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REDAÇÃO – DEPENDÊNCIA DE PORTUGUÊS

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Série: Data: ....................

Nota: ..................

Texto 01
“A faculdade, hoje, é tábua de salvação das famílias de classe média, que não conseguem
acumular bens e precisam recompor seu patrimônio a cada geração”, explica a socióloga Gisela
Taschener, da Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo. Atualmente, 8% dos brasileiros possuem
diploma universitário”. “A universidade é valorizada porque, no mundo de hoje, o capital do
cidadão médio é sua escolaridade”, completa Gisela. Para as famílias que se equilibram com
dificuldade entre a prestação da casa e a possibilidade de trocar o carro no final do ano, a
faculdade dos filhos é o único patrimônio que se pode deixar. Para os filhos das famílias humildes,
o diploma é uma das poucas esperanças de ascensão social. (Veja, Escravos da Angústia,
12/11/1997)

Texto 02
O vestibular, embora considerado injusto por muitos, especialmente aqueles indolentes e
incapazes de superá-los, é um instrumento democrático, que proporciona aos concorrentes
igualdade de condições.
(Vladimir Antonini, Curitiba, PR, Veja, Cartas, 19/11/97)

Texto 03
Considero o vestibular a maior prova de ineficácia do sistema educacional brasileiro. Não se
pode analisar um nível de conhecimento em apenas “uma tarde de domingo”. Principalmente
porque estão presentes aspectos emocionais que podem ser decisivos. (Rodrigo Frank de Souza
Gomes, Fortaleza, CE, Veja, Cartas, 19/11/97)

Texto 04
Nos Estados Unidos e na Inglaterra, há um teste depois do 2º grau, mas a avaliação depende
de várias outras coisas, entre elas o histórico escolar, cartas de recomendação e o resultado de
entrevistas na universidade. (...) Na França, quem conclui o 2º grau tem direito à faculdade desde
que seja capaz de agüentar o ritmo puxado dos estudos superiores, responsável pelo abandono
do curso por mais da metade dos matriculados. (Veja, Escravos da Angústia, 12/11/97)

Texto 05
Vestibular, um mal necessário

O vestibular privilegia os candidatos pertencentes às classes mais favorecidas


economicamente.
Os candidatos que estudaram em escolas com infra-estrutura deficiente, como as escolas
públicas do Brasil, por mais que se esforcem, não têm condições de concorrer com aqueles que
freqüentaram bons colégios.
Mesmo que o acesso à universidade fosse facilitado para candidatos de condição financeira
inferior, o problema não seria resolvido, pois a falta de um aprendizado sólido, no primeiro e
segundo graus, comprometeria o ritmo do curso superior.
As diferenças entre as escolas públicas e privadas são as verdadeiras responsáveis pela
seleção dos candidatos mais ricos.
Texto 06
Quem inventou o vestibular?
VESTIBULAR AINDA ASSUSTA AOS 88 [anos de idade]

Matar, torturar, socar. Essas são algumas das ações que os vestibulandos se prontificaram a fazer
com o ministro da Justiça e Negócios Interiores, de 1910 a 1913, Rivadávia da Cunha Corrêa.
E o que esse senhor fez para merecer tamanha violência? Nada. Só foi ele quem instituiu o uso
de concurso vestibular em todo o país para o ingresso no ensino superior. A decisão foi tomada
em 1911, diante da crescente demanda e o praticamente estável número de vagas no ensino
superior.
Até então só cursava o terceiro grau quem tivesse estudado no colégio D. Pedro 2º, do Rio de
Janeiro, ou em colégios certificados por inspetores federais como do mesmo nível. No princípio,
os exames eram escritos e orais sobre línguas e ciências. Cada escola fazia a sua própria prova.
Não havia um exame unificado por instituição.
Incompatível
Mudanças mais significativas foram acontecer somente na década de 70. Antes disso, de acordo
com o vice-diretor da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), José Atílio Vanin, os
exames cobravam conhecimentos compatíveis apenas com o primeiro ano da faculdade.
'A prova abordava questões de matemática, física, química, redação e uma língua estrangeira. A
extensão de conhecimento era menor, mas era mais aprofundado que hoje', compara.
Vanin afirma que, em razão disso, era quase impossível ser aprovado no vestibular ao sair do
ensino médio, o que proliferou a criação dos cursinhos.
Nos anos 60 surgiram os primeiros vestibulares unificados, como o Cecem, que reunia faculdades
de medicina e posteriormente de biológicas e saúde, e o Cecea, com escolas de administração,
direito e humanas em geral.
Outra dificuldade (para que ninguém diga que hoje é muito pior, se bem que mais estressante) era
que as instituições federais realizavam os exames na mesma data, o que impedia as migrações
interestaduais.
Com a criação da Comissão Nacional do Vestibular Unificado, na década de 70, para
regulamentar a seleção, isso acabou.
O conteúdo dos exames teve de se restringir às disciplinas do ensino médio, o que, teoricamente,
terminaria com a necessidade dos cursinhos. Resolução que, hoje se sabe, não funcionou.
A Fuvest só foi surgir em 1976, selecionando no mesmo exame candidatos à USP (Universidade
de São Paulo), à Unesp (Universidade Estadual Paulista) e à Unicamp (Universidade Estadual de
Campinas). O primeiro divórcio foi da Unesp, em 83. A Unicamp saiu em 85.
Mas por quê?
Os vestibulandos de hoje, que enfrentam maratonas de provas e uma competição que às vezes
supera os cem candidatos por vaga, até entendem a necessidade de algum tipo de processo, mas
não se conformam com o vestibular.
'Tudo bem, era necessário fazer alguma coisa, mas podia ser um processo mais ameno', reclama
Charlene Bertão Costa, 18, que vai prestar medicina.
'Se eu encontrasse esse cara (o ministro), matava, faria dele o alvo de toda a minha raiva', brinca.
Mais calma, ela questiona: 'Eu só queria saber por que ele resolveu fazer isso'.
Menos revoltado, o candidato a administração Caio Napoli Galvão, 17, diz que não acha o sistema
ruim, mas faz críticas. 'Com o vestibular você acaba decidindo o seu futuro em dois ou três dias.'
A também candidata a uma vaga em medicina Alice Bei, 17, avisa que se conhecesse Corrêa,
faria ele provar do próprio veneno. 'Convidaria ele para prestar um vestibular bem difícil para ele
ver se é bom.'
Em 1996, a nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases) estabeleceu que as instituições de ensino
superior são livres para decidir o processo de seleção que querem usar. Mesmo assim, aos 88
anos, o vestibular continua firme e forte.
Disponível em http://psu.terra.com.br/reportagem.php?cd=20

Texto 07

"Viciados" só pensam no vestibular


DANIELA ARRAIS
Colaboração para a Folha de S.Paulo
Você vira a noite estudando. Não consegue dormir bem. Deixou de ver os amigos. Namoro? Nem
pensar. Esporte, só aquele que envolve papel e caneta. Se a rotina lhe parece familiar, cuidado,
você pode ser um "studentholic". Assim como os "workaholics", que só pensam em trabalho, os
"viciados em estudo" têm uma rotina cercada exclusivamente por aulas, livros, apostilas e
exercícios, além de simulados e revisões.
Para especialistas ouvidos pela Folha, dedicação exagerada pode resultar em frustração. Mesmo
assim, muitos estudantes ouvidos pela reportagem não se importam em sobrecarregar os
estudos, tudo em prol do mesmo objetivo: ser aprovado no vestibular.
É o caso de Flávia Credidio, 18, que chegou a estudar oito horas por dia durante as férias de
julho. "Estudei com uma prima as matérias específicas de veterinária, como física, química e
biologia, além de redação. Tudo para ganhar mais tempo", diz.
A vestibulanda se considera uma "studentholic", mas acha que já passou por períodos bem mais
intensos. "Eu estudava pela manhã, mas ficava no colégio até as 21h. Tive um "piripaque", entrei
em depressão e quase perdi o terceiro ano." Hoje, a estudante tenta equilibrar as aulas no
cursinho e o estudo em casa com algumas horas de academia.
O esporte também é a alternativa encontrada por Márcio Hideo Hariki, 17, para driblar o excesso
de horas dedicadas ao vestibular. "A gente deixa de fazer muita coisa, como sair com os amigos.
Balada também não dá para ir porque quebra a rotina de sono, interfere na energia para estudar",
detalha o estudante, que tentará uma vaga em engenharia de produção.
Thais Murta, 19, que quer cursar medicina, faz um esforço para recuperar o tempo de estudo
perdido. "Fico no cursinho o máximo de tempo que eu consigo, porque me concentro mais,
aproveito para tirar dúvidas com os professores", diz.
A estudante costuma aproveitar o fim de semana para ler obras literárias exigidas pelo vestibular.
"Nunca levei o colégio a sério, pois não sabia o que queria fazer. Depois que escolhi medicina,
resolvi me dedicar totalmente", diz. "Mas não sei se me considero uma "studentholic" porque não
estudei direito durante o colégio ou se estudo demais mesmo."
Alex Vitorio Amadio, 20, que também vai tentar medicina, diz que tem uma rotina "pauleira"
--geralmente, estuda das 7h às 22h30, fazendo intervalos. "Mas não tenho medo da rotina, porque
meu emocional é focado na fé", diz o estudante, cujo lazer se resume aos encontros na igreja, aos
sábados.
Já Keiny Hosoume, 23, que tentará medicina, tem um cotidiano tão tomado pelos estudos que até
deixou de namorar. "Vi que perdia tempo demais [com a namorada], principalmente nos fins de
semana."
A psicopedagoga Maria Irene Maluf adverte que as mudanças na rotina não precisam ser
drásticas. "Se você pensar que no namoro você tem ao lado uma pessoa de quem você gosta,
uma pessoa que lhe apóia, então é benéfico", afirma.
"No entanto, se você tiver o azar de a pessoa não estar na mesma sintonia que você, ela não vai
lhe apoiar, só criar conflito e desgastar a relação.
Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u318192.shtml

O próprio vestibular como tema


Depois de ler os textos apresentados acima, elabore um texto dissertativo em que você explicite
sua opinião sobre a necessidade da realização do concurso vestibular para ter acesso à
universidade, desenvolvendo argumentos adequados para defender seu ponto de vista. Dê-lhe
um título. Não ultrapasse 30 linhas.

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