para sustento da sua família.

9
A condição básica para se alcançar o desenvolvimento é o crescimento económico. Portanto,
desenvolvimento, visto numa vista económica é a existência de crescimento económico em ritmo
superior ao crescimento populacional, envolvendo mudanças de estrutura e melhoria dos
indicadores económicos, sociais e ambientais (Sousa, 2009).

O desenvolvimento deve ser encarado como um processo complexo de mudanças e


transformações de ordem económica, política e, principalmente, humana e social (Oliveira,
2002).

O desenvolvimento constitui-se como uma ideia que trata das mudanças sociais com base na
ideia de evolução de uma sociedade original para a sociedade moderna, pois visa na melhoria de
condições da população no que diz respeito a saúde, renda, educação e cultura.

A pobreza é factor oposto ao desenvolvimento, na medida em que numa determinada nação, a


redução acelerada do índice de pobreza poderá revelar o estágio do desenvolvimento desta
mesma nação. E sobre a pobreza, segundo Viera (2005, p. 5) “é uma questão de privação,
afectando o bem-estar das pessoas. As privações de que sofrem os indivíduos em condição de
pobreza são variadas e podem ser analisadas sob diferentes pontos de vista que se
complementam mais do que se opõem.”

A pobreza é inimigo de qualquer desenvolvimento, visto em qualquer quadrante do mundo, onde


há desenvolvimento, a pobreza é repelida. A pobreza sempre afecta o bem-estar de uma
sociedade.

Segundo Guimarães (2000), a discussão sobre a descentralização é um processo complexo,


multifacetado e geralmente gradual, estando presente em vários campos disciplinares.

A descentralização é a transferência de funções, responsabilidades, e as vezes do poder, dos


graus superiores do Estado para os inferiores, dentro da cadeia de governação.

Para Faria & Chichava (1999:5) a descentralização pode ser definida como a organização das
actividades da administração central fora do aparelho do governo central, através de duas
medidas:

 Administrativas e fiscais que permitem a transferência de responsabilidades e recursos


para agentes criados pelos órgãos da administração central;

10
 Políticas que permitem a atribuição pelo governo central, poderes, responsabilidades e
recursos específicos para autoridades locais.

De acordo com a lei n°8/2003, de 19 de Maio, e o seu respectivo regulamento, Decreto n° 11/
2005, de 10 de Junho, o Conselho Consultivo Distrital (CCD) é uma instituição de participação
e consulta comunitária de mais alto nível, que serve de espaço de diálogo e decisão sobre as
prioridades locais de desenvolvimento, entre o povo e as autoridades do governo local.

 Trata se dum órgão ligado ao Fundo Distrital de Desenvolvimento, criado por cada
governo distrital com objectivo de aprovar os projectos, controlar os projectos e fiscalizar
as actividades desenvolvidas por mesmos projectos.

Desenvolvimento sustentável consiste, segundo Silva (2003), na exploração equilibrada dos


recursos, nos limites da satisfação das necessidades e do bem-estar da presente geração, assim
como de sua conservação no interesse das famílias futuras.

O desenvolvimento sustentável, é quando as autoridades e a comunidade se beneficiam de modo


equilibrado seus recursos, preparando o bem-estar da geração futura.

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CAPITULO III - METODOLOGIA

Metodologia é uma palavra derivada de “método”, do Latim “methodus” cujo significado é


“caminho ou a via para a realização de algo e consiste em uma meditação em relação aos
métodos lógicos e científicos. Inicialmente, a metodologia era descrita como parte integrante da
lógica que se focava nas diversas modalidades de pensamento e a sua aplicação.

3.1. Tipo de pesquisa

Todo conhecimento científico pressupõe sua adesão a uma determinada metodologia. Olhando
para os seus objectivos, a pesquisa foi de carácter, exploratório.

“Estas pesquisas tem como objectivo proporcionar maior familiaridade com o problema com vista
a torna-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como
objectivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. (…). Na maioria dos
casos essas pesquisas envolvem: a) levantamento bibliográfico; b) entrevistas com pessoas que
tiveram experiências praticas com o problema pesquisado; etc.), análise de exemplos que
“estimulem a compreensão”. (Selltiz, 1967 citado por Carlos, 2002, p. 53)

A pesquisa exploratória é também chamada de qualitativa, pois, relaciona-se no levantamento de


dados sobre as motivações de um grupo, em compreender e interpretar determinados
comportamentos, a opinião e as expectativas dos indivíduos de uma população. Não tem o intuito
de obter números como resultados,  mas muitas vezes é imprevisíveis que possa nos indicar o
caminho para tomada de decisão correcta sobre um problema.

Os recursos mais usados na pesquisa qualitativa são as entrevistas estruturadas em profundidade,


observação em campo.

3.2. Método de abordagem

Empregou-se, como método de abordagem, o hipotético - dedutivo. De acordo com Popper apud
Marconi e Lakatos (2003), o método científico parte de um problema ao qual se oferecesse uma
espécie de solução provisória, uma teoria - tentativa, passando-se depois a criticar a solução, com
vista à eliminação do erro e, tal como no caso da dialéctica, esse processo se renovaria a si
mesmo, dando surgimento a novos problemas.

12
O processo de investigação, segundo Popper apud Marconi e Lakatos (2003) obedece as
seguintes etapas:

a) Problema que surge em geral, de conflitos ante, expectativas e teorias existentes;

b) Solução proposta consistindo numa conjectura (nova teoria); dedução de consequências


na forma de proposições passíveis de teste;

c) Testes de falseamento: tentativas de refutação, entre outros meios, pela observação e


experimentação.

Marconi e Lakatos (2009:110), sintetizam o método hipotético - dedutivo ao afirmar que “inicia
pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos acerca da qual formula hipóteses e, pelo
processo de inferência dedutiva, testa a predição da ocorrência de fenómenos abrangidos pela
hipótese”.

3.2.1. Método de procedimento

Empregou-se, como método de procedimento, o estudo de caso. Com este método parte-se do
princípio de que o estudo de um caso em profundidade pode ser considerado representativo de
muitos outros, ou mesmo de todos, os casos e/ou sistemas que apresentam semelhanças (GIL,
1999; 2008).

Embora o objectivo inicial não seja a generalização das conclusões, estes poderão ser os
elementos identificativos do caso em análise enquadrarem-se outros com mesmas especificações.

3.3. Técnicas de recolha de dados

Esta pesquisa foi viabilizada através do uso de técnica e instrumentos de colecta de dados, como:

Entrevista: é uma conversa entre duas ou mais pessoas (o/s) entrevistador (es) e o (s)
entrevistado (s) onde perguntas são feitas pelo entrevistador de modo a obter informação
necessária por parte do entrevistado.

13
Observação Sistemática: a observação sistemática também recebe várias designações:
estruturada, planejada, controlada. Utiliza instrumentos para a colecta dos dados ou fenómenos
observados. (Lakatos & Marconi, 2003). Esta consistiu no que levou com que o nível de
reembolso do FDD por parte dos beneficiários ao nível do Distrito de Gondola no período
de 2014 a 2017 seja fraco?

1. Análise Documental: consistiu no levantamento de informações em livros, publicações


periódicas (Relatórios e Balanços anuais do Governo do Distrito de Gondola), entre
outras fontes impressas que abordam questões relacionadas com o tema.

Neste capítulo, figura a metodologia que foi usada ao longo da pesquisa, incluindo os
instrumentos de recolha e colecta de dados que permitiram a materialização dos objectivos do
estudo. Marconi e Lakatos (2010, p. 204) afirmam que "a especificação da metodologia da
pesquisa é a que abrange maior número de itens, pois responde, a um só tempo, as questões
como? com quê? Onde? Quando?

Ainda para o Gil (1999), metodologia é o método ou conjunto de acções intelectuais e técnicos
escolhidos para atingir um determinado decisão ou conhecimento. Em outras palavras, representa
o caminho ou maneira para se chegar a um determinado resultado.

3.4. Tipo de Estudo

3.4.1. Quanto a natureza, Com vista a gerar conhecimentos novos, da análise as causas que
levam ao fraco reembolso do FDD pelos beneficiários no Distrito de Gondola, a pesquisa foi
uma pesquisa básica.

Para Gil (1991), a pesquisa básica objectiva gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da
Ciência, sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais

3.4.2.Quanto à abordagem

O presente estudo é de carácter analítico adoptando uma abordagem qualitativa porque baseou-se
numa argumentação lógica de ideias. Pois no presente trabalho, debruçamos sobre o FDD no que

14
concerne ao desenvolvimento, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável do distrito de
Gondola.

De acordo com Vilelas (2009), a pesquisa qualitativa tem como objectivos a observação, a
descrição, a compreensão e o significado, não existem hipóteses pré-concebidas, quem observa
ou interpreta é dominado pelo fenómeno pesquisado não obstante, a existência de alguns dados
relativos a pesquisa quantitativa.

3.4.3.Quanto aos objectivos

Com vista a construir as hipóteses desta pesquisa, com objectivo de familiarizar se com o
problema, usou se a pesquisa descritiva.

As pesquisas descritivas têm como objectivo primário a descrição das características de


determinada população ou fenómeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis
(Gil, 2002).

3.4.4.Quanto aos procedimentos técnicos

Nesta pesquisa, o procedimento técnico que foram bibliográfica e estudo de caso, com vista no
primeiro, uso do material já publicado e no segundo, análise de registos, entreviste estruturada e
semi - estruturada.
De acordo com (Silva, 2011), a pesquisa é bibliográfica, trata se usar o material já publicado,
constituído basicamente de livros, artigos e informações disponibilizadas na internet. O estudo de
caso envolve objectos que permita o seu amplo e detalhado conhecimento. Pode abranger análise
de exame de registos, entrevistas estruturadas e não - estruturadas ou qualquer outra técnica de
pesquisa.
.
3.4.6.Técnicas de recolha de dados

A técnica de recolha de dados usada na elaboração do trabalho é a entrevista semi-estruturada ou


despadronizada.
Segundo Marconi e Lakatos (2003), entrevista despadronizada ou não estruturada, o
entrevistador tem liberdade para desenvolver cada situação em qualquer direcção que considere
adequada. É uma forma de poder explorar mais amplamente uma questão.

15
3.4.7.Técnicas de análise de dados

Levantamento Bibliográfico consistira na recolha de informações pertinentes em muitas


literaturas que tratam do mesmo assunto e que constituíram as bases teóricas para a
concretização do trabalho.

Entrevista – com base nesta técnica, foram entrevistados17 beneficiários do Fundo Distrital de
Desenvolvimento, afim de colher informações a respeito do fraco reembolso do FDD no período
2014 a 2017.

3.4.8.Instrumentos de recolha de dados

Para recolha de dados, foram usados blocos de notas, esferográficas, máquinas fotográficas,
papéis A4, e mais disponíveis para realizar o trabalho.

3.4.9. População e Amostra


A pesquisa foi constituída por uma amostra estratificada que segundo De Oliveira (2011) este
tipo de amostra é aplicada quando há necessidade de dividir a população em estratos
homogéneos, como exemplo, por classe social, faixa etária, sexo, etc. Para o presente estudo a
mesma compreendeu um total de 17 pessoas, sendo Beneficiários do Fundo Distrital de
Desenvolvimento.

A tabela abaixo representa a amostra, compondo a frequência das variáveis e a percentagem


representativa do total de pessoas que responderam os questionários.

16
N= 17 FREQUÊNCIA %
MASCULINO 10
SEXO FEMININO 7
TOTAL 17
18-20 3
20-35 7
IDADE 35-50 5
50-65 2
TOTAL 17
BÁSICO 7
MÉDIO 6
ESCOLARIDADE MÉDIO PROFISSIONAL 3
Tabela 1 Frequência e Percentagem das variáveis: sexo, Idade e escolaridade

Fonte: Autor (2019)

Conforme a tabela 1 os participantes deste estudo foram alguns Beneficiários do Fundo Distrital
de Desenvolvimento ao nível do Distrito de Gondola, a predominância dos respondentes é do
sexo masculino com (59%), com idade entre 20 à 35 anos (41%). Quanto ao nível de
escolaridade, a maioria dos respondentes (41%) possui ensino básico.

Assim sendo, trabalha-se com uma amostra, que é uma parte dos elementos que compõem o
universo, esperando que ela represente essa população (universo) que se pretende estudar
(Prodanov e Freitas, 2013).

A amostra por acessibilidade ou conveniência é uma forma de amostra não probabilística que
consiste em seleccionar os elementos a que tem acesso, admitindo que esses possam, de alguma
forma, representar o universo (Prodanov e Freitas, 2013), sem descriminação de sexo, idade nem
pela categoria profissional.

17
3.4.9.1. Calculo do tamanho da Amostras

Foi usada a fórmula de Yamane para a recolha da amostra num universo de 17 Beneficiários do
Fundo Distrital de Desenvolvimento no período em análise.
3. Cálculo da amostra segundo Yamane:
N
n=
1 + N ( e )2
N 20
n=?n= = = 16,7≈17
1+ N ( 0.05 ) ² 1+ 20∗0,0025
Onde:
N - Tamanho da amostra,
N - é o número da população ”universo”
“℮” o nível de significância foi de 5%.

3.5. Formas usadas para a criação de cada instrumento de recolha de dados

Segundo Creswell, a investigação hoje “é menos quantitativa versus qualitativa e mais sobre


como as práticas de pesquisa se posicionam em algum lugar em uma linha contínua entre as
duas.” (CRESWELL, 2007, p. 22). Porém, as estratégias mistas ainda são menos conhecidas do
que as análises quantitativas ou qualitativas.

Creswell afirma que “o conceito de reunir diferentes métodos provavelmente teve origem em
1959, quando Campbell e Fiske usaram métodos múltiplos para estudar a validade das
características psicológicas. Eles encorajaram outros a empregar seu ‘modelo multimétodo’ para
examinar técnicas múltiplas de coleta de dados em um estudo. Isso gerou outros métodos mistos,
e logo técnicas associadas a métodos de campo, como observações e entrevistas (dados
qualitativos), que foram combinadas com estudos tradicionais (dados quantitativos)”
(CRESWELL, 2007, p. 31). E para este trabalho

3.6. Garantia de validade de cada instrumento de recolha de dados.

Na maioria das situações, a validade da investigação não é simples de averiguar.

18
Numa investigação qualitativa, problemas epistemológicos, tais como o do carácter científico da
própria pesquisa e o que se prende com a relação subjectividade/objectividade, são postos em
discussão. O facto de o investigador ser o instrumento principal e a fonte de dados ser o ambiente
natural, coloca-nos perante a formação de uma realidade que é fruto da nossa realização, como
refere Popper (1992). Estando o sujeito profundamente implicado no processo de produção de
conhecimento, torna-se imperioso reconhecer a subjectividade inerente a esse processo como
parte integrante da objectivação, aprofundá-la e reflectir sobre ela.

A explicitação dos processos, expondo aos outros a nossa subjectividade e, por tal, confrontando-
a, é necessária (Morin, 1984; Popper, 1992; Sousa Santos, 1995; Santos, 1999, 2002). Todos os
investigadores são vítimas dos desvios inerentes ao observador, devendo então tentar reconhecer
isso e ter esse facto em consideração, bem como manterem uma preocupação constante com o
rigor ou confiabilidade, a abrangência dos dados e a correspondência entre estes e o que de facto
se passa no local (TenreiroVieira, 1999).

Na perspectiva de Guba (1981) e Guba e Lincoln (1988), todo o processo de pesquisa precisa de
apresentar um valor próprio (truthvalue), aplicabilidade (applicability), consistência
(consistency) e neutralidade (neutrality) de forma a ter valor científico. Assim, o rigor procurado,
usando um paradigma quantitativo, é conseguido usando critérios de validade interna e externa,
fiabilidade e objectividade, num paradigma qualitativo procura-se a confiabilidade
(trustworththiness) usando como critérios a credibilidade (credibility, ou seja a capacidade dos
participantes confirmarem os dados), a transferibilidade (transferability, ou seja, a capacidade de
os resultados do estudo serem aplicados noutros contextos), a consistência (dependability, ou
seja, a capacidade de investigadores externos seguirem o mesmo método usado pelo
investigador) e a aplicabilidade ou confirmabilidade (confirmability, ou seja, a capacidade de
outros investigadores confirmarem as construções do investigador) (Lincoln & Guba, 1991).

A credibilidade, termo paralelo ao de “validade interna” de um estudo quantitativo, diz respeito


ao quanto as construções do investigador reproduzem os fenómenos em estudo e/ou os pontos de
vista dos participantes na pesquisa. A credibilidade é obtida “submetendo (os resultados) à
aprovação dos construtores das múltiplas realidades em estudo (Lincoln & Guba, 1991), e pode
operacionalizar-se de diversas formas. Uma das formas é o peerdebriefing, que traduzimos por
revisão por pares, que consiste em “permitir que um par um colega) que seja um profissional fora

19
do contexto mas que tenha conhecimento geral da problemática e do processo de pesquisa,
analise os dados, teste as hipóteses de trabalho e sobretudo escute as ideias e preocupações do
investigador (Erlandsonet al., 1993). Outro processo é o que se designa por member checks, que
traduzimos por revisão pelos participantes, que consiste em devolver aos participantes do estudo
os resultados da análise feita pelo investigador as informações que lhe forneceram, para que estes
possam confirmar se as interpretações do investigador reflectem de facto as suas experiências/
ideias /sentimentos.

CAPITULO IV - ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

4.1. Localização Geográfica do Distrito de Gondola

4.1.1. Superfície do Distrito

A superfície do Distrito de Gondola e estimado em 3.554 Km2INE ( 2017)

4.1.2. Aspectos culturais e etno- linguísticos

Existem no distrito três principais grupos étnicos nomeadamente: Chiuté, Ndau e Sena falando as
respectivas línguas, com maior predominância para o Chiuté. (Plano Estratégico do Distrito de
Gondola, 2015-2019).

20
4.1.3. Limites

Geograficamente, o distrito de Gondola está situado na zona central a leste da Província de


Manica, tendo como limites a Norte, o rio Pungué e Mudzingadze que separa-o do distrito de
Vanduzi; a Nordeste o distrito de Gorongosa (Provincia de Sofala), a sul o rio Revué, que
estabelece a separação com o distrito de Sussundenga e Macate e a Oeste confina com o Distrito
de Chimoio através do Rio Thoa. (Plano Estratégico do Distrito de Gondola, 2015-2019).

4.1.4. Divisão Administrativa

De acordo com o Plano Estatégico do Distrito de Gondola (2015-2019), administrativamente o


Distrito de Gondola divide-se em Vila Municipal de Gondola, 3 (Três) Postos Administrativos e
8 (oito) Localidades nomeadamente:

 Posto Administrativo de Inchope, com as seguintes Localidades:Muda Serração, Inchope


Sede e Doeroi;

 Posto Administrativo de Amatongas, com as seguintes Localidades:Amatongas Sede e


Nhambonda;

 Posto Administrativo de Cafumpe, com as seguintes Localidades: Cafumpe-Sede, Mudima,


e Chiongo.
4.1.5. População

Segundo o Censo do INE (2017), actualmente o Distrito possui 201.735 habitantes, dos quais
105.91 homens e 107.196 mulheres.

21
Mapa 1-Mapa da área de estudo

Fonte : INE

4.2. Procedimentos de recolha de dados

A pesquisa foi autorizada formalmente pelo dr.Luís Eduardo da Costa Nobre, Secretario
Permanente do Distrito de Gondola, em que foi apresentada credencial informando o objectivo
da pesquisa.

Solicitou-se a participação voluntária dos Beneficiários do Fundo Distrital de Desenvolvimento


ao nível do Distrito de Gondola por meio da comunicação interna encaminhada ao mesmo no dia
03 de Novembro de 2019 às 09 horas, O pesquisador entregou os questionários pessoalmente aos
Beneficiários nos dias 15 e 16 de Novembro de 2019, esclarecendo que se tratava de um estudo
académico, com o objectivo de avaliar o fraco reembolso do FDD por parte dos beneficiários
ao nível do distrito de gondola no período de 2014 a 2017

22
Os dados quantitativos, referente o fraco reembolso do fdd por parte dos beneficiários ao nível
do distrito de gondola no período de 2014 a 2017, foram tabelados no software e submetidos a
análises estatísticas descritivas, com a finalidade de obter a relação entre os constructos
avaliados. No tópico seguinte encontram-se os resultados deste estudo juntamente com as tabelas
e gráficos para melhor visualização do leitor.

4.3. Análise dos resultados obtidos

Esta pesquisa buscou analisar o fraco reembolso do FDD por parte dos beneficiários ao nível
do distrito de gondola no período de 2014 a 2017. Neste sentido, foi dada a possibilidade dos
participantes marcarem, dentre três factores, qual o impacto de Fundo de Desenvolvimento na
sua comunidade. Não havia número determinado de respostas a serem dadas, portanto cada um
podia marcar quantas julgassem pertinentes.

Com base nos questionários aplicados nos Beneficiários do Fundo Distrital de Desenvolvimento
Local investigado, este item contém os resultados colhidos referentes ao Reembolso do Fundo
Distritais de Desenvolvimento.

50
47.1

45

40

35

30 29.4

Gráfico 1:Ano do Financiamento


25 de FDD

Fonte: Autor (2019)


20
23

15
11.8
O gráfico1 mostra que 47.1% dos Beneficiário de FDD si beneficiaram dos Fundos no ano de
2014, 29,4% dos entrevistados beneficiaram do Fundo no ano de 2015, 11,4% dos entrevistados
levaram o Fundo em 2016 e 5,9 no ano de 2017 e outros anos respectivamente.

Estes dados corroboram o Balanço do Governo do Distrito do ano de 2017 na qual há diminuição
dos valores na rubrica de FDD pelo facto do Governo notar o fraco reembolso do FDD por parte
dos mutuários.

60

52.9

50

40

30
C
C
23.5

20

11.8 11.8
Gráfico 2: Valores Financiados
10 9

Fonte: Autor (2019) 4


2 2
0 0.0
0

O gráfico 2 mostra que 52,9% dos entrevistados receberam valores de 50.000Mt a 100.000mt,
23,5% receberam valores de 20.000Mt a 50.000Mt, 11,8% receberam valores de 100.000Mt a
150.000Mt, 11,8% receberam valores acima de 150.000mt e ninguém recebeu valor de 10.000Mt
a 20.000Mt.

24
Estes dados corroboram com o Manual de Procedimentos de FDD na qual estabelece limites para
financiamento de FDD onde os mesmos variam segundo o sector de actividade e o tipo de
beneficiário (associações ou indivíduos).

70

60 58.8

50

40
Gráfico 3- Área de Aplicação dos Valores

Fonte: Autor (2019)

30

A pesquisa buscou ainda saber com os mutuários do FDD acerca das áreas de negócio na qual os
23.5
mesmos aplicaram os seus fundos.
20

O gráfico 3, mostra que 58,8% correspondentes 10 Beneficiários entrevistados aplicaram os seus 11.8
10
10 na área de Agricultura, 23,5% aplicaram na área de comércio, 11,8% responderam que
valores
aplicaram os seus valores em projectos ligados a Agro Industria e 5,9% afirmam que aplicaram
4
os seus valores em outros tipos de projectos. 2

0
Com os dados cima mencionados dizer que segundo o   Decreto
     Agricultura Comercionº90/2009, de 31 de Dezembro
    Agro Industria

diz os projectos prioritários para o financiamento são os seguintes:

 Produção e comercialização agro-pecuária;


 Pesca;

25
 Piscicultura;
 Pequena Indústria;
 Agro-indústria e pequenos sistemas de processamento;
 Turismo rural;
 Comércio.

45

41.2
40

35

30 29.4

25 4- Nível de Reembolsos de FDD


Gráfico

Fonte: Autor (2019)

20
17.6
O gráfico 4 mostra que 41,2% dos beneficiários entrevistados disseram que os seus reembolsos
dos15valores emprestados estão em 10% do valor de empréstimo, 29,4% dos beneficiários
entrevistados disseram que já pagaram 5% do valor emprestado, 17,6% dos beneficiários
afirmam que os seus reembolsos estão entre 10 a 50% e 11,8% disseram que já reembolsaram de
10
50 a 100%.
7

5
5
Feita toda a análise estamos em condições de dar resposta a pergunta de partida:
3

“ Qual são as causas do Fraco Reembolso de FDD ao nível do Distrito de Gondola ”?


0
a)      5% b)      10% c)      De 10 a 50%

26
Observa-se que vários foram os factores citados pelos entrevistados como sendo os responsáveis
pelo fraco reembolso de FDD, isto remete ao Regulamento do Fundo de Desenvolvimento
Distrital, que diz os beneficiários dos recursos do FDD deverão dentro dos prazos acordados para
amortização da dívida, fazê-lo por depósito, transferência bancária para uma conta previamente
indicada pelo FDD ou via entrega directa em numerário à entidade gestora do FDD. No caso em
que a amortização for feita por depósito ou transferência bancária o beneficiário deverá proceder
a entrega ao FDD, do documento comprovativo dessa operação e, em contrapartida, o FDD
deverá, para todas as formas de reembolso, emitir e entregar ao beneficiário um documento que
confirma a recepção do valor em causa.

Após a conclusão da amortização total do valor de empréstimo, o FDD deverá emitir e entregar
ao beneficiário a respectiva certidão de quitação.

O período de amortização da dívida poderá ser renegociado pelo beneficiário junto ao FDD
quando houver ocorrência de factores externos não controláveis pelo beneficiário (ex.
calamidades naturais) e confirmada pelas Autoridades Locais.

No caso do não cumprimento dos prazos estipulados, deverá ser accionado o mecanismo legal de
acordo com o estabelecido no contrato.

Ao beneficiário que não cumprir integralmente com o estipulado no contrato de empréstimo


serão aplicadas as seguintes medidas:

i. Suspensão imediata dos valores das prestações em falta;


ii. Encaminhamento aos órgãos competentes (no caso de não haver acordo);
iii. Comunicação a outros fundos similares que operam no distrito (ou província);
iv. Retirada do bem financiado sob decisão do órgão competente.

Em caso de morte do beneficiário, o assunto deverá ser encaminhado e deliberado ao nível do


Conselho Consultivo Distrital.

4.4. Factores que proporcionam o fraco Reembolso de FDD

27
Os dados colhidos no campo, sobretudo com os beneficiários, mostram que eles têm noção de
que o valor é um empréstimo reembolsável, contudo estão mais preocupados em melhorar as
suas condições de vida com os rendimentos do que amortizar as suas dívidas. Entre vários, as
razões abaixo concorreram para o baixo nível dos reembolsos:

 Falta de vontade de efectuar pagamentos por parte dos beneficiários;

 Falência dos projectos por má gestão;

 A maior parte dos membros do Conselho Consultivo do Distrito são beneficiário e não tem
reembolsado as suas dívidas factores estes que levam também ao baixo reembolso;

 Há fraca e por vezes ausência de acções de monitoria e acompanhamento sistemático dos


projectos financiados, um pouco por todo o Distrito;

 Muitos beneficiários têm falta de experiência na gestão de negócios aliado ao deficiente


desenho e viabilidade dos projectos submetidos para a aprovação;

 Fraco envolvimento dos Conselhos Consultivos Distritais nas acções de monitoria nas
respectivas áreas de jurisdição, combinado com fraca alocação de meios para realização de
tal actividade.

28
CAPITULO V – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1. Conclusão

De forma específica, a iniciativa é descrita pelas autoridades públicas como um dos instrumentos
fundamentais para a materialização dos planos quinquenais do governo, das estratégias de
combate a pobreza, da estratégia de desenvolvimento rural, da revolução verde, do Plano de
acção de produção de alimentos, reflectindo a preocupação do governo pela participação dos
cidadãos, redistribuição e partilha de recursos e poder entre o governo central e local, pela
afirmação, autonomia e empoderamento dos pobres nos distritos rurais, (MPD, 2009; Vala, 2010:
36).

Segundo a análise dos dados colhidos na pesquisa, conclui-se que o FDD está tendo um impacto
positivo, tanto na área social, assim como económica dos beneficiários dos projectos financiados
nos anos de 2014 á 2017, no Distrito de Gondola, movendo o desenvolvimento. As casas
melhoradas, a prática de agricultura comercial e mecanizada, o escoamento dos excedentes
agrícolas para os mercados de Chimoio, o melhoramento e apetrechamento das bancas fixas,
entre outros, constituem indicadores claros do impacto desta iniciativa, na vida dos mutuários,
mas contudo a situação dos reembolsos ainda esta a que de desejar, pois segundo a Governo
Distrital de Gondola de 2014 a 2017 o Governo Distrital de Gondola recebeu do Governo
Central 37.110.270 mt para financiar projectos e deste valor só foi reembolsado 3.294.184,73Mt
correspondente a 6,18% de grau de reembolso

29
Os factores que fazem com que os níveis de reembolso ao nível do Distrito de Gondola sejam
fracos são as de falência dos projectos, mutuários desonestos que após receberem os seus valores
não fazem os reembolsos, a troca de residência sem aviso as autoridades, o desvio de aplicação
dos fundos vistos que muitos levam o valor para desenvolver certos projectos e acabam
desviando dos mesmos e por fim ficam sem ter recurso para o desembolso.

5.2. Recomendações

Para a minimizar a crise dos reembolsos, recomenda-se ao Governo do Distrito de Gondola: •

Alocação de meios de transporte aos Conselhos Consultivos Locais, sobretudo motorizadas, para
garantir uma permanente monitoria dos projectos, o que dará maior responsabilidade aos
beneficiários para o cumprimento das suas obrigações contratuais;

Capacitação dos mutuários em matérias de gestão de negócios e habilidades financeiras, bem


como a exclusão dos mutuários devedores, sobretudo os do Conselho Consultivo;

Criar e capacitar equipes locais de acompanhamento e atribuí-las meios de funcionamento para


garantir o aumento dos reembolsos.

Notificar via órgãos de Justiça de estado os mutuários que não estão a honrar com os seus
compromissos (reembolso) de devolver os valores por emprestado

30
5. REFERÊNCIAS BIOGRÁFICAS

ABRAMOVAY, R. (1998). A formação do capital social para o desenvolvimento sustentável


trabalho apresentado no II Fórum Contag de Cooperação Técnica. São Luiz.

ÁVILA, V. F. (2007). Cultura, desenvolvimento, local, solidariedade e educação. São Paulo:


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CANHANGA, Nobre de Jesus Varela (2007). “ Os desafios da Descentralização e dinâmicas de


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31
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FARIA & Chichava (1999:5). Descentralização e Cooperação Descentralizada em


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Forquilha, S,C. (2010). Reformas de Descentralização e redução da Pobreza num contexto de


Estado Neo-patrimonial. Um olhar a partir dos conselhos Locais e OIIL em Moçambique
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GdM. (2016). Estratégia Nacional de Inclusão Financeira 2016-2022. Maputo.

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MPD & MPD (2009: 52). Diploma Ministerial n° 67/2009, de 17 de Abril de 2009. Guião sobre
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M. Matusse, M, J. (2013). Análise de Projectos agrícolas do fundo distrital de desenvolvimento


em Chibuto, Moçambique. Dissertação. Araras.

32
ANEXO

APÊNDICES

INSTITUTO SUPERIOR MUTASSA - DELEGAÇÃO DE MANICA.

Recolha de dados de pesquisa sobre o fraco reembolso do FDD por parte dos beneficiários ao
nível do distrito de gondola no período de 2014 a 2017

GUIĂO DE ENTREVISTA PARA OS BENEFICIÁRIOS DO FDD AO NÍVEL DO DISTRITO


DE GONDOLA

Identificação: nome e profissão, sexo e idade

1. Em que ano foi Beneficiado pelo FDD?


a) 2014
b) 2015
c) 2016
d) 2017
e) Outro

2. Indica Quanto Valor foi financiado?

33
a) De 10 a 20.000Mt
b) De 20 a 50.000Mt
c) De 50 a 100.000Mt
d) De 100 a 150.000Mt
e) Acima de 150.000Mt

3 Em que área aplicou o negocio?


a) Agricultura
b) Comercio
c) Agro Industria
d) Outros

4. Tem Gerados Lucros? Si for sim explique quantos meticais mensais ou anuais ganha?

5. Qual e o valor mensal que paga a sua divida?

6. A quantos tempo já não paga a divida de FDD?

7. Quais são os factores que fazem para que os beneficiários não amortizem as suas dívidas?

8. Qual é o nível do seu Reembolso?

a) 5%
b) 10%
c) De 10 a 50%
d) De 50 a 100%

Dados complementares

Solicitamos que você preencha os dados a seguir:

1. Sexo:

( ) Masculino

( ) Feminino

2. Estado Civil:

34
() Solteiro

( ) Casado/Junto

( )Desquitado/Divorciado/Separado

( ) Viúvo

3.Idade:

( ) 16 a 18 anos

( ) 19 a 25 anos

( ) 26 a 35 anos

( ) Acima de 35 anos

4. Escolaridade (Assinale o último nível concluído):

( ) ensino secundário

( ) ensino médio

( ) ensino superior

( ) Pós-graduação

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