Os professores de Língua Portuguesa (LP) freqüentemente se vêem
impotentes e confusos sobre como agir diante dos “erros de português”. Cabe ao professor corrigir o aluno quando este comete um “erro de português” ou simplesmente ignorá-lo em detrimento do discurso do aluno? Primeiramente, é preciso ressaltar que “erros de português são simplesmente diferenças entre variedades da língua” (BORTONI-RICARDO, 2004, p. 37). Tomando como base essa constatação, podemos inferir que os alunos apresentam uma variedade lingüística usada no âmbito doméstico, uma cultura de oralidade, como coloca Bortoni-Ricardo (2004, p. 37). Essa variedade lingüística, que difere da norma padrão, tem suas raízes arraigadas na vida social dos falantes nativos da língua. No entanto, vários professores de LP condenam os “erros de português” advindos dessa variedade não-padrão da língua, como inexistentes, vulgares. Para os professores que priorizam a gramática normativa ao ensinar LP, a escrita é valorizada ao extremo, os idioletos, isto é, o modo de falar próprio de cada indivíduo, são geralmente ignorados, e a fala tem de ser aproximada à escrita. Qualquer deslize gramatical cometido pelos alunos muitas vezes é severamente punido pelos professores de LP, o que gera humilhação e uma conseqüente aversão pelos alunos para com a própria língua. Inúmeras vezes ocorrem nessas situações um paradoxo: Professores de LP que condenam formas de fala e escrita, mas que cometem os mesmos erros fora dos contextos apropriados. Teoricamente, o objetivo do ensino da disciplina de LP nas salas de aula é o domínio do português padrão (POSSENTI, 1996, p.17), mas o fracasso, ora docente, ora metodológico, fica evidente entre os alunos do ensino médio e fundamental, quando são feitos provões, vestibulares e testes que têm por objetivo analisar o grau de competência lingüística desses alunos. Esse português padrão consiste não só na “aquisição de determinado grau de domínio da escrita e da leitura”, conforme coloca Possenti (1996, p. 19), mas também na escrita e leitura de diversos tipos de textos, sem traumas, bem como o conhecimento da literatura brasileira e alguns clássicos internacionais (POSSENTI, 1996, p. 20). Porém, são poucos os alunos egressos do ensino médio que sabem ler e escrever com naturalidade tais textos, justamente porque o que é priorizado no ensino de LP é a gramática normativa. Os estudos recentes da lingüística apontam variáveis para o ensino de línguas, relegando a gramática normativa para segundo plano. Ainda Possenti (1996, p. 54), diz que
É perfeitamente possível aprender uma língua sem conhecer os
termos técnicos com as quais ela é analisada: A maior prova disso é que em muitos lugares do mundo se fala sem que haja gramáticas codificadas.
Falta aos professores e alunos uma conscientização do uso da própria
língua, falta de conscientização esta que reflete nas práticas pedagógicas em sala de aula, que acarreta o surgimento de vários mitos e crenças sobre a LP, dentre eles o mito de quem não domina a gramática normativa não sabe falar corretamente, o “falar corretamente” em si, o mito de que a LP é muito difícil, entre outros, todos eles mencionadas por Marcos Bagno (1999). Falta também uma construção de uma política pedagógica para o ensino de LP, que seja capaz de criar uma nova relação com a linguagem, com a língua e com o ensino de LP, a língua que falamos e que nossos alunos também falam, e que temos de ensiná-los a ler e escrever, assim como lemos e escrevemos (GUEDES, 1997, pp. 84-85). Com base nisso, nesse artigo será discutido o real propósito da gramática no ensino de LP – deve estar inserida em um contexto, sem que haja pretextos para o ensino priorizado da gramática, em detrimento da Língua Portuguesa em sua totalidade.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
...
3. CONCLUSÃO “
Comprovaram-se defeitos no ensino de LP baseado em regras,
repetições, “decorebas”. “
esquematize três tópicos principais sobre esse assunto: ensino da
gramática normativa [Í] [t] [a] - Mundo de Sofia diz: como, por exemplo: 1) problemas/críticas ao ensino da gramática normativa, por isso, isso e aquilo 2) sugestão de mudanças. Os estudos da Lingüística apresentam variáveis para o ensino da Língua Portuguesa, sem que para isso seja necessária a gramática normativa como hoje é ensinada [Í] [t] [a] - Mundo de Sofia diz: 3) uma conclusão sobre esse assunto: comprovaram-se defeitos nesse ensino baseado em regras, decorebas, repetições, que nada induz o aluno à literalmente aprender. O professor é sujeito fundamental nessa mudança de conceito de ensino escolar da L.P, por isso, isso e aquilo [Í] [t] [a] - Mundo de Sofia diz: e se vc tiver alguma outra opinião a respeito desse assunto, coloque como tópico da fundamentação também [Í] [t] [a] - Mundo de Sofia diz: observe que meu artigo assim está definido, como acabei de te sugerir