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TJDF - Apelação Cível: APL

40271320078070001 DF 0004027-
13.2007.807.0001
Relator(a): MARIO-ZAM BELMIRO
Julgamento: 02/09/2009
Órgão Julgador: 3ª Turma Cível

Publicação: 19/10/2009, DJ-e Pág

Ementa
CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. APELAÇÃO CÍVEL. ACUMULAÇÃO DE
CARGOS PÚBLICOS. TÉCNICO EM RADIOLOGIA. POSSIBILIDADE. PROFISSIONAL
DA ÁREA DE SAÚDE COM PROFISSÃO REGULAMENTADA. PRESENTE A
COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS. CF/88 ARTIGO 37, INCISO XVI, ALÍNEA C.

1.A ACUMULAÇÃO DE DOIS CARGOS PÚBLICOS DE TÉCNICO EM RADIOLOGIA,


REGULAMENTADA PELA LEI 7.394/85, AMOLDA-SE AO PERMISSIVO
CONSTITUCIONAL DE ACUMULAÇÃO REMUNERADA DE DOIS CARGOS PÚBLICOS
PRIVATIVOS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE, DESDE QUE PRESENTE A
COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS.

2. A JORNADA DE TRABALHO DE 24 HORAS PARA OS TÉCNICOS EM RADIOLOGIA


REPRESENTA UMA CONQUISTA PROFISSIONAL, NÃO DEVENDO SER UTILIZADA
COMO ÓBICE AO EXERCÍCIO DO DIREITO CONSTITUCIONALMENTE GARANTIDO À
ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS PRIVATIVOS DE PROFISSIONAL DA SAÚDE.

3. RECURSO PROVIDO.

TJDF - Apelação Cível: APL


347132220068070001 DF 0034713-
22.2006.807.0001
Relator(a): JOÃO MARIOSA
Julgamento: 17/12/2008
Órgão Julgador: 3ª Turma Cível

Publicação: 06/02/2009, DJ-e Pág. 41

Ementa
ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. CUMULAÇÃO DE CARGOS. TÉCNICO EM
RADIOLOGIA. POSSIBILIDADE. ART. 37, XVI, "C', CF E ART. 17, § 2º, ADCT, E LEI
DISTRITAL 3.320/2004. 1. O ARTIGO 37, INCISO XVI, ALÍNEA 'C',DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL PERMITE A CUMULAÇÃO REMUNERADA DE DOIS CARGOS OU
EMPREGOS PRIVATIVOS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE, COM PROFISSÕES
REGULAMENTADAS, INCLUINDO DENTRE ELES OS TÉCNICOS EM RADIOLOGIA,
DESDE QUE HAJA COMPATIBILIDADE DE HORÁRIOS. 2.A LIMITAÇÃO DA CARGA
HORÁRIA PARA OS TÉCNICOS EM RADIOLOGIA NÃO CONSTITUI NORMA
IRRENUNCIÁVEL DE SAÚDE DO TRABALHO. 3. RECURSO PROVIDO.

TRF2 - APELAÇÃO EM MANDADO DE


SEGURANÇA: AMS 200551010021627 RJ
2005.51.01.002162-7
Relator(a): Desembargador Federal SERGIO SCHWAITZER
Julgamento: 05/09/2007
Órgão Julgador: SÉTIMA TURMA ESPECIALIZADA

Publicação: DJU - Data::21/09/2007 - Página::424

ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL -SERVIDOR PÚBLICO -ACUMULAÇÃO DE


PROVENTOS DO CARGO DE TÉCNICO OPERADOR DE RAIO X COM VENCIMENTOS DO
CARGO DE TÉCNICO EM RADIOLOGIA - POSSIBILIDADE -ART. 37, § 10, DA CF/88.

Ementa
ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL -SERVIDOR PÚBLICO -ACUMULAÇÃO DE
PROVENTOS DO CARGO DE TÉCNICO OPERADOR DE RAIO X COM VENCIMENTOS
DO CARGO DE TÉCNICO EM RADIOLOGIA - POSSIBILIDADE -ART. 37, § 10, DA
CF/88.

I -O agravo retido não merece ser conhecido, uma vez que a Apelante não requereu sua
apreciação.

II -Não havia impedimento legal para a concessão da liminar, bem como não há motivo
para o recebimento do recurso de apelação no efeito suspensivo, uma vez que o
Impetrante ajuizou a presente ação a fim de afastar a determinação de opção por um dos
cargos e não para passar a perceber alguma nova vantagem.

III -Muito embora esta Relatoria considere, com fundamento no art. 14 da Lei nº 7.394/85,
ser inviável a acumulação de dois cargos de Técnico em Radiologia ou similar, esta não é
a hipótese dos autos.

IV -Quando a Administração reviu o ato que havia considerado lícita a acumulação do


cargo municipal de Técnico Operador de Raio X com o de Técnico em Radiologia e impôs
ao Impetrante a opção por um dos cargos, tal situação já havia deixado de existir há pelo
menos dez anos, tendo em vista a aposentadoria no cargo municipal.

V -Nesse contexto, não há que mais como se falar em incompatibilidade de horários, em


violação ao disposto no art. 14 da Lei nº 7.394/85 ou na necessidade de se proteger a
saúde do servidor.

VI -A acumulação de proventos do cargo municipal de Técnico Operador de Raio X com os


vencimentos do cargo federal de Técnico em Radiologia encontra respaldo no § 10 do art.
37 da CF/88, tendo em vista o disposto no inciso XVI, alínea "c", desse mesmo artigo
TRF1 - REMESSA EX OFFICIO EM
MANDADO DE SEGURANÇA: REOMS 5784
MG 2002.38.03.005784-2
Relator(a): DESEMBARGADOR FEDERAL FAGUNDES DE DEUS
Julgamento: 01/06/2009
Órgão Julgador: QUINTA TURMA

Publicação: 03/07/2009 e-DJF1 p.88

Constitucional e administrativo. Mandado de segurança. Concurso público. Técnico em


radiologia. Exigência de desligamento de emprego privado na mesma área. Carga
horária semanal que não contraria norma constitucional.

Ementa
CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO
PÚBLICO. TÉCNICO EM RADIOLOGIA. EXIGÊNCIA DE DESLIGAMENTO DE
EMPREGO PRIVADO NA MESMA ÁREA. CARGA HORÁRIA SEMANAL QUE NÃO
CONTRARIA NORMA CONSTITUCIONAL.

1. A atitude da Administração de coibir o candidato aprovado em concurso público de


acumular um segundo cargo de técnico em radiologia, em razão da limitação máxima de
24 horas semanais de trabalho, é ofensiva à ordem constitucional positiva, uma vez que a
acumulação de dois cargos de profissionais de saúde é direito constitucionalmente
assegurado, desde que haja compatibilidade de horários, como sucede no caso em foco
(CF, art. 37, XVI, alínea c). Precedentes jurisprudenciais.

2. Apelação da UFU e remessa oficial desprovida.

PROC. Nº TST-RR-1.211/2003-023-04-00.2

fls.1

PROC. Nº TST-RR-1.211/2003-023-04-00.2

A C Ó R D Ã O
4ª TURMA
IGM/mp/rf

MULTA DO ART. 477 DA CLT - RECONHE-CIMENTO DO VÍNCULO DE


EMPREGO EM JUÍZO - ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 351 DA SBDI-1
DO TST. Nos termos da Orientação Jurisprudencial 351 da
SBDI-1 desta Corte, é incabível a multa prevista no art.
477, § 8º, da CLT, quando houver fundada controvérsia
quanto à existência da obrigação cujo inadimplemento gerou
a multa, devendo ser reformada a decisão regional que se
opõe a esse entendimento.
Recurso de revista parcialmente conhecido e provido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de


Revista TST-RR-1.211/2003-023-04-00.2, em que é Recorrente
COMUNIDADE EVANGÉLICA LUTERANA SÃO PAULO - CELSP e
Recorridos CHRISTIANO CESAR FONTANA GRAVANA e IMAGEM
SERVIÇO DE RADIOLOGIA CLÍNICA LTDA.

R E L A T Ó R I O

Contra a decisão do 4º Regional que deu provimento parcial


ao seu recurso ordinário (fls. 492-520), a Reclamada-CELSP
interpõe o presente recurso de revista, postulando a
reforma do julgado quanto aos seguintes temas: multa do
art. 477 da CLT, jornada de trabalho legal e compensação
horária (fls. 523-530).
Admitido o recurso (fls. 540-540v.), não foram apresentadas
contra-razões, sendo dispensada a remessa dos autos ao
Ministério Público do Trabalho, nos termos do art. 82, §
2º, II, do RITST (fls. 57-58).

É o relatório.

V O T O

I) CONHECIMENTO

1) PRESSUPOSTOS GENÉRICOS

O recurso é tempestivo (cfr. fls. 521 e 523) e tem


representação regular (fl. 66), encontrando-se devidamente
preparado , com custas recolhidas (fl. 475) e depósito
recursal efetuado no limite legal (fl. 531).
2) PRESSUPOSTOS ESPECÍFICOS

a) MULTA DO ART. 477 DA CLT - RECONHECIMENTO DO VÍNCULO DE


EMPREGO EM JUÍZO

Tese Regional: A controvérsia, em Juízo, sobre a existência


de vínculo de emprego não afasta a incidência da multa do
art. 477 da CLT sobre as verbas rescisórias (fls. 515-516).

Antítese Recursal: A exclusão da referida multa faz-se


imperativa, pois o vínculo de emprego só foi reconhecido
judicialmente, havendo divergência jurisprudencial do
aresto juntado com a decisão regional (fls. 524-526).

Síntese Decisória: O apelo tem a sua admissão garantida


ante a demonstração de dissenso pretoriano com o primeiro
aresto de fl. 525, segundo o qual, nas mesmas
circunstâncias analisadas, a multa não é cabível.

Ante o exposto, CONHEÇO do apelo, no particular, por


divergência jurisprudencial específica.

b) JORNADA LEGAL - TECNÓLOGO EM RADIOLOGIA

Tese Regional: A função do Obreiro, Tecnólogo em R a


diologia, equipara-se à de Técnico em Radiologia , sendo
certo que o Reclamante comprovou, além do desempenho das
mesmas atividades deste, ter qualificação técnica, conforme
certificado anexado aos autos, te n do se graduado em curso
superior de tecnologia em radiologia . Apesar da profissão
do Demandante não constar da Classificação Brasileira de
Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE,
merece e n quadramento na de Técnico em Radiologia, porque
tem conteúdo equipar á vel ao desta, prevista pela Lei
7.394/85, nos moldes dos seus arts. 1º e 2º. Ainda, apenas
a parte final do art. 14 da mencionada lei, que versava
sobre as férias anuais, é que restou vetada, ficando
mantida, porta n to, a jornada de trabalho de 24 horas
semanais (fls. 505-509).

Antítese Recursal: O Reclamante não faz jus à jornada legal


de Técnico em Radiologia (24 horas semanais), haja vista
ter sido vetado o dispositivo de lei que a previa (art. 14
da Lei 7.394/85). Ademais, o Obreiro não detém o
certificado de habilitação para tanto, como demanda o art.
2º, I, da Lei 7.394/85, razão pela qual a decisão recorrida
dissente do aresto colacionado e viola o art. 2º, I, da Lei
7.394/85. Em nome da eventualidade, pugna pela limitação da
jornada ao excedente à 44ª hora semanal (fls. 526-527).

Síntese Decisória: O aresto guindado à fl. 526, no que toca


à jornada semanal de 24 horas, não oferece condições de
admissão da revista, na medida em que não externa tese de
direito acerca do veto. Com efeito, o paradigma limita-se a
apontar esse como um dos fundamentos pelos quais o pedido
do reclamante ali fora julgado improcedente, concluindo que
não houve impugnação de todos os fundamentos do julgado.
Nessa linha, é inespecífico, nos termos da Súmula 296, I,
do TST.
O art. 2º, I, da Lei 7.394/85 assevera serem condições para
o exercício da profissão de Técnico em Radiologia portar o
certificado de conclusão do ensino médio e possuir formação
profissional mínima de nível técnico em Radiologia. Ora, a
Corte de origem informou que o Reclamante possuía o diploma
de curso superior em tecnologia de radiologia,
desenvolvendo todas as atividades típicas do Técnico,
consoante demonstrado pela prova dos autos. Nessa linha,
não se vislumbra a afronta buscada, tendo o Regional,
mediante o uso da analogia, aplicado de forma válida a lei
à espécie.
Note-se que o pedido de limitação da condenação ao
excedente da 44ª hora semanal encontra-se desfundamentado à
luz do art. 896 da CLT, não se assentando em violação de
dispositivo de lei, nem em divergência jurisprudencial.
Assim sendo, NÃO CONHEÇO da revista, no aspecto.

c) COMPENSAÇÃO HORÁRIA

Tese Regional: O acordo de compensação de horas é inválido,


haja vista não ter sido ajustado por escrito, como
requerido pelas normas coletivas, e haver prestação
habitual de horas extras. Por esse prisma, é devido o
adicional de horas extras sobre aquelas que foram
ilegalmente compensadas, mas como tal não constou da
inicial, em que se requereu apenas as horas excedentes à
24ª semanal, não poderia ser deferido, decotando-se, pois,
o excesso da sentença nesse sentido (fls. 503-504).

Antítese Recursal: A jornada compensatória encontra guarida


no contrato de trabalho acostado aos autos, devendo ser
considerada válida. A decisão regional, assim não
concordando, entrou em divergência jurisprudencial com os
paradigmas alinhados para o cotejo de teses (fls. 527-530).

Síntese Decisória: A decisão proferida está em harmonia com


a primeira parte da Súmula 85, IV, do TST, segundo a qual
-a prestação de horas extras habituais descaracteriza o
acordo de compensação de jornada. Nesta hipótese, as horas
que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser
pagas como horas extraordinárias e, quanto àquelas
destinadas à compensação, deverá ser pago a mais apenas o
adicional por trabalho extraordinário-.
Cumpre registrar que o item III da Súmula 85 do TST não se
aplica, haja vista a ocorrência da situação específica
prevista no item IV, a saber, da prestação habitual de
horas extras, invalidando o acordo.
Logo, NÃO CONHEÇO da revista, no particular, por óbice da
Súmula 85, IV, do TST.

II) MÉRITO

MULTA DO ART. 477 DA CLT - RECONHECIMENTO DO VÍNCULO DE


EMPREGO EM JUÍZO

Nos termos da Orientação Jurisprudencial 351 da SBDI-1


desta Corte, é -incabível a multa prevista no art. 477, §
8º, da CLT, quando houver fundada controvérsia quanto à
existência da obrigação cujo inadimplemento gerou a multa-.

Pelo exposto, DOU PROVIMENTO ao recurso de revista para,


reformando o acórdão regional, no particular, determinar a
exclusão da multa do art. 477 da CLT.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Egrégia 4ª Turma do Tribunal


Superior do Trabalho, por unanimidade, conhecer do recurso
de revista apenas quanto à multa do art. 477 da CLT, por
divergência jurisprudencial, e, no mérito, dar-lhe
provimento para, reformando o acórdão regional, no
particular, determinar a exclusão da multa do art. 477 da
CLT.

Brasília, 27 de junho de 2007.


_____________________________
IVES GANDRA MARTINS FILHO

MINISTRO-RELATOR

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