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1- Um pouco de história
• Foi o filósofo e matemático francês René Descartes (1596–1650) quem inventou uma maneira de
visualizar relações entre números. Sua idéia de representar graficamente pontos e curvas funcionou tão
bem que o sistema ficou conhecido como plano cartesiano, em sua homenagem. O estudo das curvas
usando coordenadas é chamado de Geometria Analítica.
• Entretanto, em 1786, William Playfair utilizou pela primeira vez um gráfico de barras que,
diferentemente dos gráficos geométricos precedentes, representava medidas não-geométricas, como
renda e despesas da Escócia. Assim, começaram a aparecer as representações gráficas que têm como
objetivo a apresentação visual de informações.
Hoje, os gráficos são um recurso muito utilizado pela imprensa, por empresas, organizações e em todos os
níveis e modalidades de ensino. Por isso, é cada vez mais necessário saber ler e interpretar gráficos.
meses R$ R$
0
junho 500
janeiro
fevereiro
março
abril
maio
junho
julho
agosto
setembro
outubro
novembro
dezembro
julho 490
agosto 570
setembro 380 Assim, temos que a leitura da despesa para cada mês se faz por um par
outubro 430 ordenado (mês; despesa) que determina a altura de cada coluna.
Observe que, no mês de junho, para marcar a despesa de R$ 500,00,
novembro 420 precisamos localizar o ponto (junho; 500), como foi visto anteriormente para
dezembro 400 pares ordenados em geral.
Este é um gráfico de barras. Agora os retângulos têm a mesma altura e suas bases variam de acordo com
os valores numéricos apresentados no eixo horizontal.
O gráfico de barras facilita a escrita e a leitura dos valores de uma variável não-numérica, como os valores
no mês das cidades mais visitadas por turistas estrangeiros.
No gráfico abaixo, há na verdade dois gráficos desenhados num mesmo sistema de eixos e, por isso,
foi preciso usar uma legenda com cores para diferenciar duas épocas: 1997 (rosa) e 1998 (lilás). O eixo
horizontal, numa escala de 0 a 40, mostra valores percentuais. Lendo o gráfico, você pode verificar que, no
ano de 1998 (barra lilás), a cidade do Rio de Janeiro recebeu aproximadamente 30% dos turistas estrangeiros
que vieram ao Brasil.
Brasília
Torres
Curitiba
Manaus
Fortaleza
Camboriú
Búzios
Recife
Porto Alegre
Foz do Iguaçu
Salvador
Florianópolis
São Paulo
Rio de Janeiro %
0 5 10 15 20 25 30 35 40
1997 1998
(Fonte: Organização Mundial do Turismo – OTM, Banco de Dados)
2. Gráficos poligonais
Também chamados gráficos de linha, são Taxa de analfabetismo da população de 15 anos
muito utilizados quando uma das variáveis de idade ou mais (1900-2020)
é o tempo. Permitem visualizar facilmente %
períodos de crescimento, decrescimento e 70
(Fonte: IBGE)
20
O gráfico mostra a porcentagem de
analfabetos de mais de 15 anos de idade na 10
população brasileira no período de 1900 a 0
1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020
2000, incluindo também projeções até 2020.
No eixo das abscissas, estão os anos, de 10 em 10, igualmente espaçados. No eixo das ordenadas foram
assinaladas as porcentagens de analfabetos.
Assim, cada par ordenado é do tipo (ano; %).
Pelo gráfico, você pode verificar que a quantidade de analfabetos decaiu bastante no século XX, baixando de
65% da população em 1910 para menos de 20% em 2000 e estima-se que estará na faixa de 10% em 2020.
O bom seria que o Brasil já não tivesse analfabetos, mas pelas estimativas do IBGE nem em 2020 isto terá
ocorrido!
3. Gráficos de setores
Apresentam os dados em um círculo dividido proporcionalmente. São utilizados principalmente quando é
preciso mostrar a relação das partes com o todo. O gráfico de setores – também conhecido como gráfico
circular, de pizza ou de torta – não deve ser usado para uma quantidade de dados que implique muitas divisões,
a ponto de prejudicar a leitura dos dados.
Por exemplo:
As fontes de energia naturais são classificadas em dois tipos:
• renováveis, isto é, não se esgotam. Por exemplo: a energia do Sol, das correntezas dos rios (hidráulica),
dos ventos (eólica).
• não renováveis, que são as que se esgotarão e não serão repostas. Por exemplo, o petróleo, o gás
natural, o urânio, o carvão mineral e outras.
O gráfico a seguir mostra as principais fontes de energia. Observe-o e responda:
2,2% 0,5%
6,9%
10,9%
A
21,2%
(a) Qual é a maior fonte de energia? É o petróleo.
(b) Qual é a menor fonte de energia? São outras fontes com 0,5%.
(c) o percentual das duas maiores fontes de energia não aparece no gráfico. Sabe-se que:
– a maior tem 11,7% a mais do que a menor;
– a soma das duas é igual a 58,3%.
Identifique as fontes A e B e determine o percentual de cada uma delas.
A maior fonte é o petróleo, com um total de 35%, e a fonte B é o carvão, com 23,3%.
4. Cartogramas
5. Pictogramas
Gráficos pictóricos ou pictogramas são cada vez mais utilizados pela imprensa. A intenção deste tipo de gráfico vai
além da transmissão de uma informação estatística e procura ilustrar, enfatizar ou ressaltar os dados. Normalmente
um pictograma é criado acrescentando-se efeitos visuais sobre gráficos de colunas, barras ou setores.
A representação gráfica de dados deve obedecer a certos requisitos fundamentais para ser realmente útil:
simplicidade, clareza e veracidade. Os melhores gráficos são os mais simples. Quanto menos detalhes secundários,
como traços desnecessários e “enfeites” artificiais, melhor e mais imediata será a análise. A representação
gráfica deve ser utilizada para informar, esclarecer, sintetizar e nunca para enganar ou confundir.
Por exemplo: No gráfico abaixo aparece o resultado do Brasil nas Olimpíadas Mundiais, em número de medalhas conquistadas.
número de medalhas conquistadas pelo brasil
Veja os exemplos e suas respectivas respostas:
(a) Em que ano o Brasil conquistou mais medalhas?
Percebe-se que foi em 1996.
(b) Em que ano o Brasil conquistou o dobro de medalhas que conquistou em Moscou (1980)?
Em 1984, em Los Angeles.
(c) Em que ano o Brasil conquistou menos medalhas?
Em Tóquio, em 1964.
Exemplos resolvidos:
3- Quando o gráfico é uma função
O gráfico a seguir se refere ao crescimento de uma determinada pessoa, desde o nascimento até o final da
adolescência.
altura (cm)
180
150
120
90
60
30
0
2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 idade (anos)
Observe que a altura dessa pessoa varia nos primeiros anos de vida, ou seja, a altura de uma criança é função
de sua idade.
Este é um novo exemplo de uma função. Mas a diferença é que, neste caso, não é possível escrever uma
expressão matemática que permita determinar antecipadamente que altura corresponde a uma determinada
idade. Mas, tal como nos exemplos anteriores, para cada valor de uma das grandezas (idade) existe um único
valor correspondente para a outra grandeza (altura).