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ECONOMIA A 10.

º ANO

U3. A produção de bens e de serviços

3.1. Bens – noção e classificação


Bem é tudo aquilo que é utilizado para a satisfação de uma necessidade humana.
Tendo em conta a multiplicidade e a diversidade das necessidades humanas, facilmente se conclui que
também os bens utilizados são múltiplos e de diferente natureza.
Há bens que existem em quantidades ilimitadas e por isso mesmo não é preciso gastar dinheiro para os
obter, são os chamados bens livres. Exemplos de bens livres: o ar que respiramos e a luz do sol.
Outros, pelo contrário, são escassos relativamente às necessidades existentes, pelo que é preciso gastar
dinheiro ou trabalho para os obter. A estes bens escassos chamam-se bens económicos.

Os bens económicos podem ser classificados de acordo com diferentes critérios.


Quanto à sua natureza:
• Bens materiais, vulgarmente designados por bens – têm existência material: alimentação;
vestuário;
• Bens imateriais, vulgarmente designados por serviços – não têm existência material: uma
aula; uma consulta médica.
Quanto à função que desempenham:
• Bens de produção ou indirectos – são os bens utilizados de forma indirecta na satisfação das
necessidades, isto é, são utilizados como matérias-primas (bens que são incorporados
materialmente no produto final), matérias subsidiárias (bens que não se incorporam
materialmente no produto final) e equipamentos na obtenção de novos bens;
• Bens de consumo ou directos – são bens utilizados directamente na satisfação das
necessidades humanas.
Quanto à duração:
• Duradouros – bens que possibilitam várias utilizações sem perderem as suas características
essenciais: uma casa; vestuário;
• Não duradouros – bens permitem apenas uma utilização: o sumo de laranja; o gelado.
Quanto à relação com outros bens:
• Bens substituíveis, sucedâneos ou concorrentes – bens que satisfazem a mesma necessidade:
margarina ou manteiga; chocolate, bolo ou sandes;
• Bens complementares – bens cuja utilização implicam automaticamente a utilização conjunta
de outros: o automóvel e a gasolina; a caneta e o papel.

3.2 Produção e processo produtivo. Sectores de actividade económica


Noção de produção ou actividade produtiva – actividade humana que tem por objecto a obtenção
dos bens necessários à satisfação das suas necessidades.
A produção é um processo de transformação que consiste na combinação dos factores de produção, a
fim de obter bens aptos à satisfação das necessidades.
Factores de produção – são todos os componentes e intervenientes no processo produtivo.
Processo produtivo – é a forma como se organiza a produção. O processo de produção representa o
percurso de produção de um bem.
O processo de produção envolve o cumprimento de um conjunto de etapas realizadas por uma ou
várias empresas, com vista à obtenção de um bem. Ou seja, o processo de produção de qualquer bem
obedece a um ciclo produtivo que se repete com uma certa regularidade.

Sectores de actividade económica


Os indivíduos desempenham actividades distintas que podem ser agrupadas, de acordo com
características comuns entre si, constituindo os sectores de actividade económica.
Sector de actividade económica – conjunto de actividades que apresentam características comuns.

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A classificação mais divulgada é a do economista Colin Clark, que apresenta a actividade económica
dividida em três sectores:
• Sector primário – inclui todas as actividades que permitem extrair produtos da Natureza.
Incluem-se neste sector a agricultura, a silvicultura, a pecuária, a pesca e as indústrias
extractivas;
• Sector secundário – agrupa todas as indústrias transformadoras, isto é, as actividades que
transformam as matérias-primas fornecidas pelo sector primário em produtos aptos à satisfação
das necessidades.
É usual distinguirem-se: indústrias ligeiras – onde predomina usualmente o factor trabalho.
Exemplo: indústrias alimentares e indústrias pesadas – quando predomina o factor capital.
Exemplo: indústrias metalúrgicas;
• Sector terciário – inclui todas as actividades que não cabem nos outros dois sectores,
abrangendo todos os serviços.

Jean Fourastié, economista francês, integrou todas as indústrias extractivas no conjunto das
indústrias, ou seja, no sector secundário. Com esta alteração vulgarizou-se a designação do sector
agrícola, do sector industrial e do sector dos serviços.
Hoje, fala-se em sector quaternário para englobar o conjunto dos serviços ligados à informática e
internet.

3.3 Factores de produção – noção e classificação


Considerando que a produção consiste na combinação dos factores de produção, de forma a obter bens
económicos aptos à satisfação das necessidades humanas, então, os factores de produção não
satisfazem directamente as necessidades humanas. São apenas as componentes utilizadas na
produção dos bens utilizados na satisfação das necessidades.
Os factores de produção podem ser agrupados e classificados de acordo com a sua contribuição para
o processo produtivo em:
• Recursos naturais ou Natureza – inclui todos os recursos dados directamente pela natureza.
Não são objecto de qualquer transformação. Por exemplo, a terra fértil, a caça, a pesca;
• Trabalho – representa a capacidade humana para trabalhar;
• Capital – é constituído por todos os recursos que participam no processo produtivo, à
excepção dos recursos naturais e do trabalho.

3.3.1 Os recursos naturais


Os recursos naturais são bens que a natureza oferece ao ser humano e que este utiliza na satisfação
das suas necessidades, directamente como matérias-primas ou como matérias subsidiárias na produção
de outros bens.
Os recursos naturais podem classificar-se em:
• Renováveis – recursos que se reproduzem sempre. A natureza encarrega-se de os produzir,
quer o Homem os use ou não. Exemplos: a energia solar e a energia eólica;
• Não renováveis – recursos que podem esgotar num período mais ou menos curto. Exemplos: o
petróleo e o carvão.

Os recursos naturais não renováveis são bens escassos que não chegam para as necessidades
ilimitadas da população humana.
O grau de escassez dos recursos naturais está associado à capacidade da sociedade os aproveitar.
Pois, os recursos hoje indisponíveis ou próximo do seu esgotamento podem, através da inovação
tecnológica, transformar-se em recursos relativamente abundantes.

3.3.2 O trabalho. A situação em Portugal e na União Europeia (UE)


O trabalho representa a capacidade humana para produzir. Compreende todo o esforço humano,
físico e intelectual, despendido no processo produtivo.

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O factor trabalho num país é constituído pela população com condições para participar no processo
produtivo.
As alterações na legislação e a situação política e económica do país provocam modificações na
constituição da população activa. Factores como as taxas de natalidade, de mortalidade, as migrações,
a idade da reforma, o nível de escolaridade obrigatória e a idade mínima para entrar no mercado de
trabalho alteram os valores da população activa de um país

A população residente de um país é constituída pela:


• População activa – é constituída pelos indivíduos que têm capacidade e idade para exercerem
uma actividade produtiva;
• População inactiva - é constituída pelos indivíduos sem capacidade para exercerem uma
actividade remunerada, pelos que exercem uma actividade não remunerada, pelos reformados
e jovens com idade inferior a 16 anos.

A população activa é formada pelos:


• Empregados – todos os que trabalham de forma remunerada;
• Desempregados – todos os desempregados que fizeram diligências para encontrar emprego.

A taxa de actividade dá a conhecer a relação percentual entre a população activa e a população total
anual.

Taxa de actividade de um país = População activa * 100


População total

A taxa de desemprego dá a conhecer o peso do desemprego no total da população activa.

Taxa de desemprego de um país = População desempregada * 100


População activa

Parte do aumento do emprego verificado em Portugal está associado ao crescimento do emprego


precário (contratos a termo) e ao auto-emprego conseguido através da criação de empresa, com
incentivos concedidos pelos Estado (benefícios fiscais e contribuições obrigatórias para a Segurança
Social), a fim de combater o desemprego.

O desemprego em Portugal e na UE tem atingido fortemente os jovens dos 15 aos 24 anos. A taxa de
desemprego dos jovens tem sido superior aos valores da taxa de desemprego total, contribuindo para
esta tendência o desemprego dos jovens licenciados.
Idêntico comportamento tem registado a taxa de desemprego das mulheres comparativamente com a
dos homens.
O desemprego distribui-se de forma irregular, sendo o Norte e o Litoral Norte as regiões do País mais
atingidas pelo desemprego.
Uma das formas de combate ao desemprego implementadas pela UE tem sido a formação profissional
dos jovens e dos desempregados de longa duração.

A evolução do emprego tem uma relação estreita com a tecnologia utilizada. Deste modo, as
alterações de natureza tecnológica que o mundo tem conhecido nos últimos anos tem levado a
alterações também ao nível do emprego.
O desenvolvimento tecnológico e a crescente especialização do trabalho contribuíram para uma maior
eficiência do trabalho. As recentes inovações tecnológicas, nomeadamente ao nível informático, têm
provocado grandes alterações ao nível das condições de trabalho e da sua própria organização. Isto
porque o processo de produção passou a dispensar, muitas vezes, a intervenção directa do Homem.
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A utilização dos computadores permite a obtenção de algumas vantagens: uma maior rapidez de
execução; uma melhor qualidade do produto; uma redução dos custos de produção.
Concluindo, a introdução das novas tecnologias conduz à destruição de muitos postos de
trabalho e até a extinção de algumas profissões, mas, ao mesmo tempo, permite a criação de
emprego mais exigente.

Cada vez mais as empresas utilizam novos equipamentos e novos métodos de produção. Ora, esta
situação vai incidir sobre o emprego, já que, por um lado, reduz o número de trabalhadores, mas, por
outro lado, dispensa trabalhadores para outras actividades.
Esta passagem dos trabalhadores para outras tarefas pode originar uma situação de “desemprego
temporário”, de natureza tecnológica da população empregada. O “trabalhador substituído” pode ser
encaminhado para outras tarefas, se o mercado de trabalho precisar dele e se ele for capaz de se
adaptar às suas novas funções.
Deste modo, o desenvolvimento das tecnologias tem efeitos profundos no emprego, pois pode
levar ao desemprego um conjunto significativo de trabalhadores.
Na análise económica do desemprego, podem verificar-se os seguintes tipos de desemprego:
• Desemprego tecnológico – é o desemprego resultante da evolução das tecnologias. Os
trabalhadores sem formação profissional, não são capazes de se adaptarem às novas
tecnologias e podem engrossar as fileiras do desemprego.
• Desemprego longa duração – é o desemprego que resulta do enfraquecimento da actividade
económica e que pode levar à falência de empresas. Em Portugal são considerados
desempregados de longa duração, os que procuram emprego há mais de um ano.
• Desemprego repetitivo – é o desemprego que resulta das alterações da procura dos bens e
serviços. É o caso de certas actividades agrícolas, como as vindimas, em que aumenta o
emprego na altura das vindimas, diminuindo nos outros períodos.

A evolução tecnológica tem vindo a acontecer de forma tão rápida que comprar, hoje, um computador
é ter bem presente que, amanhã, ele estará tecnologicamente ultrapassado.
A rapidez do desenvolvimento das tecnologias exige que o trabalhador esteja actualizado e em
contínua formação. O trabalhador tem de assumir uma atitude de pesquisa e de actualização constante
dos seus conhecimentos.
Esta atitude do trabalhador é, hoje em dia, uma competência avaliada, pelo empregador, no momento
da sua admissão.
Neste sentido, a educação formal, adquirida nas escolas, é encarada como uma formação inicial.
Depois, no local de trabalho, essa formação é completada, a fim de o tornar apto às exigências do
trabalho que vai desenvolver. Espera-se que o trabalhador seja um elemento activo na aprendizagem,
que esteja disponível para frequentar acções de formação e que não assuma um comportamento
passivo, desinteressado e desmotivado pela inovação e pelas novas tecnologias.
Distinguem-se, assim, dois tipos de qualificações:
• Qualificação individual – preparação adquirida para o desempenho de um conjunto de
tarefas;
• Qualificação profissional – formação especializada adquirida, no local de trabalho, para o
exercício da sua profissão.

A terciarização da economia designa a importância crescente das actividades do sector terciário no


conjunto das actividades económicas.
Este fenómeno está associado ao processo de desenvolvimento dos países. O conceito de terciarização
não significa apenas que a maior parte da população activa está empregada nos serviços, mas que as
actividades do sector terciário passaram a ser integradas nos outros dois sectores de actividade
económica. Isto é, para além do crescimento de actividades do sector terciário, existem cada vez mais
actividades do sector primário e do sector secundário que integraram diversos serviços na sua
actividade económica. É o caso do agricultor que em vez de vender a granel, instala um sistema de
embalagens e vende o produto separado por calibre e o rotula, vendendo-o, assim, mais caro. Podendo
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expandir ainda mais a sua actividade, criando um site na Internet, para aceitar encomendas e proceder
à respectiva entrega, em qualquer zona do país.

3.3.3 O capital – noção e tipos de capital


No dia-a-dia emprega-se indiscriminadamente as palavras capital e riqueza. No entanto, têm, em
termos económicos, significados diferentes.
O capital é o conjunto dos bens que combinados com o trabalho, permitem criar novos bens aptos à
satisfação das necessidades.
A riqueza é o conjunto dos bens que uma pessoa tem e que utiliza para uso próprio.
Por exemplo, o senhor A, proprietário de uma empresa, tem uma carrinha que utiliza em deslocações
de negócios da sua empresa. Esta utilização da carrinha é considerada capital, pois está ao serviço da
empresa. Mas a mesma carrinha do senhor A, se fosse utilizada para as suas deslocações pessoais,
seria considerada como riqueza.
O termo capital pode ter ainda vários conceitos:
• Capital financeiro – conjunto dos recursos financeiros, como por exemplo, o dinheiro em
caixa, os depósitos, as acções, os empréstimos contraídos;
• Capital técnico – conjunto dos bens utilizados no processo produtivo, isto é, instrumentos de
trabalho, máquinas, edifícios, matérias-primas e matérias subsidiárias. Ou seja, o capital
técnico é constituído pelo;
 Capital circulante – conjunto dos bens que são utilizados na produção e que se extinguem
após a sua transformação. É o caso das matérias-primas e das matérias subsidiárias;
 Capital fixo – conjunto de todos os bens que são utilizados ao longo de vários processos
produtivos. É o caso dos edifícios, das máquinas, dos equipamentos, das ferramentas;
• Capital natural – são os recursos naturais utilizados pelo Homem na satisfação das suas
necessidades. Os rios, as florestas, o petróleo são alguns exemplos de capital natural;
• Capital humano - é um conceito recente. Está associado à produtividade dos trabalhadores
que, vai aumentando com o nível de habilitações escolares e com a natureza da formação
profissional.

3.4 A combinação dos factores de produção:


- a curto prazo
Diariamente, as empresas têm de tomar decisões sobre:
 O que produzir e que quantidade?
 Como produzir os bens? Utilizando mais capital ou trabalho?
A produção depende da combinação dos diferentes factores de produção utilizados para se obter uma
determinada quantidade de bens, mas também depende da tecnologia utilizada.
Designa-se por função de produção a relação entre o volume de produção obtida e a quantidade de
factores de produção necessários para a obter.
Quando apenas varia um dos factores de produção, mantendo os restantes fixos, está-se a fazer uma
análise de curto prazo.
Quando a empresa altera a quantidade utilizada de todos os factores de produção para responder às
necessidades do mercado, está a efectuar uma análise de longo prazo.
Considera-se que o período de curto prazo pode ir até um ano e o de longo prazo superior a um
ano.
Uma empresa pode produzir uma determinada quantidade de bens, quer utilizando mais horas de
trabalho ou um maior número de máquinas e menos horas de trabalho. O mesmo acontecerá se for
adoptada uma tecnologia mais avançada ou passar de máquinas manuais para máquinas eléctricas,
pois o mesmo número de trabalhadores com menos máquinas eléctricas conseguirá produzir a mesma
quantidade.
Neste caso, existe substituibilidade dos factores de produção, ou seja, o mesmo nível da produção
pode ser obtido substituindo uma dada quantidade de um factor de produção por uma determinada
quantidade de outro factor de produção.

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No entanto, não é possível substituir todos os factores de produção no mesmo período de tempo.
Existem factores de produção que dificilmente podem ser substituídos a curto prazo. Por exemplo, as
instalações da empresa, as suas máquinas (o capital fixo) não podem substituir-se de um dia para o
outro.
Representando graficamente a função de produção num sistema de eixos e assumindo que a
quantidade produzida varia apenas em função das quantidades do factor trabalho e do factor capital
utilizadas no processo produtivo, constata-se que as isoquantas (curvas que representam a mesma
quantidade de produção, a partir de diferentes combinações dos factores de produção ) têm
inclinação negativa, devido à substituibilidade dos factores de produção. Isto significa que à
medida que se reduz a utilização do capital, maiores quantidades do factor trabalho serão necessárias
para obter o mesmo nível de produção.
Como a escolha das quantidades produzidas depende dos custos de produção, construída a curva de
isocustos (curva constituída por todos os pontos que representam igual custo de produção para
diferentes combinações dos factores de produção), o empresário pode decidir qual a quantidade de
produção que tem menores custos de produção.
Logo, a escolha da empresa vai incidir na máxima quantidade de produção que pode obter com
o menor custo possível.
Quando a empresa utiliza no processo produtivo maiores quantidades de capital do que do factor
trabalho, diz-se que utiliza uma técnica de produção capital-intensiva. Quando se verifica o oposto,
diz-se que utiliza uma técnica de produção trabalho-intensiva.

As empresas precisam de escolher a combinação dos factores de produção que lhes permita serem
mais eficientes no mercado. A eficiência da combinação dos factores de produção mede-se através da
produtividade.
A produtividade é a relação entre a produção obtida e os factores de produção utilizados no
processo produtivo, num determinado período de tempo.
As empresas procuram melhorar a sua produtividade, isto é, obter ganhos de produtividade através da
combinação mais eficiente dos factores de produção.
Aumentar a produtividade significa:
• Produzir mais com a mesma quantidade de factores de produção;
• Produzir o mesmo, com menor quantidade de factores produtivos.
A produtividade da empresa depende da organização do trabalho, do progresso técnico, da
qualificação profissional dos trabalhadores e da sua motivação.
A produtividade pode ser avaliada de diferentes maneiras:
• Por trabalhador;
• Por capital;
• Por recurso natural.

Pode calcular-se a produtividade média dos factores de produção em termos físicos e monetários.
A produtividade média do trabalho, em termos físicos é dada pela relação entre a quantidade da
produção obtida e o número de trabalhadores utilizados.

Produtividade média do trabalho, = quantidade produzida


em termos físicos número de trabalhadores

A produtividade média do trabalho, em termos monetários é dada pela relação entre o valor da
produção obtida e o valor do factor trabalho utilizado.

Produtividade média do trabalho, = valor da produção


em termos monetários valor do factor trabalho

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A produtividade média do capital, em termos físicos é dada pela relação entre a quantidade do
produto obtido e a quantidade de capital técnico utilizado. E em termos monetários pela relação entre
o valor da produção obtida e o valor do capital técnico utilizado.

Produtividade média do capital, = quantidade do produto obtido


em termos físicos quantidade do capital técnico utilizado

Produtividade média do capital, = valor do produto obtido


em termos monetários valor do capital técnico utilizado

A produtividade total é dada pela relação entre o valor total da produção e o valor total dos
recursos utilizados (trabalho e capital) no processo produtivo.

Produtividade total = valor da produção


valor dos factores de produção utilizados

O estudo da produtividade pode, também, ser feito para calcular o acréscimo, nas quantidades
produzidas, que uma empresa obtém sempre que acrescenta uma unidade de um dos factores de
produção (trabalho ou capital).
O empresário tem de avaliar a eficiência da utilização de mais máquinas ou de mais mão-de-obra, no
processo produtivo.
Assim, a produtividade marginal de um factor é o acréscimo de produção resultante da
utilização de mais 1 unidade do factor de produção, mantendo-se constantes as quantidades
utilizadas dos outros factores.

A produtividade marginal do trabalho = acréscimo do produto obtido


acréscimo de mais uma unidade de trabalho
(trabalhadores ou de horas de trabalho)

A produtividade marginal do capital = acréscimo do produto obtido


acréscimo de mais uma unidade de capital

Numa análise de curto prazo, no cálculo da produtividade marginal apenas varia um dos factores
produtivos, por exemplo, o trabalho, mantendo-se todos os outros factores de produção constantes.
Na produção dos bens, as empresas podem reduzir ou aumentar a utilização do factor trabalho para
responder à variação da procura.
Constata-se, então, que à medida que a empresa emprega um maior número de trabalhadores
(mantendo o capital fixo), a quantidade de produção inicialmente aumenta rapidamente, mas a partir
de certa altura, o emprego de mais mão-de-obra faz com que a produção aumente cada vez menos,
podendo deixar de aumentar e até diminuir.
Este comportamento da produtividade marginal designa-se por lei dos rendimentos decrescentes que
estabelece que adicionando unidades sucessivas de um factor de produção, mantendo-se o outro
constante, os aumentos de produção a partir de certo ponto são cada vez menores. Ou seja, a partir de
certo momento, a produtividade marginal desse factor torna-se decrescente.

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